SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 10
Descargar para leer sin conexión
1


Estudo Comparativo entre a Produção de Algodão no Brasil e
     Peru: Levantamento de Dados e Revisão Bibliográfica


Adriana Yumi Sato Duarte, Regina Aparecida Sanches, Waldir Mantovani, Júlia
Baruque Ramos


Universidade de São Paulo; Curso de Têxtil e Moda (EACH-USP); Av. Arlindo Béttio,
1000, São Paulo-SP, 03828-000. E-mail: dri.duarte@usp.br


Resumo
A fibra de algodão é unicelular, composta em sua maioria por celulose (85,5%), além de
outros constituintes como óleos e ceras. A planta de algodão pertence à ordem natural
das Malváceas. O algodão produzido no Peru é considerado um dos melhores materiais
têxteis do mundo, com as variedades: Gossypium barbadense, Gossypium raimondii,
Upland, Hazera-Cerro, Pima e Tanguis. A cultura do algodão no Brasil era
predominante composta pelo algodão arbóreo, que foi substituído em grande parte pelo
algodão herbáceo a partir de 1860. Mesmo os dois Países se diferenciarem quanto à
produção, as deficiências de ambos apresentam soluções semelhantes: inovação e
tecnologia aplicada.


Palavras-chave: Algodão, Produção, Brasil, Peru


   1. Introdução


       A fibra de algodão é unicelular, composta em sua maioria por celulose (85,5%),
além de outros constituintes como óleos e ceras. A planta de algodão pertence à ordem
natural das Malváceas, sendo encontrada em áreas de clima subtropical como Ásia,
África, Egito e Américas do Norte e Sul. A espécie particular da ordem Malvácea da
qual a fibra é obtida é a Gossypium, e apresenta uma extensa variedade, cultivada de
acordo com a localização geográfica; a qualidade da fibra depende, além do clima, do
cultivo cuidadoso e manutenção da plantação (BEZERRA ET AL., 2003).
2




                        Fig. 1: Algodão (WIKISUMAQPERU, 2009)


       O algodão (Fig. 1) é uma fibra natural que se distingue de outras fibras devido
suas propriedades de qualidade, principalmente por sua exclusiva estrutura interna. Com
o advento da Revolução Industrial no início do século XIX, o uso do algodão como
matéria-prima ultrapassou as demais fibras naturais (linho, lã, seda, etc) utilizadas
anteriormente à Revolução (KECHAGIA ET AL., 2004).
       As fibras individuais do algodão variam consideravelmente no que se refere às
propriedades físicas. Essas variações são causadas por fatores genéticos, determinados
por sua matriz e fisiologia da planta, e ambientais. A fiabilidade depende de
propriedades como comprimento, uniformidade de comprimento, quantidade de fibras
curtas, finura e maturidade, resistência e alongamento, que são estabelecidas durante o
desenvolvimento da fibra (KECHAGIA ET AL., 2004).
       Cerca de 90% das fibras de algodão cultivadas no mundo são provenientes da
espécie Gossypium hirsutum. A taxonomia dessa espécie é apresentada como
(ALGODÃOBRASILEIRO, 2007):


                          Divisão: Embriophita sifanogamae
                     Subdivisão: Fanerogamae ou espermatophita
                                 Filo: Angiospermae
                                Classe: Dicotiledoneae
                              Subclasse: Archichlamidae
                                  Ordem: Malvales
                                 Família: Malvaceae
                                   Tribo: Hibisceae
                                 Gênero: Gossypium
3

                            Espécie: Gossypium hirsutum
                             Raça: G. hirsutum latifolium




2. Variedades Cultivadas No Peru
       O algodão produzido no Peru é considerado um dos melhores materiais têxteis
no mundo. Isso se dá principalmente por sua qualidade e textura, como conforto gerado
pelo toque suave com a pele, resistência e alto poder de absorção de umidade
(WIKISUMAQPERU, 2009).
       O uso do algodão é extremamente diversificado. As fibras, devido ao
comprimento, são utilizadas para produtos de alta qualidade, relacionados ao ramo de
camisaria. Além da fibra, o algodão gera matéria-prima para produção de óleos, sabão e
pólvora. Por ser composto em quase sua totalidade de celulose, também é utilizado na
indústria cosmética, em combustíveis e, recentemente comprovado, no papel-moeda
(WIKISUMAQPEU, 2009).
       As variedades produzidas no Peru são (Fig. 2): Gossypium barbadense,
Gossypium raimondii, Upland, Hazera-Cerro, Pima e Tanguis. A primeira é conhecida
como “algodão nativo”, distribuída na Costa, Valle Interandinos e Amazônia. Já a
Gossypium raimondii, conhecida como “algodãozinho”, espécie silvestre da Costa e
Vertentes (Valle de Chicama; Valle de Santa Ana e Quebrada de Huertas; margem
esquerda do Rio Chilete) (EGG, 2004).




