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Cabe ainda ressaltar que no contexto do livro a educação reproduzia as
relações sociais dadas, de forma estritamente organizada, objetivando privar as
pessoas da liberdade de escolha e de pensamento. Os habitantesdessa
“civilização” eram assim condicionados ao entendimento que esta supressão
era o melhor quepodiam desejar. Ao nos reportarmos o contexto histórico e
atual da política brasileira, esse viés parece um tanto semelhante quando
referido as estratégias e práticas utilizadas pelos mesmos para convencer os
brasileiros de que o sonhado progresso vem sendo alcançado. Isso é
perceptível como se dá de forma camuflada, quando observamos a
organização dos PCNs brasileiros e dos livros didáticos usados como
referência e modelos à orientação do corpo docente e politização do corpo
discente, que desde cedo tal qual podemos comparar a realidade vivenciada
pelo livro “os ensinamentos são seguidos ortodoxamente, sem contestação,
pois a falta deles ameaçava a sociedade”. (HUXLEY, 2009, p. 233). No livro em
questão, praticamente todos conformavam-se e contentavam-se com o destino
definido desde sua reprodução in vitro. No contexto do Admirável Mundo não
existia a pergunta: “O que vocêquer ser quando crescer?”, ou ainda, a questão
de “oferecer excelentes estudos para um bom futuro”. O fato das crianças
brasileiras já advirem de um contexto familiar que tem por cultura a aceitação
daquilo que lhe é imposto, até pelo simples fato de parecer mais cômodo achar
tudo pronto ao invés de fazer ou construir, algo familiar ebem rotineiro na
realidade de sala de aula, desde as séries inicias, em que a criança já é
acostumada a receber o conhecimento pronto e que tal realidade só vem a se
aprofundar no decorrer do tempo, quando no ensino fundamental, o mesmo
transfere o que é digno de se realizar enquanto sujeito ou cidadão em busca de
sua autonomia faria, permite-se que outros, que se diga o outro virtual, faça por
si e responda por si, o que acaba por consumar o que o velho ciclo da política
brasileira almeja, construir pessoas que garantam a continuidade do sistema, e
que não tenha força de questiona-lo ou muda-lo, ainda que se tome
consciência do mesmo, mais que a necessidade desses o obriguem a
permanecer onde estão por uma questão de “conforto” e comodidade.
Realidade comparável o que se é previsto No Admirável Mundo Todos onde os
Alfas exerciam funções de diretorias. Membros de castas mais baixas como
Gamas, Deltas e Ípsilons exerceriam necessariamente funções operacionais
como trabalhadores nas fábricas, sendo assim não precisavam saber muito
mais do que o necessário para operar uma máquina. O objetivo primordial
dessa ´teoria e metodologia´ seria o mantimento da ordem e estabilidade da
sociedade, refletindo profissionalmente o papel previsto a cada pessoa.
Interessante também destacar como o controle seletivo sobre determinados
produtos culturais e objetos com os quais aqueles habitantes entrariam em
contato foi outra forma encontrada pelo Estado para garantir a referida
estabilidade. Isso nos parece mais que nunca familiar, em se tratando do
contexto educacional do nosso país.O autor aponta o homem como produto do
meio em que vive, onde suaindividualidade passa a ser manipulada a partir
das relações sociais, algo notório a partir do intermédio do controle científico
organizacional. Ou seja, quanto mais eficiente for o processode controle na
realidade das escolas, maiores são as chances de controlar e direcionar o
comportamento humano. Nesse caso, a instituição escolarreflete como um dos
organismos do Estado de tamanha importância, visto que para se obter uma
sociedade ideal deve-se por sua vez implementar um planejamento social e
cultural. Dentro dessa realidade vivenciada cultura passa a ser pensada como
valores e costumes dominantes. Os comportamentos sociais que se esperam
devem ser reforçados a medidaque sirvamao poder político e econômico .

