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Octite Média Aguda
  ELABORADO POR: CRIZALDO ARMINDA J. BAPTISTA
                AGOSTO DE 2012
Aparelho auricular - Anatomia
Aparelho auricular - Anatomia
O aparelho auricular é constituido 3 partes:
     1.   Ouvido externo
     2.   Ouvido medio
     3.   Ouvido interno

1.        Ouvido externo:
       Tem como função auditiva de receber ondas sonoras
a) O pavilhão auricular:
       Ajuda na captação das ondas sonoras
       É constituída essencialmente por placa de cartilagem elástica coberta por
        uma fina camada de pele.
b) O canal auditvo externo :
    1.  Vai desde a parte mais profunda da concha até a face externa do tímpano.
    2.  1/3 externo é cartilagem elástica .
    3.   2/3 internos é parte do osso temporal.
    4.  O canal é revestido por pele rica em pelos e glândulas sebáceas e
        ceruminosas produtoras de cerúmen.
Aparelho auricular - Anatomia

c) Membrana timpânica :
     É de forma oval
      Externamente é coberta por uma
      delgada camada de pele
      Internamente por um epitélio
      simples.
     É a estrutura que transmite as
      ondas sonoras para os ossículos do
      ouvido médios.
     Inervação timpânica:
         Face externa - nervo aurículo
          temporal ( ramo do NC V3) e
         Face interna - nervo glossofaringeo
          – N. Jacobson.
Ouvido médio



2. O. médio ou caixa timpânica:
     Localiza-se na espessura do osso temporal como uma
     cavidade que separa o tímpano da superfície óssea do ouvido
     interno.
     Inclui a cavidade timpânica e o recesso epitimpânico
     (espaço superior ao tímpano).
     Em sua porcao anterior se comunica com a laringe pela
     tuba de Eustaquio ou Auditiva.
        NB: A TA encontra-se geralmente fechada mas se abre durante
         o acto de deglutição, permitindo assim equilibrar a pressão
         externa com a do ouvido médio.
Ouvido medio – Cont.

O ouvido médio é limitada por 6 paredes:
     Lateral/membranácea: face interna do tímpano e latero-
      superiormente pela parede óssea lateral do recesso epitimpânico.
     Medial/labirintica: separa o ouvido médio do interno e
      apresenta o Promontório da parte inicial da cóclea ( janelas Oval
      e Redondas).
     Anterior/carótica: separa a cavidade timpânica do canal
      carótico, superiormente tem abertura da Tuba de Eustáquio e o
      canal para o músculo tensor do tímpano
     Posterior/mastoidea: tem uma abertura que conecta a
      cavidade timpânica com as células mastóide (atrium mastoideo).
     Superior/tegmental: formado pelo tegmen timpânico (lâmina
      fina de osso que separa a cavidade timpânica da dura-máter).
     Inferior/jugular: formada por uma lâmina de osso que separa
      a cavidade timpânica do bulbo superior da Veia jugular interna
      (golfo da jugular).
Ouvido medio – Cont.

A união entre a membrana timpânica e a cóclea faz-se
  através de uma cadeia de três ossículos articulados
  formada por Martelo, Bigorna e Estribo que
  transmitem as vibrações mecânicas geradas no tímpano.
 O martelo:
    Insere-se na membrana timpânica
    Tem inserção no seu manúbrio (cabo) o m. Tensor do Timpano
      É suprido pelo N. mandibular
      Tracciona o manúbrio do martelo medialmente (para dentro)

 Estribo:
 –   Insere-se na janela oval do vestíbulo
 –   Tem inserção no seu colo o m. Tensor do estribo ou Estapédio
      É suprido por um ramo do N. facial
      Tracciona o colo do estribo posteriormente ( puxa o estribo para fora)
1. Martello 2. Legamento superiore
3.Incudine 4.Legamento posteriore 5.
Muscolo Stapedio 6. Staffa 7. Membrana
timpanica 8. Tuba di Eustachio 9. Muscolo
Tensore del Timpano
Ouvido Interno

3. Ouvido interno/labirinto:
 Estrutura complexa formada por sacos membranosos cheios
  de liquido e que se encontram alojados dentro de cavidades na
  porção pétrea do osso temporal.
 2 tipos de labirinto:
  1. Labirinto ósseo:
       Conjunto de cavidades e canais limitados por tecido ósseo.
  2. Labirinto membranoso:
       Estruturas membranosas que ocupam parcialmente as cavidades ósseas
        seguindo geralmente a sua forma. Encontram-se dentro dos labirintos ósseos.
 O espaço entre os dois labirintos é ocupado por um fluido a
  perilinfa.
 O interior dos labirintos membranosos 10é cheio de um
  liquido a endolinfa.
Otite média aguda

Conceito::
 Processo inflamatório do mucoperiósteo que reveste o ouvido médio
inflamação da orelha média, independente de etiologia ou patogênese
específicas.

