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O TEXTO POÉTICO
O texto poético, ou poema, expressa
essencialmente emoções, pensamentos ou ideias
de um locutor ou enunciador.
O locutor comunica, através do poema, com os
interlocutores, os leitores, transmitindo-lhes, muitas
vezes, sensações, recordações, sonhos ou dúvidas.
A leitura do texto
poético pode levar a
várias interpretações,
pois trata-se de um
texto muito rico em
imagens e contrastes
inesperados.
Os escritores de poemas, os poetas, sentem alguma
liberdade na escrita de um texto poético, brincando
com os sons, com as palavras e com as frases.
Nos seus poemas, usam bastantes recursos retóricos:
Enumeração
“É urgente destruir certas palavras
Ódio, solidão e crueldade.”
Personificação “As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!”
Comparação
“O mundo pula e avança
Como bola colorida
Nas mãos de uma criança.”
Metáfora “Amigo é um sorriso de boca em boca…”
(Eugénio de Andrade, Casimiro de Abreu, António Gedeão, Alexandre O’Neill)
O poema é escrito
em verso. O verso é
cada linha de um
poema.
Cada conjunto de
versos, separado dos
outros conjuntos de
versos por um
espaço em branco,
chama-se estrofe.
Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam na luz
As belas borboletas
Borboletas brancas
São alegres e francas.
Borboletas azuis
Gostam muito de luz.
As amarelinhas
São tão bonitinhas!
E as pretas, então...
Oh, que escuridão!
(As Borboletas, Vinicius de Moraes)
estrofe
verso
Por ser escrito em verso, o texto poético tem ritmo
e musicalidade.
A natureza musical do poema deve-se, em muitos
casos, ao uso da rima.
A rima é a semelhança de sons, a partir da vogal
da sílaba tónica das palavras, sobretudo no final
dos versos.
Dias são dias, e noites
São noites e não dormi...
Os dias a não te ver
As noites pensando em ti.
- Versos que rimam:
São noites e não dormi...
As noites pensando em ti.
- Sílaba tónica:
-mi-
-ti-
- Vogal/ditongo da sílaba tónica:
-i-
- Semelhança de sons a partir
da vogal da sílaba tónica:
dormi
ti
Baila o trigo quando há vento
Baila porque o vento o toca
Também baila o pensamento
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-o-
- Semelhança de sons a partir
da vogal da sílaba tónica:
toca
provoca
(Quadras ao Gosto Popular, Fernando Pessoa)
No texto poético, é também comum surgirem
vários elementos do mesmo campo lexical.
Inverno é…
Neve a cair,
Vento a soprar
E chuva a pingar.
Roupas quentinhas
Noite de Natal
Os Reis e o Carnaval.
Campo lexical – Inverno:
neve / vento / chuva / roupa quente / Natal / Dia de Reis
O texto poético resulta com frequência da reflexão
sobre aspetos da vida e do mundo.
É, sobretudo, uma visão
especial daquilo que nos
rodeia, dando atenção a
pormenores simples, mas
importantes para quem
observa.
Quando escrevemos um poema, exprimimos os
nossos sentimentos e podemos aprofundar aquilo
que acontece no nosso mundo interior.
O poema é, então, um texto com bastante
expressividade, concentrando sensações, ideias e
emoções.
Sei de um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo tem lá dentro um passarinho
Novo.
Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo
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Que faça o pino
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(Miguel Torga)

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O que é um texto poético

  • 2. O texto poético, ou poema, expressa essencialmente emoções, pensamentos ou ideias de um locutor ou enunciador.
  • 3. O locutor comunica, através do poema, com os interlocutores, os leitores, transmitindo-lhes, muitas vezes, sensações, recordações, sonhos ou dúvidas. A leitura do texto poético pode levar a várias interpretações, pois trata-se de um texto muito rico em imagens e contrastes inesperados.
  • 4. Os escritores de poemas, os poetas, sentem alguma liberdade na escrita de um texto poético, brincando com os sons, com as palavras e com as frases.
  • 5. Nos seus poemas, usam bastantes recursos retóricos: Enumeração “É urgente destruir certas palavras Ódio, solidão e crueldade.” Personificação “As ondas beijando a areia E a lua beijando o mar!” Comparação “O mundo pula e avança Como bola colorida Nas mãos de uma criança.” Metáfora “Amigo é um sorriso de boca em boca…” (Eugénio de Andrade, Casimiro de Abreu, António Gedeão, Alexandre O’Neill)
  • 6. O poema é escrito em verso. O verso é cada linha de um poema. Cada conjunto de versos, separado dos outros conjuntos de versos por um espaço em branco, chama-se estrofe. Brancas Azuis Amarelas E pretas Brincam na luz As belas borboletas Borboletas brancas São alegres e francas. Borboletas azuis Gostam muito de luz. As amarelinhas São tão bonitinhas! E as pretas, então... Oh, que escuridão! (As Borboletas, Vinicius de Moraes) estrofe verso
  • 7. Por ser escrito em verso, o texto poético tem ritmo e musicalidade. A natureza musical do poema deve-se, em muitos casos, ao uso da rima.
  • 8. A rima é a semelhança de sons, a partir da vogal da sílaba tónica das palavras, sobretudo no final dos versos. Dias são dias, e noites São noites e não dormi... Os dias a não te ver As noites pensando em ti. - Versos que rimam: São noites e não dormi... As noites pensando em ti. - Sílaba tónica: -mi- -ti- - Vogal/ditongo da sílaba tónica: -i- - Semelhança de sons a partir da vogal da sílaba tónica: dormi ti
  • 9. Baila o trigo quando há vento Baila porque o vento o toca Também baila o pensamento Quando o coração provoca. - Versos que rimam: Baila porque o vento o toca Quando o coração provoca. - Sílaba tónica: -to- -vo- - Vogal/ditongo da sílaba tónica: -o- - Semelhança de sons a partir da vogal da sílaba tónica: toca provoca (Quadras ao Gosto Popular, Fernando Pessoa)
  • 10. No texto poético, é também comum surgirem vários elementos do mesmo campo lexical. Inverno é… Neve a cair, Vento a soprar E chuva a pingar. Roupas quentinhas Noite de Natal Os Reis e o Carnaval. Campo lexical – Inverno: neve / vento / chuva / roupa quente / Natal / Dia de Reis
  • 11. O texto poético resulta com frequência da reflexão sobre aspetos da vida e do mundo. É, sobretudo, uma visão especial daquilo que nos rodeia, dando atenção a pormenores simples, mas importantes para quem observa.
  • 12. Quando escrevemos um poema, exprimimos os nossos sentimentos e podemos aprofundar aquilo que acontece no nosso mundo interior.
  • 13. O poema é, então, um texto com bastante expressividade, concentrando sensações, ideias e emoções. Sei de um ninho. E o ninho tem um ovo. E o ovo tem lá dentro um passarinho Novo. Mas escusam de me atentar: Nem o tiro, nem o ensino. Quero ser um bom menino E guardar Este segredo comigo E ter depois um amigo Que faça o pino A voar... (Miguel Torga)