1. Contato: comitepelarefundacaoiv@yahoo.com.br
Site: flti-ci.org / Blog: comitepelarefundacaoiv.blogspot.com
Porta-voz do
Comitê Revolucionário
Operário e Juvenil pela
Autoorganização;
Aderete do Coletivo pela
Refundação da
IV Internacional - FLTIPreço: R$0,50BOLETIM ESPECIAL 26-05-2016Como ontem na Grécia e na Ucrânia, e hoje
na França...
No Brasil se concentra toda a pérfida política de colaboração de classes da “nova esquerda”
de stalinistas e renegados da IV Internacional
O
s renegados do trotskis-
mo jogam o mesmo pa-
pel que durante décadas
jogou o stalinismo na América
Latina.
Eles, já faz tempo que
renegaram abertamente da te-
oria-programa da Revolução
Permanente do trotskismo, para
desenterrar a velha “teoria” stali-
nista de submeter a classe ope-
rária a supostos “blocos burgue-
ses progressivos”, já sejam estes
considerados como “anti-impe-
rialistas” ou “democráticos”.
Assim por exemplo em
prol da “defesa da Cuba atacada
pelo imperialismo”, eles alinharam
à classe operária com a nova bur-
guesiacubanaquejá faztempoque
entregou a ilha ao imperialismo.
Em prol da “luta anti-
-imperialista” sustentam Maduro
e Morales, quando estes não
se cansam de aplicar os piores
ataques contra as massas, utili-
zados como verdadeiros “limões
exprimidos” pelo imperialismo.
Elescolocamquesão“bur-
guesias progressistas” por exemplo
os Kirchner, quando são “pagadores
seriais” da dívida externa, represso-
res e assassinos de operários.
E também chamam a
defende-los contra os “golpes
da direita”, quando essa não
vem mais do que levar até o fi-
nal o ataque contra as massas
latino-americanas, que inicia-
ram e hoje aprofundam os “bo-
livarianos” em bancarrota.
O velho stalinismo dizia
que na América Latina e todo o
mundo semicolonial a luta central
não era entre a classe operária
contra a burguesia e o imperialis-
mo pela revolução socialista para
resolver as tarefas democráticas
e anti-imperialistas dos povos
oprimidos. Pelo contrário, eles
apregoavam – assim como fazem
hoje os renegados do trotskismo
–, a pseudo-teoria de “revolução
por etapas” e de bloques com
as “burguesias democráticas e
anti-imperialistas”, com as quais
supostamente se poderia resolver
a independência nacional ou en-
frentar às ditaduras militares, para
depois em uma nova etapa “mar-
char ao socialismo”.
Eles cantam a marcha nupcial
nos velórios. Porque colocam
essa política que leva ao pre-
cipício à luta das massas em
momentos da maior catástrofe e
falência do sistema capitalista impe-
rialista desde a crise dos anos 30.
No Brasil se concentra-
ram todas as forças do stalinismo
e dos renegados do trotskismo
da IV Internacional para poiar
a uma das frações burguesas,
hoje em decadência, que du-
rante anos foram os maiores
garantidores dos negócios das
transnacionais e o imperialismo
no Brasil, como foi o governo do
PT de Lula-Dilma com o PMDB
de Temer, um partido que já co-
laborou com a ditadura militar.
O que existe desde faz
anos no Brasil é um governo da
frente popular e de colaboração
de classes dos sindicatos e do
PT com a burguesia agente di-
reta dos piratas imperialistas;
governo que não foi jamais nem
um pouco anti-imperialista.
Os renegados do trot-
skismo inventaram um suposto
golpe para assim justificar seu
apoio a um governo burguês
agente do imperialismo como é
o de Dilma, que hoje caiu em de-
cadência.
