1.
“ADOPT_DTV: Barreiras à adopção da televisão digital no contexto da
transição da televisão analógica para o digital em Portugal”
( PTDC/CCI‐COM/102576/2008)
Relatório “Estudo de Usabilidade”
Outubro de 2011
1
4.
1. Introdução
Objectivos
O presente estudo de usabilidade tem por objectivo principal proceder à análise
comparativa da eficácia e satisfação de alguns equipamentos de recepção de televisão
digital terrestre (TDT) disponíveis no mercado português. Na constituição da amostra foi
dada particular atenção ao recrutamento de pessoas com idade igual ou superior a 65 anos
e a pessoas com necessidades especiais. Os testes de usabilidade decorreram Universidade
Lusófona, nas instalações do CICANT, de Julho a Setembro de 2011.
Instrumentos
Para os testes foi utilizada uma televisão com cerca de 30 cm diâmetro e três caixas
descodificadoras de Televisão Digital Terrestre (TDT), a saber:
1. Technisat DiGYBOXX T4 MPEG4 (a primeira opção de compra era o modelo Denver DMB‐
105HD, considerado a melhor compra pela DECO em inícios de 20111, mas não foi possível
adquirir este equipamento, tendo‐se optado por um equipamento de preço semelhante);
2. Televes Receptor TDT 7151 MPEG42 (1ª recomendação da DECO);
3. Easy Home TDT HD Nano (a caixa mais barata, segundo a DECO).
Figura 1: Caixa descodificadora Technisat DiGYBOXX T4
1
Anacom (2011) Descodificadores para TDT têm boa imagem mesmo em TV's convencionais e registam descidas
de preços. Acedido a 27‐10‐2011, em: http://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1067421
2
DECO (2011) Descodificadores para televisão digital terrestre: poupe até 111 euros.
Acedido a 27‐10‐2011, em: http://www.deco.proteste.pt/dvd‐tv‐som/descodificadores‐para‐televisao‐digital‐
terrestre‐poupe‐ate‐111‐euros‐s647831.htm
4
5.
Figura 2: Caixa descodificadora Televes Receptor TDT 7151 MPEG4
Figura 3: Caixa descodificadora Easy Home TDT HD Nano
Uma das maiores diferenças entre estas caixas descodificadoras é a capacidade de
reprodução de filmes, música e fotos por parte da Easy Home, mas sem hipótese de
gravação, enquanto a Televes e a Technisat têm capacidade de gravação e reprodução de
programas, mas sem capacidade de reprodução de vídeos noutro formato.
As sessões individuais duraram cerca de uma hora e meia tendo como base o
seguinte protocolo:
a) Entrevista semi‐estruturada (Quico & Henriques, 2011) onde se recolheu informação
sobre características, atitudes, preferências face à TV, face à TV digital, expectativas relativas
à televisão no futuro, a recolha de dados sócio‐demográficos, literacia e autonomia
tecnológica e necessidades especiais em termos de acessibilidade por parte dos
5
6. participantes (anexo 1). Foi utilizada uma outra versão aumentada, utilizada
especificamente para pessoas com deficiência visual e auditiva (anexo 2)
b) Teste de usabilidade (Quico & Henriques, 2011) a três caixas descodificadoras para
Televisão Digital Terrestre onde se avalia a interacção com as caixas através do telecomando
e procuramos conhecer a satisfação dos participantes, a eficácia (capacidade de fazer
tarefas) e a eficiência (qualidade com que as tarefas são executadas) das caixas. Procurámos
também conhecer a aderência (também do ponto de vista perspectivo) às capacidades
tecnológicas das caixas (anexo 3).
Amostra e Metodologia
A amostra do estudo é de conveniência, sendo constituída por 20 participantes adultos
(n=20), 10 homens e 10 mulheres, cinco com idades inferior a 65 anos, cinco com idade
superior a 65 anos, cinco com deficiência auditiva grave e cinco com deficiência visual grave.
Os participantes têm idades compreendidas entre os 23 e os 80 anos e a média das idades é
de 45,6 anos (masculino= 40,2 anos; feminino=51,1 anos).
Figura 4: Participante no estudo de usabilidade a testar os equipamentos
Os participantes, residentes na grande Lisboa foram recrutados telefonicamente
durante os meses de Junho e Setembro de 2011, sendo‐lhes garantida a confidencialidade,
explicada o enquadramento do estudo, a metodologia, objetivos e o tempo de duração da
6
7. avaliação, tendo sido pedido a presença de intérprete de língua gestual por dois
participantes com deficiência auditiva.
O questionário semi‐estruturado foi realizado individualmente, supervisionado por
uma assistente no caso de haver dúvidas e o teste de usabilidade foi conduzido por um
investigador que diligencia todo o preenchimento do teste.
Foi pedido aos participantes para identificarem as funções dos botões do
telecomando de cada uma das caixas. Foi averiguado que a média de botões das três caixas
é de 40, pelo que para se graduar o grau de conhecimento das funções numa escala de um a
cinco, foi criado um intervalo de oito factores (40/5=8). Como tal, um desconhecimento das
funções de até oito botões (consegue identificar todos ou quase todos) é graduado com um
cinco, até 16 com um quatro e assim sistematicamente até um.
Figura 5: Participante no estudo de usabilidade a ser entrevistada por investigador
As capacidades básicas de cada caixa foram explicadas a cada participante. Para que
não houvesse efeito de aprendizagem (ao início, muitos participantes não sabiam que o
botão EPG dava acesso ao Guia de Programação/Guia TV e denotava‐se que na última caixa
o acesso era mais rápido), as caixas foram apresentadas de forma sequencial (123‐231‐312).
Assim, o primeiro participante testou a Televes, depois a Easy Home e finalmente a
Technisat, mas o segundo participante testou a Easy Home, Technisat e a Televes e assim
por diante.
7
8. A destrinça na identificação das funções pelos sujeitos com dificuldade de visão foi
feita pela identificação por zonas de funcionalidade (teclas de cursores, teclado numérico,
volume e mudança de canal, ligar/desligar caixa e ligar/desligar som) e avaliadas à mesma
de um a cinco.
Figura 6: Participante no estudo de usabilidade a testar os equipamentos
No final, foi entregue uma pequena gratificação pela participação e para os
participantes que utilizem o actual serviço de televisão analógico terrestre, serão sorteadas
as caixas e entregues.
