Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
A prática científica e a religião durante o Empirismo e o Iluminismo.
1. A prática científica e
a religião durante o
Empirismo e o
Iluminismo.
CARLOS AUGUSTO RIBEIRO
2. Análise do Livro "Sociedade
e Estado no apoio à Ciência
e à Tecnologia”.
AMILCAR BAIARDI.
3. Análise do Livro "Sociedade e Estado no apoio
à Ciência e à Tecnologia. (Amilcar Baiardi).
O bloqueio do desenvolvimento científico na Itália e a autonomia
inglesa no desenvolvimento de ciência.
Bacon dando uma nova visão a filosofia da natureza.
O autor coloca Bacon como "o maior ideólogo do experimentalismo
na ciência", pois sem ele não teria existido figuras como Newton, e
outros daquela época.
Criou vários projetos que defendia que "o saber é capaz de fornecer o
papel necessário para fazer o homem progredir e ser feliz". (Boas,
1973).
Bacon se interessou exclusivamente pela alquimia transcendental,
dividindo o conhecimento em três esferas: conhecimento de Deus, da
natureza e do homem. E as ciências por sua vez divididas em: História
Natural, Física, Metafísica e Lei Suprema da Natureza.
O Iluminismo buscava planos radicais de melhora o desenvolvimento
intelectual e político separando de vez dos preceitos escoláticos.
4. Análise do Livro "Sociedade e Estado no apoio
à Ciência e à Tecnologia. (Amilcar Baiardi).
Enciclopedia de Diderot e d'Alembert democratizando e difundindo o
conhecimento.
1626 - Criação do partido de oposição / Morte de Bacon.
Revolta Puritana - 1626-1642 - Revolução filosófica (Mutatis Mutandis)
Guerra Civil em 1649 no qual o partido saiu vitorioso sob o comando de
Olivier Cromwell e passaram a exigir do Estado que incentivasse o povo
para a ciência e pesquisa para acelerar o progresso de que eles
chamavam de “Novo Paraíso Terrestre”.
Da filiação religiosa, os puritanos tiravam, como resultado prático, o
objetivo de transformar a ciência com instrumento de busca de um “Novo
Paraíso”, negando a corrupção pagã se baseando em experimentos.
A ideia Milenarista estavam atrelados a renovação do saber e com isso
tinham como irracional a proibição das escrituras sagradas aos menos
favorecidos.
5. Análise do Livro "Sociedade e Estado no apoio
à Ciência e à Tecnologia. (Amilcar Baiardi).
“O avanço do saber se dá no limite da
Religião e que de deve dirigir-se para as
coisas úteis e para a ação”.
Francis Bacon.
6. Análise do Livro "Sociedade e Estado no apoio
à Ciência e à Tecnologia. (Amilcar Baiardi).
Outro fator que ajudou a organizar a ciência moderna foi a
constituição dos grupos de Cambridge e Oxford, que tinha o
objetivo “aprofundar conhecimento dos objetos naturais e das
artes através do experimento para a glória de Deus o criador e
aplicação do saber à sociedade”.
Pode-se dizer que a Royal Society fez a passagem da idade
puritana até a reestruturação, graças a Igreja Anglicana, pois na
sua visão, uma derrota da forma radical e utópica pagã,
alimentaria a crença de um Novo Paraíso e que os sócios da Royal
Society denominaram como “o triunfo da razão”.
7. Análise do Livro “História das
Ciências”.
CARLOS AUGUSTO DE PROENÇA ROSA.
8. Análise do Livro “História das Ciências”.
(Carlos Augusto de Proença Rosa).
Apesar de ter havido um extraordinário desenvolvimento cultural e
científico na Europa Ocidental nos séculos XV e XVI, a sociedade
renascentista não teve uma evolução mental durante a transição
da época medieval para a modernidade.
A justificativa da ciência moderna surgiria como resultante da
constatação de erros e equívocos na interpretação dos fenômenos
e na explicação do mundo natural. (Bases para a Ciência Moderna
– Astronomia, Física e Química).
Evolução da pesquisa e em paralelo evolução do número de
filósofos naturais nas quais legitimava as afirmações científicas.
O papel fundamental da ciência moderna foi confrontar a visão
do mundo, separando a ciência da “tutela” religiosa. (racionalismo
X fé, razão X revelação, realismo X idealismo).
9. Análise do Livro “História das Ciências”.
(Carlos Augusto de Proença Rosa).
Exemplo de concepção racionalista da época em que a resposta
de Laplace à Napoleão de não ter incluído Deus em seu sistema
de mundo: “Não necessito de tal hipótese”.
Na metade do Sec. XVIII seria denominado de um conjunto de
pensamentos filosóficos que abrangeram doutrinas judaicas, a
reflexão científica e a expressão artística.
Vários ramos da ciência tiveram um extraordinário desenvolvimento
no Sec. XVIII como a matemática, astronomia, a física, a química e
a história natural. Assim como Galileu criou a física moderna no
meado do Sec. XVII, Lavoisier criaria a química moderna na
segunda metado do Sec. XVIII.
