5. Planisfério de Mercator – 1595
No século XV, a cartografia colaborou na descoberta de
novos caminhos. Através das cartas marítimas, tornou-se
possível aventura-se por mares com um pouco mais de
segurança, com chances de retornar.
6. Uma das maneiras mais primitivas de orientação e elaboração de
mapas era através da observação de astros e estrelas. No decorrer
de muito tempo os viajantes e os cartógrafos usaram com
frequência esse artifício, as principais referências eram o Sol, a Lua
e as estrelas.
A observação das estrelas e a bússola foram um grande auxílio na
elaboração de mapas no século XVI.
Recursos usados na elaboração de mapas
18. Tipos de Mapa
• Mapa político: representa a divisão territorial de um país, estado ou
município.
19. Tipos de Mapa
• Mapa físico: representa elementos da natureza como clima, vegetação,
altitude, etc.
20. Tipos de Mapa
• Mapa Demográfico: são aqueles utilizados para representar temas
referentes às populações, como número de habitantes, concentração de
moradias, divisão de agrupamentos étnicos e densidade demográfica.
21. Mapas econômicos: são aqueles mapas que representam as
atividades produtivas e financeiras, bem como trazem informações e
dados socioeconômicos. Assim, temos mapas da distribuição das
indústrias, da localização de matérias-primas, de determinados tipos
de serviços, entre outros temas.
Tipos de Mapa
22. Elementos de um mapa
• São vários os elementos de um
mapa, isto é, aqueles itens e
símbolos necessários para que uma
mera figura possa ser diferenciada
de um verdadeiro mapa ou
cartograma, que é feito com rigor
científico para representar uma
determinada área da superfície
terrestre. Em geral, os mapas
costumam apresentar as seguintes
composições: título, orientação,
legenda e escala.
23. Título: O título, que por vezes vem acompanhado de um
subtítulo, é o indicador do tema retratado, quando se trata
de um mapa temático. Em mapas históricos, o título
também costuma indicar o ano ou período do espaço
representado. Para que se faça uma correta leitura de
qualquer mapa, a primeira coisa a se fazer é sempre ler o
título e compreender o que ele indica.
Legenda: As legendas são os significados dos símbolos
existentes nos mapas. Esses símbolos podem apresentar-
se em forma de cores, ícones, hachuras, pontos, linhas e
outros. Alguns desses símbolos apresentam
padronizações, como o azul para representar a água; o
verde, para as florestas e áreas verdes, linhas com traços
para representar ferrovias; aviões para representar
aeroportos, entre outros inúmeros exemplos.
24. Escala: indica a relação matemática entre o espaço real e a
representação desse espaço no mapa. Ela, portanto, aponta a
quantidade de vezes que uma área teve de ser reduzida para
caber no local em que o mapa está representado. As escalas
podem ser gráficas ou numéricas (ambas presentes no
exemplo acima). A escala numérica apresenta-se em números
de uma divisão, e a escala gráfica apresenta-se conforme uma
representação de linhas e traços.
Orientação: é importante no sentido de apontar a direção do
mapa, indicando-nos para que lado fica o norte e,
consequentemente, os demais pontos cardeais. Ela pode
apresentar-se com uma rosa dos ventos completa ou apenas
com uma seta indicando o norte geográfico. A importância da
orientação se dá, principalmente, em mapas que representam
áreas muito restritas, quando não conseguimos perceber
facilmente para que lado o mapa está apontando.
25. Escalas
•O mapa é uma imagem reduzida de uma determinada
superfície. Essa redução - feita com o uso da escala -
torna possível a manutenção da proporção do espaço
representado.
• A escala cartográfica estabelece uma relação de
proporcionalidade entre as distâncias lineares num
desenho (mapa) e as distâncias correspondentes na
realidade.
•As escalas podem ser indicadas de duas maneiras,
através de uma representação gráfica ou de uma
representação numérica.
26. Escala gráfica
•A escala gráfica é representada por um pequeno segmento de
reta graduado, sobre o qual está estabelecida diretamente a
relação entre as distâncias no mapa, indicadas a cada trecho
deste segmento, e a distância real de um território.