2. Resultados
Os resultados nos quadros apresentam por vezes múltiplas respostas dadas pelo mesmo
indivíduo, o que poderá resultar num somatório do N>20. Quando assim o é, o valor de N
para “Não responde” ou “Não aplicável” é absoluto, ou seja, corresponde ao número exacto
de participantes.
I ‐ DADOS SÓCIO‐DEMOGRÁFICOS
Em termos de qualificações, os 80% dos homens apresentam‐se como tendo um grau
académico superior relativamente às mulheres (50%).
8
9. Tabela 1a. Caracterização da amostra – ocupação e escolaridade
N Masculino Feminino %
Ocupação
Trabalhador‐Estudante 5 3 2 25,0
Trabalhador por conta de outrem 8 5 3 40,0
Trabalhador por conta própria 1 1 0 5,0
Desempregado 1 0 1 5,0
Reformado/a 5 1 4 25,0
Escolaridade
Ensino Básico (1º ano – 4º ano) 3 0 3 15,0
Ensino Secundário (10º ‐ 12º ano) 3 2 1 15,0
Bacharelato / Licenciatura 11 6 5 55,0
Mestrado/ Doutoramento 2 2 0 10,0
Não responde 1 0 1 5,0
Tabela 1b. Caracterização da amostra – necessidades especiais
N %
Dificuldade em ver mesmo usando óculos ou lentes de contacto
Não tem dificuldade ou tem pouca 12 60,0
Tem alguma dificuldade 3 15,0
Tem muita dificuldade 1 5,0
Não consegue ver 4 20,0
Dificuldade em ouvir mesmo usando um aparelho auditivo
Não tem dificuldade ou tem pouca 14 70,0
Tem pouca dificuldade 1 5,0
Tem muita dificuldade 2 10,0
Não consegue ouvir 3 15,0
II ‐ CARACTERÍSTICAS, ATITUDES E PREFERÊNCIAS FACE À TV
A grande maioria dos inquiridos tem serviço de TV paga (80%), tendo a maioria uma caixa
descodificadora (60%) sendo o serviço de cabo preferencial (55%).
9
10.
Tabela 2. Serviço televisivo
N %
Tipo de serviço televisivo tem em casa
4 canais básicos gratuitos 4 20,0
Serviço de TV paga 16 80,0
Que serviço de TV paga tem
TV por cabo 11 55,0
TV por satélite 1 5,0
TV por fibra/IPTV 4 20,0
Não aplicável 4 20,0
Tem box (caixa descodificadora)
Sim 12 60,0
Não 4 20,0
Não aplicável * 4 20,0
*4 canais básicos não necessitam de box e não são pagos. Deste grupo, três são homens e apenas uma mulher
A maioria dos inquiridos (60%) vê mais de 2 a 4 horas de televisão por dia, sendo que as
mulheres vêem mais televisão que os homens (60%), acima das 2‐4 horas.
Tabela 3. Consumo televisivo
N Masculino Feminino %
Horas de televisão em média por dia
Menos de 1 hora 2 10,0 10,0 10,0
1 a 2 horas 6 40,0 20,0 30,0
2 a 4 horas 9 40,0 50,0 45,0
mais de 4 horas 3 10,0 20,0 15,0
Uma maioria dos inquiridos não utiliza o serviço de teletexto (55%), sendo que a totalidade
dos participantes com deficiência auditiva utiliza o serviço de legendagem e todos (100%)
utilizam o serviço da RTP (todos os canais+RTP).
10
11.
Tabela 4. Teletexto
N %
Regularidade com que utiliza o teletexto
Nunca * 11 55,0
Raramente 5 25,0
Algumas vezes 1 5,0
Muitas vezes 1 5,0
Sempre 2 10,0
Efeito com que utiliza o teletexto
Ler noticias 2 10,0
Farmácias 2 10,0
Programação 1 5,0
Legendas 2 10,0
Não responde 2 10,0
Não aplicável * 11 55,0
Utilização do serviço de legendagem para deficientes auditivos através do teletexto
Não 14 70,0
Sim. 6 30,0
Se sim, em que canais utiliza
RTP 2 10,0
SIC 1 5,0
TVI 1 5,0
Todos os canais 4 20,0
Não aplicável 4 60,0
Frequência com que utiliza este serviço de legendagem para deficientes auditivos
Algumas vezes 3 15,0
Muitas vezes 1 5,0
Sempre 2 10,0
Não aplicável 14 70,0
Legendagem é melhor que a língua gestual para deficientes auditivos
11
12. Não 2 10,0
Sim 3 15,0
Não sei 1 5,0
Não aplicável 14 70,0
Legendagem versus LGP (língua gestual portuguesa)
A legendagem pode não ser melhor caso a pessoa surda ser
analfabeta ou ter dificuldade em ler 2 10,0
A tradução em língua gestual é também muito importante 1 5,0
A legendagem é mais prática 3 15,0
Não aplicável 14 70,0
A maioria dos participantes com deficiência visual (80%) afirma que utiliza, mas
espaçadamente, o serviço de áudio‐descrição da RTP.
Tabela 5. Áudio‐descrição
N %
Utilização de serviço de áudio‐descrição para deficientes visuais, através de um canal TV
Não 80,0
16
Sim. Através da RTP, mas é raramente utilizado 20,0
4
Uma grande parte das pessoas com deficiência visual (66%) consulta a Internet para se
informar da programação dos canais, mas há uma dispersão de opinião sobre qual a melhor
forma de aceder à programação de um canal (25% dos participantes com deficiência visual).
Tabela 6. Programação televisiva
N %
Saber a programação de um determinado canal
Pesquisa na Internet
3 15,0
Através de teletexto
1 5,0
Não consegue aceder
1 5,0
Não aplicável
16 75,0
12
13. Como gostaria de ter conhecimento sobre a programação de um canal
Leitura de ecrã 1 5,0
Áudio‐descrição 1 5,0
Acessibilidade no teletexto 1 5,0
Programação com voz off no canal 1 5,0
Não responde
1 5,0
III – CARACTERÍSTICAS, ATITUDES E PREFERÊNCIAS FACE À TV DIGITAL
À excepção do “switchover” (35%), a grande maioria dos inquiridos já ouviu falar e pelo
menos cerca de metade diz conhecer os termos abaixo mencionados.