                       Fig. 2: Variedades de Algodão (SEMSA, 2009)


       A variedade Pima (fig. 3), derivada do tipo egípcio Matafifi, apresenta melhores
propriedades devido ao tipo de planta, produção alta e rápida e por ter fibras mais
4

longas e finas. Esta variedade, originária do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, foi
introduzida no Peru em 1918, e é encontrada no vale de Piura, zona norte da costa
Peruana, por causa das condições climáticas e do solo que favorecem o
desenvolvimento da planta. A fibra é classificada como Fibra Extra Longa, juntamente
com as variedades Menufi e Giza 68 (Egito) e Sak (Sudão). O principal uso dessa fibra
é na camisaria (WIKISUMAQPEU, 2009). Essas fibras têm aparência semelhante às
fibras de lã, e por isso, compõem mesclas em tecidos lã/algodão (CABALLERO, 2009).




                    Fig. 3: Comprimento de Fibra – PIMA (IPAPERU, 2009)


         Já a variedade Tangui, cujo nome é homenagem ao agricultor Tangui, apresenta
fibras longas, destinadas a fios de trama, para camisas e calças. Cultivada na costa
Central e Sul do Peru, é adaptável às intempéries e resistente a parasitas (SEMSA,
2009).


3. Variedades Cultivadas No Brasil
         A cultura do algodão no Brasil, até o final do século XVIII e início de XIX, era
predominante composta pelo algodão arbóreo, e se concentrava na Região Nordeste,
como forma de renda complementar para os agricultores. Entretanto, a partir de 1860, o
algodão herbáceo foi introduzido no país pela Inglaterra, e começou a ser cultivado em
São Paulo. Nota-se que o fator responsável pelo desenvolvimento da cultura de algodão
herbáceo na Brasil foi o aumento da demanda britânica pela matéria-prima. Além disso,
o investimento em pesquisas trouxe o retorno do plantio e uso do algodão colorido no
Brasil (NATURALFASHION, 2008).
5

       O algodão arbóreo é uma árvore mediana, de cultivo permanente
(ALGODÃOBRASILEIRO, 2007). Já a espécie herbácea (Gossypium hirsutum L.r.
latifolium Hutch) é um arbusto de cultivo anual, uma entre as 50 espécies já
classificadas e descritas do gênero Gossypium (ALGODÃOBRASILEIRO, 2007), tem
origem tropical, também explorada comercialmente em países subtropicais, acima da
latitude de 30º N (EMBRAPA (1) (2), 2009)
       Dentre as variedades, a forma de cultivo também diferencia a produção no País,
pois há produção comum, orgânica e geneticamente modificada.


4. Análise Comparativa
       O Brasil é o quinto produtor mundial – depois de China, Índia, Estado Unidos e
Paquistão – e o quarto maior exportador da fibra. Os maiores produtores brasileiros são
os Estados do Mato Grosso, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. Cerca de 90% do
algodão brasileiro é produzido no Cerrado (centro oeste, oeste da Bahia, sul do
Maranhão e Piauí), região que oferece condições favoráveis à expansão da lavoura,
como clima, baixo custo de produção e condições topográficas ideais para a
mecanização do plantio e da colheita. O restante é plantado no norte e oeste do Paraná e
oeste e sul de São Paulo. O algodão de baixa tecnologia, de subsistência, é produzido no
Nordeste. Na safra 2006/2007, o Brasil produziu 1,5 milhões de toneladas. A safra
mundial bateu em 25,858 milhões de toneladas (BAYER, 2008).
       Quando analisada produção e consumo dessa fibra, percebe-se que na década de
90 o Brasil apresentou consumo elevado e produção reduzida, devido à praga do bicudo,
que prejudicou as lavouras de forma marcante, e aumentou a taxa de importação da
fibra (Fig. 4). Atualmente o mercado está mais equilibrado, e a taxa de importação é
relativamente baixa.
6




       Fig. 4: Produção e Consumo de Algodão no Brasil (EMBRAPA (1), 2009)


       No Peru a produção de algodão decaiu ao longo das décadas, como mostra a
Figura 5. Entretanto, a produção nacional ainda é maior do que a importação do insumo,
como ilustra a Figura 6.




   Fig. 5: Produção de Algodão no Peru, entre 1950 a 2000. (CABALLERO, 2009)
7




  Fig. 6: Produção Peruana Versus Importações, entre 1998 e 2000. (CABALLERO,
                                      2009)

   Há também a produção de acordo com as variedades, no ano de 2005 (Fig. 7).
Percebe-se que a variedade Tanguis é responsável por quase a totalidade produzida
naquele ano, com o valor de 35,5 toneladas, uma vez que a produção total contabilizou
51,5 toneladas (CABALLERO, 2009).




          Fig. 7: Produção Por Variedade no ano de 2005 (CABALLERO, 2009)



5. Possíveis Desdobramentos
       Para o mercado peruano, após o ano de 2005 a produção de algodão desacelerou,
principalmente da variedade PIMA. A produção de algodões nativos foi drasticamente
diminuída por um longo período, entretanto, atualmente a “redescoberta” dessas
espécies tem sido apontada como fonte importante de conhecimento, inovação e geração
8

de renda, direcionada para atingir um novo mercado em potencial: orgânicos e
coloridos.
       De acordo com o Instituto Peruano de Algodão (IPAPERU, 2009), seleção de
sementes apropriadas para cada geografia e clima das diferentes zonas de plantio,
desenvolvimento de estratégias competitivas, expansão da produção e obtenção de
apoio de empresas privadas e financiamento de instituições internacionais são metas a
serem trabalhadas, para um resultado em longo prazo.
       No Brasil, os produtores de algodão calculam a redução da área plantada, por
motivos relacionados ao custo do processo, desvalorização da moeda, e atraso na
implementação de novas tecnologias (BRASILATUAL, 2009). Mesmo com o volume
de produção triplicado, houve perda considerável em produtividade e lucros, então
mudanças e adaptações nesse setor terão como objetivo sanar as deficiências e otimizar
a produção.
       Assim, para ambos os países, aplicação de tecnologias, estudos específicos
contemplando desde as sementes até o beneficiamento, políticas privadas e públicas e
estratégias econômicas irão gerar resultados positivos para o setor, e para toda cadeia
têxtil e de agronegócios.


