Condutas cirúrgicas para tornar a metastase hepatica colorretal ressecavel
1. Cirurgião Oncológico da SALUS
Doutor em Oncologia pelo Instituto Nacional de Câncer ( INCA )
Presidente Nacional do Capítulo Brasileiro da International Hepato Pancreato Biliary Association ( CB-IHPBA )
2. “ Um perfeito conhecimento
da anatomia real é um pré
requisito da moderna
cirurgia hepática “
Henri BISMUTH
3. Claude Couinaud 1957
Le Foie: Études anatomiques et
chirurgicales. Masson, Paris.
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11. ULTRA-SONOGRAFIA INTRA-OPERATÓRIA HEPÁTICA EM
PACIENTES ONCOLÓGICOS
TC 2 nódulos
Palpação 7 nódulos
UIO 10 nódulos + Trombo Tumoral na veia porta direita
Identifica lesões insuspeitas em 42,9% dos casos
Altera a conduta cirúrgica em 23,8% dos casos
Santos et al. Rev Col Bras Cirurgiões supl jul 2001
13. Metástases Hepáticas de
Câncer Colorretal
Câncer Colorretal - 3ª maior causa de óbito
por câncer no ocidente
Rio de Janeiro 2010 homens e 2430 mulheres
Capital 1130 homens e 1400 mulheres
28,38 / 100.000 Mulheres no RJ
25,69 / 100.000 Homens no RJ ( Estimativas de Câncer no Brasil INCA 2012)
25% - metástases sincrônicas
25% - metástases metacrônicas
2/3 óbitos serão pelas metástases hepáticas
G . Steele, TS Ravikumar, Ann Surg 1989, 210-217
14. Critérios de Inclusão
Metástases localizadas
Tumor primário controlado/controlável
PS 0 ou I
Expectativa de vida > 2 meses
Remanescente 2 segmentos ou 1% do peso
corporal
LFN + Ped. hepático não são contra-indicação
(Ped. 25% 5 anos X T Celíaco – Aórtico 0% 5 anos)
Adam R et al J Clin Oncol 26:3672, 2008
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15. Objetivo da Hepatectomia
Ressecção Completa e Margens Livres
Hemostasia Adequada
Preservação do Máximo de Parênquima
Normal e sua Vascularização
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20. Metástases Hepáticas de
Câncer Colorretal
3 avanços importantes na última década
Quimioterapia mais eficaz
Embolização portal e radiofrequência -
procedimentos de rotina
Melhor abordagem cirúrgica – tecnológica
Dissectron- Tissuelink – Habib 4X – Argônio – UIO,
etc.
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21. Metástases Hepáticas de
Câncer Colorretal
Aumento da eficácia dos tratamentos
sistêmicos
Aumento dos pacientes ressecáveis
Aumento da curabilidade
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22. Resposta Patológica Completa
Operados - 80% Tumor viável
Não Operados – 74 % recidiva em 2 anos
Desaparecimento das Lesões
≠
Cura
Prejudica a ressecabilidade
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35. Abordagem Reversa no Tratamento das
Metástases Hepáticas Colorretais
Características
Quimioterapia efetiva
Ressecção da doença hepática
Radioterapia pélvica
Ressecção do tumor primário
Mentha G et al. Dig Surg. 2008;25(6):430-5. Epub 2009 Feb 12.
36. Abordagem Reversa
Em que pacientes?
Sem obstrução
Bom estado geral para a quimioterapia
Possibilidade de ressecção radical
Mentha G et al. Dig Surg. 2008;25(6):430-5. Epub 2009 Feb 12.
37. Abordagem Reversa
Por que?
25% sincrônicas
Ressecções sincrônicas são controversas e
podem aumentar morbidade e diminuir SLD
????
De Haas RJ et al. Br J Surg. 2010 Aug;97(8):1279-89.
Sem síndrome de gato e rato
Enquanto tratamos do cólon o fígado vai
progredir
Qt neoadjuvante retal é inefetiva para o fígado
Qt adequada ao fígado é muito radiosensibilizante
Mentha G et al. Dig Surg. 2008;25(6):430-5. Epub 2009 Feb 12.
38. Abordagem Reversa
Por que?