Tabela 7. Conhecimento tecnológico
N % N %
Ouvir falar de TV Digital Saber o que é TV digital
Não 2 10,0 Não 10 50,0
Sim 18 90,0 Sim 10 50,0
Ouvir falar de HD ‐ TV de alta definição Saber o que é HD ‐ TV de alta definição
Não 4 20,0 10 50,0
Não
Sim 16 80,0 10 50,0
Sim
Ouvir falar de Switchover digital Saber o que é Switchover digital
Não 13 65,0 Não 14 70,0
Sim 7 35,0 Sim 6 30,0
Ouvir falar de Televisão digital terrestre (TDT) Saber o que é Televisão digital terrestre
(TDT)
Não 5 25,0 Não 9 45,0
Sim 15 75,0 Sim 11 55,0
Ouvir falar de BOX/Caixa descodificadora (STB) Saber o que é uma BOX/Caixa
descodificadora (STB)
Não 3 15,0 Não 8 40,0
Sim 17 85,0 Sim 12 60,0
13
14.
Cerca de 65% dos inquiridos mostra‐se pelo menos interessado na TV digital e apenas dois
inquiridos erraram quando afirmaram que a sua zona não estava abrangida pelo sinal de
TDT. No entanto, 90% tem conhecimento acerca do “apagão” e podemos considerar que
60% tem uma percepção da data limite do apagão.
Tabela 8. TV digital
N %
Interesse na TV digital
Nada interessado/a 2 10,0
Pouco interessado/a 4 20,0
Com interesse 6 30,0
Muito interessado/a 2 10,0
Bastante interessado/a 5 25,0
Não responde 1 5,0
A zona de residência já tem cobertura TDT ‐Televisão Digital Terrestre
Não 2 10,0
Sim 10 50,0
Não sei 7 35,0
Não responde 1 5,0
Conhecimento acerca do "apagão"
Não 1 5,0
Sim 18 90,0
Não responde 1 5,0
Data limite do apagão
Não sabe 4 20,0
Abril 2012 4 20,0
2012 8 40,0
2011 3 15,0
2013 1 5,0
Uma larga maioria dos inquiridos (95%) respondeu correctamente acerca da adaptação
14
15. técnica necessária para a passagem do analógico para o digital, o envolvimento de custos
(100% dos que têm o sistema analógico) embora haja uma grande dispersão em termos das
medidas a adoptar, instalação (ninguém considerou a hipótese de poder instalá‐la
sozinho/a) facilidade e utilização das caixas.
Tabela 9. Descodificador TDT
N %
Conhecimento de quem recebe o sinal por antena, caso não tenha um televisor com um
receptor com descodificador de TV digital incorporado, terá de comprar uma caixa ou
televisor que receba o novo sinal digital para continuar a ver TV gratuitamente
Não 1 5,0
Sim 19 95,0
Se tem sinal analógico como vai obter apoio, para continuar a ter os 4 canais
generalistas em casa
Pedir ajuda a familiar ou amigo 2 15,0
Não sei 1 10,0
Não responde 1 10,0
Não aplicável 16 80
Dificuldade em instalar o descodificador de TDT em casa
Complicado 1 5,0
Simples 2 10,0
Não sei 1 5,0
Não aplicável 16 80
Dificuldade em utilizar o descodificador de TDT em casa
Complicado 2 10,0
Simples 1 5,0
Não sei 1 5,0
Não aplicável 16 80,0
Qual o sistema a ser adoptado
Comprar o descodificador 1 5,0
Comprar uma televisão nova 1 5,0
Aderir a um serviço pago de TV por cabo, satélite ou IPTV 1 5,0
Não sabe 1 5,0
Não aplicável 16 80,0
15
16. Conhecimento de que há custos envolvidos na passagem para o TDT
Não 0 0
Sim 4 20,0
Não aplicável 16 80,0
TV digital é mais simples ou complicado que a TV analógica
Mais complicado 1 5,0
Mais simples 2 10,0
Não responde 1 5,0
Não aplicável 16 80,0
IV‐ EXPECTATIVAS RELATIVAMENTE À TV DO FUTURO
A maioria dos participantes (55%) acredita que daqui por cinco anos verão o mesmo número
de horas de televisão, 15% dos participantes imagina a televisão com funcionalidades de
acessibilidade (tecnologia táctil + escolha de idioma + dobragem para português) e a maioria
(55%) não responde sobre as suas expectativas acerca de novas tecnologias em televisão.
Tabela 10. A Televisão no futuro
N %
Daqui a 5 anos, vai ver mais televisão, menos ou o mesmo tempo do que vê hoje em dia
Menos 2 10,0
O mesmo 11 55,0
Mais 6 30,0
Não sei 1 5,0
Como imagina a televisão daqui a 10 anos em termos de programas
Mais programas interactivos/participativos 2 10,0
Mais variedade de programas 2 10,0
Maior qualidade 1 5,0
A privatização de canais públicos vai diminuir a qualidade dos programas 2 10,0
Vão haver menos programas em português 1 5,0
Programas com áudio‐descrição 1 5,0
Vão ser iguais 1 5,0
16
17. Programas dirigidos a nichos de mercado 1 5,0
Mais programas portugueses 1 5,0
Programas com legendas 1 5,0
Não respondem 5 25,0
Não sei 2 10,0
Como imagina a televisão daqui a 10 anos em termos de tecnologia
Desenvolvimento de tecnologia táctil 1 5,0
Mais tecnologia interactiva 3 15,0
Capacidade de escolha de idioma 1 5,0
Melhor imagem 1 5,0
Mais funcionalidades 1 5,0
Capacidade de escolha de dobragem para português de entrevistas 1 5,0
Ligação à internet 1 5,0
Não respondem
11 55,0
V ‐ LITERACIA E AUTONOMIA TECNOLÓGICA
Dos 18 inquiridos que utilizam telemóvel, em média utilizam‐no há 11 anos e 9 meses
(M=11,75), utilizando a maioria (n=16) mais que uma vez por dia. As funcionalidades mais
populares são a agenda (60%), as mensagens (50%), o alarme (70%) e a máquina fotográfica
(25%). A maior parte (40%) não necessita de auxílio para trabalhar com o telemóvel, sendo
que todos os participantes com deficiência visual necessitam de auxílio.