6. Referências Bibliográficas


ALGODÃO              BRASILEIRO.            Fisiologia.        Disponível          em:
http://www.algodao.agr.br/cms/index.php?option=com_content&task=view&id=79&Ite
mid=86 Arquivo capturado em 02/11/2007


BAYER - Do campo até o consumidor. Revista Bayer Report, Jan/08: 34-9, 2008.


BEZERRA, C. M.; GONÇALVES, D. C. S.; FREITAS, D. O.; SOUTO, K. K. O.;
BARBOSA, R. X.; FERREIRA, T. R. Fibras Celulósicas. Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN), Centro de Tecnologia, Depto. De Eng. Produção e Têxtil,
nov/2003.
9

BRASIL ATUAL. Produtores de algodão festejam safra de 2008, mas alertam para
queda             na            rentabilidade.             Disponível           em:
http://brasilatual.com.br/sistema/sistema/?p=1620 Arquivo capturado em 29/08/2009




CABALLERO, J. A. L; CHANGANAQUI, R. A. El algodón peruano y su
elasticidad.   Disponível    em:    http://www.monografias.com/trabajos29/algodon-
peruano/algodon-peruano.shtml?monosearch Arquivo capturado em 29/08/2009



EGG, A. B. El Algodón Peruano. 2004. Disponível em versão PDF em
www.geocities.com/...peru/brack_algodon_peruano.pdf



EMBRAPA (1). Cultura do Algodão Herbáceo na Agricultura Familiar. Disponível
em:http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Algodao/AlgodaoAgricu
lturaFamiliar/clima.htm Arquivo capturado em 29/08/2009


EMBRAPA          (2).       Importância       Econômica.          Disponível    em:
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Algodao/AlgodaoIrrigado/i
mportancia.htm Arquivo capturado em 29/08/2009


IPAPERU - Instituto Peruano Del Algodón. Fibra Extra Longa Algodão PIMA.
www.ipaperu.org/index.php?option=com_zoom&Itemid=52&page=view&catid=2&Pa
geNo=1&key=2&hit=1 (arquivo capturado em 29/08/2009)


KECHAGIA, U. E., XANTHOPOULOS, F. P., TSALIKI, E. Appropriate end use
categories for cotton blends. Anais do Congresso de Têxteis Técnicos (Associação
Brasileira de Técnicos Têxteis – ABBT), João Pessoa - PB, 2004.


NATURALFASHION. O nosso algodão já nasce colorido. Disponível em:
http://www.naturalfashion.com.br/ Arquivo capturado em 28/07/2008.
10

SEMSA - Empresa de Agro-alimentícios. Disponível em http://www.semsa.com.pe
(acessado em setembro de 2009)


WIKISUMAQPERU.              EL         Algodón.        Disponível         em :
http://wiki.sumaqperu.com/es/El_Algod%C3%B3n Arquivo caturado em 29/08/2009

Más contenido relacionado

Similar a Adriana Usp Algodao Brasil Peru

Producao De Algodao Organico, Colorido E Transgenico No Brasil
Producao  De Algodao Organico, Colorido E Transgenico No BrasilProducao  De Algodao Organico, Colorido E Transgenico No Brasil
Producao De Algodao Organico, Colorido E Transgenico No Brasil PEDRO PACHECO
 
Plantas texteis2
Plantas texteis2Plantas texteis2
Plantas texteis2silvaf8
 
Anotações apresentação Melhoramento de caracteres especiais
Anotações apresentação Melhoramento de caracteres especiaisAnotações apresentação Melhoramento de caracteres especiais
Anotações apresentação Melhoramento de caracteres especiaisJoseanny Pereira
 
Poaceae Sistemática Vegetal
Poaceae Sistemática Vegetal Poaceae Sistemática Vegetal
Poaceae Sistemática Vegetal Giovanna Martins
 
Consórcio de plantio mamona e amendoim
Consórcio de plantio mamona e amendoimConsórcio de plantio mamona e amendoim
Consórcio de plantio mamona e amendoimProjetoBr
 
Barbara Usp Fibras Biodegradaveis
Barbara Usp Fibras BiodegradaveisBarbara Usp Fibras Biodegradaveis
Barbara Usp Fibras Biodegradaveis PEDRO PACHECO
 
Projeto de adimministração rural
Projeto de adimministração rural Projeto de adimministração rural
Projeto de adimministração rural Anibia Vicente
 
Prof demetrio melo região nordeste alternativas
Prof demetrio melo   região nordeste alternativasProf demetrio melo   região nordeste alternativas
Prof demetrio melo região nordeste alternativasDeto - Geografia
 