Classificação:
•Otite média aguda: infecção aguda no ouvido médio com início rápido dos
sinais e sintomas nasais;
•Otite média recorrente: três episódios de otite média aguda em seis meses
ou quatro episódios em 12 meses;
•Otite média secretora: inflamação da orelha média em que há uma colecção
líquida no seu espaço. Este líquido pode apresentar-se com aspecto seroso,
mucoso ou purulento. A membrana timpânica está intacta.
•Secreção ou efusão em orelha média: é o líquido resultante da otite média
ou de uma otite média secretora
Epidemiologia
 Mais frequente em crianças        É comum em população
  de 6 meses a 6 anos:               urbana??
       Pico de incidência - 6 a    ↑↑ incidência no inverno
        11 meses de idade;          No verão quase sempre
       Segundo pico – 4 a 6         associado a IVAS.
        anos                                 Cerca de 60% das
          Até os 2 anos de                   crianças escolares
           idade- Bilateral                   com IVAS evoluem
          > 2 anos -                         com OMA
           Unilateral
 Sexo masculino +++
Factores de Risco
                           2.Factores sócio-
1. Factores do hospedeiro:
                                       ambientais
 SEXO: masculino                    Creches e Berçários
 RAÇA: brancos, nativos             Fumador passivo
  americanos e aborígenes            Estação do ano - Inverno
  australianos                       Tempo e posição da amamentação
 IMATURIDADE e                      Chupetas
  DEFICIÊNCIA
                                     Baixo nivel sócio-económico
  IMUNOLÓGICA:
  Deficiências seletivas de IgA
  ,IgG (em especial IgG2) levam a
  OMR.
Fact. Risco – Cont.

 Factores Anatômicos:

Hipertrofia e infecções de
 Adenóides
 Disfunção da tuba
      Tuba da criança ~ 13 mm
      Tuba do adulto ~35 mm
 Fendas palatina e/ou
 submucosa
ALERGIA: a relação com OMA é controversa

Refluxo Gastro-esofagico
Etiologia
Etiologia Infecciosa

         Streptococcus
         Pneumoniae
         20-40%
                         Hem.Influenza
                         15-30%        Moraxella catarralis
                                       10-20%



(Vírus 20%)



B-lactamase 20%          50%      100%
Fisiopatogenia

Vários factores estão envolvidos na fisiopatogênese das
   Otites Médias:
1) Disfunção da Tuba Auditiva
 As disfunções tubáricas mais implicadas são a
   obstrutiva:
       A obstrução da TA pode ser
          a) Funcional e/ou
          b) Mecânica
Fisiopatologia – Cont.

a) Funcional:
   Funcional
    Resulta de colapso persistente da TA como resultado do
    aumento da complacência da tuba e/ou mecanismo de abertura
    anormal da TA.

    Comum em crianças (suporte cartilaginoso menos
    desenvolvido que nos adultos).

    Pode resultar em alta pressão (-) culminando com aspiração da
    secreção nasofaríngea para o ouvido médio.
Fisiopatologia – Cont.

• A obstrução funcional persistente pode resultar em otite
  média com efusão estéril. Ocorre devido a:
           Pressão (-),

              Hipóxia ou hipercâpnia do ouvido médio,
               provocando transudato dos capilares da
               mucosa da OM.
Fisiopatologia – Cont.

b) Obstrucao Mecânica:
     Intrínseca - resultado de geometria anormal ou factores murais e
      intraluminais que comprometam o lúmen da TA, sendo o mais
      comum a inflamação de etiologia infecciosa ou alérgica.


     Extrínseca - resultado de aumento da pressão extra-mural, como
      compressão peritubárica secundária a tumor ou adenóide por
      exemplo.
Fisiopat. – Cont.
2. Factores imunológicos
   A mucosa da orelha média = sistema imune secretor
    da mucosa do restante do trato respiratório . Contem:
         Complemento,
         Imunoglobulinas (IgA, IgG, IgM, IgD),
         Imunocomplexos e mediadores químicos da resposta inflamatória.

     Tais mediadores químicos, dependendo de predisposição
     individual e da magnitude da resposta podem causar danos
     aos tecidos, levando a um aumento da infiltração de leucócitos
     na mucosa do ouvido médio e prolongando a inflamação.
Fisiopat. – Cont.

3. Alergia
O papel é controverso.
 A resposta alérgica no mínimo predispõe o
  paciente à efusão do ouvido médio, já que causa
  congestão e obstrução da tuba auditiva.
             NB: Muitos pacientes com OMA apresentam
        concomitante doença respiratória alérgica, como asma ou
        rinite alérgica.
Fisiopat. – Cont.