O método dessa políti-
ca infame de “frente democráti-
ca” já vimos nos renegados do
trotskismo da esquerda norte-
-americana com sua consiga e
seu programa de “todos contra
Bush”. Essa política e progra-
ma vestiram de “democrático”
e “progressivo” a Obama e lhe
permitiu ao imperialismo ianque
jogar toda sua crise ao mundo
durante os últimos 8 anos.
Já está claríssimo que
o imperialismo no Brasil o que faz
hoje é selecionar o melhor dos car-
rascos, que seja capaz de aplicar
seu plano contra as massas e de-
fender seus interesses e negócios.
No Brasil começou uma
feroz crise econômica. O impe-
rialismo vem a disciplinar a todas
as quadrilhas burguesas nativas
que se quedaram com “trocos in-
devidos” dos enormes investimen-
tos financeiros que realizaram os
banqueiros imperialistas no Brasil.
Vem a disciplinar tanto à quadrilha
do PT no governo como às “opo-
sitoras” que desde o Parlamento
impulsionam o Impeachment con-
tra Dilma e instigam às classes
médias contra seu governo.
Para selecionar o gover-
no mais forte que possam ter na
mão, o imperialismo utiliza à jus-
tiça burguesa, ao Parlamento e à
Constituição de 1988, com a qual
se rege o regime semi democrá-
tico, semi bonapartista, do Brasil.
Aí não tem nenhum golpe. Em
tudo caso, têm golpes de mão
das quadrilhas burguesas por ver
qual controla os negócios.
A própria Dilma aceitou o
“golpe contra ela” e tem 180 dias
pela frente para defender-se.
A política do imperialis-
mo então não terá perda: Dilma,
respeitosa da Constituição, aceita
o Impeachment e fica no aguardo
por se seu vice-presidente, Te-
mer do PMDB, fracassa em sua
tentativa de atacar violentamente
às massas. E se nenhum deles o
consegue, haverá novas eleições
antecipadas. Mas se irrompem
nesta crise as massas, haverá
uma frente de todos para esma-
gá-las. Golpe? Coisa nenhuma!
Criaram uma cortina
de fumaça ante os olhos da
classe operária latino-america-
na e mundial. Nós marxistas,
como dizia Lenin, defendemos
um regime “superior” contra outro
“inferior”. Quer dizer, defendemos
as conquistas democráticas do re-
gime democrático-burguês contra
um golpe fascista ou bonapartista.
A democracia burguesa reacioná-
ria a podemos utilizar para orga-
nizar à classe operária e preparar
as melhores condições para a re-
volução. Por isso não é indiferente
para as massas se triunfa ou não
um golpe bonapartista ou fascista.
Mas os marxistas defen-
demos a democracia com o méto-
do da revolução proletária, jamais
submetendo à classe operária
aos pés da burguesia “democrá-
tica”. O PTS a FIT (da Argentina,
NdeT), o POR da Bolívia, o stali-
nismo, etc. que dizem “que existe
um golpe no Brasil” estão muito
longe de “defender a democracia”
com o método da expropriação
dos “golpistas”, de suas transna-
cionais e oficiais “golpistas”.
Mas qualquer operário
se dará conta que aqui não tem
golpe nenhum, posto que ainda as
massas não superaram pela es-
querda nem derrotaram esse go-
verno de frente popular e de cola-
boração de classes. Insistimos, no
Brasil, o imperialismo só está se-
lecionando o melhor carrasco dos
explorados, enquanto as direções
traidoras se dedicam a submeter
à classe operária a seu carrasco
que entrou em decadência.
A conclusão é que no
Brasil não tem nenhum golpe de
estado, mas tampouco tem ne-
nhuma luta consequente por par-
te da esquerda reformista contra
esse suposto golpe. O que tem
é uma grande traição para que ir-
rompa a classe operária e os cam-
poneses pobres para que façam
valer seu peso na crise do Brasil,
para fazer pagar a todos os capita-
listas e o imperialismo toda a crise
e o saqueio que provocou à nação
à qual deixaram endividada em
mais de 750 bilhões de dólares.