Tabela 11. Telemóveis
N %
Utiliza telemóvel
Não 2 10,0
Sim 18 90,0
Regularidade com que utiliza o telemóvel
1‐2 vezes por semana 1 5,0
Uma vez por dia 1 5,0
17
18. Mais que uma vez por dia 16 80,0
Não aplicável 2 10,0
Funções/aplicações utilizadas no telemóvel
Agenda 12 60,0
Notas 3 15,0
Mensagens 10 50,0
Alarme 14 70,0
Chamadas 2 10,0
Leitor de ecrã 1 5,0
Utilização de multimédia 1 5,0
Videochamadas 1 5,0
Mail 1 5,0
GPS 3 15,0
Internet 3 15,0
Lembretes 2 10,0
Máquina fotográfica 5 25,0
Jogos 2 10,0
Não aplicável 2 10,0
Não responde 1 5,0
Auxílio para trabalhar com o telemóvel
Nenhum 8 40,0
Pouco 2 10,0
Algum 2 10,0
Bastante auxílio 6 30,0
Não aplicável 2 10,0
Tipo de auxílio necessário telemóvel
Software para leitura de ecrã* 4 20,0
Software de síntese de voz* 2 10,0
Para escrever Sms's 1 5,0
Ajuda de outras pessoas 1 5,0
Leitor de texto (para livros)* 1 5,0
18
19. Não aplicável 10 50,0
Não responderam 3 15,0
* Relativo aos cinco participantes com deficiência visual
A maioria dos participantes utiliza computador (80%) e mais do que uma vez por dia (75%) e
quatro participantes com mais de 65 anos é que não utilizam computador.
Os aplicativos mais utilizados pela maioria são o Microsoft Word (55%) e a Internet (65%).
Um número significativo (45%) necessita de auxílio, mas essa necessidade é unânime nos
participantes com deficiência visual.
Tabela 12. Computador
N %
Utiliza computador
Não 4 20,0
Sim 16 80,0
Regularidade com que utiliza o computador
3‐4 vezes por semana 1 5,0
Mais que uma vez por dia 15 75,0
Não aplicável 4 20,0
Funções/aplicações que utilizada no computador
Word 11 55,0
Internet 13 65,0
Excel 4 20,0
Mail 4 20,0
Jogos 4 20,0
Programa de gestão de redes 1 5,0
Agenda 1 5,0
Editor de sites 1 5,0
Editor de áudio 2 10,0
Editor de vídeo 1 5,0
Find reader converter (conversor de imagem em texto) 1 5,0
19
20. Office 4 20,0
Não responde 1 5,0
Não aplicável 4 20,0
Auxílio para trabalhar com o computador
Nenhum 5 25,0
Pouco 2 10,0
Algum 3 15,0
Bastante auxílio 6 30,0
Não aplicável 4 20,0
Tipo de auxílio necessário
Leitor de ecrã* 3 15,0
Síntese de voz* 3 15,0
Auxílio de outras pessoas 1 5,0
Leitor de Braille* 1 5,0
Ampliação de imagem* 1 5,0
Não aplicável 10 10,0
Não responderam 4 20,0
* Relativo aos cinco participantes com deficiência visual
A maioria dos participantes utiliza Internet (80%) e acede mais do que uma vez por dia
(75%), sendo que a média do tempo em que já utilizam a Internet é de 11 anos e 6 meses
(M=11,5). A maior parte não precisa de auxílio para navegar (35%), mas todos os
participantes com deficiência visual precisam. Os programas/aplicações com mais
popularidade é o email (80% dos inquiridos, mas que corresponde a 100% dos que utilizam
internet), pesquisa (50% / 70% utilizadores) e as redes sociais (35% / 55% utilizadores de
internet).
Tabela 13. Internet
N %
Utiliza internet
Não 4 20,0
Sim 16 80,0
20
21. Regularidade com que utiliza a internet
3‐4 vezes por semana 1 5,0
Mais que uma vez por dia 15 75,0
Não aplicável 4 20,0
Necessidade de auxílio para navegar na internet
Nenhum 7 35,0
Pouco 2 10,0
Algum 1 5,0
Bastante 6 30,0
Não aplicável 4 20,0
Tipo de auxílio necessário na internet
Leitor de ecrã* 3 15,0
Sintetizador de voz* 2 10,0
Braille* 1 5,0
Ampliação de imagem* 1 5,0
Não respondem 4 20,0
Não aplicável 11 55,0
Funções/aplicações que utilizada na internet
Jogos 2 10,0
Email 16 80,0
Pesquisa 10 50,0
Televisão e rádio online 1 5,0
Twitter 2 10,0
Redes sociais (facebook,hi‐5) 6 30,0
Messenger 4 20,0
Mapas 1 5,0
Moodle 1 5,0
Ler as notícias 5 25,0
e‐banking 1 5,0
Blogues 1 5,0
Vídeo‐chamadas 1 5,0
21
22. Compras online 1 5,0
Construção e edição de sites 1 5,0
Ver vídeos no YouTube 1 5,0
Software de administração remota 1 5,0
Não aplicável 4 20,0
* Relativo aos cinco participantes com deficiência visual
A maioria (55%) recorre à rede de suporte social (família e amigos) para os ajudarem a
instalar e fazer equipamento electrónico funcionar ‐ e essa opção é prevalente nos quatro
grupos em estudo. Os indivíduos com menos de 65 anos são os que recorrem mais à ajuda
de um técnico (n=3).
Tabela 14. Necessidade de auxílio com equipamentos electrónicos
N %
Recorre a que ajuda na instalação/funcionamento de um equipamento
electrónico
Raramente precisa de auxílio 4 20,0
Recorre a familiares/amigos 11 55,0
Recorre a ajuda de um técnico 6 30,0
Vai ao Google 1 5,0
Não resolve porque não pede ajuda 1 5,0
VI – USABILIDADE
Em relação à capacidade de identificação dos botões dos telecomandos, a grande maioria
consegue identificar a maior parte dos botões e a capacidade de ligar a box foi quase
unânime à excepção de uma participante com mais de 65 anos que não conseguiu realizar a
tarefa num dos comandos.
As teclas de cursor são utilizadas maioritariamente para alterar o canal de televisão
e facilidade de alterar o volume encontra‐se próximo do valor máximo, não havendo
diferenças entre os três comandos.
22
23. O acesso à programação de um canal no teletexto é para a maioria fácil/ muito fácil
(55‐60%) e o acesso à programação de um canal é feita em grande parte através do canal
numérico (45‐55%).