4. Alterações Nasossinusais
A principal condição patológica associada a OM em
 qualquer idade é IVAS.
     Na infância.
        Hipertrofia adenoideana, Adenoidite e Sinusite podem ser causas
         mecânicas de bloqueio e de contaminação da tuba auditiva
     Em adultos
        Um dos factores mecânico mais importante que interfere no
         funcionamento da tuba são os Tumores da rinofaringe.
Fisiopat. – Cont.

5. Fatores Externos
 Intubação nasotraqueal ou sondagem nasogástrica
  prolongadas podem causar edema da rinofaringe e
  tuba auditiva, resultando em otite média e sinusite.
Manifestação Clínica

 A OMA ‘e na maioria das vezes auto limitada que, mesmo sem tratamento, tende
  à cura com a restituição tissular normal do órgão.


• Estágios de evolução
Fase I - Hiperemia:
 A primeira alteração a ocorrer é a hiperemia da mucosa
  da tuba, caixa do tímpano e células mastóideas.
     A luz da tuba auditiva se oclui, levando a uma alteração pressórica no
      ouvido médio.
         Quando o processo se instala lentamente, o ar da orelha média é absorvido,
          gerando uma pressão negativa.
         Por outro lado, a instalação rápida desta fase submete este ar a um aumento de
          pressão.

 NB: Em ambos os casos o paciente refere plenitude auricular e hipoacusia (de
  condução).
Cont.

 A MT encontra-se hiperemiada, especialmente na
 periferia, na parte flácida e ao longo do cabo do
 martelo mas não está espessadanesta fase
 Pode ocorrer retração e, em certas ocasiões,
 diminuição do brilho.
 Pode haver febre e otalgia, nunca intensa nesta fase.
 Na criança, predomina irritabilidade,
    Inapetência,
    Rejeição à mamadeira e
    Choro continuado.
    Uma das manifestações freqüentes é o balançar da cabeça e o levar
     constante das mãos às orelhas, como que querendo arrancá-las.
Fisiopat. – Cont.

Fase II - Exsudação:
      O aumento da permeabilidade capilar da mucosa leva à
      formação de um exsudato que, junto com o muco produzido
      por células globosas da caixa e células caliciformes, formam
      uma secreção sob pressão.
      A MT espessa-se e torna-se abaulada e amarelada,
      tornando mais marcante a hipoacusia condutiva.
      A reabsorção dos produtos inflamatórios pela mucosa da
      orelha média leva a um quadro toxêmico, com febre
      geralmente alta, que podem apresentar também vômitos,
      diarréia.
Fisiopat. – Cont.

Fase III - Supuração:
• Ocorre perfuração da MT, espontaneamente ou
  por miringotomia, com drenagem copiosa de
  líquido hemorrágico ou serossanguinolento, que logo
  torna-se mucopurulento.
• A otalgia e febre do estágio de exsudação regridem.


    NB: A perfuração da MT é sempre na parte tensa, sempre pequena,
     do tamanho suficiente para permitir a saída da secreção.
     Geralmente a perfuração timpânica apresenta resolução
     espontânea.
Fisiopat. – Cont.



Fase IV - Coalescência:
     Entre 1 e 5% dos pacientes não tratados atingem este
     estágio.
     O progressivo espessamento do mucoperiósteo leva a uma
     obstrução da drenagem da secreção, e o pus sob pressão
     inicia osteólise adjacente, levando à coalescência das células
     aéreas da mastóide e formação de cavidades - gênese da
     mastoidite , que se traduz clinicamente por abaulamento
     retroauricular.
     Nesta fase ocorre febre e otalgia, menos intensa que no
     estágio de exsudação, geralmente 7 a 10 dias após o início da
     OMA.
Resumindo:

 História de otalgia súbita
                               Outros sinais:
  após estado gripal.           Pulsações auriculares
 A otalgia piora com a          sincrônicas com os batimentos
  deglutição ou o assoar do      cardíacos (Sinal de Scheibe)
                                      Equivale a um empiema da caixa
  nariz.                               do tímpano.
 Pode ou nao ocorrer           Por vezes, microperfuração
  hipoacúsia de condução.        pulsátil e a dor diminui à medida
 Sensação de plenitude          que diminui-se a pressão na
                                 orelha média após perfuração da
  auricular.                     membrana timpânica.
DIAGNÓSTICO
     DIAGNÓSTICO



ANAMNESE    OTOSCOPIA
Diagnóstico de OMA

 Na otoscopia   normal, a MT está em posição neutra, é
 transparente, de cor pérola-acinzentada, podendo ficar
 hiperemiada com o choro da criança.
Diagnóstico – Cont.