Considerações finais

Podemos entender que a grande estratégia utilizada pelo Estado
totalitário de Admirável Mundo Novo é construir mentes passivas que aceitem a
realidade e o estado atual em que vivem algo claramente refletido a partir do
controle da informação, do meio científico e tecnológico que dita às emoções,
conflitos, desafios, novidades, superações dos indivíduos atualmente. Afinal
quem não sabe que acabamos por refletir de forma habitual aquilo que vemos,
vivemos e ouvimos. Perceptivelmente podemos ver que o mundo inteiro fala de
progresso, evolução, tal qual no Brasil onde acredita-se que a educação, e a
sociedade está em desenvolvimento , e pouco se sabe que poderia-se fazer
muito mais , além do que fazemos , diante desse estado de submissão que
inconscientemente a que estamos sujeitos, sob a perspectiva falsa de que
temos liberdade.
Interessante perceber que os habitantes do Admirável Mundo Novo
viviam como autômatos, partindo de uma fé em uma falsa felicidade, que se
baseava por sua vez numa vida de confortos. Parecia ser melhor livrar-se do
que era desagradável a aprender o estado de suportar o sofrimento, a ponto
dechegarem a acreditar que na possibilidade de que a independência não foi
algo feito para o homem, pelo fato de que comprometia a segurança e a
estabilidade. Provável que não sabiam o que vinha a ser felicidade, nem
sofrimento, muito menos liberdade. Ortega y Gasset (1965). Comenta queviver
é ter de lidar com o conjunto de facilidades e dificuldades impostas pelas
circunstâncias. Ao eliminarem a todo o custo o sofrimento, as dificuldades, as
emoções intensas, os personagens deixam de viver, passandoapenas a existir,
como coisas – e não seres humanos – que tem seu ser determinado e fixo, isto
é, a estar no mundo produzindo e consumindo para o funcionamento da
engrenagem social.
Por meio desse tão inusitado clássico Admirável Mundo Novo, nos
deparamospor sua vez com temas presentes a atualidade, tal qual clonagem
humana, uso das novas tecnologias da informação e da comunicação, perda
da individualidade, precarização do trabalho, abuso ou uso excessivo de
drogas, banalização do sexo, desvalorização da família, condicionamento
humano, entre outros aspectos, algo quetraz evidência de como estamos
caminhando a passos largos novas invenções e que se diga criações artificiais
em todas às áreas, especialmente no campo tecnológico da saúde, que vem
recebendo grandes recursos financeiros por parte de empresas privadas.
Interessante trazer a percepção que Skinner defendia atividades
condicionantes

nos

meios

escolares,

com

a

intenção

de

controlar

cientificamente os resultados e Por sua vez, Pavlov apostava na estratégia do
estímulo/resposta. Ambos justificam seus estudos para melhor aproveitamento
educacional e, consequentementemelhores resultados para as relações e
necessidades do mundo social.
Hoje em dia temos inúmeros recursos educativos e diversos meios para
difundi-los, porem mesmo assim ainda continuamos observando o emprego de
atividades que provocam alguma reação esperada, a exemplo, na sugestão de
que “a prática de um instrumento musical pode ser a melhor maneira de
estimular a função executiva das crianças” (KRAUS apud COSTA&
GARATTONI, 2012, p. 50). Jogos, brincadeiras, entre outras tarefas
pedagógicas

tornam-se

limitados

quando

baseados

apenas

ao

estímulo/resposta, deixando a desejar a possibilidade dos alunos extrapolarem
as possibilidades, os mecanismos e desafios educativos necessários ao
desenvolvimentode olhares críticos, bem como de ações que promovam a
criatividade e originalidade, que são fundamentais e necessários ao bom
exercício da cidadania.
Pinotti (2011) referenda um termo “Soma” em se tratando da
comemoração do dia do trabalho na capital paulista, ao citar sobre festividades
e brindes que são utilizados pelas empresas e bancos, na intuição de lograr os
operários. Algo um tanto contraditório se comparado a prática de colegas seus,
que trabalham na Europa, Estados Unidos, e entre outros lugares, visto que os
mesmos aproveitam de tal oportunidade para reivindicardireitos e expor regras
que estão sujeitos pela força do sistema capitalista.
O autor evidencia que esses últimos “são politizados, o que por sua vez
foram educados, a lêem e interpretam, discutem política no seu dia-a-dia, têm
acesso à saúde e à educação, salários dignos, seguro desemprego e, por isso
tudo, têm força para reagir e é mais difícil enganá-los” (PINOTTI, 2001, p. 371372).
Sabe-se que o peso colocado nas palavras de um professor muito diz
respeito à valorização e a cultura com que se ve e entende educação de um
povo, algo isso remete a preocupação originária de Huxley (1958) ao expressar
sobre a padronização do comportamento humano:
Sob a palmatória de um ditador científico, a educação produzirá
realmente os efeitos desejados e daí resultar que a maioria dos
homens e das mulheres chegarão a adorar a sua servidão sem
nunca pensar em revolução. Parece que não há motivo válido para
que uma ditadura perfeitamente científica seja algum dia
derrubado. Entretanto, sobra ainda alguma liberdade no mundo. É
verdade que muitos jovens parecem não apreciá-la. Porém, um
relativo número de pessoas crê ainda que sem ela os seres
humanos não podem tornar-se verdadeiramente humanos e que a
liberdade é, por isso, um valor supremo. Talvez as forças que agora
ameaçam o mundo sejam demasiado poderosas para que se lhes
possa resistir durante muito tempo. É ainda nosso dever fazer tudo
o que pudermos para resistir-lhes. (HUXLEY, 1958, p. 119).