Rxt+Qt Pré op Rxt+Qt Pós op
N = 421 pac N = 402 pac
Tx compl pós op 36% Tx compl pós op 34%
Receberam dose Rxt Receberam dose Rxt
completa completa
380 (92%) 206 (54%)
Receberam dose Qt Receberam dose Qt
completa completa
369 (89%) 193 (50%)
Recidiva local 6% Recidiva local 13%
39. Abordagem Reversa
Como?
Doença avançada não obstrutiva
2-3ciclos de Qt - alvo hepático
Atenção a Janela de Ressecabilidade
Evitar fígado de quimio
Evitar resposta radiológica completa
Hepatectomia primeiro
Rxt pélvica se indicado
Cirurgia Colorretal por último
Mentha G et al. Dig Surg. 2008;25(6):430-5. Epub 2009 Feb 12.
40. Abordagem Reversa
Resultados
Sobrevida dos ressecados
100% 1 ano
89% 3 anos
Sobrevida Todos
(intention to treat)
85% 1 ano
71% 3 anos
Mentha G et al. Dig Surg. 2008;25(6):430-5. Epub 2009 Feb 12.
41. Abordagem Reversa
Conclusões
Permite fazer “downstage” em 80% dos casos
Selecionar os pacientes respondedores
Evitando cirurgias desnecessárias ?
Possibilita a terapêutica Rxt e Qt adequada a
cada órgão com menor risco de progressão
hepática aumentando a ressecabilidade
Mentha G et al. Dig Surg. 2008;25(6):430-5. Epub 2009 Feb 12.
42. Surgical strategies for synchronous colorectal liver
metastases in 156 consecutive patients: classic,
combined or reverse strategy?
Brouquet A, Mortenson MM, Vauthey JN, Rodriguez-Bigas MA, Overman MJ, Chang GJ,
Kopetz S, Garrett C, Curley SA, Abdalla EK. J Am Coll Surg. 2010 Jun;210(6):934-41
Abordagem Clássica, Combinada ou Reversa
Morbi-Mortalidade semelhantes
A abordagem reversa deve ser preferida nos pacientes
com doença avançada hepática e tumores colorretais
assintomáticos
43. Há indicações de cirurgia imediata?
Metacrônica – Sempre que ressecável
Sincrônica - Associação:
Colectomias Simples X Hepatectomia Simples
Colectomia Simples X Hepatectomia Maior
Colorretal Complexa X Segmentectomia Simples
Colorretal Complexa X Hepatectomia Maior ??
44. Pacientes Irressecáveis
Estratégias
Multi Unilobar Multi Bilobar Multi Bilobar
≤ 3 nod. ≤ 30 mm > 3 nod. > 30 mm
Fígado residual < 30%
Quimioterapia +++ < 40%
Embolização Portal Hepatectomia + Hepatectomia 2 tempos
Radiofrequência
Adam Ret al. J Clin Oncol. 2009 Apr 10;27(11):1829-35.
45. METÁSTASES HEPÁTICAS DE ORIGEM
COLORRETAL
INICIALMENTE NÃO RESSECÁVEIS
1- Qualquer que seja o protocolo de
quimioterapia, os pacientes que apresentarem
boa resposta devem ser avaliados para
cirurgia
2- O benefício na sobrevida das ressecções
secundárias é equivalente ao da ressecção
primária
Adam et al; Ann Surg. 2004 Oct;240(4):644-57
Colaboração : Oncologistas - Cirurgiões
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46. Reepatectomia
Devemos considerar, sempre que possível, a
reoperação na recidiva das metástases.
A re-ressecção quando com intenção curativa
tem o mesmo impacto na sobrevida que a
primeira ressecção radical.
Adam et cols , Annals of Surgery - vol.225, no 1, 51-62 , 1997
47. CONCLUSÕES FINAIS
Resultados demonstram que os limites de
RESSECABILIDADE devem ser ampliados
As várias estratégias quando associadas
permitem a ressecção em casos antes
considerados “inoperáveis”
48. CONCLUSÕES FINAIS
A ressecção de tumores sincrônicos é possível e
não apresenta aumento de morbi-mortalidade
A abordagem reversa deve ser lembrada na
terapêutica destes tumores
Pacientes com doença avançada podem ter
chances de cura
Abordagem multidisciplinar