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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
        CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS
              DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA




                  AUGUSTO ROCHA DA SILVA
                 CARLOS FERNANDES DA SILVA
                ISRAEL DAVID DE OLIVEIRA FROIS
                 RODRIGO DELFINO DE OLIVEIRA




LEITURA DA PAISAGEM COMO PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO
                        DE GEOGRAFIA




                           VITÓRIA
                             2010
AUGUSTO ROCHA DA SILVA
                 CARLOS FERNANDES DA SILVA
                ISRAEL DAVID DE OLIVEIRA FROIS
                 RODRIGO DELFINO DE OLIVEIRA




LEITURA DA PAISAGEM COMO PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO
                        DE GEOGRAFIA




                           Trabalho apresentado como requisito parcial de
                           conclusão de disciplina Tópicos Especiais de
                           Ensino de Geografia – curso de Geografia da
                           Universidade Federal do Espírito Santo, como
                           requisito para obtenção do Grau de Licenciado
                           Pleno em Geografia.
                           Orientadora: Profa. Solange Lins Gonçalves.




                           VITÓRIA
                             2010
AUGUSTO ROCHA DA SILVA
                        CARLOS FERNANDES DA SILVA
                       ISRAEL DAVID DE OLIVEIRA FROIS
                        RODRIGO DELFINO DE OLIVEIRA




 LEITURA DA PAISAGEM COMO PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO
                                 DE GEOGRAFIA


Trabalho de conclusão de curso apresentado aos Departamentos dos Cursos de
graduação de Educação e de Geografia da Universidade Federal do Espírito santo,
como requisito para obtenção do Grau de Licenciado Pleno em Geografia.


                                     Aprovada em 01de julho de 2010.



                                     COMISSÃO EXAMINADORA


                                     Profa. Solange Lins Gonçalves
                                     Universidade Federal do Espírito Santo
                                     Orientadora


                                     COMISSÃO EXAMINADORA


                                     Profa. Stela Maris Araújo
                                     Universidade Federal do Espírito Santo


                                     COMISSÃO EXAMINADORA


                                     Profa. Maria Julia Merçon
                                     Universidade Federal do Espírito Santo
A todos aqueles que apoiaram e incentivaram o
desenvolvimento deste trabalho. A querida
diretora da EEEFM Coronel Olímpio Cunha,
Dayse Manga Eleutério Ferro. A professora de
História Etyelle N. Pires pela paciência e apoio.
E a Professora de Geografia Kátia Cilene
Oliveira Xavier, que dispensou tempo precioso
em nosso auxílio.
AGRADECIMENTOS




Agradeço primeiramente a Deus que sempre esteve em minha vida proporcionando-me
oportunidades e desafios a superar. A professora Solange que sem o seu
conhecimento e orientações não seria possível à conclusão deste trabalho. A minha
esposa, amiga e companheira Solange Marelli que sempre esteve ao meu lado dando-
me força e animo para um dia concretizar este grande sonho de minha vida que é
concluir meu curso de Geografia.
                                                            Augusto Rocha da Silva
Agradeço, a minha irmã, Marli que sempre esteve disposta a me ajudar a passar por
essa árdua caminhada, ao meu amigo Israel por sua amizade e compreensão na hora
de fazer os trabalhos em grupo e a minha amiga Elane que sempre se         dispôs a
colaborar nas atividades da faculdade.
                                                        Carlos Fernandes da Silva


Toda a gratidão a Deus, que com sua misericórdia me permitiu chegar até aqui. Aos
meus pais Deosmiro e Selma pela força e ajuda. A minha noiva Gabriela pela
compreensão e carinho de sempre. Aos meus irmãos pelas orações e positividade. E
por fim, aos amigos da UFES (Bonella, Carlos, Rodrigo, Thiago, Zidane e demais) do
trabalho e da vida.
                                                       Israel David de Oliveira Frois


Agradeço, em primeiro lugar, a Deus que sempre me deu forças em todas as situações
sendo meu verdadeiro amigo. Aos meus pais que se esforçaram para me proporcionar
esse momento tão gratificante. Aos meus amigos da UFES que se aplicaram em mais
essa empreitada de nossas vidas.
                                                         Rodrigo Delfino de Oliveira
RESUMO


Este trabalho consiste em uma análise sobre a paisagem da região de Santana,
localizada no município de Cariacica – ES, e como essa pode ser utilizada para o
ensino da geografia na educação básica. O objetivo principal é gerar no aluno um olhar
crítico agregando assim conhecimento sobre onde mora e sua condição geológica no
dia a dia.


