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INTRODUÇÃO À TEORIA DA ARQUITECTURA
ARQUITECTURA - 1º Ciclo, 1º Ano
Competências adquiridas:
Introdução às questões da disciplina e de uma exegese e hermenêutica da Arquitectura.
Conceitos gerais sobre o Belo, a Arte, a Arquitectura, numa perspectiva contemporânea:
percepção geral do que nos rodeia hoje e porquê.
Primeira abordagem histórica, conceptual e fenomenológica da Arquitectura, através dos
seus contextos modernos e contemporâneos.
Categorias - Predicado da proposição
- No universo da estética regem no mundo das artes as qualidades e
ligações afectivas que determinam no objecto os percursos e
aproximações ao Belo
- Agrupam tonalidades de sentimento e fixam-nas no conceito
C. estéticas - Modalidades do Belo
- Chamam-se categorias estéticas aos diferentes valores reconhecidos
pela contemplação e que caracterizam a obra artística.
- A enumeração das categorias varia com os pensadores, contendo pois
uma certa arbitrariedade essa enumeração
- A categorização é conduzida pelo objecto e apoia-se na sensibilidade do
sujeito
- Não há exclusividade nas categorias, nem categorias puras
- É sobretudo através da obra artística que as categorias são estabelecidas.
A obra artística é uma estética in nuce
Categorias e subcategorias estéticas
- Sublime / Grandioso, Majestoso / Colossal
- Trágico / Heróico, Nobre / Enfático, Pomposo, Teatral, Terrível
- Dramático / Melodramático / Monstruoso, Horrível
- Patético / Palpitante / Tocante
- Cómico / Satírico, Grotesco, Humor / Burlesco, Bufão, Trivial, Irónico
- Poético / Épico, Fantástico, Maravilhoso, Lírico, Elegíaco / Feérico,
Fabuloso, Idílico
- Pitoresco / Anedótico, Didáctico / Descritivo
- Graça / Elegante, Delicado, Refinado / Amaneirado
- Bonito / Precioso, Requintado / Piegas, Engraçado, Banal
Sublime - Tudo o que tem a qualidade de elevar ao mais alto ponto intelectual e
moral.
Também o mais alto grau de beleza.
- Tomando o termo no seu sentido actual, exprime um sentimento de
admiração entusiasta, quer de ordem estética quer de ordem moral
- Ultrapassa todas as percepções do sujeito num acréscimo de
intensidade, constituindo-se no sentimento, consciente ou inconsciente,
de um poder sobre-humano e formidável que de algum modo ameaça a
segurança do sujeito.
A analogia estética surge então pelo recurso à humanitariedade do
processo
Sucategorias - Grandioso, Majestoso
- Colossal
Trágico - Tudo aquilo que supõe esmagamento de valores.
- Na prática artística o esmagamento do valor ético ou ontológico é
recuperado pelo valor estético.
- Assim o trágico só pode ser considerado em arquitectura nas suas
subcategorias
Sucategorias - Heróico, Nobre
- Enfático, Pomposo, Teatral, Terrível
Dramático - Em grego drama significa acção e é justamente neste largo sentido
em que reside o risco em relação a uma arquitectura participante da
categoria
- O excesso de componentes da obra e a violência de um sentido
apaixonado poderão produzir teatralidade em detrimento do valor
arquitectónico e espacial
Subcategorias - Melodramático
- Monstruoso, Horrível
Patético - Categoria da intensidade.
- Está relacionado com a derrota, com ausência de dinamismo
agonístico (capacidade de luta). Existe apenas capacidade de
enumeração.
O lugar do sofrimento (não exactamente masoquismo)
- Estado afectivo mas de consciência completa.
Vortex de consciência.
Sentido exaltante da intelectualização.
- Pode ser sublimado para outras categoria da intensidade:
Poético – sofrimento em beleza
Trágico – acção catártica
Dramático – accção ressalva o carácter passivo
Subcategorias - Palpitante
- Tocante
Cómico - Ordem que tende a elevar o sujeito.
Subcategorias - Satírico, Grotesco, Humor
- Burlesco, Bufão, Trivial, Irónico
Poético - Supõe, como categoria estética, uma noção de transcendência que se
manifesta pelo sensível, exaltando a harmonia do Ser na
materialização dos valores mais altos.
