1) O "eu" tem uma percepção direta e imediata da Natureza, sentindo-a de forma confusa e perturbadora.
2) O "eu" sente-se em um estado de espírito confuso, querendo perceber o que sente pela Natureza sem saber explicar.
3) As perguntas da segunda estrofe questionam quem deu ao "eu" o desejo de querer perceber e compreender o que sente.
Português - 12o ano - Turma A - 2a Ficha - 1o Período (novembro 2011
1. FORMATIVA
Português – 12º ano – Turma A
2ª Ficha – 1º Período (novembro de 2011)
Questões de tipologia de Grupo I/ A
Ex. 1: Leia atentamente o seguinte poema:
XXII
Como quem num dia de verão abre a porta de casa
E espreita para o calor dos campos com a cara toda, Quando o verão nos passa pela cara
Às vezes de repente, bate-me a natureza de chapa A mão leve e quente de sua brisa,
Na cara dos meus sentidos, Só tenho que sentir agrado porque é brisa
E eu fico confuso, perturbado, querendo perceber Ou que sentir desagrado porque é quente,
Não sei bem como nem o quê… E de qualquer maneira que eu o sinta,
Assim, porque assim o sinto, é que é senti-lo...
Mas quem me mandou a mim querer perceber?
Quem me disse que havia que perceber? Alberto Caeiro, O guardador de rebanhos
Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas ao questionário que se segue.
1. Releia os primeiros quatro versos. Caracterize a perceção que o “eu” tem da “Natureza”.
2. Descreva o estado de espírito do “eu” tal como é expresso nos versos 5 e 6.
3. Explicite a relevância das perguntas que constituem a segunda estrofe.
4. “Quando o verão nos passa pela cara/ A mão leve e quente de sua brisa,” (vv. 9-10).
Refira dois dos valores expressivos da personificação presente nos versos transcritos.
5. Comente o sentido do último verso enquanto conclusão do poema.
Ex. 2: Leia atentamente o seguinte poema:
Segue o teu destino, Vê de longe a vida.
Rega as tuas plantas, Nunca a interrogues.
Ama as tuas rosas. Ela nada pode
O resto é a sombra Dizer-te. A resposta
De árvores alheias. Está além dos deuses.
A realidade Mas serenamente
Sempre é mais ou menos Imita o Olimpo
Do que nós queremos. No teu coração.
Só nós somos sempre Os deuses são deuses
Iguais a nós-próprios. Porque não se pensam.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras Ricardo Reis
Como ex-voto aos deuses.
Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas ao questionário que se segue.
ANO LECTIVO 2011-2012
2. PÁGINA - 2
1. Indique três regras da arte de viver, justificando com expressões do poema.
2. Mostre em que medida se diferencia a realidade daquilo que somos.
3. Para Ricardo Reis a apatia (a indiferença) é o ideal ético, é o comportamento que convém
seguir na vida. Escolha a expressão que melhor exprime essa apatia, justificando a sua
escolha.
Questões de tipologia de Grupo I/ B
Ex. 1:
“O ato poético por excelência, diz Pessoa, resulta de um processo de despersonalização de emoções e
sentimentos, não necessariamente coincidentes com os do artista, implicando, no mais alto grau, o
desdobramento do autor em várias personalidades poéticas.”
Maria Teresa Schiappa de Azevedo, “Em torno do poeta fingidor” in Os rostos de Pessoa, Coimbra
Num texto de oitenta a cento e trinta palavras, exponha a sua perspetiva de leitura, a partir da
análise da afirmação acima.
Ex. 2:
Partindo do estudo da obra pessoana, apresenta a tua
leitura da imagem ao lado, num texto de oitenta a cento e
trinta palavras.