Na   otite média aguda, a MT está:
  Hiperemiada,
  Opaca,

  Abaulada (é o mais importante)

  Com aumento da vascularização ;

  Diminuição da mobilidade da membrana timpânica.
  A perfuração da membrana timpânica, quando presente,
   é pequena e de difícil visualização devido ao edema e
   presença de secreção (normalmente purulenta), que
   ocorre na otite média aguda supurada.
Otite média aguda


• Diagnóstico
 – Otoscopia
   •
Diagnóstico – Cont.

 Na otite média secretora, a membrana timpânica
 (MT) está:
    Retraída
    Opaca ++
    Com protrusão do cabo do martelo.
    Quando transparente, pode-se perceber um nível líquido, nível
     hidroaéreo ou bolhas de ar.
Tratamento da OMA

 81% dos episódios de otite média aguda
curam espontaneamente.
 Em alguns paises ( ex. Holanda), existe a
  tendência de não iniciar antibióticoterapia no
  momento do diagnóstico, sendo iniciada após um
  período de observação de 48 a 72 horas.
     Objectivo:
      Objectivo   Diminuir uso de antibióticos levando a diminuição
     na resistência bacteriana.

 Para evitar a resistência bacteriana é importante o
 uso judicioso de antimicrobianos.
Idade      Diagnóstico OMA correto      Diagnóstico OMA duvidoso
__________________________________________________________________
< 6meses    Antibióticos                                         Antibióticos
6 m a 2Orientações para
       anos Antibióticos o uso                                  judicioso doença
                                                                Antibióticos se de
       antibióticos no tratamento da OMA
  severa
                                                             Observar, se não severa
>2 anos    Antibióticos se doença severa                    Observar
               Observar se doença não severa
__________________________________________________________________

             Rosenfeld RM – Evidence-based antibiotic therapy for acute otitis media.
                        In: Recent Advances in Otitis Media. Japan 2001.
             American Academy of Pediatrics – Clinical Practice Guideline. Diagnosis
                       and Management of Acute Otitis Media. March 2004
A observação não está recomendada nos seguintes casos                                  :



   Recorrência de OMA ( nos últimos 30 dias).

     Orientações para o uso judicioso de
    OMA associada a rinossinusite ou faringite estreptocócica.
    antibióticos no tratamento da OMA
    OMA em crianças sindrômicas, imunodeficientes
     ou com anormalidades craniofaciais.



            Rosenfeld RM – Evidence-based antibiotic therapy for acute otitis media.
                       In: Recent Advances in Otitis Media. Japan 2001.
TRATAMENTO
ANTIBIOTICOTERAPIA NA OMA SUPURATIVA POR 10 DIAS
                                                  CRIANÇA
 PRIMEIRA              Amoxicilina            50 mg/kg/dia 2X
 ESCOLHA              Amoxicilina*            90mg/kg/dia 2X
                    Sulfa-trimetropim         40mg/kg/dia 2X
 SEGUNDA               Amoxicilina+ác.         40mg/kg/dia 3X
 ESCOLHA                Clavulânico ou
                           subactan           30mg/kg/dia 2X
                       Acetil cefurixima     20-40mg/kg/dia 3X
                           Cefaclor             8mg/kg/dia 1X
                           Cifixima            15mg/kg/dia 2X
                        Claritromicina

 TERCEIRA              Clindamicina         10-30mg/kg/dia 3-4X
 ESCOLHA              Ceftriaxone IM         50-75mg/kg/dia 1X


       Pacientes de risco: creche, menores de 2 anos e
Tratamentos coadjuvantes:



   Vasoconstritores nasais
   Anti-inflamatórios (corticóide)
   Fluidificantes de muco
   Limpeza das secreções
   Calor local
Tto de OMA


Timpanocentese
Realiza-se, sempre no quadrante ântero-inferior
  (QAI) da MT, para evitar lesão da cadeia ossicular
  no quadrante póstero-superior (QPS) e da janela
  redonda no quadrante pósteroinferior (QPI).
     Sempre  que possível, enviar a amostra da efusão para exame
      bacterioscópico e cultura.
Indicações de timpanocentese:
  Otalgia severa,
  Toxemia severa,
  Resposta insatisfatória ao tratamento antimicrobiano,
  Presença de complicações de OMA.
Tto de OMA

Miringotomia
 É a incisão da MT e suas indicações são semelhantes
 às da timpanocentese.
    Esses dois procedimentos são úteis no diagnóstico do agente
     etiológico e no alívio dos sintomas. Contudo, o efeito
     terapêutico é temporário e insuficiente, pois a perfuração tende
     a cicatrizar em 2 a 3 dias desde que a drenagem cesse.
Tratamento cirúrgico
Mastoidectomia simples e outros tipos de
 mastoidectomia são reservados para os casos em que
 houver complicações de OMA.
Otite média aguda