Manual irrigacao-com-bambu
Manual irrigacao-com-bambuManual irrigacao-com-bambu
Manual irrigacao-com-bambuJoyce Muzy
 
064 v5n5p638 647_set2008_
064 v5n5p638 647_set2008_064 v5n5p638 647_set2008_
064 v5n5p638 647_set2008_Igor Bulhões
 

Similar a Adriana Usp Algodao Brasil Peru (12)

Producao De Algodao Organico, Colorido E Transgenico No Brasil
Producao  De Algodao Organico, Colorido E Transgenico No BrasilProducao  De Algodao Organico, Colorido E Transgenico No Brasil
Producao De Algodao Organico, Colorido E Transgenico No Brasil
 
Plantas texteis2
Plantas texteis2Plantas texteis2
Plantas texteis2
 
O linho
O linhoO linho
O linho
 
Anotações apresentação Melhoramento de caracteres especiais
Anotações apresentação Melhoramento de caracteres especiaisAnotações apresentação Melhoramento de caracteres especiais
Anotações apresentação Melhoramento de caracteres especiais
 
Poaceae Sistemática Vegetal
Poaceae Sistemática Vegetal Poaceae Sistemática Vegetal
Poaceae Sistemática Vegetal
 
Consórcio de plantio mamona e amendoim
Consórcio de plantio mamona e amendoimConsórcio de plantio mamona e amendoim
Consórcio de plantio mamona e amendoim
 
Os cereais.
Os cereais.Os cereais.
Os cereais.
 
Barbara Usp Fibras Biodegradaveis
Barbara Usp Fibras BiodegradaveisBarbara Usp Fibras Biodegradaveis
Barbara Usp Fibras Biodegradaveis
 
Projeto de adimministração rural
Projeto de adimministração rural Projeto de adimministração rural
Projeto de adimministração rural
 
Prof demetrio melo região nordeste alternativas
Prof demetrio melo   região nordeste alternativasProf demetrio melo   região nordeste alternativas
Prof demetrio melo região nordeste alternativas
 
Manual irrigacao-com-bambu
Manual irrigacao-com-bambuManual irrigacao-com-bambu
Manual irrigacao-com-bambu
 
064 v5n5p638 647_set2008_
064 v5n5p638 647_set2008_064 v5n5p638 647_set2008_
064 v5n5p638 647_set2008_
 

Más de PEDRO PACHECO

]APORTES A LA SEGURIDAD Y SOBERANIA ALIMENTARIA DE LA UNIVERSIDAD DEL QUINDI...
]APORTES A  LA SEGURIDAD Y SOBERANIA ALIMENTARIA DE LA UNIVERSIDAD DEL QUINDI...]APORTES A  LA SEGURIDAD Y SOBERANIA ALIMENTARIA DE LA UNIVERSIDAD DEL QUINDI...
]APORTES A LA SEGURIDAD Y SOBERANIA ALIMENTARIA DE LA UNIVERSIDAD DEL QUINDI... PEDRO PACHECO
 
Silvia Puc Salvador Microoganismos
Silvia Puc Salvador MicrooganismosSilvia Puc Salvador Microoganismos
Silvia Puc Salvador Microoganismos PEDRO PACHECO
 
Pauline Usp Meias Esportivas
Pauline Usp Meias EsportivasPauline Usp Meias Esportivas
Pauline Usp Meias Esportivas PEDRO PACHECO
 
Maria Carolina Usp Maios
Maria Carolina Usp MaiosMaria Carolina Usp Maios
Maria Carolina Usp Maios PEDRO PACHECO
 
Fabiana Usp Anti Chama
Fabiana Usp Anti ChamaFabiana Usp Anti Chama
Fabiana Usp Anti Chama PEDRO PACHECO
 
Aline Usp Defeitos Tecidos Planos
Aline Usp Defeitos Tecidos PlanosAline Usp Defeitos Tecidos Planos
Aline Usp Defeitos Tecidos Planos PEDRO PACHECO
 
Lais Usp Caracterizacao Defeitos
Lais Usp Caracterizacao DefeitosLais Usp Caracterizacao Defeitos
Lais Usp Caracterizacao Defeitos PEDRO PACHECO
 
Curso Medio Ambiente Y Sentencias
Curso Medio Ambiente Y SentenciasCurso Medio Ambiente Y Sentencias
Curso Medio Ambiente Y Sentencias PEDRO PACHECO
 
Articulos Prensa EspañA
Articulos Prensa EspañAArticulos Prensa EspañA
Articulos Prensa EspañA PEDRO PACHECO
 
Manejo Pesquero De Macroalgas
Manejo Pesquero De MacroalgasManejo Pesquero De Macroalgas
Manejo Pesquero De Macroalgas PEDRO PACHECO
 
Influencias BioecolóGicas Para La CongregacióN Y Pesqueria Artesanal De Ancho...
Influencias BioecolóGicas Para La CongregacióN Y Pesqueria Artesanal De Ancho...Influencias BioecolóGicas Para La CongregacióN Y Pesqueria Artesanal De Ancho...
Influencias BioecolóGicas Para La CongregacióN Y Pesqueria Artesanal De Ancho... PEDRO PACHECO
 
