O Marquês de Pombal implementou um regime absolutista iluminado em Portugal, realizando reformas no Estado, economia e urbanismo após o terramoto de 1755 em Lisboa. Ele reorganizou as estruturas do Estado, promoveu o comércio e manufaturas, e reconstruiu Lisboa com ruas retas e edifícios de proteção contra incêndios.
1. O despotismo pombalino: política
• Sebastião José de Carvalho e Melo foi nomeado por D. José
I os título de conde de Oeiras e de Marquês de Pombal.
O despotismo esclarecido
• Regime político absolutista
• Orientado pela razão
• Objectivo do seu governo:
O progresso
Bem comum
Na tentativa de assassínio ao rei em 1758
foram incriminados:
• Os inimigos políticos do Marquês
• Membros de importantes famílias nobres
• Os Jesuítas, por serem acusados de conspirarem
contra o rei
• A ordem religiosa, banida do Brasil e de Portugal e
foram expulsos do país
A reorganização do Estado:
• Vigorosa reforma do Estado, com o objectivo de
o dotar de estruturas modernas e actualizadas
2. • Reorganização do Exército, fundação do Erário
Régio (departamento do Estado que passou a
centralizar todas as receitas e despesas)
• Reformas da Inquisição, dependia mais
estreitamente do Estado
• Reforma global do ensino, criou as primeiras
escolas primárias oficiais e conferiu a
importância dos estudos científicos na
Universidade de Coimbra (Colégio dos Nobres)
O despotismo pombalino: economia
Comércio:
Não só porque reflectia na riqueza geral do país mas também
porque as receitas do estado dependiam dos direitos de entrada
e de saída das mercadorias dos portos metropolitanos e
brasileiros.
Medidas tomadas:
• Declarou o comércio como actividade nobre
• Fundou a Junta do Comércio (organismo encarregue de
disciplinar o comércio e a industria, com participação de
mercadores)
• Companhias de comércio
• Sociedades por acções
Companhias comerciais- pôr fim ao comércio ligado ao
contrabando.
3. Objectivo- atrair capitais dos grandes investidores
Companhias monopolistas:
• Produção e venda de vinhos do Douro
• Pesca no Algarve
Através da Companhia dos Vinhos do Alto Douro e da
Companhia da Pesca do Algarve
As manufacturas
Marquês de Pombal – política mercantilista (aprofundava a
interdependência da metrópole e das colónias e preocupava-se
com os metais preciosos proibindo a exportação do ouro)
Crise comercial (no Brasil):
• Descia a mineração de ouro
• Baixava a produção de açúcar
• Diminuía a venda de escravos
Fomento manufactureiro:
• Concessão de monopólio (fabrico de algumas
mercadorias)
• Direitos alfandegários (importações de matérias-
primas)
• Aumento dos direitos sobre as manufacturas
4. A produção dos tecidos de algodão e as
indústrias implantadas tiveram o novo
impulso:
• Os vidros (Marinha Grande)
• O papel (Lousã)
• Os lanifícios (Portalegre)
• As sedas
• E outras manufacturas de produtos de luxo
Este renascimento manufactureiro beneficiou o mercado
metropolitano português e o brasileiro (século XVIII)
O urbanismo pombalino
Uma nova concepção do espaço urbano:
• Terramoto de 1755 (devastou uma série de povoações no
litoral português, principalmente na cidade de Lisboa)
O marquês de Pombal foi o grande obreiro da
reconstrução urbana de Lisboa:
• Reconstrução da cidade (novo centro económico, pensado
em moldes inovadores e reveladores da concepção de
governo)
• Racionalidade e traçado geométrico (símbolo de rigor e de
autoridade do despotismo esclarecido no qual o objectivo
era o desenvolvimento e o bem estar da comunidade)
5. Arquitectos e engenheiros dos planos de reconstrução de
Lisboa:
• Eugénio dos Santos
• Manuel da Maia
• Carlos Mardel
Projecto da nova e moderna cidade:
• Ruas largas e direitas
• Passeios calcetados
• Rede de esgotos
• Habitações com sistema de protecção anti-sísmica e contra
incêndios
• Edifícios com o mesmo desenho arquitectónico
• Praça do Comércio passou a ser o novo centro (no qual se
erguia a estátua equestre do rei)
O estilo pombalino foi aplicado noutros pontos do
país no qual se destaca a cidade de Vila Real de
Santo António porque foi projectada de raiz com o
objectivo de atrair a população piscatória da zona