• Prevenção
 – Amamentação
 – Não alimentar deitado
 – Tratamento alergia respiratória
 – Vacina Hib
BIBLIOGRAFIA

Netter, Anatomia Humana, 5a Edicao
Neves, Branco e Neves, Vitoria, Manual de
 Octorrinolaringologia, 1a Edicao, C.i.C, Maputo
Www.wikipedia.com
www.cefac.br/library/pdf
www.emedicne.com/otites
OBRIGADO PELA
VOSSA ATENÇÃO

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Otite media aguda

  • 1. Octite Média Aguda ELABORADO POR: CRIZALDO ARMINDA J. BAPTISTA AGOSTO DE 2012
  • 3. Aparelho auricular - Anatomia O aparelho auricular é constituido 3 partes: 1. Ouvido externo 2. Ouvido medio 3. Ouvido interno 1. Ouvido externo:  Tem como função auditiva de receber ondas sonoras a) O pavilhão auricular:  Ajuda na captação das ondas sonoras  É constituída essencialmente por placa de cartilagem elástica coberta por uma fina camada de pele. b) O canal auditvo externo : 1. Vai desde a parte mais profunda da concha até a face externa do tímpano. 2. 1/3 externo é cartilagem elástica . 3. 2/3 internos é parte do osso temporal. 4. O canal é revestido por pele rica em pelos e glândulas sebáceas e ceruminosas produtoras de cerúmen.
  • 4.
  • 5. Aparelho auricular - Anatomia c) Membrana timpânica :  É de forma oval  Externamente é coberta por uma delgada camada de pele  Internamente por um epitélio simples.  É a estrutura que transmite as ondas sonoras para os ossículos do ouvido médios.  Inervação timpânica:  Face externa - nervo aurículo temporal ( ramo do NC V3) e  Face interna - nervo glossofaringeo – N. Jacobson.
  • 6. Ouvido médio 2. O. médio ou caixa timpânica:  Localiza-se na espessura do osso temporal como uma cavidade que separa o tímpano da superfície óssea do ouvido interno.  Inclui a cavidade timpânica e o recesso epitimpânico (espaço superior ao tímpano).  Em sua porcao anterior se comunica com a laringe pela tuba de Eustaquio ou Auditiva.  NB: A TA encontra-se geralmente fechada mas se abre durante o acto de deglutição, permitindo assim equilibrar a pressão externa com a do ouvido médio.
  • 7. Ouvido medio – Cont. O ouvido médio é limitada por 6 paredes:  Lateral/membranácea: face interna do tímpano e latero- superiormente pela parede óssea lateral do recesso epitimpânico.  Medial/labirintica: separa o ouvido médio do interno e apresenta o Promontório da parte inicial da cóclea ( janelas Oval e Redondas).  Anterior/carótica: separa a cavidade timpânica do canal carótico, superiormente tem abertura da Tuba de Eustáquio e o canal para o músculo tensor do tímpano  Posterior/mastoidea: tem uma abertura que conecta a cavidade timpânica com as células mastóide (atrium mastoideo).  Superior/tegmental: formado pelo tegmen timpânico (lâmina fina de osso que separa a cavidade timpânica da dura-máter).  Inferior/jugular: formada por uma lâmina de osso que separa a cavidade timpânica do bulbo superior da Veia jugular interna (golfo da jugular).
  • 8. Ouvido medio – Cont. A união entre a membrana timpânica e a cóclea faz-se através de uma cadeia de três ossículos articulados formada por Martelo, Bigorna e Estribo que transmitem as vibrações mecânicas geradas no tímpano.  O martelo:  Insere-se na membrana timpânica  Tem inserção no seu manúbrio (cabo) o m. Tensor do Timpano  É suprido pelo N. mandibular  Tracciona o manúbrio do martelo medialmente (para dentro)  Estribo: – Insere-se na janela oval do vestíbulo – Tem inserção no seu colo o m. Tensor do estribo ou Estapédio  É suprido por um ramo do N. facial  Tracciona o colo do estribo posteriormente ( puxa o estribo para fora)
  • 9. 1. Martello 2. Legamento superiore 3.Incudine 4.Legamento posteriore 5. Muscolo Stapedio 6. Staffa 7. Membrana timpanica 8. Tuba di Eustachio 9. Muscolo Tensore del Timpano
  • 10. Ouvido Interno 3. Ouvido interno/labirinto:  Estrutura complexa formada por sacos membranosos cheios de liquido e que se encontram alojados dentro de cavidades na porção pétrea do osso temporal.  2 tipos de labirinto: 1. Labirinto ósseo:  Conjunto de cavidades e canais limitados por tecido ósseo. 2. Labirinto membranoso:  Estruturas membranosas que ocupam parcialmente as cavidades ósseas seguindo geralmente a sua forma. Encontram-se dentro dos labirintos ósseos.  O espaço entre os dois labirintos é ocupado por um fluido a perilinfa.  O interior dos labirintos membranosos 10é cheio de um liquido a endolinfa.
