1. Federico Fellini Cineasta italiano nasce na cidade de Rimini,onde vive até os 17 anos numa família da pequena burguesia. Durante a adolescência, entra em contacto com o circo, os filmes de Hollywood e as histórias aos quadrinhos americanas, que influenciaram o seu estilo. Em 1937 muda-se para Florença, onde trabalha como caricaturista. No ano seguinte vai para Roma estudar direito, mas acaba a criar histórias aos quadrinhos e canções para o teatro de revista e rádios. Começa no cinema aos 19 anos, a escrever roteiros de comédia.
2. Técnica e Equipamento A vida e os sonhos eram a matéria-prima para seus filmes. Certa vez ao visitar um campo cultivado, vendo as imensas estufas cobertas por lonas plásticas, conclui que essa seria a melhor forma de representar o mar. Em seus filmes, o mar é sempre recriado em estúdio, com lonas plásticas agitadas e muito efeito luminoso para criar a ilusão das ondas em movimento. Era necessário uma grande parafernália técnica para que esse simples efeito fosse obtido. Mas não há como se divertir com a presença do director nos sets, com megafone na mão e pedindo para atores e figurantes que não falassem nada, apenas repetissem números em voz baixa - um, dois, três... - para manter o movimento dos lábios. Depois eles seriam dobrados.
3. Federico FelliniCartoonista O italiano foi também um cartoonista talentoso. Produziu desenhos satíricos a lápis, aguarela, canetas que percorreram a América do Norte e Europa, e hoje são de grande valia a coleccionadores (muitos de seus rascunhos foram inspirados durante a produção dos filmes, estimulando ideias de decoração, vestimentas, projecto do set de filmagens, etc.). Com a queda do fascismo em 25 de Julho de 1943 e a libertação de Roma pelas tropas aliadas em 4 de Junho de 1944, num verão eufórico, Fellini e seu amigo De Seta inauguraram o Shopping das Caretas, desenhando caricaturas dos soldados aliados por dinheiro.
4. Federico FelliniActor Em 1948 Fellini actuou no filme de Roberto Rossellini "IlMiracolo", com AnnaMagnani. Para actuar no papel de um vigarista que é confundido com um santo. Fellini teve de ficar com o cabelo tingido de loiro.
5. Federico Fellini Fotonovela Uma fotonovela de Fellini chamada "Uma Viagem para Tulum" foi publicada na revista Crisis, com arte de Milo Manara, e publicada pela CatalanCommunications, no mesmo ano. Livro Nos anos de 1991 e 1992 trabalhou com o diretor canadense DamianPettigrew para ter o que ficou conhecida como "a mais longa e detalhada conversa jamais vista sobre filmes", que depois serviu de base para um documentário e um livro lançados anos mais tarde: "Fellini: Eu sou um grande Mentiroso". TullioKezich, crítico de filme e biógrafo de Fellini descreveu esses trabalhos como sendo "O Testamento Espiritual do Maestro".
6. Carreira Cinematográfica O primeiro filme de Fellini co-dirigido pelo experiente director Alberto Lattuada foi “Mulheres e Luzes” em 1950. Uma comédia charmosa sobre uma turma de saltimbancos itinerantes. O filme foi muito estimulante para Fellini, na época com 30 anos, mas a fraca distribuição e as críticas negativas tornaram do filme um motivo de preocupação e um desastre que levou a produtora à falência, deixando Fellini e Lattuada com dívidas que se estenderam por uma década.
7. O primeiro filme que Fellini dirigiu sozinho foi "Abismo de um sonho" ("Losceiccobianco", 1952. O filme é uma releitura de uma fotonovela - de MichelangeloAntonioni feita em 1949. O produtor CarloParloPonti pagou a Fellini e TullioPinelli para desenvolver a trama, mas não gostou, assim o filme foi passado para Alberto Lattuada, que também o recusou. Fellini resolveu então dirigir o filme sozinho.
8. filme "A Doce Vida“(LadolceVita), considerado um dos filmes mais importantes do cinema e dos anos 1960. Marcello (MarcelloMastroianni) é um jornalista em Roma durante a década de 1950, que cobre notícias dos tablóides de estrelas de cinema, visões religiosas e da aristocracia, enquanto procura uma maneira mais significativa da vida. Foi neste filme que surgiu o termo "Paparazzo”.
9. Em 1953, o cineasta dirige Os Boas Vidas, filme que tem como narrativa cinco jovens que estão presos numa pequena cidade. O descontentamento e a inquietação os levam a uma variedade de actividades, nem todas admiráveis. Em 1961, Fellini descobriu através de um psicanalista os livros de CarlJung. As teorias de Jung, do colectivo inconsciente foram muito explorados no filmes "8½", "Julieta dos Espíritos", "Satyricon", "Casanova" e "Cidade das Mulheres".
10. O tema "crise existencial" continuou a ser abordado em Julieta dos Espíritos, de 1965, que tem como protagonista uma mulher que desconfia da fidelidade do marido. Em Satyricon, o director explora o sexo durante os anos 60 e, em 1976, Fellini leva as telas Casanova de Fellini, que conta a história de um libertino, coleccionador de seduções e relações sexuais, até se apaixonar. A famosa história do lendário conquistador contada por Fellini recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado e uma ao prémio BAFTA de Melhor Direcção de Arte.Em 1979, Fellini faz uma referência à divisão da Itália em norte e sul, no filme Ensaio de Orquestra, que tem como enredo uma entrevista onde músicos de uma orquestra mostram o lado obscuro de suas personalidades e a antipatia contra a autoridade regente.
11. Prémios Ganhou em 1993 o Óscar Honorário, em reconhecimento a sua carreira cinematográfica. Recebeu BAFTA de Melhor Filme, por seu trabalho em "A Doce Vida" (1960). Ganhou em 1986, a Medalha Cidade de Roma e o prémio RenéClair por seu trabalho em "Ginger e Fred" (1986). Ganhou em 1987 o Prémio do 40º Aniversário do Festival de Cannes, por seu trabalho em "Entrevista" (1987). Ganhou o Grande Prémio Técnico, no Festival de Cannes, por seu trabalho em "Roma de Fellini" (1972). Ganhou em 1960 a Palma de Ouro no Festival de Cannes, por seu trabalho em "A Doce Vida" (1960). Ganhou o prémio pelo Conjunto da Obra no EuropeanFilmAwards. Ganhou em 1963 o Prémio GrandPrix, no Festival Internacional de Moscou, por seu trabalho em "8 1/2" (1963) Ganhou em 1985,o Carreira Leão de Ouro, no Festival de Veneza, pela sua carreira cinematográfica. Ganhou 2 vezes o Leão de Prata, no Festival de Veneza, por seu trabalho em "A Estrada da Vida" (1954) e "Os Boas Vidas" (1953). ... E muitos mais.