Tabela 15. Funções da caixa com acesso no telecomando
Televes Easy Home Technisat
N % M N % M N % M
Identificação dos botões do telecomando 4,25 4,20 4,45
Não consegue identificar a grande maioria 1 5,0 ‐ 2 10,0 ‐ 1 5,0 ‐
Consegue identificar poucos botões 1 5,0 ‐ ‐ ‐ ‐ 1 5,0 ‐
Consegue identificar cerca de metade 1 5,0 ‐ 2 10,0 ‐ ‐ ‐ ‐
Consegue identificar uma larga parte 6 30,0 ‐ 4 20,0 ‐ 4 20,0 ‐
Consegue identificar todos ou quase todos 11 55,0 ‐ 12 60,0 ‐ 14 70,0 ‐
Capacidade para ligar a box 4,45 4,80 4,55
Não 0 0,0 ‐ 0 0,0 ‐ 1 5,0 ‐
Sim 20 100,0 ‐ 20 100,0 ‐ 19 95,0 ‐
Utilizou que botões para mudar de canal
Botões ‐/+ 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐
Teclado numérico 6 30,0 ‐ 9 45,0 ‐ 6 30,0 ‐
Cursor 10 50,0 ‐ 11 55,0 ‐ 11 55,0 ‐
Alterar o volume 4,80 4,55 4,65
Aceder ao teletexto e ver a programação de
um canal 3,67 3,60 4,00
Muito difícil 2 10,0 ‐ 1 5,0 ‐ 1 5,0 ‐
Difícil ‐ ‐ ‐ 2 10,0 ‐ ‐ ‐ ‐
Fácil 4 20,0 ‐ 3 15,0 ‐ 3 15,0 ‐
Muito fácil 7 35,0 ‐ 7 35,0 ‐ 9 45,0 ‐
Não conseguem aceder* 2 10,0 ‐ 2 10,0 ‐ 2 10,0 ‐
Não aplicável** 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐
Botões utilizados para aceder à programação
do teletexto
Botões ‐/+ ‐ ‐ ‐ 1 5,0 ‐ ‐ ‐ ‐
23
24. Teclado numérico 11 55,0 ‐ 11 55,0 ‐ 9 45,0 ‐
Teclas coloridas 1 5,0 ‐ ‐ ‐ ‐ 1 5,0 ‐
Teclas de Cursor 2 10,0 ‐ 1 5,0 ‐ 4 20,0 ‐
Não conseguem aceder* 2 10,0 ‐ 2 10,0 ‐ 2 10,0 ‐
Não aplicável** 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐
*Nesta e próximas tabelas, os respondentes “Não conseguem aceder” contam para a média, quando aplicável e
também para a taxa de resposta (n e %).
** Nesta e próximas tabelas, as situações “Não aplicável” reportam‐se a Indivíduos com deficiência visual e que
não contam para a média, mas sim para a taxa de resposta.
Grande parte dos inquiridos (35‐55%) conseguiram localizar o botão de acesso ao
EPG, e a maioria (50%) conseguiu com muita facilidade aceder à programação específica de
um canal através do EPG com a caixa Technisat (M=4,13), comparativamente à Televes que
teve resultados medianos (M=3,0).
Novamente a maioria (55‐65%) utiliza as teclas de cursor para aceder à programação
específica de um canal através do EPG.
Tabela 16. Acesso ao Guia de Programação Electrónico (EPG)
Televes Easy Home Technisat
N % M N % M N % M
Procurar no telecomando o Guia de
Programação Electrónico (EPG) 3,87 3,87 3,53
Muito difícil 2 10,0 ‐ 1 5,0 ‐ 2 10,0 ‐
Difícil 1 5,0 ‐ 3 15,0 ‐ ‐ ‐ ‐
Acessível 2 10,0 ‐ ‐ ‐ ‐ 6 30,0 ‐
Fácil 2 10,0 ‐ 4 20,0 ‐ 2 10,0 ‐
Muito fácil 8 40,0 ‐ 7 35,0 ‐ 5 25,0 ‐
Não aplicável 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐
Aceder à programação específica
de um canal através do EPG 3,0 3,33 4,13
Muito difícil 1 5,0 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Difícil 2 10,0 ‐ 1 5,0 ‐ ‐ ‐ ‐
Acessível 2 10,0 ‐ 2 10,0 ‐ ‐ ‐ ‐
24
25. Fácil 6 30,0 ‐ 4 20,0 ‐ 3 15,0 ‐
Muito fácil 2 10,0 ‐ 6 30,0 ‐ 10 50,0 ‐
Não conseguem aceder 2 10,0 ‐ 2 10,0 ‐ 2 10,0 ‐
Não aplicável 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐
Botões utilizados para aceder à
programação específica de um
canal através do EPG*
Teclado numérico 1 5,0 ‐ ‐ ‐ ‐ 0 0 ‐
Botões coloridos 4 20,0 ‐ 1 5,0 ‐ 7 35,0 ‐
Cursor 11 55,0 ‐ 13 65,0 ‐ 12 60,0 ‐
Não conseguem aceder 2 10,0 ‐ 2 10,0 ‐ 2 10,0 ‐
Não aplicável 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐
* É permitida múltiplas combinações de teclas, logo o valor de n corresponde não ao número de indivíduos
respondentes, mas ao número de respostas, que pode ser n>20 (>100%)
A maioria das respostas em relação à dificuldade de navegar no EPG, encontra‐se em
crescendo, proporcional à média, sendo que a maior parte (25%) considerou mediana a
acessibilidade da Televes, 30% considerou a da Easy Home fácil e 30% considerou a
acessibilidade de navegação no EPG da Technisat como “muito fácil”.
Quanto ao conteúdo de informação, há de novo um crescendo, considerando‐se o
conteúdo da Televes (25%) , da Easy Home (70%) e da Technisat (70%) como satisfatório.
Em termos da estética do EPG, o mesmo crescendo em termos de média, com 60%
dos participantes agradados com a estética do EPG da Technisat.
