2. "Todo pensamento impuro pode se
originar de duas fontes:
• A própria imperfeição da alma
• Uma funesta influência que
sobre ela se exerça.
Dessa forma, aquele que falir não poderá alegar
como desculpa a influência de um Espirito
estranho, desde que esse Espírito não o teria
induzido ao mal se o tivesse encontrado
inacessível à sedução."
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo
XXVIII. Coletânea de Preces Espíritas. Para Resistir a Uma
Tentação, 20. Prefácio.)
3. • A condição interior de atenção para
com as próprias emoções, desejos,
impulsos, pensamentos, gestos,
olhares, atitudes e respostas
verbalizadas
consiste na preocupação em pautar
nossas reações dentro de padrões
condizentes com o conhecimento
evangélico.
A observação de nós mesmos deverá ser
aplicada de modo permanente, e não
apenas quando já ocorreu a transgressão.
Entendemos claramente que a vigilância
define um trabalho preventivo e não
corretivo.
4. A vigilância tem, assim, sua
atuação como meio de combate
aos defeitos, de algum modo já
conhecidos ou identificados, para
que, com a devida antecedência
e precaução, evitemos as
ocorrências dos mesmos.
5. O trabalho preventivo, a exemplo do que se desenvolve na
especializada área da Segurança do Trabalho, procura
relacionar numa atividade os riscos de acidentes e seus
graus. As causas de acidentes são muito bem estudadas e
todas as campanhas de prevenção visam à conscientização do
homem que executa um trabalho produtivo, para que o
desempenhe dentro de certas normas de segurança,
específicas a cada tipo de atividade.
Há dispositivos de proteção nas máquinas, há cores e sinalização,
há meios de prevenção contra incêndios e há também os
equipamentos de proteção individual para uso do trabalhador.
Estes são alguns dos meios para evitar acidentes. Muito análogos
ao que queremos aqui relacionar com a nossa vigilância interior
são, em Segurança do Trabalho, os chamados "atos inseguros".
Sabe o operário que, ao executar um "ato inseguro", poderá lhe
ocorrer um acidente, como por exemplo: trabalhar na construção
de edifício sobre andaimes sem guarda-corpo; subir em postes
sem o cinto de segurança; operar máquinas de desbaste sem
óculos de proteção; remover peças com as mãos sem luvas em
prensas de moldagem, etc.
6. As tentações são os nossos riscos; estamos a
elas sujeitos, e a nossa própria insegurança é
resultado das imperfeições que ainda temos.
Cabe-nos, no entanto, agir com firmeza,
resistindo às tentações conhecidas.
Contamos sempre com os meios de
proteção e de segurança individuais nos
Espíritos Protetores, que, até certo ponto,
afastam-nos das influências perigosas.
Cabe-nos, no entanto, agir com
firmeza, resistindo às tentações
conhecidas.
7. Como formas de proteção, além do auxílio
espiritual, contamos com a prece, a
vontade, o esclarecimento, o esforço
próprio.
Ninguém melhor do que nós mesmos
para precavermo-nos das situações
que representam riscos às nossas
próprias inseguranças morais.
8. Relacionemos algumas delas, talvez
as mais comuns:
a) Diante dos convites de companhias
que nos estimulam ao fumo, ao jogo, ao
álcool, ao tóxico;
b) Nas discussões de assuntos
polêmicos, que nos levam a intrigas,
agressões, contendas;
c) Nas elaborações de pensamentos
eróticos, que nos predispõem aos
condicionamentos do sexo;
9. d) Na direção dos olhares maliciosos,
que nos conduzem à cobiça;
e) Nas economias exageradas dos
gastos, que se resumem em avareza;
f) Nas absorções de
ressentimentos ou amarguras, que
se cristalizam em intolerâncias,
incompreensões;
g) Nos comentários desavisados,
que nos conduzem à maledicência;
h) Nos afloramentos das emoções
fortes, que nos fazem manifestar
orgulho, presunção;
11. "Reconhece-se que um
pensamento é mau quando ele se
distancia da caridade — base de
toda moral verdadeira; quando
tem por princípio o orgulho, a
vaidade e o egoísmo; quando sua
concretização pode prejudicar
alguém; quando, enfim, nos
induza a coisas diferentes das que
quereríamos que os outros nos
fizessem."