A tarefa do momento
não outra que: Fora Temer! Que
se vão todos! É preciso romper
com a burguesia! Governo pro-
visional revolucionário da CUT, o
MST e os sem teto! Pelo pão, a
terra e a moradia: Lugar à classe
operária! Lugar aos explorados!
Dilma junto com Tsipras (Syriza Grécia)
BRASIL
2. Enquanto a esquerda reformista, o 1º de maio, chamou a defender Dilma contra o suposto “golpe”, o imperialismo seleciona, mediante os meca-
nismos da arqui-reacionária Constituição de 1988, a seu melhor representante para plicar até o final seus planos no Brasil contra os explorados:
Temer, um ex agente da CIA durante a noite negra dos golpes militares em América Latina. Esse seria pelo momento seu melhor agente para
cuidar que “ninguém roube” dos superlucros das transnacionais. Se esse plano fracassa, voltará Dilma para continuar com os planos de Obama.
No Brasil o imperialis-
mo elege os melhores carrascos
dos trabalhadores baseado na
arqui reacionária Constituição
de 1988 e sua democracia para
ricos. Essa vez o dedo caiu no Te-
mer, o vice-presidente de Dilma.
Ambos estão e estiveram
dispostos a aplicar – como o vêm
fazendo – o mais brutal ataque à
classe operária do Brasil. Agora é
o PMDB, esse partido que apoiou
à ditadura militar dos 70 e que
governou com o PT e Lula estes
últimos 12 anos, o encarregado
de defender os negócios do im-
perialismo no Brasil falido.
A justiça burguesa tirou
também do meio ao presidente
do Parlamento que havia come-
çado e encabeçado as marchas
contra Dilma e que supostamen-
te – segundo a esquerda – enca-
beçava o “golpe judicial”.
O imperialismo, que é cre-
dor de 750 bilhões de dólares da dí-
vida externa do Brasil, tem todos os
políticos na mira. Todos eles ficaram
com propinas e comissões. Agora o
usurário que é Wall Street, quer re-
ceber e busca o melhor pagador.
Dilma e Lula se ofereciam
eles para encabeçar o ataque às
massaseovinhamfazendocomde-
missões, acordos salariais de misé-
ria, etc... mas não são os melhores
para isso. Porque já não se pode
tão só apoiar na burocracia sindi-
cal para manter os superlucros das
transnacionais.Agoratemqueata-
car a todas as organizações operá-
rias, liquidar as conquistas até o
final e o mais apto para isso é Te-
mereoPMDB.Seelefracassa,vão
trazer novamente a Dilma em 180
dias, chamarão a novas eleições
antecipadas ou virá um verdadeiro
golpe contrarrevolucionário dos
milicos e o fascismo.
O imperialismo prepara a
todosseuscarrascoseutilizaaome-
lhor para defender seus interesses.
À esquerda lacaia da
burguesia do PT é preciso dizer
que NÃO SE PODE ATAR A SOR-
TE DA CLASSE OPERÁRIA A SEUS
CARRASCOS!
Os de cima brigam e
disputam seus negócios. Aqui
não tem nenhum “golpe”. Aqui
o que tem é um jogo normal
das instituições do regime bur-
guês que devemos derrotar.
Dilma aceita a Cons-
tituição e prepara sua defesa
perante o Parlamento... O novo
governo prepara um brutal ata-
que... Os políticos corruptos
abundam no Congresso...
Agora? Que falem os tra-
balhadores e as massas exploradas!
Trabalho, teto, terra, salário digno!
Fora Temer, o Parlamen-
to da burguesia e seus partidos
estafadores do povo!
Fora os juízes e os mili-
cos assassinos que como tropas
gurcas da OTAN invadem Haiti!
Eles serão os encarregados de dar
um golpe contrarrevolucionário se
fracassam os políticos patronais.
Que se vão todos!
As organizações operá-
rias e populares devem romper
todo submetimento à burguesia.