A ampliação da rede de ensino universitário, a disseminação da
academia, aguçaram a curiosidade do povo leigo a se dedicar a
pesquisa científica.
10. Análise do Livro “História das Ciências”.
(Carlos Augusto de Proença Rosa).
Crescente secularização da ciência através de pesquisadores
laicos, com mentalidade critica, inquisitiva, menos dogmáticas e
mais aberta a disseminação do conhecimento.
O desenvolvimento da ciência no Sec. XIX acentuaria ainda mais o
distanciamento das influências religiosas e a liberdade da
investigação científica sem pressupor metafísicos e teólogos.
A criação de novas ciências fundamentais (Biologia e Sociologia) e
o surgimento de novos campos de pesquisa (Astrofísica,
termodinâmica, eletromagnetismo, radioatividade, etc.).
A expansão das enciclopédias sem apelo das considerações
teológicas ou finalistas às nações de caráter absoluto.
11. Análise do Livro “História do
Pensamento Ocidental”.
BERTRAND RUSSEL
12. Análise do Livro “História do Pensamento
Ocidental”. (Bertrand Russel).
Aspecto relevante do movimento empirista britânico foi a busca
por um sistema laico e que essa tolerância fosse difundido em toda
a sociedade inclusive os “papistas”, embora alguns filósofos eram
contra a forma de imposição do catolicismo romano.
O Iluminismo foi uma força que não conheceu limites políticos
como tais, ainda que países como a Itália e a Espanha ele não
tenha podido florescer ao lado do catolicismo.
Considera a Nação como uma pessoa de grande escala, dota de
vontade própria.
Enciclopedia de Diderot e d'Alembert democratizando e
difundindo o conhecimento.
13. Análise do Livro “História do Pensamento
Ocidental”. (Bertrand Russel).
Contudo as enciclopédias não foram irreligiosos no sentido mais
amplo do termo e Voltarie (1694-1778) contribuiu dizendo que “(...)
se Deus não existisse, teríamos que inventá-lo”.
Os materialistas franceses foram muito mais extremados na sua
rejeição à religião (ateísmo)
Para Descartes o único ato realmente verdadeiro e que é
produzido pela mente é o pensamento, sendo todo o resto,
inclusive o mundo material, passível de dúvida, ou seja, tudo que
vemos, sentimos, tocamos, pode ser fruto de nossa imaginação,
não existindo realmente. Apenas o pensamento tem força e prova
de verdade e que Deus na visão de Laplace mais tarde denominou
de “hipótese desnecessária.
14. Análise do Livro “História do Pensamento
Ocidental”. (Bertrand Russel).
Uso da religião como forma de imposição política aos ignorantes,
fazendo com que os materialistas tentassem mostrar à humanidade o
caminho do paraíso terrestre (Caminho da ciência e da razão).
Simbolizam a enciclopédia como símbolo do Iluminismo. (Primado da
razão).
Revolução Francesa – Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Vários ramos da ciência tiveram um extraordinário desenvolvimento no
Sec. XVIII como a matemática, astronomia, a física, a química e a
história natural. Assim como Galileu criou a física moderna no meado
do Sec. XVII, Lavoisier criaria a química moderna na segunda metado
do Sec. XVIII.
A ampliação da rede de ensino universitário, a disseminação da
academia, aguçaram a curiosidade do povo leigo a se dedicar a
pesquisa científica.
15. Analise do Livro “Science
and religion: a very short
introduction”.
THOMAS DIXON
16. Analise do Livro “Science and religion: a very
short introduction”. (Thomas Dixon).
O acordo racional que Galileu fez ao retratar o conhecimento
exato do mundo através da observação através da natureza e
também basear suas crenças na bíblia.
Galileu defende que o conhecimento é obtido através dos nossos
sentidos, o poder do pensamento racional, o testemunho dos
outros e através da memória.
Francis Bacon – Razão associado a fé.
Robert Boyle / Robert Hooke – Razão para manipular a natureza e
usurpar o papel de Deus.
17. Analise do Livro “Science and religion: a very
short introduction”. (Thomas Dixon).
Para Bacon, Deus era o próprio “Plantio”, dando ideia que a melhor
fonte de conhecimento era Deus e que os seres humanos tiveram
que adotar certas técnicas para adquirir esse conhecimento.
Para o autor existiam dois livros muito complexos: o livro da
natureza e o livro das Escrituras Sagradas.
Quinta visão do conhecimento – a revelação, defendida por
judeus, cristãos e mulçumanos.
Debate sobre qual conhecimento tinha mais autoridade sobre o
mundo (Natureza ou Escritura Sagrada).
Galileu buscava a harmonia entre a bíblia e a ciência da natureza.
18. Analise do Livro “Science and religion: a very
short introduction”. (Thomas Dixon).
A igreja não se preocupava com o ato das pesquisas em si, mas
como os pesquisadores iriam interpretar a natureza e as Escrituras
Sagradas e não acreditava que Galileu poderia desafiar os limites
das Escrituras Sagradas.
Galileu defendia a astronomia de Copérnico era uma descrição
precisa do Universo, desafiando a ciência Aristotélica.
