3. Página 3
Índice
Introdução............................................................................................................... 4
Análise do poema “O Quinto Império” ................................................................... 5
Quinto Império........................................................................................................ 6
Enquadramento do poema “O Quinto Império” ........................................ 6
Breve análise do poema “O Quinto Império”............................................. 6
Análise estilística do poema.................................................................................... 7
Análise do Canto V d'Os Lusíadas............................................................................ 8
Canto V Reflexão..................................................................................................... 9
Conclusão.............................................................................................................. 11
4. Página 4
Introdução
A realização deste trabalho surgiu no âmbito da disciplina de Português.
Com este trabalho pretendemos desenvolver e utilizar alguns conhecimentos
que adquiri-mos ao longo das aulas.
Ao longo deste trabalho iremos abordar e analisar os seguintes temas: “Os
Lusíadas” e o poema Quinto Império que constitui a obra a “Mensagem”.
5. Página 5
Análise do poema “O Quinto Império”
Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz–
Ter por vida a sepultura.
Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!
E assim, passados os quatro
Tempos do ser que sonhou,
A terra será teatro
Do dia claro, que no atro
Da erma noite começou.
Grécia, Roma, Cristandade,
Europa–os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?
6. Página 6
Quinto Império
Enquadramento do poema “O Quinto Império”
O poema “O Quinto Império” faz parte, da obra a “Mensagem” este poema retrata a
imagem do império moribundo, e a fé de que a morte contenha em si a semente do
ressurgimento, capaz de provocar o nascimento do império espiritual, moral e
civilizacional. A presença do Quinto Império.
Breve análise do poema “O Quinto Império”
As ideias fundamentais deste poema são a contradição entre a tristeza do presente
e a alegria e a profecia do que será o Quinto Império.
Fernando Pessoa escreveu neste poema “Triste de quem é feliz”. A felicidade é,
para o homem vulgar, uma situação de comodismo, de adaptação às normas da
sociedade, por outras palavras, uma situação de quase total indiferença perante as
coisas. Por isso, o poeta considera essa felicidade como tristeza. Na verdade, não é
a essa felicidade que deve aspirar o herói. “ Ser descontente é ser homem”. Isto
significa que, sem essa inquietação da busca, ninguém consegue alcançar valores
mais elevados do espírito (“Que as forças cegas se domem/Pela visão que a alma
tem!”)
Diversas vezes o poeta tem insistido na ideia de que é preciso uma coragem sobre-
humana para vencer as grandes provações da vida e conquistar o espírito.
7. Página 7
Análise estilística do poema
Métrica
5 Quintilhas. Versos em redondilha maior (7 sílabas).
Esquema rimático
Rima em esquema abaab.
Número de versos 25
Observações
O poema tem cinco estrofes com cinco versos, representa simbolicamente os cinco
impérios; divisão do poema em duas partes (1.ª parte até aos versos finais da 3.ª
estrofe); uso de anáforas (entre a 1.ª e 2.ª estrofes); uso de oposições e contrastes;
uso de metáforas (por ex. “Tempos do ser”); uso de analogias (tempos do ser,
tempos do mundo); uso de antíteses e paradoxos (1.ª parte do poema).
8. Página 8
Análise do Canto V d'Os Lusíadas
Canto V
O quinto canto começa com, Vasco da Gama a contar ao rei de Melinde como
decorreu a sua viagem de Lisboa até ali.
Mais uma vez, realidade e fantasia misturam-se, pois a par da indicação do
percurso geográfico efectuado aparecem episódios fantásticos.
Nesta etapa da viagem, os navegadores enfrentam inúmeros perigos que
reforçam a ousadia dos Portugueses.
Os fenómenos atmosféricos como o Fogo de Santelmo e a Tromba Marítima
geraram nos navegadores um grande receio, mas que estes conseguiram superar.
Um ponto crítico desta etapa da viagem era, sem dúvida, a passagem do Cabo
das Tormentas, famoso pelos inúmeros naufrágios aí ocorridos. O episódio do
Gigante Adamastor representa de um modo simbólico a desproporção de forças:
por um lado, a fragilidade das naus e dos homens a bordo, por outro, a fúria do
mar, magnificamente personificada por este gigante aterrador.
Mas, os problemas dos Portugueses não terminariam aqui, ultrapassadas as
dificuldades de navegação, surge uma doença mortal: o Escorbuto, provocado pela
falta de ingestão de alimentos frescos.
Por fim, Vasco da Gama termina a sua longa narração iniciada no canto III.
9. Página 9
Canto V Reflexão
O canto V é uma crítica à falta de cultura e de apreço pelos poetas que os
Portugueses revelam.
O poeta começa por mostrar como o canto e o louvor incitam à realização dos
feitos heróicos; dá em seguida exemplos do apreço que os antigos heróis gregos e
romanos tinham pelos seus poetas e da importância que davam ao conhecimento e
à cultura, conciliando as armas com o saber.
Infelizmente, o que se passa com os portugueses, é que não dão valor aos
seus poetas, porque não têm cultura para os conhecer. Ora, não se pode amar o que
não se conhece, e a falta de cultura dos heróis nacionais é responsável pela
indiferença que manifestam pela divulgação dos seus feitos, e, se não tiverem
poetas que os cantem, serão esquecidos. Apesar disso, o poeta, movido pelo amor
da Pátria, reitera o seu propósito de continuar a engrandecer, com os seus versos,
as "grandes obras" realizadas.Manifesta, desta forma, a vertente crítica e
pedagógica da sua epopeia, na defesa da realização plena do Homem, em todas as
suas capacidades
11. Página 11
Semelhanças e divergências entre “Os Lusíadas” e a
“Mensagem”
Os Lusíadas e Mensagem apresentam-se como marcos da literatura portuguesa.
Embora distantes por quatro séculos, ambos integram temáticas comuns.
Com efeitos, Luís de Camões e Fernando Pessoa apresentam os heróis
aventureiros como referência de coragem e de mérito do povo português, como
verificamos na segunda parte da obra Mensagem, “Mar Português”.
Por outro lado, ambas as obras se situam no presente que se caracterizou pela
falta de cultura, como marco importante de riqueza e de uma nação. Neste sentido, D.
Sebastião apresenta-se como elemento detentor de esperança para o renascer de um
futuro melhor. Camões, no canto X, apela a D. Sebastião para continuar os feitos dos
heróis portugueses e Pessoa, em Mensagem, apresenta a esperança associada ao Mito
Sebastianista como força simbólica do Quinto Imperio.
Em suma, apesar de se distinguirem entre si, ambas as obras possuem os
mesmos objetivos.
12. Página 12
Conclusão
Neste trabalho abordamos os assuntos “O Quinto Imperio” de a “Mensagem”
e Os Lusíadas Canto V e concluímos que ambos são muito idênticos.
Este trabalho foi importante para o nosso conhecimento e compreensão, pois
permitiu nos perceber melhor a grandiosidade destas obras.