Palavras chave: Paisagem, conhecimento, Geografia.




                                       ABSTRACT




This work is an analysis of the landscape of Santana in the county of Cariacica - ES,
and how that can be used for teaching geography in primary education. The main
objective is to generate a critical eye on the student thus adding knowledge about the
place you live and its geological condition on a dayle basis.


Keywords: Landscape, Knowledge, Geography.
LISTA DE ANEXOS



ANEXO A – Foto utilizada em sala de aula ...................................................................23

ANEXO B – Folder........................................... ..............................................................24

ANEXO C – Tabela: economia de Cariacica ..................................................................25

ANEXO D – Mapa do Município de Cariacica ...............................................................26

ANEXO E – Imagem aérea do Bairro Santana...............................................................27

ANEXO F – Imagem aérea da escola.............................................................................28

ANEXO G – Questionário................................................................................................29
SUMÁRIO


1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................9
2. OBJETIVO GERAL.....................................................................................................9
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................................................................................9
4. METODOLOGIA........................................................................................................10
5. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO..........................................................11
5.1 – CARIACICA: BREVE HISTÓRICO.........................................................................11
5.2 – HISTÓRICO DO BAIRRO SANTANA ...................................................................14
5.3 – HISTÓRICO DA ESCOLA......................................................................................15
5.4 – CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR.............................................16
6 – A IMPORTANCIA DE GERAR NO ALUNO UMA VISÃO CRÍTICA COMO
FERRAMENTA EDUCACIONAL....................................................................................17
6.1 – A GEOGRAFIA E A ESCOLA................................................................................17
6 .2 – CONSIDERAÇÕES SOBRE A GEOGRAFIA ESCOLAR.....................................18
7 – O OBJETO DE ESTUDO EM FOCO: A PAISAGEM COMO FERRAMENTA
PEDAGÓGICA................................................................................................................18
8 – ATIVIDADES EM SALA DE AULA: UTILIZAÇÃO DO MATERIAL RESULTADO
DA PESQUISA NO BAIRRO..........................................................................................20
6. CONCLUSÃO............................................................................................................21
7. REFERENCIAS.........................................................................................................22
8. ANEXOS....................................................................................................................23
9



1. 1INTRODUÇÃO


Viver em uma residência não se restringe apenas a casa, ao quintal, todavia engloba
uma paisagem que se forma com o passar do tempo com a qual o morador acaba por
fazer parte.


Desse modo, quando nos deparamos com a necessidade de encontrar um tema para
pesquisar e aplicar o nosso conhecimento geográfico, optamos por explorar de forma
mais crítica a paisagem para contribuir com a produção de novas propostas
pedagógicas para dinamizar cada vez mais o trabalho de docentes em sala de aula.


2. OBJETIVO GERAL


       Gerar no aluno um olhar crítico e mais profundo utilizando-se do saber
       geográfico como uma nova forma de pensar à paisagem.


3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS


       Compreender como se comporta a paisagem situada ao entorno da moradia dos
       alunos.
       Demonstrar às áreas de risco geológico identificados na paisagem.
       Empregar o conhecimento adquirido em sala de aula na prevenção de situações
       de risco geológico.




1
 Correção ortográfica e normatização feita por Danielly Cristina Zucolotto. Licencianda
de Letras /Português- UFES.
10




4. METODOLOGIA


A metodologia foi fundamentada na leitura de textos que abordassem informações que
explicam geograficamente como a paisagem poderia ser interpretada de uma forma
mais profunda. Foram feitas pesquisas de campo para que houvesse um maior contato
com a paisagem estudada para uma melhor pesquisa. A mesma foi estruturada através
de bases teóricas científico-geográficas e pedagógicas, abordagem que destacou a
necessidade de um melhor conhecimento da área de estudo através de fotos (Anexo
A), obtidas em pesquisa feita no próprio bairro, demonstrando a sua importância para a
educação dos alunos, trazendo para a sala de aula a realidade da paisagem que os
cerca em sua vivência cotidiana e que nem sempre são abordados da maneira devida
em sala de aula.