  • 11. Otite média aguda Conceito:: Processo inflamatório do mucoperiósteo que reveste o ouvido médio inflamação da orelha média, independente de etiologia ou patogênese específicas. Classificação: •Otite média aguda: infecção aguda no ouvido médio com início rápido dos sinais e sintomas nasais; •Otite média recorrente: três episódios de otite média aguda em seis meses ou quatro episódios em 12 meses; •Otite média secretora: inflamação da orelha média em que há uma colecção líquida no seu espaço. Este líquido pode apresentar-se com aspecto seroso, mucoso ou purulento. A membrana timpânica está intacta. •Secreção ou efusão em orelha média: é o líquido resultante da otite média ou de uma otite média secretora
  • 12. Epidemiologia  Mais frequente em crianças  É comum em população de 6 meses a 6 anos: urbana??  Pico de incidência - 6 a  ↑↑ incidência no inverno 11 meses de idade;  No verão quase sempre  Segundo pico – 4 a 6 associado a IVAS. anos  Cerca de 60% das  Até os 2 anos de crianças escolares idade- Bilateral com IVAS evoluem  > 2 anos - com OMA Unilateral  Sexo masculino +++
  • 13. Factores de Risco 2.Factores sócio- 1. Factores do hospedeiro: ambientais  SEXO: masculino  Creches e Berçários  RAÇA: brancos, nativos  Fumador passivo americanos e aborígenes  Estação do ano - Inverno australianos  Tempo e posição da amamentação  IMATURIDADE e  Chupetas DEFICIÊNCIA  Baixo nivel sócio-económico IMUNOLÓGICA: Deficiências seletivas de IgA ,IgG (em especial IgG2) levam a OMR.
  • 14. Fact. Risco – Cont. Factores Anatômicos: Hipertrofia e infecções de Adenóides  Disfunção da tuba Tuba da criança ~ 13 mm Tuba do adulto ~35 mm  Fendas palatina e/ou submucosa ALERGIA: a relação com OMA é controversa Refluxo Gastro-esofagico
  • 16. Etiologia Infecciosa Streptococcus Pneumoniae 20-40% Hem.Influenza 15-30% Moraxella catarralis 10-20% (Vírus 20%) B-lactamase 20% 50% 100%
  • 17. Fisiopatogenia Vários factores estão envolvidos na fisiopatogênese das Otites Médias: 1) Disfunção da Tuba Auditiva  As disfunções tubáricas mais implicadas são a obstrutiva:  A obstrução da TA pode ser a) Funcional e/ou b) Mecânica
  • 18. Fisiopatologia – Cont. a) Funcional: Funcional  Resulta de colapso persistente da TA como resultado do aumento da complacência da tuba e/ou mecanismo de abertura anormal da TA.  Comum em crianças (suporte cartilaginoso menos desenvolvido que nos adultos).  Pode resultar em alta pressão (-) culminando com aspiração da secreção nasofaríngea para o ouvido médio.
  • 19. Fisiopatologia – Cont. • A obstrução funcional persistente pode resultar em otite média com efusão estéril. Ocorre devido a:  Pressão (-),  Hipóxia ou hipercâpnia do ouvido médio, provocando transudato dos capilares da mucosa da OM.
  • 20. Fisiopatologia – Cont. b) Obstrucao Mecânica:  Intrínseca - resultado de geometria anormal ou factores murais e intraluminais que comprometam o lúmen da TA, sendo o mais comum a inflamação de etiologia infecciosa ou alérgica.  Extrínseca - resultado de aumento da pressão extra-mural, como compressão peritubárica secundária a tumor ou adenóide por exemplo.
  • 21. Fisiopat. – Cont. 2. Factores imunológicos  A mucosa da orelha média = sistema imune secretor da mucosa do restante do trato respiratório . Contem:  Complemento,  Imunoglobulinas (IgA, IgG, IgM, IgD),  Imunocomplexos e mediadores químicos da resposta inflamatória.  Tais mediadores químicos, dependendo de predisposição individual e da magnitude da resposta podem causar danos aos tecidos, levando a um aumento da infiltração de leucócitos na mucosa do ouvido médio e prolongando a inflamação.
  • 22. Fisiopat. – Cont. 3. Alergia O papel é controverso.  A resposta alérgica no mínimo predispõe o paciente à efusão do ouvido médio, já que causa congestão e obstrução da tuba auditiva.  NB: Muitos pacientes com OMA apresentam concomitante doença respiratória alérgica, como asma ou rinite alérgica.