Tabela 17 . Análise do EPG
Televes Shop + Technisat
N % M N % M N % M
Dificuldade em navegar no EPG 2,86 3,53 3,66
Muito difícil 3 15,0 ‐ 2 10,0 ‐ 3 15,0 ‐
Difícil 2 10,0 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Acessível 5 25,0 ‐ 4 20,0 ‐ 2 10,0 ‐
25
26. Fácil 4 20,0 ‐ 6 30,0 ‐ 4 20,0 ‐
Muito fácil 1 5,0 ‐ 3 15,0 ‐ 6 30,0 ‐
Não aplicável 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐
Conteúdo de informação do EPG 3,47 4,33 4,40
Muito pouco 3 15,0 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Pouco 2 10,0 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Mediano 5 25,0 ‐ 1 5,0 ‐ 1 5,0 ‐
Bastante 4 20,0 ‐ 8 40,0 ‐ 7 35,0 ‐
Muito 1 5,0 ‐ 6 30,0 ‐ 7 35,0 ‐
Não aplicável 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐
Estética do EPG 3,53 3,87 4,00
Muito feio/desagradável 1 5,0 ‐ 1 5,0 ‐ ‐ ‐ ‐
Feio/desagradável 2 10,0 ‐ ‐ ‐ ‐ 1 5,0 ‐
Nem bonito, nem feio 5 25,0 ‐ 3 15,0 ‐ 2 10,0 ‐
Bonito/agradável 2 10,0 ‐ 7 35,0 ‐ 8 40,0 ‐
Muito bonito/agradável 5 25,0 ‐ 4 20,0 ‐ 4 20,0 ‐
Não aplicável 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐
Pedindo aos inquiridos que navegassem pelo menu, e verificassem o conhecimento das
funções do menu, houve um equilíbrio das respostas nas três caixas, sendo que uma grande
parte assinala que consegue identificar a maioria das funções (50%).
Considerando que as três caixas possuem menus diferentes, alguns com a mesma
função e diferente nomenclatura (ex: Controlo parental/Configuração crianças), procedeu‐se
à análise de conteúdo das respostas. O não reconhecimento da função “Controlo
parental/configurações crianças” e “Busca de canais” parece ser similar nos três caixas. Em
relação à Technisat, metade dos participantes não respondem, dando a indicação de que
conhecem todas as funções (40% conhecimento para a Easy Home e 35% para a Televes).
Em termos legibilidade nas diferentes janelas (menu, barra de informação, EPG,
Alertas, etc.), desataca‐se a Technisat com 70% dos inquiridos a acharem a terem uma boa
26
27. legibilidade, 55% para a Easy Home e apenas 15% para a Televes que recebe a maior crítica
relativamente ao escasso tamanho das letras (50% dos participantes) à forma como a letra
se confunde com o fundo (25%). No entanto, duas pessoas não revelam qualquer crítica. O
tamanho de letra (35%) e a fusão da cor com o fundo (20%) são as principais críticas à Easy
Home, sendo que a Technisat recebe elogios de quatro participantes pelo adequado
tamanho da letra.
Tabela 18. Menu
Televes Easy Nano Technisat
N % M N % M N % M
Reconhecimento das funções do
Menu 3,80 3,73 3,73
Não consegue identificar a grande 1 5,0 ‐ 2 10,0 ‐ 3 15,0 ‐
maioria
Consegue identificar poucas funções 3 15,0 ‐ 2 10,0 ‐ 1 5,0 ‐
Consegue identificar cerca de 1 5,0 ‐ 1 5,0 ‐ 1 5,0 ‐
metade
Consegue identificar uma larga 3 15,0 ‐ 3 15,0 ‐ 2 10,0 ‐
parte
Consegue identificar todas ou quase 7 35,0 ‐ 7 35,0 ‐ 8 40,0 ‐
todas
Não aplicável 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐
Funções do menu não
reconhecíveis
Controlo parental/configuração 4 20,0 ‐ 3 15,0 ‐ 4 20,0 ‐
crianças
Lista rádio ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 1 5,0 ‐
Busca de canais 2 10,0 ‐ 2 10,0 ‐ 3 15,0 ‐
Boa legibilidade ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 1 5,0 ‐
Configurações 3 15,0 ‐ 2 10,0 ‐ 1 5,0 ‐
Favoritos ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 1 5,0 ‐
Não entende significado dos ícones 1 5,0 ‐ 2 10,0 ‐ 1 5,0 ‐
Eventos 3 15,0 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Temporizador 1 5,0 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Valores de fábrica 1 5,0 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Editar programas 2 10,0 ‐ 4 20,0 ‐ ‐ ‐ ‐
Não sabe o que é "Hora" ‐ ‐ ‐ 1 5,0 ‐ ‐ ‐ ‐
27
28. Não respondem 7 35,0 ‐ 8 40,0 ‐ 10 50,0 ‐
Não aplicável 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐
Capacidade de leitura nas 2,93 3,80 4,53
diferentes janelas
Difícil 5 25,0 ‐ 3 15,0 ‐ ‐ ‐ ‐
Acessível 7 35,0 ‐ 1 5,0 ‐ 1 5,0 ‐
Fácil 2 10,0 ‐ 7 35,0 ‐ 5 25,0 ‐
Muito fácil 1 5,0 ‐ 4 20,0 ‐ 9 45,0 ‐
Não aplicável 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐
Crítica à leitura nas diferentes
janelas
Letras deviam ser maiores 10 50,0 ‐ 7 35,0 ‐ 3 15,0 ‐
Maior contraste 1 5,0 ‐ 2 10,0 ‐ 2 10,0 ‐
Bom contraste ‐ ‐ ‐ 1 5,0 ‐ 1 5,0 ‐
Bom tamanho de letra ‐ ‐ ‐ 1 5,0 ‐ 4 20,0 ‐
Bom lettering ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 1 5,0 ‐
Opção selecionada deveria ter cor ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 2 10,0 ‐
diferente
Cores garridas 4 20,0 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Cor da letra confunde‐se com o 5 25,0 ‐ 4 20,0 ‐ ‐ ‐ ‐
fundo
Muita informação na barra info do 1 5,0 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
canal
Modificava as cores 1 5,0 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Não responde 2 10,0 ‐ ‐ ‐ ‐ 2 10,0 ‐
Não aplicável/ 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐ 5 25,0 ‐
Comparativamente, a caixa descodificadora TDT cujos clientes optariam para
compra caso necessário, seria a Technisat com 60% das escolhas, seguida da Easy Home com
35% e como última escolha, a Televes (5%).
Os aspectos mencionados como mais importantes para aquisição de uma caixa são a
facilidade de uso (45%), a estética do interface (20%), um bom comando (20%) e a
possibilidade de utilização de Pen USB (15%).
Pondo‐se a hipótese de se adquirir uma qualquer caixa, a opção de gravação de
programas surge com primazia (30%), a explicação das funcionalidades das caixas de seguida
28
29. (25%) , o preço, a alguém que pudesse instalar a caixa, opções de acessibilidade e a
simplicidade (15%), seriam os seguintes critérios a seguir.