- Pode afirmar-se que toda a arquitectura harmónica participa de uma
ordem poética
Subcategorias - Épico, Fantástico, Maravilhoso, Lírico, Elegíaco
- Feérico, Fabuloso, Idílico
Pitoresco - Aquilo que é digno de ser pintado, que encanta os olhos e o espírito,
que pode ser tomado como característico.
Subcategorias - Anedótico, Didáctico
- Descritivo
Graça - Qualidade estética do movimento, por extensão das formas e das
atitudes aladas.
- Parece consistir em arquitectura no à-vontade, na leveza do
movimento, nas formas, ritmos ou proporções harmoniosas que fazem
esquecer a força de atracção da gravidade.
Subcategorias - Elegante, Delicado, Refinado
- Amaneirado
Bonito - Investe no agradável (o que dá prazer).
O agradável, não cessando, vai criar densidade
- Aparência delicada, Fragilidade. Sedutor pela fragilidade.
Existe Graça embrionária, mas ao invés, Bonito é ausencia de força
- Comunica o valor do amável
Subcategorias - Precioso, Requintado
- Piegas, Engraçado, Banal
Útil - Ordem limitativa das categorias estéticas
- Em relação à obra de arte é aquilo que se julga conveniente para atingir
um fim normalmente prático
- Útil satisfaz necessidades precisas, materiais, temporais e nelas está
contido o humano – que não é material.
No humano o pendor espiritual é útil – humanitariedade.
- Útil é preciso, temporal e mediato. Como valor estético supõe inovação,
não tem valor em si, serve como meio para atingir a felicidade.
- Para Sócrates, Belo é conveniente (Kromenon) - imanência e
transcendência.
- Útil é ordem mediata para fins éticos, ontológicos e estéticos
- Útil resolve-se pelo sublime. É pretexto espiritual da utilização humana.
Segundo Alain é esta vertente em arquitectura que a torna mais importante
das artes.
Útil - No sentido vulgar útil é o contrário de tudo o que é superficial ou
supérfluo e logo opõe-se a tudo o que é de ordem estética.
- Depois da revolução industrial tornou-se categórico e imperativo. Foi
tomado como um fim em si. Em vez de valor tornou-se constrangimento.
- Há que escolher entre Útil como meio (pretexto espiritual) ou como fim
(utilitarismo).
- Útil é pretexto espirtual de utilização humana. Esta vertente em
arquitectura é o que a torna para Alain na mais importante das artes.
C. Estéticas - Permitem elevar o útil no sentido de encontrar o seu sentido estético mais
profundo
- Objecto adequadamente feito não cortou a função de uma exaltação
Funcionalismo - É redundante. Função como única exigência é uma visão primária e
mecânica do comportamento.
- É um modo rápido de resolver um problema.
- Esvazia-se numa situação finita
- Vai contra a harmonia platónica em que a função é parte de um todo
Racionalidade - Diferente de Racionalismo (como funcionalidade é diferente de
funcionalismo)
- Está sempre presente no processo construtivo
Habitabilidade - Imagem icónica do ser
- Útil em arquitectura
Arquitectura - Considerada a mais completa das formas de arte (Hegel, Heidegger,
Valery) pelo modo como responde aos valores ontológicos e
existenciais presentes na humanidade.
- Caracteriza-se por:
ser uma realidade material;
responder a necessidades espirituais, éticas, estéticas e ontológicas;
cumprir funções práticas, morais e funcionais;
responder a ordens presentes na sociedade e adequar a ordem das
suas respostas às questões colocadas por essa sociedade;
estar sujeita às mutações que o grupo social comporta.
- Pelo seu valor plástico e espacial, a arquitectura é um conjunto de
qualidades sensíveis.
- Pela sua organização física, é uma estrutura material.
- Pelos seus conteúdos, é uma estrutura conceptual.
- É dotada de sentidos:
um sentido explícito contido na função e programa,
um sentido implícito representado pelas intenções e partido estético
assumido pelo arquitecto.
Ordem - É uma das ideias fundamentais da inteligência.
- Compreende determinações temporais, espaciais e numéricas, e
todas as suas correspondências, as leis, as causas, os fins, os
géneros e as espécies.