  • 23. Fisiopat. – Cont. 4. Alterações Nasossinusais A principal condição patológica associada a OM em qualquer idade é IVAS.  Na infância.  Hipertrofia adenoideana, Adenoidite e Sinusite podem ser causas mecânicas de bloqueio e de contaminação da tuba auditiva  Em adultos  Um dos factores mecânico mais importante que interfere no funcionamento da tuba são os Tumores da rinofaringe.
  • 24. Fisiopat. – Cont. 5. Fatores Externos  Intubação nasotraqueal ou sondagem nasogástrica prolongadas podem causar edema da rinofaringe e tuba auditiva, resultando em otite média e sinusite.
  • 25. Manifestação Clínica  A OMA ‘e na maioria das vezes auto limitada que, mesmo sem tratamento, tende à cura com a restituição tissular normal do órgão. • Estágios de evolução Fase I - Hiperemia:  A primeira alteração a ocorrer é a hiperemia da mucosa da tuba, caixa do tímpano e células mastóideas.  A luz da tuba auditiva se oclui, levando a uma alteração pressórica no ouvido médio.  Quando o processo se instala lentamente, o ar da orelha média é absorvido, gerando uma pressão negativa.  Por outro lado, a instalação rápida desta fase submete este ar a um aumento de pressão.  NB: Em ambos os casos o paciente refere plenitude auricular e hipoacusia (de condução).
  • 26. Cont.  A MT encontra-se hiperemiada, especialmente na periferia, na parte flácida e ao longo do cabo do martelo mas não está espessadanesta fase  Pode ocorrer retração e, em certas ocasiões, diminuição do brilho.  Pode haver febre e otalgia, nunca intensa nesta fase.  Na criança, predomina irritabilidade,  Inapetência,  Rejeição à mamadeira e  Choro continuado.  Uma das manifestações freqüentes é o balançar da cabeça e o levar constante das mãos às orelhas, como que querendo arrancá-las.
  • 27. Fisiopat. – Cont. Fase II - Exsudação:  O aumento da permeabilidade capilar da mucosa leva à formação de um exsudato que, junto com o muco produzido por células globosas da caixa e células caliciformes, formam uma secreção sob pressão.  A MT espessa-se e torna-se abaulada e amarelada, tornando mais marcante a hipoacusia condutiva.  A reabsorção dos produtos inflamatórios pela mucosa da orelha média leva a um quadro toxêmico, com febre geralmente alta, que podem apresentar também vômitos, diarréia.
  • 28. Fisiopat. – Cont. Fase III - Supuração: • Ocorre perfuração da MT, espontaneamente ou por miringotomia, com drenagem copiosa de líquido hemorrágico ou serossanguinolento, que logo torna-se mucopurulento. • A otalgia e febre do estágio de exsudação regridem. NB: A perfuração da MT é sempre na parte tensa, sempre pequena, do tamanho suficiente para permitir a saída da secreção. Geralmente a perfuração timpânica apresenta resolução espontânea.
  • 29. Fisiopat. – Cont. Fase IV - Coalescência:  Entre 1 e 5% dos pacientes não tratados atingem este estágio.  O progressivo espessamento do mucoperiósteo leva a uma obstrução da drenagem da secreção, e o pus sob pressão inicia osteólise adjacente, levando à coalescência das células aéreas da mastóide e formação de cavidades - gênese da mastoidite , que se traduz clinicamente por abaulamento retroauricular.  Nesta fase ocorre febre e otalgia, menos intensa que no estágio de exsudação, geralmente 7 a 10 dias após o início da OMA.
  • 30. Resumindo:  História de otalgia súbita Outros sinais: após estado gripal.  Pulsações auriculares  A otalgia piora com a sincrônicas com os batimentos deglutição ou o assoar do cardíacos (Sinal de Scheibe)  Equivale a um empiema da caixa nariz. do tímpano.  Pode ou nao ocorrer  Por vezes, microperfuração hipoacúsia de condução. pulsátil e a dor diminui à medida  Sensação de plenitude que diminui-se a pressão na orelha média após perfuração da auricular. membrana timpânica.
  • 31. DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO ANAMNESE OTOSCOPIA
  • 32. Diagnóstico de OMA  Na otoscopia normal, a MT está em posição neutra, é transparente, de cor pérola-acinzentada, podendo ficar hiperemiada com o choro da criança.
  • 33. Diagnóstico – Cont. Na otite média aguda, a MT está:  Hiperemiada,  Opaca,  Abaulada (é o mais importante)  Com aumento da vascularização ;  Diminuição da mobilidade da membrana timpânica.  A perfuração da membrana timpânica, quando presente, é pequena e de difícil visualização devido ao edema e presença de secreção (normalmente purulenta), que ocorre na otite média aguda supurada.