Governo provisional re-
volucionário da CUT, dos sem-ter-
ra e dos sem teto!
A esquerda vende fuma-
ça quer que nós trabalhadores ate-
mos nossa sorte à sorte dos carras-
cos burgueses do PT. Que vão dizer
agora? Que volte Dilma? Já basta!
Que se vão todos de
cima: Temer, Dilma, os juízes e
políticos!
Fora o FMI, as transna-
cionais e seus políticos corrup-
tos!
Lugar aos de abaixo!
Por teto, salário, trabalho e ter-
ra! Congresso Operário e Cam-
ponês! Greve geral revolucioná-
ria!
O PTS organiza um ato na Argentina para defender
o governo burguês do PT do Brasil
O1° de Maio encontra o PTS apoiando o
governo de Dilma e o PT, um governo
burguês pró imperialista que quer demonstrar
a seu amo que pode e está disposto a levar até
o fim um superior ataque ao movimento ope-
rário e às massas exploradas do Brasil. O PTS
(MRT) chama a um ato no dia 30 de abril na
Argentina nas portas da embaixada brasileira
em Buenos Aires sob o lema de “Ato contra o
golpe no Brasil...”
No entanto a realidade é que no Bra-
sil a quadrilha burguesa que quer tirar Dilma se
movimenta nos marcos estritos da constituição
semi bonapartista com a qual se rege o país des-
de o ano 1988. Esta mesma Constituição na qual
se amparam os bandos de oposição para aplicar
os mecanismo para tirar Dilma hoje, foi o mes-
mo que foi utilizado pelo PT, o PSDB e o PMDB
nos ’90 para tirar de cima Collor de Melo com o
Impeachment.
O que acontece no Brasil, como na
Venezuela, é que o imperialismo depois de
utilizar às burguesias nativas, quer dizer, aos
“bolivarianos”, ao PT e seu governo ou aos
Kirchner na Argentina, para estrangular os
processos revolucionários, agora vem pôr
ordem em seu “quintal traseiro”. Impulsio-
na à “Direita” para fazer ações nas ruas para
utilizar aos “progressistas” e que seja esses os
que apliquem o central do ataque às conquis-
tas operárias, exprimindo até a última gota de
suco, como “limões exprimidos” pelo imperialis-
moquesão.IssoéoquefezaKirchner,éoquefaz
MaduroetambémDilma.
Agora bem, se tem golpe como diz o
PTS, como se derrota? Para o PTS com Assem-
bleia Constituinte! Um golpe que se barra votan-
do? Sem chamar a esmagar os golpistas? Sem um
chamado à Greve Geral Revolucionária? Sem
expropriar nem tocar a propriedade das grandes
transnacionais que estariam financiando o golpe?
Sem chamar aos soldados rasos a romper com os
oficiais das Forças Armadas? Sem derrotar aos
juízes golpistas e sem impor tribunais operários e
populares?
Os golpes se param chamando à classe ope-
rária a paralisar a produção e esmagar os
golpistas. Os golpes se param e inclusive se
defende a democracia com o método da re-
volução proletária.
E não podem dizer que não tem con-
dições para isso... O PTS está numa frente com a
CUT, o Movimento Sem Terra, o Movimento de
Trabalhadores Sem Teto, etc.; que perfeitamente
poderiam chamar a um grande Congresso Ope-
rário e Camponês para organizar a Greve Geral
com a qual esmagar o “golpismo”.
Aqui o concreto é que onde sim
tem um brutal golpe contrarrevolucionário
com 400.000 operários e camponeses assas-
sinos na Síria, o PTS o cala. As massas sírias
continuam cercadas e a lacaia Dilma rodea-
da pelos chamados “socialistas” de palavra e
oportunistas nos fatos.
QUE SE VÃO TODOS!
Fora Temer, o FMI, os banqueiros,
as transnacionais e seus políticos corruptos!
Governo revolucionário da CUT, do MST e dos Sem
Teto! Agora... Que governem os de abaixo!