Aprimorou a invenção de Ptolomeu e publicou dois livros: “ O
Mensageiro Estrelado (1610) e suas “Cartas sobre Manchas Solares”
(1616) elevando a sua reputação como brilhante astrônomo/
filosofo da Europa.
A tamanha proporção de suas teses despertou interesses das
objeções teológicas.
19. Analise do Livro “Science and religion: a very
short introduction”. (Thomas Dixon).
Várias passagens do antigo testamento ia contra suas ideias (Sol e
Lua) e em 1615 enviou uma carta à Duquesa Christina.
Em paralelo a carta, já se via uma ascensão da crise da Revolta
Protestante no início do Sec. XVI na Inglaterra e na Alemanha,
tendo como principal luta que cada indivíduo leia a bíblia em seu
idioma.
A igreja convoca Galileu para dar explicações sobre a Teoria
Coperniana à inquisição e em 1616, ficou proibido de publicar
estas teorias a sociedade.
1623 o cardeal Marfeo Borberini foi nomeado papa Urbano VI e
que tinha afinidade com a Teoria Coperniana, mas defendia que
Deus era Unipotente e que poderia mudar totalmente estas teses.
20. Analise do Livro “Science and religion: a very
short introduction”. (Thomas Dixon).
Em 1632 Galileu escreve o livro “Diálogo sobre os dois máximos
sistemas do mundo”, mas as pessoas que leram o livro perceberam
que o livro se tornava tendencioso ao falar da Teoria Copérnica.
Em 1633 o papa Urbano VI estava em transição de fidelidade do
francês para o espanhol e precisava mostrar sua autoridade a fé,
intimando Galileu e condenando-o por promover a herética visão
copernica e por violação da violação expressa em 1616.
21. Análise do Livro “The
sociology of science:
theoretical and empirical
investigations”.
MERTON, R. K..
22. Análise do Livro “The sociology of science:
theoretical and empirical investigations”.
(MERTON, R. K.).
Ética protestante se transformou numa expressão direta de
dominação e uma fonte independete de dominação.
E quando encontravam a verdade, sua vida era postada a prêmio
de sobrevivência caso suas teses chegassem a sociedade.
A cultura era uma das variáveis da ciência e por isso deve-se
considerar a religião como meio de articulação. O puritanismo
atesta o teorema de que as noções lógicas com uma referência
transcendental pode, contudo, exercer uma influência
considerada sobre o comportamento prático.
Os sentimentos puritanos favoreceram a ciência uma vez que
grande parte dos puritanos vieram da classe em ascensão à
burguesia.
23. Análise do Livro “The sociology of science:
theoretical and empirical investigations”.
(MERTON, R. K.).
A criação da Royal Society estimulando o avanço científico.
A ciência torna-se firmemente fonte para o desenvolvimento
econômico, criando oportunidades para sociedade e criando
novos produtos culturais.
“Muitas almas emancipadas, acostumados a uma clivagem radical
entre religião e ciência e convencido da insignificância social
relativo da religião para o mundo ocidental moderno, tendem a
generalizar este estado de coisas”.
Essa interpretação só é possível sobre a base de uma extrapolação
injustificada de crenças e atitudes do século XX para a sociedade
do século XVII.
24. Análise do Livro “The sociology of science:
theoretical and empirical investigations”.
(MERTON, R. K.).
Transformação da religião em política concreta.
Início do Estudo da Ciência Social e Aplicada.
A batalha entre Bacon x Boyle. A ciência era para ser promovida e
alimentada como líder para a melhoria do lote do homem na terra,
facilitando a invenção tecnológica. A Royal Society, nos é dito pelo
seu historiador digno, "não tem intenção de parar em algum
benefício particular, mas vai à raiz de todas as ideias nobres.“
Em suma, a ciência incorpora padrões de comportamento que são
agradável ao gosto puritanos. Acima de tudo, abraça dois valores
altamente valorizados: o utilitarismo e o empirismo.
25. Análise do Livro “Rocks of
Ages: Science and Religion
in the Fullness of Life”.
STEPHEN JAY GOULD
26. Análise do Livro “Rocks of Ages: Science and
Religion in the Fullness of Life”. (Stephen Jay
Gould)
queriam que sua doutrina religiosa sobressair a origem da vida -
uma leitura literal da Bíblia- fosse adotada como uma teoria
científica rival à filosofia da natureza.
Defende que religião e ciência são esferas de conhecimento
"complementares“ e que essa separação implica que nenhuma
teoria científica constitui ameaça à religião
Para o autor, os dois campos estão totalmente separados -a
ciência é a busca do conhecimento factual sobre o mundo
natural, e a religião é a procura de sentido espiritual e de valores
éticos.
27. Análise do Livro “Rocks of Ages: Science and
Religion in the Fullness of Life”. (Stephen Jay
Gould)
A relação entre a igreja (com seus dogmas e a ciência difundindo
o conhecimento da vida humana).
A ciência mostra todo o sentido empírico das coisas: do que ele é
feito e por que ele funciona assim.
Enquanto que a religião se estende sobre questões de sentido
moral e valor.