  • 34. Otite média aguda • Diagnóstico – Otoscopia •
  • 35. Diagnóstico – Cont.  Na otite média secretora, a membrana timpânica (MT) está:  Retraída  Opaca ++  Com protrusão do cabo do martelo.  Quando transparente, pode-se perceber um nível líquido, nível hidroaéreo ou bolhas de ar.
  • 36. Tratamento da OMA  81% dos episódios de otite média aguda curam espontaneamente.  Em alguns paises ( ex. Holanda), existe a tendência de não iniciar antibióticoterapia no momento do diagnóstico, sendo iniciada após um período de observação de 48 a 72 horas.  Objectivo: Objectivo Diminuir uso de antibióticos levando a diminuição na resistência bacteriana.  Para evitar a resistência bacteriana é importante o uso judicioso de antimicrobianos.
  • 37. Idade Diagnóstico OMA correto Diagnóstico OMA duvidoso __________________________________________________________________ < 6meses Antibióticos Antibióticos 6 m a 2Orientações para anos Antibióticos o uso judicioso doença Antibióticos se de antibióticos no tratamento da OMA severa Observar, se não severa >2 anos Antibióticos se doença severa Observar Observar se doença não severa __________________________________________________________________ Rosenfeld RM – Evidence-based antibiotic therapy for acute otitis media. In: Recent Advances in Otitis Media. Japan 2001. American Academy of Pediatrics – Clinical Practice Guideline. Diagnosis and Management of Acute Otitis Media. March 2004
  • 38. A observação não está recomendada nos seguintes casos :  Recorrência de OMA ( nos últimos 30 dias).  Orientações para o uso judicioso de OMA associada a rinossinusite ou faringite estreptocócica.  antibióticos no tratamento da OMA OMA em crianças sindrômicas, imunodeficientes ou com anormalidades craniofaciais. Rosenfeld RM – Evidence-based antibiotic therapy for acute otitis media. In: Recent Advances in Otitis Media. Japan 2001.
  • 39. TRATAMENTO ANTIBIOTICOTERAPIA NA OMA SUPURATIVA POR 10 DIAS CRIANÇA PRIMEIRA Amoxicilina 50 mg/kg/dia 2X ESCOLHA Amoxicilina* 90mg/kg/dia 2X Sulfa-trimetropim 40mg/kg/dia 2X SEGUNDA Amoxicilina+ác. 40mg/kg/dia 3X ESCOLHA Clavulânico ou subactan 30mg/kg/dia 2X Acetil cefurixima 20-40mg/kg/dia 3X Cefaclor 8mg/kg/dia 1X Cifixima 15mg/kg/dia 2X Claritromicina TERCEIRA Clindamicina 10-30mg/kg/dia 3-4X ESCOLHA Ceftriaxone IM 50-75mg/kg/dia 1X Pacientes de risco: creche, menores de 2 anos e
  • 40. Tratamentos coadjuvantes:  Vasoconstritores nasais  Anti-inflamatórios (corticóide)  Fluidificantes de muco  Limpeza das secreções  Calor local
  • 41. Tto de OMA Timpanocentese Realiza-se, sempre no quadrante ântero-inferior (QAI) da MT, para evitar lesão da cadeia ossicular no quadrante póstero-superior (QPS) e da janela redonda no quadrante pósteroinferior (QPI).  Sempre que possível, enviar a amostra da efusão para exame bacterioscópico e cultura. Indicações de timpanocentese:  Otalgia severa,  Toxemia severa,  Resposta insatisfatória ao tratamento antimicrobiano,  Presença de complicações de OMA.
  • 42. Tto de OMA Miringotomia  É a incisão da MT e suas indicações são semelhantes às da timpanocentese.  Esses dois procedimentos são úteis no diagnóstico do agente etiológico e no alívio dos sintomas. Contudo, o efeito terapêutico é temporário e insuficiente, pois a perfuração tende a cicatrizar em 2 a 3 dias desde que a drenagem cesse.
  • 43. Tratamento cirúrgico Mastoidectomia simples e outros tipos de mastoidectomia são reservados para os casos em que houver complicações de OMA.
  • 44. Otite média aguda • Prevenção – Amamentação – Não alimentar deitado – Tratamento alergia respiratória – Vacina Hib
  • 45. BIBLIOGRAFIA Netter, Anatomia Humana, 5a Edicao Neves, Branco e Neves, Vitoria, Manual de Octorrinolaringologia, 1a Edicao, C.i.C, Maputo Www.wikipedia.com www.cefac.br/library/pdf www.emedicne.com/otites

Notas do Editor

  1. As principais bactérias causadoras de otite média aguda (e também de sinusite aguda!) são o trio acima; que podem secretar beta-lactamase inativando a penicilina (que é o antibiótico de primeira escolha).