Impactos Urbano Ambientales En Lima Norte
Impactos Urbano Ambientales En Lima NorteImpactos Urbano Ambientales En Lima Norte
Impactos Urbano Ambientales En Lima Norte PEDRO PACHECO
 
Factores Antropicos Y La Calidad Ambiental En La Ciudad De Huacho
Factores Antropicos Y La Calidad Ambiental En La Ciudad De HuachoFactores Antropicos Y La Calidad Ambiental En La Ciudad De Huacho
Factores Antropicos Y La Calidad Ambiental En La Ciudad De Huacho PEDRO PACHECO
 
Estudio De Los Factores Internos Y Externos De Competitividad´Para El Desarr...
Estudio De Los Factores Internos  Y Externos De Competitividad´Para El Desarr...Estudio De Los Factores Internos  Y Externos De Competitividad´Para El Desarr...
Estudio De Los Factores Internos Y Externos De Competitividad´Para El Desarr... PEDRO PACHECO
 
Estimacion De La Vida Util Mediante El Metodo De Riesgos De Weibull Fundament...
Estimacion De La Vida Util Mediante El Metodo De Riesgos De Weibull Fundament...Estimacion De La Vida Util Mediante El Metodo De Riesgos De Weibull Fundament...
Estimacion De La Vida Util Mediante El Metodo De Riesgos De Weibull Fundament... PEDRO PACHECO
 
El Principio De Irrelevancia Y La JerarquizacióN En El Manejo De Los Desechos...
El Principio De Irrelevancia Y La JerarquizacióN En El Manejo De Los Desechos...El Principio De Irrelevancia Y La JerarquizacióN En El Manejo De Los Desechos...
El Principio De Irrelevancia Y La JerarquizacióN En El Manejo De Los Desechos... PEDRO PACHECO
 
DiseñO, ConstruccióN Y Medida De La Eficiencia De Un Prototipo De Cocina Rura...
DiseñO, ConstruccióN Y Medida De La Eficiencia De Un Prototipo De Cocina Rura...DiseñO, ConstruccióN Y Medida De La Eficiencia De Un Prototipo De Cocina Rura...
DiseñO, ConstruccióN Y Medida De La Eficiencia De Un Prototipo De Cocina Rura... PEDRO PACHECO
 

Más de PEDRO PACHECO (20)

]APORTES A LA SEGURIDAD Y SOBERANIA ALIMENTARIA DE LA UNIVERSIDAD DEL QUINDI...
]APORTES A  LA SEGURIDAD Y SOBERANIA ALIMENTARIA DE LA UNIVERSIDAD DEL QUINDI...]APORTES A  LA SEGURIDAD Y SOBERANIA ALIMENTARIA DE LA UNIVERSIDAD DEL QUINDI...
]APORTES A LA SEGURIDAD Y SOBERANIA ALIMENTARIA DE LA UNIVERSIDAD DEL QUINDI...
 
Marilia Usp Planarias
Marilia Usp PlanariasMarilia Usp Planarias
Marilia Usp Planarias
 
Silvia Puc Salvador Microoganismos
Silvia Puc Salvador MicrooganismosSilvia Puc Salvador Microoganismos
Silvia Puc Salvador Microoganismos
 
Pauline Usp Meias Esportivas
Pauline Usp Meias EsportivasPauline Usp Meias Esportivas
Pauline Usp Meias Esportivas
 
Maria Carolina Usp Maios
Maria Carolina Usp MaiosMaria Carolina Usp Maios
Maria Carolina Usp Maios
 
Fabiana Usp Anti Chama
Fabiana Usp Anti ChamaFabiana Usp Anti Chama
Fabiana Usp Anti Chama
 
Aline Usp Defeitos Tecidos Planos
Aline Usp Defeitos Tecidos PlanosAline Usp Defeitos Tecidos Planos
Aline Usp Defeitos Tecidos Planos
 
Mantovani Biomas[1]
Mantovani Biomas[1]Mantovani Biomas[1]
Mantovani Biomas[1]
 
Introduçã..[1]
Introduçã..[1]Introduçã..[1]
Introduçã..[1]
 
Lais Usp Caracterizacao Defeitos
Lais Usp Caracterizacao DefeitosLais Usp Caracterizacao Defeitos
Lais Usp Caracterizacao Defeitos
 
Curso Medio Ambiente Y Sentencias
Curso Medio Ambiente Y SentenciasCurso Medio Ambiente Y Sentencias
Curso Medio Ambiente Y Sentencias
 
Articulos Prensa EspañA
Articulos Prensa EspañAArticulos Prensa EspañA
Articulos Prensa EspañA
 
Manejo Pesquero De Macroalgas
Manejo Pesquero De MacroalgasManejo Pesquero De Macroalgas
Manejo Pesquero De Macroalgas
 
Influencias BioecolóGicas Para La CongregacióN Y Pesqueria Artesanal De Ancho...
Influencias BioecolóGicas Para La CongregacióN Y Pesqueria Artesanal De Ancho...Influencias BioecolóGicas Para La CongregacióN Y Pesqueria Artesanal De Ancho...
Influencias BioecolóGicas Para La CongregacióN Y Pesqueria Artesanal De Ancho...
 