O. arquitectónica - É a organização subordinada a princípios de hierarquização e
economia, isto é, a correcta colocação das coisas no lugar que
lhes pertence.
Tal supõe também uma combinação que generalizará o conceito.
- Estrutura + significado (Manuel Taínha - “A aprendizagem do
ofício” - 1989).
M. Taínha aceita a definição do papel da arquitectura como o de
dar ordem ao mundo dos artefactos
Acrescenta que não há ordem positiva, sensitiva, sensorial, distinta
da racionalidade e que é a apreensão desta racionalidade na
ordem que está na origem do prazer estético.
- L. Kahn dizia que o espaço é arquitectura quando a evidência de
como é feito é vista e compreendida.
“O que sempre mudou no tempo (e no espaço) foi o entendimento ou o sentido da
ordem. Para uns a ordem foi uma hierarquia; a hierarquia que desde o princípio até ao
fim dos tempos preside ao mundo natural. Para outros, o paradigma de ordem é uma
máquina, um mecanismo regulado pela acção recíproca de causas e efeitos. Para outros
ainda, a ordem é causalidade, não obedece a um esquema predeterminado, nem exterior
aos factos reais. Estes desfrutam de uma lógica interna que em cada caso é preciso
descobrir para agir: cada caso gera a sua própria teoria de acção”. (Manuel Taínha - “A
aprendizagem do ofício” - 1989)
"Para distinguir arquitectura de edifício deve haver um acto intencional. É a forma que
deve evidenciar, ou significar uma intenção arquitectónica. Daí que, ao nível mais
fundamental, a distinção entre edifício e arquitectura dependa da presença nesta última
de um signo arquitectónico". (P. Eisenman -"Como Casas de Naipes"- El passeante, nº 8,
1988)
“É difícil estabelecer as fronteiras do útil e do inútil; mas quando se faz uma coisa inútil
não só há uma ausência de prazer como uma impossibilidade de inteligência porque esta
só pensa aquilo que é, ou seria, em certas condições possível. É certo que muitos
projectos que vemos agradam aos ilustradores; mas se a arquitectura está intimamente
ligada à representação, então, ela nada tem a ver com a ilustração”. (A. Rossi -”Elogio
da arquitectura civil”- ARQUITECTOS nº 174 / 175, 1997).

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  • 1. INTRODUÇÃO À TEORIA DA ARQUITECTURA ARQUITECTURA - 1º Ciclo, 1º Ano
  • 2. Competências adquiridas: Introdução às questões da disciplina e de uma exegese e hermenêutica da Arquitectura. Conceitos gerais sobre o Belo, a Arte, a Arquitectura, numa perspectiva contemporânea: percepção geral do que nos rodeia hoje e porquê. Primeira abordagem histórica, conceptual e fenomenológica da Arquitectura, através dos seus contextos modernos e contemporâneos.
  • 3. Categorias - Predicado da proposição - No universo da estética regem no mundo das artes as qualidades e ligações afectivas que determinam no objecto os percursos e aproximações ao Belo - Agrupam tonalidades de sentimento e fixam-nas no conceito
  • 4. C. estéticas - Modalidades do Belo - Chamam-se categorias estéticas aos diferentes valores reconhecidos pela contemplação e que caracterizam a obra artística. - A enumeração das categorias varia com os pensadores, contendo pois uma certa arbitrariedade essa enumeração - A categorização é conduzida pelo objecto e apoia-se na sensibilidade do sujeito - Não há exclusividade nas categorias, nem categorias puras - É sobretudo através da obra artística que as categorias são estabelecidas. A obra artística é uma estética in nuce
  • 5.