Nesse sentido, a importância do debate sobre o direcionamento dos
avanços científico-tecnológicos é reafirmado, em se tratando especialmente no
que se refere ao campo do comportamento humano. Importante ressaltar aqui
a crítica de Huxley (1958) às teorias comportamentalistas, e notadamente à
Skinner que, parece desconsiderar a questão da diversidade individual, ao
passo quenão trata a educação na perspectiva do desenvolvimento de
pontencialidades humanas como a criatividade, ao contrário, supõe um sujeito
que é produto de uma uniformidade educacional e cultural. Ao fazer uma
comparação da realidade em que vivemos hoje, com o mundo da sua obra de
ficção, Huxley (1958) evidencia muito bem a questão da ameaça à liberdade e
individualidade humana, especialmente no tocante a sua “fábula” do
condicionamento. Para o mesmo, esse abuso poderia ser evitadounicamente
por meio de duas possibilidades: autogoverno e educação para a liberdade.

Referências

ORTEGA Y GASSET, José. Meditación de la técnica: vicisitudesenlas
ciências, bronca enla física, prólogos a ‘la biblioteca de ideasdelsiglo XX’.
Madrid: Espasa-Calpe, 1965.
PINOTTI, José Aristodemo. Admirável Mundo Novo. Folha de S. Paulo, São
Paulo, 11 mai. 2001. Disponível em: <http://www.drpinotti.com.br/> Acesso em:
25 de out. 2013

SAVIANI, Demerval. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura
da vara, onze teses sobre educação e política. São Paulo: Cortez. Autores
Associados, 1985.

SEYMOUR-SMETH, Martin. Os 100 livros que mais influenciaram a
humanidade: a história do pensamento dos tempos antigos à atualidade.
Rio de Janeiro: DIFEL, 2002.