Impactos Urbano Ambientales En Lima Norte
Impactos Urbano Ambientales En Lima NorteImpactos Urbano Ambientales En Lima Norte
Impactos Urbano Ambientales En Lima Norte
 
Factores Antropicos Y La Calidad Ambiental En La Ciudad De Huacho
Factores Antropicos Y La Calidad Ambiental En La Ciudad De HuachoFactores Antropicos Y La Calidad Ambiental En La Ciudad De Huacho
Factores Antropicos Y La Calidad Ambiental En La Ciudad De Huacho
 
Estudio De Los Factores Internos Y Externos De Competitividad´Para El Desarr...
Estudio De Los Factores Internos  Y Externos De Competitividad´Para El Desarr...Estudio De Los Factores Internos  Y Externos De Competitividad´Para El Desarr...
Estudio De Los Factores Internos Y Externos De Competitividad´Para El Desarr...
 
Estimacion De La Vida Util Mediante El Metodo De Riesgos De Weibull Fundament...
Estimacion De La Vida Util Mediante El Metodo De Riesgos De Weibull Fundament...Estimacion De La Vida Util Mediante El Metodo De Riesgos De Weibull Fundament...
Estimacion De La Vida Util Mediante El Metodo De Riesgos De Weibull Fundament...
 
El Principio De Irrelevancia Y La JerarquizacióN En El Manejo De Los Desechos...
El Principio De Irrelevancia Y La JerarquizacióN En El Manejo De Los Desechos...El Principio De Irrelevancia Y La JerarquizacióN En El Manejo De Los Desechos...
El Principio De Irrelevancia Y La JerarquizacióN En El Manejo De Los Desechos...
 
DiseñO, ConstruccióN Y Medida De La Eficiencia De Un Prototipo De Cocina Rura...
DiseñO, ConstruccióN Y Medida De La Eficiencia De Un Prototipo De Cocina Rura...DiseñO, ConstruccióN Y Medida De La Eficiencia De Un Prototipo De Cocina Rura...
DiseñO, ConstruccióN Y Medida De La Eficiencia De Un Prototipo De Cocina Rura...
 

