2. Deus está chamando Seu povo a uma reconciliação, desde que
haja mudanças no comportamento. Novamente Deus oferece uma
chance para que o povo mude suas atitudes e volte a estar debaixo
de Sua poderosa benção. A restauração está fundamentada no
caráter imutável de Deus (vs.06). Malaquias destaca aqui três
verdades importantes:
1º - Deus é imutável em Se ser. Deus é o mesmo ontem, hoje e
sempre. Nele não há variações. Deus não tem picos de crise, Seu
amor por nós não diminui conforme as circunstancias. Seu amor
por nós é eterno e incondicional.
3. 2º - Deus não muda Sua aliança para conosco. Deus é leal em Suas
promessas e cumpre totalmente Suas alianças. Mesmo diante de
nossa infidelidade Deus continua cumprindo Sua parte. Ele
prometeu ser o nosso Deus para sempre, Ele prometeu nunca nos
abandonar. Ele nos disciplina e nos corrige, mas jamais o faz para
nos destruir! Aleluia!
3º - Esta “imutabilidade” gera em nós segurança. A nossa
inconstância não abala a imutabilidade de Deus. Podemos confiar
plenamente no Senhor, que apesar de irar-se, Ele nunca nos
abandona. Tanto é verdade esta afirmação que vemos Deus
buscando Seu povo e os chamando à restauração e não o
contrário.
4. A restauração passa obrigatoriamente pela fidelidade na devolução
dos dízimos e no ato de ofertar
Pontos importantes sobre o dízimo
5. Dízimo é um princípio estabelecido por Deus e não por homens: a
palavra “dízimo” (maaser em hebraico e dexatem em grego)
significa a décima parte de alguma coisa ou de algum valor.
Portanto dízimo é a décima parte de tudo o que o homem recebe
(Gen. 14:20, Mal. 03:10). Dízimo não é invenção da Igreja, é
princípio perpétuo estabelecido por Deus. Portanto dízimo NÃO É
DAR DINHEIRO A IGREJA, mas um ATO DE ADORAÇÃO AO SENHOR!
Dízimo também não é opcional. Você não escolhe dar ou
não, dízimo é DEVOLUÇÃO de parte de sua renda QUE NÃO LHE
PERTENCE! Dízimo também não é sobra, mas primícia, não é um
peso, mas uma benção! Esta prática é ensinada em toda a Bíblia.
Foi assim antes da Lei (Gen. 14:20), na Lei (Lev. 27:30), nos livros
históricos (Nee. 12:44), nos proféticos (Prov. 03:09-10) e também
no Novo Testamento (Mat. 23:23 e Hebreus 07:08).
6. O Dízimo é santo aos olhos de Deus: Quando Belsazar usou os
artigos consagrados do templo de Jerusalém para seu próprio
deleite, o juízo de Deus caiu sobre ele (Dan. 05:22-31).
O Dízimo faz parte do culto: A devolução do dízimo é parte
integrante da liturgia do culto - Dt 12:06. A devolução dos dízimos
e o ofertório é um ato de adoração que deve fazer parte do culto
do povo de Deus.
O dízimo foi instituído por Deus para haver sustento em sua casa
e manutenção do sacerdote e de sua casa. O dízimo é o recurso
que
Deus
estabeleceu
para
sustento
dos
pastores,
missionários,
obreiros,
aquisição
de
terrenos,
construção
de
templos,
compra
de
literaturas, assistência social, bem como toda a manutenção e
extensão da Obra de Deus sobre a Terra.
8. A justificativa financeira: “O que eu ganho é pouco ou não sobra
nada” – Dízimo não é sobra é primícia! Deus não é Deus de sobras.
O resto nós damos para os animais domésticos. A ordem do Senhor
é outra: “Honra ao Senhor com as primícias de tua renda... Prov.
03:09. Quem ama a Deus verdadeiramente e é fiel a Ele separa o
melhor para Deus, ou seja, suas primícias. O profeta Ageu disse que
quem é infiel a Deus coloca sua renda numa bolsa furada, ou
seja, perde-se tudo – 01:06. Hoje os cristãos gastam mais com
pizzas, cosméticos, pet shops, contas de celular e mimos para os
filhos do que com o Reino de Deus. Investem mais no supérfluo do
quem com a salvação dos perdidos. Gastamos mais com aquilo que
perece do que com a obra missionária. Quando acumulamos
justificativas de porque não somos dizimistas estamos revelando
nosso verdadeiro “eu” egoísta e idólatra e que nossa prioridade
pode ser tudo menos o Reino de Deus. Quando isso acontece
Satanás enche nosso coração de incredulidade, pois deixamos de
confiar na providencia e nos cuidados de Deus.