Tabela 19. Escolha das caixas
N %
Quais das 3 caixas compraria
Televes 1 5,0
Easy Home 7 35,0
Technisat 12 60,0
Aspectos relevantes para adquirir a caixa
Facilidade de uso 9 45,0
Gostar da estética do interface 4 20,0
Melhor comando 4 20,0
Uso de Pen USB 3 15,0
Bom uso das cores 2 10,0
Bom contraste letra‐fundo 2 10,0
Legibilidade 2 10,0
Ergonomia do comando 2 10,0
Gostar da estética da caixa 1 5,0
Caixa ser pequena 1 5,0
Poder ver filmes 1 5,0
Rápido acesso 1 5,0
Mais intuitivo 1 5,0
Melhor EPG 1 5,0
Melhor interface 1 5,0
Questões ou critérios de compra colocaria ao vendedor
Se tinha opção de gravação 6 30,0
Funções da caixa 5 25,0
Preço 3 15,0
Alguém para instalar a caixa 3 15,0
Caixa com opções de acessibilidade 3 15,0
Uma caixa simples 3 15,0
O que o vendedor aconselharia 2 10,0
Prazo da garantia 2 10,0
Saber como se fazem as ligações da caixa 2 10,0
Ia à Internet informar‐me 1 5,0
Descrição das funções do telecomando 1 5,0
Caixa pequena 1 5,0
29
30. Ter comando em português 1 5,0
Se a caixa faz actualização de software 1 5,0
Se vai utilizar as funcionalidades do serviço digital
Não 3 15,0
Sim 14 70,0
Talvez 3 15,0
Que funções da caixa iria utilizar
Gravar programas 11 55,0
EPG 10 50,0
Rádio 6 30,0
Ver filmes 3 15,0
Pen USB 3 15,0
Poder ver fotos 2 10,0
Aplicativos e funções que teria numa box, caso a pudesse personalizar
Gravar programas 12 60,0
Internet 8 40,0
EPG 6 30,0
Pen USB 5 25,0
Legendas 4 20,0
Ver filmes 4 20,0
Áudio‐descrição 4 20,0
Meteorologia 2 10,0
Software de voz para ler Menus 2 10,0
Rádio 2 10,0
Personalizar cores do Menu 1 5,0
EPG com voz 1 5,0
Áudio‐legendas 1 5,0
Notícias 1 5,0
Interprete Língua Gestual Portuguesa 1 5,0
Multimédia 1 5,0
Conversor de voz em texto 1 5,0
Opções de acessibilidade 1 5,0
Não aplicável/Não responde 3 15,0
No caso de utilizar o serviço digital, a maioria (70%) utilizaria as funcionalidades da caixa,
sendo que as funções que mais entusiasmaram novamente a capacidade de gravar
programas (55%), o EPG (50%) e o acesso à Rádio (30%) e de alguma forma são esses
30
31. também que aparecem preferencialmente na perspectiva de se poder personalizar uma
caixa, com a gravação de programas apresentando‐se como preferencial (60%), a
capacidade de aceder à Internet (40%), ter EPG (30%) e ter Pen USB (25%).
Minoritariamente aparecem opções para pessoas com problemas de acessibilidade como
Áudio‐descrição, software para leitura de menus, EPG com voz, áudio‐legendas, capacidade
de activar uma janela com intérprete de LGP, conversor de voz em texto e outras opções de
acessibilidade.
3. Conclusões
Em síntese, foi indicado que as mulheres (60%), vêem mais televisão que os homens e
segundo a nossa amostra, 40% das mulheres não têm um trabalho declarado (3 mulheres
reformadas e uma desemprega), possibilitando assim um acréscimo no consumo de
televisão.
Foi avaliado que uma maioria dos inquiridos não utiliza o serviço de teletexto (55%),
e apenas três utilizam muitas vezes, ou mais. Os cinco participantes com deficiência auditiva
utilizam o serviço de legendagem e todos (100%) utilizam o serviço da RTP (todos os
canais+RTP), mas isso é feito com uma baixa frequência, o que poderá indiciar que o facto
dos cinco participantes não utilizarem “Sempre” a legendagem, é reflexo de uma provável
escassez de legendagem nos programas portugueses, ou da falta de legendagem em
situações de entrevista/ declarações sem ser em língua portuguesa onde a voz é dobrada,
mas também da presença de intérprete de LGP, poderá tornar desnecessário ou poderá ser
complementar à legendagem. De facto não existe unanimidade sobre a melhor forma de
informação, se por legendagem (n=3) ou por LGP (n=2), havendo ainda um indeciso. A
complementaridade das duas formas, será talvez a mais correcta e consensual e se puder
ser opcional (só o é para a legendagem), melhor será, já que diminui o ruído visual na
imagem (a janela com intérprete de LGP ocupa uma parte do ecrã, sobrepondo‐se à imagem
e no caso de peças de futebol, pode haver ocultação de conteúdo televisivo por detrás da
janela).
Relativamente à tabela 7, à excepção do “Switchover” (35% já ouviu falar), os dados
apontam para um conhecimento relativo da terminologia tecnológica, embora nos tenha
surgido que o termo poderá não ser o mais adequado, já que tem sido lançado pelos media
31
32. o jargão “apagão” para designar a passagem do sinal analógico para digital, mas optámos
por não corrigir no inquérito na expectativa de que poderia haver enviesamento dos dados,
já que tinha sido feita alguma recolha. Hipótese essa corroborada na Tabela 8 onde se utiliza
o termo “apagão” e em que há um responsividade positiva de 90% dos inquiridos.
O “presentismo” formula que a forma como projectamos o futuro, tem por base os
conhecimentos do presente e como tal, não é de estranhar que em termos daquilo que os
participantes pensem que vá ser o futuro tecnológico e programático, tem muito a ver com
os actuais padrões de televisão e tecnológicos. A tendência para a assimilação da
funcionalidade de diversos objectos numa mesma fonte, ou multi‐funcionalidade é já uma
realidade nos computadores, telemóveis e começa a sê‐lo com os televisores. Assim,
embora haja uma grande abrangência em termos de respostas (Tabela 10), essa futurologia
engloba já muita tecnologia utilizada por outros dispositivos (IPad, DVDs, televisores HD,
etc.) e que os inquiridos acreditam vir a ser funcionalizada pela televisão. No entanto, 55%
dos inquiridos não demonstraram uma perspectiva de como poderá ser a televisão no futuro
em termos tecnológicos, tendo os participantes com deficiência uma maior preocupação
com a acessibilidade (15%).