  • 6. Categorias e subcategorias estéticas - Sublime / Grandioso, Majestoso / Colossal - Trágico / Heróico, Nobre / Enfático, Pomposo, Teatral, Terrível - Dramático / Melodramático / Monstruoso, Horrível - Patético / Palpitante / Tocante - Cómico / Satírico, Grotesco, Humor / Burlesco, Bufão, Trivial, Irónico - Poético / Épico, Fantástico, Maravilhoso, Lírico, Elegíaco / Feérico, Fabuloso, Idílico - Pitoresco / Anedótico, Didáctico / Descritivo - Graça / Elegante, Delicado, Refinado / Amaneirado - Bonito / Precioso, Requintado / Piegas, Engraçado, Banal
  • 7. Sublime - Tudo o que tem a qualidade de elevar ao mais alto ponto intelectual e moral. Também o mais alto grau de beleza. - Tomando o termo no seu sentido actual, exprime um sentimento de admiração entusiasta, quer de ordem estética quer de ordem moral - Ultrapassa todas as percepções do sujeito num acréscimo de intensidade, constituindo-se no sentimento, consciente ou inconsciente, de um poder sobre-humano e formidável que de algum modo ameaça a segurança do sujeito. A analogia estética surge então pelo recurso à humanitariedade do processo Sucategorias - Grandioso, Majestoso - Colossal
  • 8. Trágico - Tudo aquilo que supõe esmagamento de valores. - Na prática artística o esmagamento do valor ético ou ontológico é recuperado pelo valor estético. - Assim o trágico só pode ser considerado em arquitectura nas suas subcategorias Sucategorias - Heróico, Nobre - Enfático, Pomposo, Teatral, Terrível
  • 9. Dramático - Em grego drama significa acção e é justamente neste largo sentido em que reside o risco em relação a uma arquitectura participante da categoria - O excesso de componentes da obra e a violência de um sentido apaixonado poderão produzir teatralidade em detrimento do valor arquitectónico e espacial Subcategorias - Melodramático - Monstruoso, Horrível
  • 10. Patético - Categoria da intensidade. - Está relacionado com a derrota, com ausência de dinamismo agonístico (capacidade de luta). Existe apenas capacidade de enumeração. O lugar do sofrimento (não exactamente masoquismo) - Estado afectivo mas de consciência completa. Vortex de consciência. Sentido exaltante da intelectualização. - Pode ser sublimado para outras categoria da intensidade: Poético – sofrimento em beleza Trágico – acção catártica Dramático – accção ressalva o carácter passivo Subcategorias - Palpitante - Tocante
  • 11. Cómico - Ordem que tende a elevar o sujeito. Subcategorias - Satírico, Grotesco, Humor - Burlesco, Bufão, Trivial, Irónico
  • 12. Poético - Supõe, como categoria estética, uma noção de transcendência que se manifesta pelo sensível, exaltando a harmonia do Ser na materialização dos valores mais altos. - Pode afirmar-se que toda a arquitectura harmónica participa de uma ordem poética Subcategorias - Épico, Fantástico, Maravilhoso, Lírico, Elegíaco - Feérico, Fabuloso, Idílico
  • 13. Pitoresco - Aquilo que é digno de ser pintado, que encanta os olhos e o espírito, que pode ser tomado como característico. Subcategorias - Anedótico, Didáctico - Descritivo
  • 14. Graça - Qualidade estética do movimento, por extensão das formas e das atitudes aladas. - Parece consistir em arquitectura no à-vontade, na leveza do movimento, nas formas, ritmos ou proporções harmoniosas que fazem esquecer a força de atracção da gravidade. Subcategorias - Elegante, Delicado, Refinado - Amaneirado
  • 15. Bonito - Investe no agradável (o que dá prazer). O agradável, não cessando, vai criar densidade - Aparência delicada, Fragilidade. Sedutor pela fragilidade. Existe Graça embrionária, mas ao invés, Bonito é ausencia de força - Comunica o valor do amável Subcategorias - Precioso, Requintado - Piegas, Engraçado, Banal
  • 16. Útil - Ordem limitativa das categorias estéticas - Em relação à obra de arte é aquilo que se julga conveniente para atingir um fim normalmente prático - Útil satisfaz necessidades precisas, materiais, temporais e nelas está contido o humano – que não é material. No humano o pendor espiritual é útil – humanitariedade. - Útil é preciso, temporal e mediato. Como valor estético supõe inovação, não tem valor em si, serve como meio para atingir a felicidade. - Para Sócrates, Belo é conveniente (Kromenon) - imanência e transcendência. - Útil é ordem mediata para fins éticos, ontológicos e estéticos - Útil resolve-se pelo sublime. É pretexto espiritual da utilização humana. Segundo Alain é esta vertente em arquitectura que a torna mais importante das artes.