•De acordo com este exemplo cada segmento de 1cm é
equivalente a 200 km no terreno, 2 cm a 400 km, e assim
sucessivamente. Caso a distância no mapa, entre duas
localidades seja de 5 cm, a distância real entre elas será de 5 X
200, ou 1000 km.
27. Escala numérica
•A escala numérica é estabelecida através de uma
relação matemática, normalmente representada por
uma razão, por exemplo: 1: 300 000 (1 por 300 000). A
primeira informação que ela fornece é a quantidade de
vezes em que o espaço representado foi reduzido.
Neste exemplo, o mapa é 300 000 vezes menor que o
tamanho real da superfície que ele representa.
•Neste caso também, 1 centímetro corresponde a 3 km.
Se a distância no mapa entre duas cidades é de 4 cm,
a distância real será de 12 km (4x3).
29. No mapa do Brasil, 1 centímetro corresponde a 250 km.
Já no mapa do estado do Rio de Janeiro, 1 centímetro corresponde a 40 km.
O mapa do Brasil foi mais reduzido do tamanho real e apresenta menos detalhes
que o mapa do Rio de Janeiro.
Mapa do
Brasil
Mapa do Rio de
Janeiro
30. Perceba que os dois mapas de Portugal possuem a
mesma escala, só que uma na forma gráfica e outra na
forma numérica.
Nos dois casos, 1 centímetro corresponde a 120 km
37. O interesse sobre a ordenação do
Sistema Solar proporcionou muitos
anos de observações, estudos e
debates. Ao longo da história, as duas
teorias mais conhecidas são: a do
Geocentrismo, desenvolvida pelo
astrônomo grego Cláudio Ptolomeu; e
a teoria do Heliocentrismo, formulada
por Nicolau Copérnico.
A Terra e o Universo
Capítulo 5
38. A teoria Geocêntrica, também chamada de sistema ptolomaico, foi
elaborada pelo astrônomo grego Claudio Ptolomeu no início da Era
Cristã. Conforme essa teoria, a Terra está no centro do Sistema
Solar, e os demais astros orbitam ao redor dela. Os astros estariam
fixados sobre esferas concêntricas e girariam com velocidades
distintas.
Ptolomeu afirmava que o Sol, a Lua e os planetas giravam
entorno da Terra na seguinte ordem: Lua, Mercúrio,
Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno. O Geocentrismo foi
defendido pela Igreja Católica, pois apresentava aspectos
de passagens bíblicas.
39. No entanto, após 14 séculos, a teoria Geocêntrica foi contestada por
Nicolau Copérnico, que elaborou uma outra estrutura do Sistema Solar,
o Heliocentrismo.
O Heliocentrismo consiste num modelo teórico de Sistema Solar
desenvolvido pelo astrônomo e matemático polonês, Nicolau Copérnico
(1473-1543). Conforme Copérnico, a Terra e os demais planetas se
movem ao redor de um ponto vizinho ao Sol, sendo este, o verdadeiro
centro do Sistema Solar.
O modelo não foi aceito pela Igreja Católica, que adotava a teoria do
Geocentrismo, elaborada por Ptolomeu. A teoria Heliocêntrica foi aperfeiçoada e
comprovada por Galileu Galilei, Kepler e Isaac Newton. Atualmente, é a mais
aceita entre a comunidade científica.
40. O endereço da Terra
Aquilo que muitos chamam de estrela cadente, na
realidade, não é uma estrela de fato caindo do céu.
Trata-se de fragmentos do espaço cósmico que entram
em nossa atmosfera e em virtude da alta velocidade e
do atrito com o ar atmosférico, esses corpos do espaço
incendeiam-se, o que provoca um rastro de luz no céu
noturno.
41. Um asteroide é um corpo rochoso composto por minerais e metais
que orbita no Sistema Solar. Normalmente, os asteroides ficam em
órbitas bem definidas e estáveis, concentrados entre as órbitas de
Marte e Júpiter. Essa região é conhecida como Cinturão de
Asteroides. Com formato irregular, a maioria dos asteroides tem
cerca de 1 quilômetro de diâmetro - mas alguns podem chegar a
centenas de quilômetros. Asteroides de diversos tamanhos já
atingiram a Terra.