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  • 1. Cabe ainda ressaltar que no contexto do livro a educação reproduzia as relações sociais dadas, de forma estritamente organizada, objetivando privar as pessoas da liberdade de escolha e de pensamento. Os habitantesdessa “civilização” eram assim condicionados ao entendimento que esta supressão era o melhor quepodiam desejar. Ao nos reportarmos o contexto histórico e atual da política brasileira, esse viés parece um tanto semelhante quando referido as estratégias e práticas utilizadas pelos mesmos para convencer os brasileiros de que o sonhado progresso vem sendo alcançado. Isso é perceptível como se dá de forma camuflada, quando observamos a organização dos PCNs brasileiros e dos livros didáticos usados como referência e modelos à orientação do corpo docente e politização do corpo discente, que desde cedo tal qual podemos comparar a realidade vivenciada pelo livro “os ensinamentos são seguidos ortodoxamente, sem contestação, pois a falta deles ameaçava a sociedade”. (HUXLEY, 2009, p. 233). No livro em questão, praticamente todos conformavam-se e contentavam-se com o destino definido desde sua reprodução in vitro. No contexto do Admirável Mundo não existia a pergunta: “O que vocêquer ser quando crescer?”, ou ainda, a questão de “oferecer excelentes estudos para um bom futuro”. O fato das crianças brasileiras já advirem de um contexto familiar que tem por cultura a aceitação daquilo que lhe é imposto, até pelo simples fato de parecer mais cômodo achar tudo pronto ao invés de fazer ou construir, algo familiar ebem rotineiro na realidade de sala de aula, desde as séries inicias, em que a criança já é acostumada a receber o conhecimento pronto e que tal realidade só vem a se aprofundar no decorrer do tempo, quando no ensino fundamental, o mesmo transfere o que é digno de se realizar enquanto sujeito ou cidadão em busca de sua autonomia faria, permite-se que outros, que se diga o outro virtual, faça por si e responda por si, o que acaba por consumar o que o velho ciclo da política brasileira almeja, construir pessoas que garantam a continuidade do sistema, e que não tenha força de questiona-lo ou muda-lo, ainda que se tome consciência do mesmo, mais que a necessidade desses o obriguem a permanecer onde estão por uma questão de “conforto” e comodidade. Realidade comparável o que se é previsto No Admirável Mundo Todos onde os Alfas exerciam funções de diretorias. Membros de castas mais baixas como Gamas, Deltas e Ípsilons exerceriam necessariamente funções operacionais
  • 2. como trabalhadores nas fábricas, sendo assim não precisavam saber muito mais do que o necessário para operar uma máquina. O objetivo primordial dessa ´teoria e metodologia´ seria o mantimento da ordem e estabilidade da sociedade, refletindo profissionalmente o papel previsto a cada pessoa. Interessante também destacar como o controle seletivo sobre determinados produtos culturais e objetos com os quais aqueles habitantes entrariam em contato foi outra forma encontrada pelo Estado para garantir a referida estabilidade. Isso nos parece mais que nunca familiar, em se tratando do contexto educacional do nosso país.O autor aponta o homem como produto do meio em que vive, onde suaindividualidade passa a ser manipulada a partir das relações sociais, algo notório a partir do intermédio do controle científico organizacional. Ou seja, quanto mais eficiente for o processode controle na realidade das escolas, maiores são as chances de controlar e direcionar o comportamento humano. Nesse caso, a instituição escolarreflete como um dos organismos do Estado de tamanha importância, visto que para se obter uma sociedade ideal deve-se por sua vez implementar um planejamento social e cultural. Dentro dessa realidade vivenciada cultura passa a ser pensada como valores e costumes dominantes. Os comportamentos sociais que se esperam devem ser reforçados a medidaque sirvamao poder político e econômico . Considerações finais Podemos entender que a grande estratégia utilizada pelo Estado totalitário de Admirável Mundo Novo é construir mentes passivas que aceitem a realidade e o estado atual em que vivem algo claramente refletido a partir do controle da informação, do meio científico e tecnológico que dita às emoções, conflitos, desafios, novidades, superações dos indivíduos atualmente. Afinal quem não sabe que acabamos por refletir de forma habitual aquilo que vemos, vivemos e ouvimos. Perceptivelmente podemos ver que o mundo inteiro fala de progresso, evolução, tal qual no Brasil onde acredita-se que a educação, e a sociedade está em desenvolvimento , e pouco se sabe que poderia-se fazer muito mais , além do que fazemos , diante desse estado de submissão que