Adriana Usp Algodao Brasil Peru

  • 1. 1 Estudo Comparativo entre a Produção de Algodão no Brasil e Peru: Levantamento de Dados e Revisão Bibliográfica Adriana Yumi Sato Duarte, Regina Aparecida Sanches, Waldir Mantovani, Júlia Baruque Ramos Universidade de São Paulo; Curso de Têxtil e Moda (EACH-USP); Av. Arlindo Béttio, 1000, São Paulo-SP, 03828-000. E-mail: dri.duarte@usp.br Resumo A fibra de algodão é unicelular, composta em sua maioria por celulose (85,5%), além de outros constituintes como óleos e ceras. A planta de algodão pertence à ordem natural das Malváceas. O algodão produzido no Peru é considerado um dos melhores materiais têxteis do mundo, com as variedades: Gossypium barbadense, Gossypium raimondii, Upland, Hazera-Cerro, Pima e Tanguis. A cultura do algodão no Brasil era predominante composta pelo algodão arbóreo, que foi substituído em grande parte pelo algodão herbáceo a partir de 1860. Mesmo os dois Países se diferenciarem quanto à produção, as deficiências de ambos apresentam soluções semelhantes: inovação e tecnologia aplicada. Palavras-chave: Algodão, Produção, Brasil, Peru 1. Introdução A fibra de algodão é unicelular, composta em sua maioria por celulose (85,5%), além de outros constituintes como óleos e ceras. A planta de algodão pertence à ordem natural das Malváceas, sendo encontrada em áreas de clima subtropical como Ásia, África, Egito e Américas do Norte e Sul. A espécie particular da ordem Malvácea da qual a fibra é obtida é a Gossypium, e apresenta uma extensa variedade, cultivada de acordo com a localização geográfica; a qualidade da fibra depende, além do clima, do cultivo cuidadoso e manutenção da plantação (BEZERRA ET AL., 2003).
  • 2. 2 Fig. 1: Algodão (WIKISUMAQPERU, 2009) O algodão (Fig. 1) é uma fibra natural que se distingue de outras fibras devido suas propriedades de qualidade, principalmente por sua exclusiva estrutura interna. Com o advento da Revolução Industrial no início do século XIX, o uso do algodão como matéria-prima ultrapassou as demais fibras naturais (linho, lã, seda, etc) utilizadas anteriormente à Revolução (KECHAGIA ET AL., 2004). As fibras individuais do algodão variam consideravelmente no que se refere às propriedades físicas. Essas variações são causadas por fatores genéticos, determinados por sua matriz e fisiologia da planta, e ambientais. A fiabilidade depende de propriedades como comprimento, uniformidade de comprimento, quantidade de fibras curtas, finura e maturidade, resistência e alongamento, que são estabelecidas durante o desenvolvimento da fibra (KECHAGIA ET AL., 2004). Cerca de 90% das fibras de algodão cultivadas no mundo são provenientes da espécie Gossypium hirsutum. A taxonomia dessa espécie é apresentada como (ALGODÃOBRASILEIRO, 2007): Divisão: Embriophita sifanogamae Subdivisão: Fanerogamae ou espermatophita Filo: Angiospermae Classe: Dicotiledoneae Subclasse: Archichlamidae Ordem: Malvales Família: Malvaceae Tribo: Hibisceae Gênero: Gossypium
  • 3. 3 Espécie: Gossypium hirsutum Raça: G. hirsutum latifolium 2. Variedades Cultivadas No Peru O algodão produzido no Peru é considerado um dos melhores materiais têxteis no mundo. Isso se dá principalmente por sua qualidade e textura, como conforto gerado pelo toque suave com a pele, resistência e alto poder de absorção de umidade (WIKISUMAQPERU, 2009). O uso do algodão é extremamente diversificado. As fibras, devido ao comprimento, são utilizadas para produtos de alta qualidade, relacionados ao ramo de camisaria. Além da fibra, o algodão gera matéria-prima para produção de óleos, sabão e pólvora. Por ser composto em quase sua totalidade de celulose, também é utilizado na indústria cosmética, em combustíveis e, recentemente comprovado, no papel-moeda (WIKISUMAQPEU, 2009). As variedades produzidas no Peru são (Fig. 2): Gossypium barbadense, Gossypium raimondii, Upland, Hazera-Cerro, Pima e Tanguis. A primeira é conhecida como “algodão nativo”, distribuída na Costa, Valle Interandinos e Amazônia. Já a Gossypium raimondii, conhecida como “algodãozinho”, espécie silvestre da Costa e Vertentes (Valle de Chicama; Valle de Santa Ana e Quebrada de Huertas; margem esquerda do Rio Chilete) (EGG, 2004). Fig. 2: Variedades de Algodão (SEMSA, 2009) A variedade Pima (fig. 3), derivada do tipo egípcio Matafifi, apresenta melhores propriedades devido ao tipo de planta, produção alta e rápida e por ter fibras mais
  • 4. 4 longas e finas. Esta variedade, originária do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, foi introduzida no Peru em 1918, e é encontrada no vale de Piura, zona norte da costa Peruana, por causa das condições climáticas e do solo que favorecem o desenvolvimento da planta. A fibra é classificada como Fibra Extra Longa, juntamente com as variedades Menufi e Giza 68 (Egito) e Sak (Sudão). O principal uso dessa fibra é na camisaria (WIKISUMAQPEU, 2009). Essas fibras têm aparência semelhante às fibras de lã, e por isso, compõem mesclas em tecidos lã/algodão (CABALLERO, 2009). Fig. 3: Comprimento de Fibra – PIMA (IPAPERU, 2009) Já a variedade Tangui, cujo nome é homenagem ao agricultor Tangui, apresenta fibras longas, destinadas a fios de trama, para camisas e calças. Cultivada na costa Central e Sul do Peru, é adaptável às intempéries e resistente a parasitas (SEMSA, 2009). 3. Variedades Cultivadas No Brasil A cultura do algodão no Brasil, até o final do século XVIII e início de XIX, era predominante composta pelo algodão arbóreo, e se concentrava na Região Nordeste, como forma de renda complementar para os agricultores. Entretanto, a partir de 1860, o algodão herbáceo foi introduzido no país pela Inglaterra, e começou a ser cultivado em São Paulo. Nota-se que o fator responsável pelo desenvolvimento da cultura de algodão herbáceo na Brasil foi o aumento da demanda britânica pela matéria-prima. Além disso, o investimento em pesquisas trouxe o retorno do plantio e uso do algodão colorido no Brasil (NATURALFASHION, 2008).