Após a fundamentação teórica, foi elaborado uma aula com fotos produzidas na
pesquisa de campo e com o saber geográfico adquirido identificamos paisagens que
oferecem riscos geológicos aos moradores com o intuito de demonstrar aos alunos
como evitar acidentes e ainda prepará-los, se necessário, para uma intervenção afim de
prevenir-se de qualquer intempérie.


Foi confeccionado um folder (Anexo B) contendo informações de como identificar,
prevenir e intervir em situações de risco geológico para ser aplicado em sala de aula e
para que os alunos possam repassar o conhecimento adquirido a seus familiares e
vizinhos.
11



5. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO


5.1 CARIACICA: BREVE HISTÓRICO


      Neste capítulo buscaremos evidenciar as principais justificativas para o
crescimento populacional urbano em Cariacica, sob uma ótica histórica e geoeconômica
mostraremos um breve perfil e sua evolução no cenário capixaba com a finalidade de
perceber os fluxos e as causas da concentração urbana.


      (DOCUMENTO DE 1787, apud OLIVEIRA. 2008 p.249) pertenciam à vila da
Vitória os seguintes distritos: Maruípe, Capoeira Grande, Jucu, Campo Grande,
Murundu, Sant’Ana, Carapina, Serra, Praia, Caraípe, Boapaba, Curipe, Una, Taiobaia,
Itaonga, Jacariacica, Cangaíba e Maricarã; a Guarapari: Meaípe, Ubu, Moquiçaba,
Aldeia Velha, Morrinho, Itapemirim e Perocão.


      Podemos destacar, na vila de Vitória em 1789, dentre os distritos Campo
Grande, Sant’Ana e Jacariacica onde era, a priori, cultivada a cana-de-açúcar,
mandioca e algodão a partir da chegada dos jesuítas.


      Em 1829, Jacariacica, que mais tarde seria chamada Cariacica, recebeu os
primeiros imigrantes. Um grupo de 400 pessoas de origem pomerana acompanhados
por alemães provenientes de Santa Leopoldina e Santa Izabel, que originaram e
consolidaram as primeiras povoações em Biriricas, Pau Amarelo e outros locais mais
viáveis às atividades agrícolas desenvolvidas na região.


        Ao contrário de outras colônias, os colonos foram empregados na construção
da estrada de ferro que ligava Vitória a Minas, Eles trabalhavam no trecho que passava
por Itacibá. E em 1837, é elevado à condição de freguesia passando a ser denominado
de Distrito de São João Batista de Cariacica.
12



       O crescimento populacional desta área tornou possível, através do Decreto Lei
Estadual n0 57 de 25 de novembro de 1890, a criação da Vila de Cariacica. Em 25 de
dezembro de 1890 Cariacica foi elevada à categoria de município pelo governador do
Estado Constante Sodré. Porém, com a indicação de São João Batista como padroeiro
de Cariacica as festas de comemoração de criação do município passam a acontecer
no dia 24 de junho. Apesar de essa emancipação ter ocorrido nesta data (25 de
Dezembro), as comemorações são realizadas no dia 24 de junho, por ser o dia de São
João Batista, padroeiro de Cariacica.


      “A decisão de construir a EFVM (Estrada de Ferro Vitória Minas), a partir de
Cariacica, deu nova direção ao processo de desenvolvimento do município, que, até
então, se concentrava apenas na sede, com características predominantemente rurais”
(IJSN, 1984, p. 9). Com tal construção que tinha como principal objetivo escoar a
produção agrícola do interior de Minas pelo porto de Vitória, a partir de então com
novas atividades de apoio a comercialização e transporte de mercadorias, era
necessária construção do Porto Velho e a implantação de infra-estrutura, ou seja,
almoxarifados, oficinas e armazéns de estocagem.


      Vale lembrar que apesar de configurar o início de um processo de
desenvolvimento urbano em Cariacica, principalmente na área entorno da EFVM, a
característica predominante rural do município prevaleceu até 1920. O censo de 1920
indicava que 41,2% do território de Cariacica era ocupada por estabelecimentos
agrícolas (BRUCE, apud IPES, 1984).