  • 17. Útil - No sentido vulgar útil é o contrário de tudo o que é superficial ou supérfluo e logo opõe-se a tudo o que é de ordem estética. - Depois da revolução industrial tornou-se categórico e imperativo. Foi tomado como um fim em si. Em vez de valor tornou-se constrangimento. - Há que escolher entre Útil como meio (pretexto espiritual) ou como fim (utilitarismo). - Útil é pretexto espirtual de utilização humana. Esta vertente em arquitectura é o que a torna para Alain na mais importante das artes. C. Estéticas - Permitem elevar o útil no sentido de encontrar o seu sentido estético mais profundo - Objecto adequadamente feito não cortou a função de uma exaltação
  • 18. Funcionalismo - É redundante. Função como única exigência é uma visão primária e mecânica do comportamento. - É um modo rápido de resolver um problema. - Esvazia-se numa situação finita - Vai contra a harmonia platónica em que a função é parte de um todo Racionalidade - Diferente de Racionalismo (como funcionalidade é diferente de funcionalismo) - Está sempre presente no processo construtivo Habitabilidade - Imagem icónica do ser - Útil em arquitectura
  • 19. Arquitectura - Considerada a mais completa das formas de arte (Hegel, Heidegger, Valery) pelo modo como responde aos valores ontológicos e existenciais presentes na humanidade. - Caracteriza-se por: ser uma realidade material; responder a necessidades espirituais, éticas, estéticas e ontológicas; cumprir funções práticas, morais e funcionais; responder a ordens presentes na sociedade e adequar a ordem das suas respostas às questões colocadas por essa sociedade; estar sujeita às mutações que o grupo social comporta. - Pelo seu valor plástico e espacial, a arquitectura é um conjunto de qualidades sensíveis. - Pela sua organização física, é uma estrutura material. - Pelos seus conteúdos, é uma estrutura conceptual. - É dotada de sentidos: um sentido explícito contido na função e programa, um sentido implícito representado pelas intenções e partido estético assumido pelo arquitecto.
  • 20. Ordem - É uma das ideias fundamentais da inteligência. - Compreende determinações temporais, espaciais e numéricas, e todas as suas correspondências, as leis, as causas, os fins, os géneros e as espécies. O. arquitectónica - É a organização subordinada a princípios de hierarquização e economia, isto é, a correcta colocação das coisas no lugar que lhes pertence. Tal supõe também uma combinação que generalizará o conceito. - Estrutura + significado (Manuel Taínha - “A aprendizagem do ofício” - 1989). M. Taínha aceita a definição do papel da arquitectura como o de dar ordem ao mundo dos artefactos Acrescenta que não há ordem positiva, sensitiva, sensorial, distinta da racionalidade e que é a apreensão desta racionalidade na ordem que está na origem do prazer estético. - L. Kahn dizia que o espaço é arquitectura quando a evidência de como é feito é vista e compreendida.
  • 21. “O que sempre mudou no tempo (e no espaço) foi o entendimento ou o sentido da ordem. Para uns a ordem foi uma hierarquia; a hierarquia que desde o princípio até ao fim dos tempos preside ao mundo natural. Para outros, o paradigma de ordem é uma máquina, um mecanismo regulado pela acção recíproca de causas e efeitos. Para outros ainda, a ordem é causalidade, não obedece a um esquema predeterminado, nem exterior aos factos reais. Estes desfrutam de uma lógica interna que em cada caso é preciso descobrir para agir: cada caso gera a sua própria teoria de acção”. (Manuel Taínha - “A aprendizagem do ofício” - 1989)
  • 22. "Para distinguir arquitectura de edifício deve haver um acto intencional. É a forma que deve evidenciar, ou significar uma intenção arquitectónica. Daí que, ao nível mais fundamental, a distinção entre edifício e arquitectura dependa da presença nesta última de um signo arquitectónico". (P. Eisenman -"Como Casas de Naipes"- El passeante, nº 8, 1988)
  • 23. “É difícil estabelecer as fronteiras do útil e do inútil; mas quando se faz uma coisa inútil não só há uma ausência de prazer como uma impossibilidade de inteligência porque esta só pensa aquilo que é, ou seria, em certas condições possível. É certo que muitos projectos que vemos agradam aos ilustradores; mas se a arquitectura está intimamente ligada à representação, então, ela nada tem a ver com a ilustração”. (A. Rossi -”Elogio da arquitectura civil”- ARQUITECTOS nº 174 / 175, 1997).