Quanto à utilização de telemóveis, as duas pessoas que não os utilizam, são
integrantes no grupo com mais de 65 anos de idade. Nesse mesmo grupo, apenas uma
pessoa utiliza computador e Internet, o que cruzando os dados com uma maioria que nunca
utiliza o teletexto (n=4), não sabe o que é HD (n=4), TDT (n=3), caixa descodificadora (n=3), o
pouco ou nenhum interesse na TV digital (n=5), conjugado com baixa literacia académica (3
pessoas têm o ensino básico), podemos inferir uma baixa literacia tecnológica.
Os dados indicam uma baixa utilização do telemóvel para mensagens (n=10) e
chamadas (n=2), mas pensamos que estes valores se encontrem enviesados por baixo, já
que os participantes procurarão responder para além do óbvio (o telemóvel serve
primordialmente para fazer chamadas), confundindo‐se o objecto com a própria função e
como tal, não havendo a necessidade de o referir.
O uso frequente (n=15 ‐ Mais que uma vez por dia) do computador (tabela 12) e da
Internet poderá indiciar uma dependência, ou menos radical, uma necessidade diária de
mediar as redes sociais, a acessibilidade, o trabalho, o lazer e a gestão pessoal, através da
informática e da electrónica.
32
33. Nos resultados (Tabela 15), foi assinalado que a maioria dos inquiridos fizera uma
boa identificação das funções do telecomando, para além de haver alguma correspondência
em termos das médias obtidas. Poderão estes resultados ser explicados em dois factores: a)
a uniformização existente nos botões dos três telecomandos em termos de símbolos e das
funcionalidades b) e o conhecimento prévio (por experiência) dos sujeitos relativamente à
funcionalidade dos telecomandos.
Indo ao encontro destes resultados está a capacidade generalizada para ligar a box e
alterar o volume no telecomando, que é feito com bastante sucesso.
Embora as teclas de cursor sirvam maioritariamente para alterar o canal de televisão
(50‐55%), este valor poderá estar circunscrito ao facto de apenas haver quatro canais TDT,
logo a necessidade de se utilizar o teclado numérico (para aceder a canais com posição na
grelha mais longínquas) encontra‐se diminuída.
Uma capacidade exploratória a registar é o facto de apesar de 80% nunca ou
raramente utilizar o teletexto (Tabela 4), apenas uma pequena parte (35%) não consegue
aceder à programação de um canal pelo teletexto sendo que a grande parte acede com
facilidade (45‐55%). Para os participantes com deficiência auditiva, a recorrente utilização
do teletexto (100% utiliza em especial a página 888 para legendagem), leva a que os
resultados apresentem uma facilidade de utilização que é específica de um grupo e não de
um todo (nenhum participante invisual utiliza).
A tabela 16 revela‐nos que apesar de grande parte dos inquiridos (35‐55%)
conseguirem localizar o botão de acesso ao EPG, a caixa Technisat teve resultados mais
baixos devido provavelmente à partilha de funções do botão de acesso ao EPG com a da
função SFI que se encontra inscrita no próprio botão, tornando a legibilidade menos precisa,
logo, mais demorada.
A caixa Technisat parece ter obtido melhores resultados em termos de
acessibilidade, muito devido a um interface simples, “limpo” e básico (branco acinzentado
com letras negras) e que vão ao encontro de algumas das 10 directivas heurísticas de
Nielsen (1993) para a usabilidade como diálogos simples e naturais; falar a linguagem do
utilizador; minimizar a sobrecarga de memória do utilizador; consistência (neste caso na
estrutura, cores, disposição, etc.); saídas claramente marcadas e prevenir erros. A única
dificuldade de acesso foi registada por duas participantes com mais de 65 anos e com pouca
experiência na navegação de menus e sistemas gráficos. A caixa Televes utiliza como
33
34. instrumento de navegação, as teclas coloridas (geralmente utilizadas no teletexto) e como
se viu na tabela 15 (“Botões utilizados para aceder à programação do teletexto”), a sua
utilização mesmo com o teletexto é restrita, parecendo que poucos são os participantes que
sabem para que servem os botões coloridos. Aliás no interface gráfico do EPG da Televes, há
uma inconsistência entre o formato arredondado do “botão verde” para “detalhes” e a tecla
rectangular do telecomando.
Após a análise da satisfação com três aspectos das caixas (acessibilidade, conteúdo e
estética), a caixa Technisat apresenta‐se em lugar de destaque nos três espectros, embora a
Easy Home tenha a vantagem única de apresentar vários canais em simultâneo no seu EPG,
mas falha em não ter uma janela de previsão da emissão (preview) e a descrição dos
programas (ao invés das outras duas) (tabela 17).
A tabela 18 apresenta‐nos resultados pouco diferenciados dos até aqui obtidos, com
a caixa Televes a destacar‐se pela positiva, com os participantes a reportarem menor
dificuldade em identificar funções. No entanto, as diferenças não são significativas (m=3,80
e as outras 3,73) e os participantes estranhamente reportam mais funções que não
entendem na Televes (n=17) comparativamente à Easy Home (n=14) e à Technisat (n=12). O
maior número de funções pode explicar esta discrepância.
As letras de tamanho reduzido da Televes é o seu “calcanhar de Aquiles” (50% de
queixas) em conjugação com a má qualidade do interface (cores garridas com as letras a
confundirem‐se com o fundo), tornando a leitura difícil.
Embora 35% dos entrevistados se rendam aos encantos da Easy Home, e que
podemos aferir que tenha a ver com a capacidade de debitar música e vídeos externos da
Pen USB, já que a tabela 19 indicia uma preferência pela gravação (não acessível pela Easy
Home) e pela reprodução de vídeos (acessível e que 15% iriam utilizar se disponível), mas é a
conjugação do interface (EPG e barra informativa) e a capacidade de gravação em Pen USB
que torna a caixa TDT Technisat a favorita dos participantes (60%) e recorrendo novamente
a Nielsen (1993), é a simplicidade/facilidade de uso, o principal argumento na aquisição de
uma caixa (45%).
Há um claro interesse (70%) nas potencialidades das caixas TDT e que também não
puderam ser exploradas em profundidade, já que a falta de uniformidade nas funções das
caixas, a falta de serviços TDT disponibilizados (a função Rádio não funciona, assim como
34