      É notório que o período do café estava no auge no Espírito Santo, e Cariacica
por estar próximo a Vitória (Porto) e ser ponto de passagem da estrada de ferro Vitória-
Minas começava a esboçar um crescimento urbano no município. No ano de 1928, é
construída a ponte Florentino Ávidos que faz ligação da ilha de Vitória com continente,
o que permitiu um melhor deslocamento da população de Cariacica. Em 1938, dez
13



anos depois, tem-se registro do primeiro loteamento de Cariacica, denominado de
Hugolândia, localizado onde atualmente se situa o bairro Jardim América (IPES, 1984).
       “Na década de 40, com a inauguração da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD),
a população urbana do município aumentou mais que o dobro [...]” (A GAZETA, 2005a,
p.2)


       Paralelamente à inauguração da CVRD (1942), foram construídas oficinas de
carros e vagões em Itacibá (1943), as estações de Flexal (1945) e Vasco Coutinho
(1947). Avançando para o interior do município houve a implantação da Companhia de
Ferro e Aço (1946) e a abertura da estrada Vitória a Rio de Janeiro, ainda que de forma
rudimentar, fortificando o processo de expansão das regiões urbanas de Cariacica,
destacando-se os bairros de Itaquari e Jardim América como principais centros urbanos
do município (BRUCE apud IJSN, 1984).


       Com a crescente urbanização do estado capixaba começa a ganhar significado o
parcelamento do solo em Cariacica, quando em 1955 foram aprovados 10 (dez)
loteamentos. De 1953 a 1956 foram aprovados 26 (vinte e seis) loteamentos em
apenas 04 (quatro) anos, a maioria localizada nas proximidades da BR-262. Nesse
contexto, Cariacica e Vila Velha foram os municípios que receberam os maiores fluxos
de imigrantes. (BRUCE, 2007)


       O fato de Cariacica servir como um grande pólo de atração dessa população
imigrante deve-se, em parte, às mudanças estruturais ocorridas no Espírito Santo. O
decréscimo da economia cafeeira, ocasionando a erradicação dos cafezais fez com que
muitos imigrantes que viviam no interior do estado fossem para a capital em busca de
melhores condições de vida. Como não tinham condições para morar na ilha acabavam
se instalando nas suas proximidades, conformando o aglomerado urbano da Grande
Vitória.
14



      Vale ressaltar ainda os outros fatores que contribuíram para esse fluxo foram: o
baixo preço do solo tornando-se local de moradia da população mais pobre e o fato de
ser cortada pela importante rodovia (BR 262) que liga o sul do estado à Vitória, o que
facilita a acessibilidade dessa população aos locais de trabalho, escolas e outros
serviços (IJSN, 1984).


      Atualmente Cariacica é uma cidade (ou município) do estado do Espírito Santo
(Anexo B) que possui uma área de 279,98 Km², correspondente a 0,60 % do território
estadual. Sua sede localiza-se a oito quilômetros da capital, Vitória. Ela se situa na
Região Metropolitana da Grande Vitória, juntamente com: Serra Fundão, Vitória, Viana
Vila Velha e Guarapari (IPES, 2006).


      O alto índice de ocupação irregular reflete na baixa arrecadação tributária do
município e, consequentemente no baixo nível de investimento da prefeitura nos bairros
pobres (IPES, 1984).


      Outro dado muito importante do município diz respeito a sua economia (Anexo
C), apontando que o setor de comércio representa quase a metade da renda do
município (45%). Em destaque também os outros setores como, os serviços (27%), a
indústria (16%) e em menor número, a construção civil (9, 5%) e a agropecuária (2,
5%), sendo as principais atividades econômicas, a fruticultura (banana, coco e
maracujá) e a cafeicultura (Tabela 2) (A GAZETA, 2005b).




5.2 HISTÓRICO DO BAIRRO SANTANA


A fazenda Santana, que pertencia ao senhor Olímpio Cunha, foi sendo desmembrada
em lotes, onde mais tarde surgiu o bairro Santana (Anexo D). Tem atualmente, um
15



comércio amplo e satisfatório às necessidades da região. Todas as dificuldades como a
falta de água encanada, rede de esgoto, iluminação pública, pavimentação, entre
outros, foram sanados e aos poucos, melhorando a vida da população, uma clientela de
situação econômica média - baixa.