42. A Via Láctea é a galáxia em que está localizado o
Sistema Solar. Ela é composta por estrelas,
astros menores, gás, poeira e matéria escura.
Via Láctea
O Sistema Solar pertence ao braço de Órion, na
periferia da Galáxia, a cerca de 27 mil anos-luz do
seu centro.
43. Formação do Sistema Solar
Segundo uma parcela da classe científica os
planetas e os astros teriam sido formados a
partir de fragmentos de poeira oriundas do sol
há aproximadamente 4,6 bilhões de anos.
O sol é uma estrela composta por um
conjunto de gases e minerais e/ou elementos
sólidos (gelo, ferro entre outros), no primeiro
momento o sol possuía um aspecto nebuloso
e apresentava características de um disco
chato que girava.
.
No decorrer de toda evolução da estrela houve um momento em que a parte
nebulosa iniciou um processo de desmembramento de diversos anéis, que deu
origem a uma variedade de aglomerações. Uma parcela dessas aglomerações
se agrupou em partículas sólidas, por meio desse processo teve início a
formação de alguns planetas do Sistema Solar como Mercúrio, Vênus, Terra e
Marte.
Outras aglomerações se compactaram em partes maiores de gases, dessa
forma derivou os planetas de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. No caso de
Plutão o processo não equivale aos planetas citados, pois se supõe que esse
44. Através de pesquisas das rochas e dos fósseis, cientistas
estimam que a Terra tenha aproximadamente 4 bilhões de
anos, durante todo esse período ela passou por grandes
transformações, processo classificado como eras geológicas.
As diferentes eras geológicas correspondem a grandes
intervalos de tempo, divididos em períodos.
Idade da Terra
45. Um fóssil é um vestígio de um organismo que
existiu no passado e que ficou preservado nas
rochas ou outros materiais, em contexto
geológico.
Fósseis
A idade do fóssil é descoberta
se baseando no cálculo
comparativo entre a quantidade
habitual encontrada na matéria
viva, e aquela que foi
descoberta no fóssil.
O método mais utilizado hoje em
dia para se determinar a idade
de um fóssil é a radiatividade,
baseado em quantidades de
elementos como o Carbono 14.
47. •Como todos os corpos do Universo, a Terra
também não está parada. Ela realiza inúmeros
movimentos. Os dois movimentos principais do
nosso planeta são o de rotação e o de
translação, cujos efeitos sentimos no cotidiano.
48. Movimento de Rotação
•O movimento de rotação da Terra é o giro que
o planeta realiza ao redor de si mesmo, ou seja,
ao redor do seu próprio eixo. Esse movimento
se faz no sentido anti-horário, de oeste para
leste, e tem duração aproximada de 24 horas.
•Graças ao movimento de rotação, a luz solar
vai progressivamente iluminando diferentes
áreas, do que resulta a sucessão de dias e
noites nos diversos pontos da superfície
terrestre.
•Vale lembrar que, durante o ano, a iluminação
do Sol não é igual em todos os lugares da
Terra, pois o eixo imaginário, em torno do qual
a Terra faz a sua rotação, tem uma inclinação
de 23, 5°, em relação ao plano da órbita
terrestre
49. De dia, uma parte dos habitantes da Terra recebe luz solar,
porque a parte da superfície da Terra onde vivem está
virada para o Sol, mas os habitantes da Terra que estão do
outro lado não recebem essa luz. Por exemplo, em Lisboa,
às 8 h da manhã é de dia mas, em Nova Iorque, nos Estados
Unidos, para Ocidente de Lisboa, no mesmo instante são 3h
da manhã e ainda é de noite. Enquanto uns tomam o
pequeno almoço os outros ainda vão a meio do seu sono.
O movimento de rotação da Terra explica o movimento
aparente do Sol, que vemos durante o dia, e pelo
movimento aparente das outras estrelas, que vemos
durante a noite.
50. A Lua possui muitos movimentos, mas os principais são a rotação, a
revolução e a translação.
A rotação da Lua é o movimento que ela faz em torno do seu próprio
eixo.
