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PROJETO INTEGRADO DE 
APRENDIZAGEM 
PROINFO 2014
 ANA MARIA FRANCO NOGUEIRA 
 APARECIDA MOREIRA 
 EDILSON F. RAMOS 
 ELIZA MARIA MARTINS 
 JANAINA CIBINELI SCARPETO PAIVA 
 JOAQUIM C. SOUZA 
 KATIÚSCIA PAGLIONI 
 LAURIANA F. A. FERREIRA 
 LULIANE DOS SANTOS CANDIAL 
 LUCIA HELENA de AZEVEDO BARRETO 
 RAQUEL SAADI 
 SANDRA H. ZAZERI 
 SUELI MARIA PELISON 
 SUELI ROSÂNGELA PINTO SALENAVE
Este projeto visa refletir criticamente 
quais são os interesses de um telespectador 
diante de um programa de televisão, ou de 
um vídeo da internet, ou de uma notícia de 
jornal, etc., ou seja, o que motiva as pessoas 
a se interessarem por algo que é publicado 
em algum meio de comunicação.
Desenvolver no aluno a capacidade de: 
 Leitura e escrita nas mais variadas formas, ou seja, 
textos digitais e escritos manualmente, histórias em 
quadrinhos, imagens, vídeos, gráficos, charges, etc. 
 Observar e refletir criticamente ao que é divulgado e 
publicado na televisão, na internet, em revistas, em 
jornais, etc. 
 Analisar dados estatísticos e índices de audiência. 
 Elaborar uma notícia, ou vídeo, ou imagem para que 
seja publicado em algum meio de comunicação com o 
intuito de ser amplamente visualizado.
Primeiramente teremos um diálogo aberto sobre 
pessoas que se tornaram celebridades 
instantaneamente por meio da internet, ou de um 
reality show, ou de um programa de calouros, etc.. 
Por meio desse diálogo, o aluno ficará motivado a 
refletir qual o interesse de um telespectador e o que 
leva a grande audiência de um programa. 
Depois os alunos farão pesquisas no site do 
youtube constatando quais são os vídeos mais vistos 
na internet, registrando dados numéricos e 
classificando que tipo de vídeo foi feito, se é 
humorístico, de assombração, musical, romance, etc. 
Logo em seguida estudaremos o texto ”No limite” 
e faremos atividades sobre ele.
Em princípio, o telespectador típico, quando liga o aparelho de TV, está em busca de recreação, uma esfera tradicionalmente mais 
afeita ao domínio da ficção do que do real. Nem poderia ser de outra forma. A realidade é, no mais das vezes, aborrecida, sem ritmo ou 
então desmedidamente cruel, arrasadora. Não há romance possível na queda de um avião que não deixe sobreviventes. 
No geral, a novela é infinitamente mais interessante que o mundo real, não importando muito aqui o significado de “real”. É 
verdade que a arte imita a vida, mas o faz melhorando-a, tornando-a mais romanesca, mais humana. 
Vale lembrar que “recreação” vem do verbo latino “recreo”, que significa “criar de novo”, “renovar”. Quando em referência ao 
corpo ou à mente, “recreo” tem o sentido de “recobrar-se”, “convalescer”, “estimular” e, daí, “divertir-se”. Assim, a diversão, que tem 
poderes curativos, é essencialmente algo recriado, algo aperfeiçoado pelo engenho humano. 
O paradoxo dos “reality shows”, contudo, não está num suposto desvio das funções recreativas da TV. Na verdade, chamar qualquer 
coisa exibida na TV de “reality show” é uma impostura, uma tremenda de uma mentira. 
Não estou afirmando que até o noticiário televisivo seja necessariamente falso, embora, num sentido mais amplo, essa interpretação 
seja cabível, e não só para a TV. Quero dizer que o que é chamado de realidade em “No Limite” ou qualquer outro programa do gênero 
tem muito pouco de realidade. Os personagens se dirigem à câmera de um modo sem paralelo no mundo real. A câmera se torna 
personagem, um interlocutor que não existe de verdade. Os protagonistas fazem diante das lentes coisas que não fariam em 
circunstâncias normais. Cria-se uma situação em que é impossível “observar” sem, ao fazê-lo, alterar o observado. 
Nem mesmo para o telespectador o “reality show” guarda realismo. Para começar, as imagens são todas devidamente editadas. E é 
exclusivamente nessa edição que a história é contada. Não existe uma narrativa natural, um ponto de vista absoluto. A temporalidade da 
ação também é totalmente alterada. É fácil imaginar o quão maçante seria um “No Limite” em tempo real, em que cada segundo 
transcorrido na chapada fosse levado sem edição à casa do telespectador. As várias câmeras necessárias para contar integralmente as 
histórias de todos os personagens exigiriam um tempo de transmissão equivalente às 24 horas do dia multiplicadas pelo total de dias e 
pelo número de participantes. Seria uma programação que irritaria até faquires pacifistas em coma profundo. 
Realidade na TV é uma impossibilidade teórica. Mesmo eventos sobre os quais a câmera em princípio não atua, como uma partida de 
futebol, têm sua narrativa definida pelas câmeras e pelo editor, de modo não-natural. [...] 