  • 3. inconscientemente a que estamos sujeitos, sob a perspectiva falsa de que temos liberdade. Interessante perceber que os habitantes do Admirável Mundo Novo viviam como autômatos, partindo de uma fé em uma falsa felicidade, que se baseava por sua vez numa vida de confortos. Parecia ser melhor livrar-se do que era desagradável a aprender o estado de suportar o sofrimento, a ponto dechegarem a acreditar que na possibilidade de que a independência não foi algo feito para o homem, pelo fato de que comprometia a segurança e a estabilidade. Provável que não sabiam o que vinha a ser felicidade, nem sofrimento, muito menos liberdade. Ortega y Gasset (1965). Comenta queviver é ter de lidar com o conjunto de facilidades e dificuldades impostas pelas circunstâncias. Ao eliminarem a todo o custo o sofrimento, as dificuldades, as emoções intensas, os personagens deixam de viver, passandoapenas a existir, como coisas – e não seres humanos – que tem seu ser determinado e fixo, isto é, a estar no mundo produzindo e consumindo para o funcionamento da engrenagem social. Por meio desse tão inusitado clássico Admirável Mundo Novo, nos deparamospor sua vez com temas presentes a atualidade, tal qual clonagem humana, uso das novas tecnologias da informação e da comunicação, perda da individualidade, precarização do trabalho, abuso ou uso excessivo de drogas, banalização do sexo, desvalorização da família, condicionamento humano, entre outros aspectos, algo quetraz evidência de como estamos caminhando a passos largos novas invenções e que se diga criações artificiais em todas às áreas, especialmente no campo tecnológico da saúde, que vem recebendo grandes recursos financeiros por parte de empresas privadas. Interessante trazer a percepção que Skinner defendia atividades condicionantes nos meios escolares, com a intenção de controlar cientificamente os resultados e Por sua vez, Pavlov apostava na estratégia do estímulo/resposta. Ambos justificam seus estudos para melhor aproveitamento educacional e, consequentementemelhores resultados para as relações e necessidades do mundo social.
  • 4. Hoje em dia temos inúmeros recursos educativos e diversos meios para difundi-los, porem mesmo assim ainda continuamos observando o emprego de atividades que provocam alguma reação esperada, a exemplo, na sugestão de que “a prática de um instrumento musical pode ser a melhor maneira de estimular a função executiva das crianças” (KRAUS apud COSTA& GARATTONI, 2012, p. 50). Jogos, brincadeiras, entre outras tarefas pedagógicas tornam-se limitados quando baseados apenas ao estímulo/resposta, deixando a desejar a possibilidade dos alunos extrapolarem as possibilidades, os mecanismos e desafios educativos necessários ao desenvolvimentode olhares críticos, bem como de ações que promovam a criatividade e originalidade, que são fundamentais e necessários ao bom exercício da cidadania. Pinotti (2011) referenda um termo “Soma” em se tratando da comemoração do dia do trabalho na capital paulista, ao citar sobre festividades e brindes que são utilizados pelas empresas e bancos, na intuição de lograr os operários. Algo um tanto contraditório se comparado a prática de colegas seus, que trabalham na Europa, Estados Unidos, e entre outros lugares, visto que os mesmos aproveitam de tal oportunidade para reivindicardireitos e expor regras que estão sujeitos pela força do sistema capitalista. O autor evidencia que esses últimos “são politizados, o que por sua vez foram educados, a lêem e interpretam, discutem política no seu dia-a-dia, têm acesso à saúde e à educação, salários dignos, seguro desemprego e, por isso tudo, têm força para reagir e é mais difícil enganá-los” (PINOTTI, 2001, p. 371372). Sabe-se que o peso colocado nas palavras de um professor muito diz respeito à valorização e a cultura com que se ve e entende educação de um povo, algo isso remete a preocupação originária de Huxley (1958) ao expressar sobre a padronização do comportamento humano:
  • 5. Sob a palmatória de um ditador científico, a educação produzirá realmente os efeitos desejados e daí resultar que a maioria dos homens e das mulheres chegarão a adorar a sua servidão sem nunca pensar em revolução. Parece que não há motivo válido para que uma ditadura perfeitamente científica seja algum dia derrubado. Entretanto, sobra ainda alguma liberdade no mundo. É verdade que muitos jovens parecem não apreciá-la. Porém, um relativo número de pessoas crê ainda que sem ela os seres humanos não podem tornar-se verdadeiramente humanos e que a liberdade é, por isso, um valor supremo. Talvez as forças que agora ameaçam o mundo sejam demasiado poderosas para que se lhes possa resistir durante muito tempo. É ainda nosso dever fazer tudo o que pudermos para resistir-lhes. (HUXLEY, 1958, p. 119). Nesse sentido, a importância do debate sobre o direcionamento dos avanços científico-tecnológicos é reafirmado, em se tratando especialmente no que se refere ao campo do comportamento humano. Importante ressaltar aqui a crítica de Huxley (1958) às teorias comportamentalistas, e notadamente à Skinner que, parece desconsiderar a questão da diversidade individual, ao passo quenão trata a educação na perspectiva do desenvolvimento de pontencialidades humanas como a criatividade, ao contrário, supõe um sujeito que é produto de uma uniformidade educacional e cultural. Ao fazer uma comparação da realidade em que vivemos hoje, com o mundo da sua obra de ficção, Huxley (1958) evidencia muito bem a questão da ameaça à liberdade e individualidade humana, especialmente no tocante a sua “fábula” do condicionamento. Para o mesmo, esse abuso poderia ser evitadounicamente por meio de duas possibilidades: autogoverno e educação para a liberdade. Referências ORTEGA Y GASSET, José. Meditación de la técnica: vicisitudesenlas ciências, bronca enla física, prólogos a ‘la biblioteca de ideasdelsiglo XX’. Madrid: Espasa-Calpe, 1965.
  • 6. PINOTTI, José Aristodemo. Admirável Mundo Novo. Folha de S. Paulo, São Paulo, 11 mai. 2001. Disponível em: <http://www.drpinotti.com.br/> Acesso em: 25 de out. 2013 SAVIANI, Demerval. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. São Paulo: Cortez. Autores Associados, 1985. SEYMOUR-SMETH, Martin. Os 100 livros que mais influenciaram a humanidade: a história do pensamento dos tempos antigos à atualidade. Rio de Janeiro: DIFEL, 2002.