9. A justificativa matemática: “Eu não sou dizimista porque tem
crente que dizima e é pobre e tem gente que não dá o dízimo e é
rica”. Que engano terrível é pensar que as bênçãos de Deus
limitam-se apenas a vida material. Dízimo não é barganha nem
negócio com Deus. Precisamos amar e servir a Deus por quem Ele é
e não por aquilo que Ele pode nos dar. Se o seu coração pensa
apenas nas compensações financeiras você está precisando se
converter a Cristo. Jesus disse que a vida não consiste nas riquezas
que o homem possui. Riqueza sem salvação é o pior tipo de miséria
que pode acometer uma pessoa.
A matemática de Deus é
maravilhosamente
inexplicável
10. A justificativa sentimental: “Eu não sinto que devo entregar o
dízimo”. Devolver o dízimo não é uma questão se você quer ou
não, é um ato de obediência. O crente vive pela fé e não por
“achismos”. Não podemos chegar no caixa do supermercado tendo o
carrinho cheio de comprar e dizer” Olha, hoje eu não estou a fim de
pagar por estas compras”.
Apropriar-se do dízimo é
desonestidade, é roubo, é subtrair o que não nos pertence. Aqui
mora um grande problema: normalmente as pessoas acham que o
dízimo é delas também, pois, foram elas que ganharam. Ledo
engano! A única coisa real é que quando retemos o dízimo e não o
devolvemos ao Senhor isto provoca a ira Divina e abrimos uma
gigantesca brecha para a ação do “devorador”.
11. A justificativa da visão mesquinha: “A igreja não sabe administrar
bem o meu dízimo”, ou “A igreja não precisa de meu dízimo”. Em
primeiro lugar o dízimo não é seu, pertence a Deus! Enquanto você
não entender isso não poderá ser obediente. Em segundo lugar: seu
dever é entregá-lo com fidelidade e confiança que Deus é quem
cuida de Seus recursos. O mesquinho sempre tem uma desculpa
para tentar justificar sua avareza. Não há lugar no céu para
avarentos e gananciosos – Efésios 05:05.
12. A justificativa da desculpa pessoal: “Eu não concordo com o
dízimo”. Você até pode não concordar, mas isto é uma escolha
pessoal que vai contra a Palavra de Deus, contra Jesus, contra os
patriarcas e até contra os profetas. Lembre-se do que disse Jesus
em Mateus 22:21 – “Dai a Cézar o que é de Cézar e a Deus o que é
de Deus”.
13. Deus faz uma formal acusação – “Vocês estão me roubando” – Vs.
08 – o povo estava retendo os dízimos e as ofertas. Não roubamos
a Deus apenas retendo a décima parte de nossa renda, mas
quando podemos e não ofertamos com gratidão e alegria em
nossos corações. A Obra de Deus precisa também das ofertas. O
povo estava oprimindo os pobres (03:05) e roubando a Deus em
seus dízimos. A palavra “roubar” significa “tomar pela força” algo
que não nos pertence. Tentar roubar a Deus é tentar roubar a si
mesmo, pois, tudo o que temos pertence a Deus: nossa vida, nossa
família e bens. Não é sábio muito menos seguro retermos o que é
de Deus para uso próprio. Deus lembra que o fracasso das colheitas
eram resultado da desobediência do povo.
14. O grande pregador presbiteriano Dionísio Pape afirma: “Quem
rouba a Deus não é capaz de amá-Lo verdadeiramente”. Lembrese: jamais uma pessoa prosperará roubando a Deus. Reter o
dízimo é uma declaração de amor ao dinheiro e a Bíblia afirma
que amar o dinheiro é a raiz de todos os males – I Tim. 06:10.
Reter o dízimo é também desamparar a casa de Deus.