A revolução é o que ela faz ao redor da Terra e que dura 28
dias.
O movimento de translação da Lua é o que faz em torno do Sol
acompanhando a Terra. Sua duração é o de um ano, portanto, 365 dias.
51. Eclipse Lunar
O movimento de translação da Lua é de aproximadamente 29,5 dias, e nos
permite observar as fases: Nova, Crescente, Cheia e Minguante. Na fase Nova,
acontece um alinhamento Sol-Lua-Terra, o observador terrestre não pode ver a
face iluminada da Lua, pois ela não está voltada para o nosso planeta.
Durante a fase Cheia acontece o alinhamento Sol-Terra-Lua e, desta forma, a
face iluminada do satélite volta-se para a Terra. Todo o disco lunar fica visível e
temos as belas noites de Lua Cheia.
O eclipse lunar ocorre quando a lua se posiciona nas zonas umbra ou penumbra
da sombra da Terra.
O eclipse lunar é o processo de
encobrimento da lua pela sombra da
Terra durante um curto período de
tempo. Trata-se de um fenômeno
ocasional, cujas características e
formas aparentes dependerão da
posição do planeta em relação ao
seu satélite natural. Confira o
esquema ao lado.
52. A cada seis meses, o eixo da Terra em relação ao Sol se inclina
para um lado e depois para o outro. Isso faz com que, nos polos,
durante cada verão, a noite praticamente deixe de existir.
O que é o Sol da meia-noite?
O fenômeno ocorre nas proximidades dos polos terrestres, durante
o verão, quando o Sol pode ser visto 24 horas por dia. Isso
acontece porque a inclinação do eixo da terra em relação ao plano
da sua órbita faz com que a luz solar incida quase
perpendicularmente sobre os polos, durante seis meses de cada
ano..
53. • O movimento de translação é aquele que a
Terra realiza ao redor do Sol junto com os
outros planetas. Em seu movimento de
translação, a Terra percorre um caminho - ou
órbita - que tem a forma de uma elipse.
• O movimento de translação, juntamente
com a inclinação do eixo da Terra em relação
ao plano orbital, e responsável pelas
estações do ano.
• O tempo que a Terra leva para dar uma volta
completa em torno do Sol é chamado "ano".
O ano tem 365 dias. Como o ano sideral, ou o
tempo real do movimento de translação, é de
365 dias e 6 horas, a cada quatro anos temos
um ano de 366 dias, que é chamado ano
bissexto.
Movimento de Translação
54. O ano de 2016 é bissexto, ou seja, tem 366 dias, um a mais do que os
anos comuns. Isso acontece porque no mês de fevereiro haverá 29 dias, o
que ocorre de quatro em quatro anos.
A volta da Terra ao redor do Sol não é feita em exatos 365 dias, mas sim
em 365 dias, cinco horas, 48 minutos e 46 segundos. Essa fração de dias,
arredondada para seis horas, é compensada no ano bissexto, já que seis
horas, em quatro anos, são 24 horas, ou seja, mais um dia.
Sem o ano bissexto, as estações do
ano não teriam datas definidas, como
acontece hoje.
"Um dia o calendário marcaria o início
da primavera e estaríamos no verão,
isso para o controle da agricultura
seria péssimo, bem como para outros
tipos de controle.
Ano Bissexto
57. Os solstícios e equinócios são dois fenômenos referentes às diferentes formas
com que o nosso planeta Terra é iluminado pelos raios solares. Acontece que,
por causa do movimento de translação, bem como pela inclinação do planeta
ao longo do ano, os raios solares apresentam-se de maneiras diferenciadas.
Dessa forma, os equinócios são os períodos
do ano em que a Terra é iluminada igualmente
nos dois hemisférios. Nesse momento, os dias
e as noites possuem a mesma duração.
Os solstícios são os períodos em que a Terra
é iluminada de maneira desigual nos
hemisférios. Assim, no de 21 junho, há a
indicação do solstício de inverno no hemisfério
sul (e de verão no hemisfério norte), com os
dias menores do que as noites, e no dia 21 de
dezembro, há os solstícios de verão no nosso
hemisfério, com as noites menores do que os
dias.
Solstício e Equinócio