  • 5. 5 O algodão arbóreo é uma árvore mediana, de cultivo permanente (ALGODÃOBRASILEIRO, 2007). Já a espécie herbácea (Gossypium hirsutum L.r. latifolium Hutch) é um arbusto de cultivo anual, uma entre as 50 espécies já classificadas e descritas do gênero Gossypium (ALGODÃOBRASILEIRO, 2007), tem origem tropical, também explorada comercialmente em países subtropicais, acima da latitude de 30º N (EMBRAPA (1) (2), 2009) Dentre as variedades, a forma de cultivo também diferencia a produção no País, pois há produção comum, orgânica e geneticamente modificada. 4. Análise Comparativa O Brasil é o quinto produtor mundial – depois de China, Índia, Estado Unidos e Paquistão – e o quarto maior exportador da fibra. Os maiores produtores brasileiros são os Estados do Mato Grosso, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. Cerca de 90% do algodão brasileiro é produzido no Cerrado (centro oeste, oeste da Bahia, sul do Maranhão e Piauí), região que oferece condições favoráveis à expansão da lavoura, como clima, baixo custo de produção e condições topográficas ideais para a mecanização do plantio e da colheita. O restante é plantado no norte e oeste do Paraná e oeste e sul de São Paulo. O algodão de baixa tecnologia, de subsistência, é produzido no Nordeste. Na safra 2006/2007, o Brasil produziu 1,5 milhões de toneladas. A safra mundial bateu em 25,858 milhões de toneladas (BAYER, 2008). Quando analisada produção e consumo dessa fibra, percebe-se que na década de 90 o Brasil apresentou consumo elevado e produção reduzida, devido à praga do bicudo, que prejudicou as lavouras de forma marcante, e aumentou a taxa de importação da fibra (Fig. 4). Atualmente o mercado está mais equilibrado, e a taxa de importação é relativamente baixa.
  • 6. 6 Fig. 4: Produção e Consumo de Algodão no Brasil (EMBRAPA (1), 2009) No Peru a produção de algodão decaiu ao longo das décadas, como mostra a Figura 5. Entretanto, a produção nacional ainda é maior do que a importação do insumo, como ilustra a Figura 6. Fig. 5: Produção de Algodão no Peru, entre 1950 a 2000. (CABALLERO, 2009)
  • 7. 7 Fig. 6: Produção Peruana Versus Importações, entre 1998 e 2000. (CABALLERO, 2009) Há também a produção de acordo com as variedades, no ano de 2005 (Fig. 7). Percebe-se que a variedade Tanguis é responsável por quase a totalidade produzida naquele ano, com o valor de 35,5 toneladas, uma vez que a produção total contabilizou 51,5 toneladas (CABALLERO, 2009). Fig. 7: Produção Por Variedade no ano de 2005 (CABALLERO, 2009) 5. Possíveis Desdobramentos Para o mercado peruano, após o ano de 2005 a produção de algodão desacelerou, principalmente da variedade PIMA. A produção de algodões nativos foi drasticamente diminuída por um longo período, entretanto, atualmente a “redescoberta” dessas espécies tem sido apontada como fonte importante de conhecimento, inovação e geração
  • 8. 8 de renda, direcionada para atingir um novo mercado em potencial: orgânicos e coloridos. De acordo com o Instituto Peruano de Algodão (IPAPERU, 2009), seleção de sementes apropriadas para cada geografia e clima das diferentes zonas de plantio, desenvolvimento de estratégias competitivas, expansão da produção e obtenção de apoio de empresas privadas e financiamento de instituições internacionais são metas a serem trabalhadas, para um resultado em longo prazo. No Brasil, os produtores de algodão calculam a redução da área plantada, por motivos relacionados ao custo do processo, desvalorização da moeda, e atraso na implementação de novas tecnologias (BRASILATUAL, 2009). Mesmo com o volume de produção triplicado, houve perda considerável em produtividade e lucros, então mudanças e adaptações nesse setor terão como objetivo sanar as deficiências e otimizar a produção. Assim, para ambos os países, aplicação de tecnologias, estudos específicos contemplando desde as sementes até o beneficiamento, políticas privadas e públicas e estratégias econômicas irão gerar resultados positivos para o setor, e para toda cadeia têxtil e de agronegócios. 6. Referências Bibliográficas ALGODÃO BRASILEIRO. Fisiologia. Disponível em: http://www.algodao.agr.br/cms/index.php?option=com_content&task=view&id=79&Ite mid=86 Arquivo capturado em 02/11/2007 BAYER - Do campo até o consumidor. Revista Bayer Report, Jan/08: 34-9, 2008. BEZERRA, C. M.; GONÇALVES, D. C. S.; FREITAS, D. O.; SOUTO, K. K. O.; BARBOSA, R. X.; FERREIRA, T. R. Fibras Celulósicas. Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Centro de Tecnologia, Depto. De Eng. Produção e Têxtil, nov/2003.
  • 9. 9 BRASIL ATUAL. Produtores de algodão festejam safra de 2008, mas alertam para queda na rentabilidade. Disponível em: http://brasilatual.com.br/sistema/sistema/?p=1620 Arquivo capturado em 29/08/2009 CABALLERO, J. A. L; CHANGANAQUI, R. A. El algodón peruano y su elasticidad. Disponível em: http://www.monografias.com/trabajos29/algodon- peruano/algodon-peruano.shtml?monosearch Arquivo capturado em 29/08/2009 EGG, A. B. El Algodón Peruano. 2004. Disponível em versão PDF em www.geocities.com/...peru/brack_algodon_peruano.pdf EMBRAPA (1). Cultura do Algodão Herbáceo na Agricultura Familiar. Disponível em:http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Algodao/AlgodaoAgricu lturaFamiliar/clima.htm Arquivo capturado em 29/08/2009 EMBRAPA (2). Importância Econômica. Disponível em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Algodao/AlgodaoIrrigado/i mportancia.htm Arquivo capturado em 29/08/2009 IPAPERU - Instituto Peruano Del Algodón. Fibra Extra Longa Algodão PIMA. www.ipaperu.org/index.php?option=com_zoom&Itemid=52&page=view&catid=2&Pa geNo=1&key=2&hit=1 (arquivo capturado em 29/08/2009) KECHAGIA, U. E., XANTHOPOULOS, F. P., TSALIKI, E. Appropriate end use categories for cotton blends. Anais do Congresso de Têxteis Técnicos (Associação Brasileira de Técnicos Têxteis – ABBT), João Pessoa - PB, 2004. NATURALFASHION. O nosso algodão já nasce colorido. Disponível em: http://www.naturalfashion.com.br/ Arquivo capturado em 28/07/2008.
  • 10. 10 SEMSA - Empresa de Agro-alimentícios. Disponível em http://www.semsa.com.pe (acessado em setembro de 2009) WIKISUMAQPERU. EL Algodón. Disponível em : http://wiki.sumaqperu.com/es/El_Algod%C3%B3n Arquivo caturado em 29/08/2009