Num certo sentido, quando um “reality show” se proclama “real”, está tentando dizer que é uma ficção de outra ordem, uma 
representação que permanece representação, mas que tem a pretensão de ser uma ficção menos fictícia do que, digamos, a novela. 
Parece haver aí uma tentativa de aproximar o mundo da TV do telespectador. A ação que de fato transcorre num “No Limite” é 
pífia. Em termos objetivos, os eventos não passam de uma gincana de adolescentes – e adolescentes particularmente imbecilizados, 
acrescente-se. O que seduz no programa não é, portanto, seu conteúdo propriamente dito, mas o fato de ser protagonizado por gente “de 
verdade” e não artistas. É notável que os participantes, ao serem escolhidos, já se tornam astros, esvaziando um pouco a proposta de 
levar gente normal à tela. O programa passa a operar como loteria. Pessoas comuns obtêm a chance de se tornar astros. Há o prêmio em 
dinheiro, a fama rápida, a possibilidade de posar para revistas masculinas, femininas ou gays – mais dinheiro. 
Todo o processo lembra um pouco o poeminha “Do Rigor na Ciência”, de Jorge Luis Borges, em que o escritor argentino conta a 
história do Império que levou a arte da cartografia à perfeição. O mapa de uma Província era tão detalhado que tinha o tamanho de uma 
cidade. O mapa do Império ocupava uma Província. O Colégio de Cartógrafos, contudo, achou que era pouco. Fizeram um mapa do 
Império que tinha o tamanho do Império e coincidia com ele ponto a ponto. As gerações seguintes, menos viciadas no estudo da 
cartografia, entenderam que um mapa assim era inútil. Deixaram-no ser destruído pelas inclemências do sol e dos invernos. 
“No Limite, 1, 2 ou 3” é um programa meio chatinho, mas um excelente problema filosófico.
Em seguida, faremos exercícios sobre o 
texto e sobre tabelas e gráficos com índices 
de audiência. 
Os alunos também construirão gráficos 
com os dados levantados a partir da pesquisa 
realizada no site do youtube. 
Depois do estudo sobre o texto, a turma 
será dividida em grupos para criar um vídeo 
que deverá ser postado no site do youtube e 
depois no blog da escola e do professor. O 
vídeo deverá ser atrativo e amplamente 
divulgado dentro e fora da unidade escolar.
Espera-se que o aluno passe a analisar 
criticamente o que é divulgado pelos meios 
de comunicação e fique motivado a utilizar o 
youtube e o blog como meio de aquisição de 
conhecimentos e divulgação de experiências 
de aprendizagem.
WWW.youtube.com 
WWW.blogger.com

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Projeto o telespectador e a educação

  • 1. PROJETO INTEGRADO DE APRENDIZAGEM PROINFO 2014
  • 2.  ANA MARIA FRANCO NOGUEIRA  APARECIDA MOREIRA  EDILSON F. RAMOS  ELIZA MARIA MARTINS  JANAINA CIBINELI SCARPETO PAIVA  JOAQUIM C. SOUZA  KATIÚSCIA PAGLIONI  LAURIANA F. A. FERREIRA  LULIANE DOS SANTOS CANDIAL  LUCIA HELENA de AZEVEDO BARRETO  RAQUEL SAADI  SANDRA H. ZAZERI  SUELI MARIA PELISON  SUELI ROSÂNGELA PINTO SALENAVE
  • 3. Este projeto visa refletir criticamente quais são os interesses de um telespectador diante de um programa de televisão, ou de um vídeo da internet, ou de uma notícia de jornal, etc., ou seja, o que motiva as pessoas a se interessarem por algo que é publicado em algum meio de comunicação.
  • 4. Desenvolver no aluno a capacidade de:  Leitura e escrita nas mais variadas formas, ou seja, textos digitais e escritos manualmente, histórias em quadrinhos, imagens, vídeos, gráficos, charges, etc.  Observar e refletir criticamente ao que é divulgado e publicado na televisão, na internet, em revistas, em jornais, etc.  Analisar dados estatísticos e índices de audiência.  Elaborar uma notícia, ou vídeo, ou imagem para que seja publicado em algum meio de comunicação com o intuito de ser amplamente visualizado.
  • 5. Primeiramente teremos um diálogo aberto sobre pessoas que se tornaram celebridades instantaneamente por meio da internet, ou de um reality show, ou de um programa de calouros, etc.. Por meio desse diálogo, o aluno ficará motivado a refletir qual o interesse de um telespectador e o que leva a grande audiência de um programa. Depois os alunos farão pesquisas no site do youtube constatando quais são os vídeos mais vistos na internet, registrando dados numéricos e classificando que tipo de vídeo foi feito, se é humorístico, de assombração, musical, romance, etc. Logo em seguida estudaremos o texto ”No limite” e faremos atividades sobre ele.