O profeta também fala de ofertas. Elas tem uma finalidade
especial. Quando o povo não oferta a Igreja para de crescer. São
com elas que compram-se terrenos, tijolos, telhas, bancos e até
Bíblias. Quando não ofertamos a Obra missionária sofre
terrivelmente, o missionário literalmente larga o campo e volta
para casa por não ter outra opção senão abandonar tudo para não
morrer de fome com sua família.
15. Um outro pecado é subestimar o dízimo como se não fosse tão
importante assim. O povo perguntou para Deus: “Em que te
roubamos?”. Eles pensavam que o dízimo era um assunto sem
importância. Eles roubavam a Deus e julgavam que essa prática não
os afetava espiritualmente. O QUE PENSAMOS SOBRE UMA
SITUAÇÃO NÃO A ALTERA AOS OLHOS DE DEUS! A verdade de Deus
é imutável e isto nada tem a ver com o que você pensa. Se você
acha certo sonegar o dízimo e a oferta Deus continua o mesmo e as
consequências também as mesmas! Quais são elas? A primeira: a
maldição Divina (vs.09) Desobediência sempre acaba em maldição.
Violar a vontade de Deus é suicídio espiritual. É tempo da Igreja se
arrepender do pecado da infidelidade! Só assim voltaremos a
experimentar as delícias da fidelidade de Deus!
16. Deus acusa Seu povo mas também aponta a misericórdia e a Graça.
No vs. 11 vemos - “Por vossa causa repreenderei o devorador”. O
“devorador” conspira contra nosso orçamento e mina nossas
finanças. Muito diferente do que se prega em alguns lugares
“devorador” não é apenas uma entidade ou um tipo específico de
destruidor, mas o “devorador” também pode ser é uma mente
irracional e sem sabedoria! Deus repreende nossa vida quanto a
irracionalidade e falta de sabedoria quanto ao uso dos bens que Ele
nos dá. Benção singulares seguem aqueles que são fiéis a Deus! São
quatro as bênçãos resultantes de nossa fidelidade:
17. 1ª benção - “As janelas abertas do céu (10) – É do alto que procede
a benção! Deus promete derramar chuvas caudalosas de bênçãos. É
bênção
sobre
bênção,
bênçãos
sem
medidas.
É
abundância, fartura, cuidado de Deus! Mais vale 90% com a benção
de Deus do que 100% sob maldição!
2ª benção – “Bênçãos sem medida” (10) - A bênção de Deus
enriquece e não traz desgostos. Vale a pena confiar e esperar no
Senhor! Deus literalmente faz prosperar aquele que dá com
liberalidade – 2ª Cor. 09-06-11. Como é maravilhoso ser abençoado
(a) por Deus!
18. 3ª - A repreensão do devorador - Deus não apenas age ativamente
derramando bênçãos, mas o Senhor inibe a ação do devorador na
vida daqueles que são fiéis. “A maldição do devorador não se
quebra com rituais místicos, nem com oração e jejum, mas
enfiando a mão no bolso e devolvendo o que pertence a Deus – os
dízimos e as ofertas” – Hernandes Dias Lopes.
4ª - Uma vida feliz – (12) – “Todas as nações o chamarão felizes...”
Há grande alegria em obedecer a Deus e também em colher os
frutos desta obediência. Quando somos fiéis a Igreja é suprida, a
Obra de Deus cresce, o testemunho da Igreja é
resplandecente, todos saberão que somos abençoados! Ser
cooperador de Deus é um privilégio sem comparação! Muitos
investem em projetos pessoais, mas felizes são aqueles que
investem nos projetos de Deus!
19. Concluímos dizendo que Deus chama o Seu povo a fazer prova
Dele. O Senhor nos exorta a fazer prova Dele. Deus não exige uma
obediência cega, mas fidelidade com entendimento. O dinheiro é
uma semente. Quando você semeia com fartura você colhe com
abundância. Jesus disse que mais bem aventurado é dar que
receber (Atos 20:35). Quando você devolve a parte de Deus o
Senhor multiplica sua sementeira. Deus não fica em dívida com
ninguém! Ele nos desafia hoje a vivermos em total obediência e
dependência Dele. Precisamos também aprender a ofertar.
Precisamos ter experiências com Deus e de Sua generosidade! Deus
propõe dois caminhos: benção ou maldição. Que caminho você vai
escolher? Que decisão você precisa tomar ? Ele nos exorta a
escolher o caminho da benção, o caminho da vida!