  • 6. Em princípio, o telespectador típico, quando liga o aparelho de TV, está em busca de recreação, uma esfera tradicionalmente mais afeita ao domínio da ficção do que do real. Nem poderia ser de outra forma. A realidade é, no mais das vezes, aborrecida, sem ritmo ou então desmedidamente cruel, arrasadora. Não há romance possível na queda de um avião que não deixe sobreviventes. No geral, a novela é infinitamente mais interessante que o mundo real, não importando muito aqui o significado de “real”. É verdade que a arte imita a vida, mas o faz melhorando-a, tornando-a mais romanesca, mais humana. Vale lembrar que “recreação” vem do verbo latino “recreo”, que significa “criar de novo”, “renovar”. Quando em referência ao corpo ou à mente, “recreo” tem o sentido de “recobrar-se”, “convalescer”, “estimular” e, daí, “divertir-se”. Assim, a diversão, que tem poderes curativos, é essencialmente algo recriado, algo aperfeiçoado pelo engenho humano. O paradoxo dos “reality shows”, contudo, não está num suposto desvio das funções recreativas da TV. Na verdade, chamar qualquer coisa exibida na TV de “reality show” é uma impostura, uma tremenda de uma mentira. Não estou afirmando que até o noticiário televisivo seja necessariamente falso, embora, num sentido mais amplo, essa interpretação seja cabível, e não só para a TV. Quero dizer que o que é chamado de realidade em “No Limite” ou qualquer outro programa do gênero tem muito pouco de realidade. Os personagens se dirigem à câmera de um modo sem paralelo no mundo real. A câmera se torna personagem, um interlocutor que não existe de verdade. Os protagonistas fazem diante das lentes coisas que não fariam em circunstâncias normais. Cria-se uma situação em que é impossível “observar” sem, ao fazê-lo, alterar o observado. Nem mesmo para o telespectador o “reality show” guarda realismo. Para começar, as imagens são todas devidamente editadas. E é exclusivamente nessa edição que a história é contada. Não existe uma narrativa natural, um ponto de vista absoluto. A temporalidade da ação também é totalmente alterada. É fácil imaginar o quão maçante seria um “No Limite” em tempo real, em que cada segundo transcorrido na chapada fosse levado sem edição à casa do telespectador. As várias câmeras necessárias para contar integralmente as histórias de todos os personagens exigiriam um tempo de transmissão equivalente às 24 horas do dia multiplicadas pelo total de dias e pelo número de participantes. Seria uma programação que irritaria até faquires pacifistas em coma profundo. Realidade na TV é uma impossibilidade teórica. Mesmo eventos sobre os quais a câmera em princípio não atua, como uma partida de futebol, têm sua narrativa definida pelas câmeras e pelo editor, de modo não-natural. [...] Num certo sentido, quando um “reality show” se proclama “real”, está tentando dizer que é uma ficção de outra ordem, uma representação que permanece representação, mas que tem a pretensão de ser uma ficção menos fictícia do que, digamos, a novela. Parece haver aí uma tentativa de aproximar o mundo da TV do telespectador. A ação que de fato transcorre num “No Limite” é pífia. Em termos objetivos, os eventos não passam de uma gincana de adolescentes – e adolescentes particularmente imbecilizados, acrescente-se. O que seduz no programa não é, portanto, seu conteúdo propriamente dito, mas o fato de ser protagonizado por gente “de verdade” e não artistas. É notável que os participantes, ao serem escolhidos, já se tornam astros, esvaziando um pouco a proposta de levar gente normal à tela. O programa passa a operar como loteria. Pessoas comuns obtêm a chance de se tornar astros. Há o prêmio em dinheiro, a fama rápida, a possibilidade de posar para revistas masculinas, femininas ou gays – mais dinheiro. Todo o processo lembra um pouco o poeminha “Do Rigor na Ciência”, de Jorge Luis Borges, em que o escritor argentino conta a história do Império que levou a arte da cartografia à perfeição. O mapa de uma Província era tão detalhado que tinha o tamanho de uma cidade. O mapa do Império ocupava uma Província. O Colégio de Cartógrafos, contudo, achou que era pouco. Fizeram um mapa do Império que tinha o tamanho do Império e coincidia com ele ponto a ponto. As gerações seguintes, menos viciadas no estudo da cartografia, entenderam que um mapa assim era inútil. Deixaram-no ser destruído pelas inclemências do sol e dos invernos. “No Limite, 1, 2 ou 3” é um programa meio chatinho, mas um excelente problema filosófico.
  • 7. Em seguida, faremos exercícios sobre o texto e sobre tabelas e gráficos com índices de audiência. Os alunos também construirão gráficos com os dados levantados a partir da pesquisa realizada no site do youtube. Depois do estudo sobre o texto, a turma será dividida em grupos para criar um vídeo que deverá ser postado no site do youtube e depois no blog da escola e do professor. O vídeo deverá ser atrativo e amplamente divulgado dentro e fora da unidade escolar.
  • 8. Espera-se que o aluno passe a analisar criticamente o que é divulgado pelos meios de comunicação e fique motivado a utilizar o youtube e o blog como meio de aquisição de conhecimentos e divulgação de experiências de aprendizagem.