      O bairro possui estabelecimentos comerciais, supermercados, padarias,
armarinhos, papelarias, salões de beleza, vídeo locadoras, duas escolas da Rede
Municipal de Ensino, uma Escola da Rede Particular de Ensino e a E.E.E.F.M. “Coronel
Olímpio Cunha”. Possui também quatro igrejas Católicas, sendo uma Paróquia, igrejas
Protestantes como Assembléia de Deus, Deus é Amor, Maranata, Quadrangular,
Presbiteriana, Batista, entre outras.



5.3 HISTÓRICO DA ESCOLA


   A escola (Anexo E) iniciou suas atividades em 1960 como escola singular e em
1968, foi publicada Portaria E nº. 118 de 30/05/1988, sendo construída em 1972, pois
até então era um imóvel alugado, em estrutura de madeira. A escola foi ampliada em
1980, pois a demanda não era atendida e, hoje funciona o Ensino Fundamental de 5ª a
8ª série, o Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), atendendo a real
necessidade do bairro e adjacências que utilizam o espaço escolar de trabalho,
atendendo satisfatoriamente a clientela em seu contexto de vida.


   Passaram até o presente momento sete diretores, sendo que a atual diretora está no
cargo desde 01/01/993. Eleita por eleição direta; a mesma desempenha junto à escola
e comunidade escolar uma liderança ativa e cativante, promovendo parcerias,
integrando os atores educativos e mediando assim todo o processo escolar para que os
nossos protagonistas; os alunos recebam uma educação digna e de qualidade.


   E importante registrar que tal preocupação também é pertinente ao corpo
pedagógico. Assim cada vez mais propiciamos momentos coletivos nos quais são
16



resgatados valores, discutidos conhecimentos, cooperação, solidariedade, cidadania e
respeito à diversidade cultural presente nos espaços escolares.




5.4 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR


   A escola está localizada em zona urbana e participa de forma ativa do contexto da
comunidade promovendo atividades com parceria da Associação de Moradores do
Bairro Santana, que entre muitas ações, otimiza recursos junto à prefeitura e órgão
competentes, benefícios para moradores como Balcão de Emprego, saneamento,
reformas, construções e outros, que de forma direta e indiretamente atinge a escola que
tem em sua maioria alunos que moram no bairro.


      A escola oferece o Ensino Fundamental (séries finais) e médio nos turnos
matutino e vespertino, e Ensino Médio (regular) e a EJA (Ensino Para Jovens e Adultos)
no turno noturno. O prédio conta com 12 (doze) salas de aula e mais 03 (três) salas
construídas no pátio externo, perfazendo um total de 15 (quinze) salas. Assim a
capacidade média, para atender com mais eficiência o alunado é de 35 (trinta e cinco)
alunos por sala, chegando ao total de 525 (quinhentos e vinte e cinco) alunos por turno.
No entanto as salas apresentam uma metragem diferenciada, por isso o número de
alunos por sala não deveria ultrapassar de 30 alunos.
17



6. A IMPORTANCIA DE GERAR NO ALUNO UMA VISÃO CRÍTICA COMO
FERRAMENTA EDUCACIONAL


6.1 A GEOGRAFIA E A ESCOLA


Para a melhor compreensão das relações humanas é de suma importância o
entendimento das interações entre o homem , o meio e a análise das dinâmicas sociais,
políticas e econômicas. Nesse sentido a Geografia tem em mãos uma grande gama de
ferramentas que pode contribuir com a formação de indivíduos.


                       O estudo da Geografia possibilita, aos alunos, a compreensão de sua
                       posição no conjunto das relações da sociedade com a natureza; como e
                       porque suas ações, individuais ou coletivas, em relação aos valores
                       humanos ou à natureza, têm conseqüências – tanto para si como para a
                       sociedade. Permite também que adquiram conhecimentos para
                       compreender as diferentes relações que são estabelecidas na construção do
                       espaço geográfico no qual se encontram inseridos, tanto em nível local como
                       mundial, e perceber a importância de uma atitude de solidariedade e de
                       comprometimento com o destino das futuras gerações. (PARAMETROS
                       CURRICULARES NACIONAIS, 1996)


Baseado nisso, serão abordadas nesta pesquisa temáticas que buscam auxiliar o
profissional docente no exercício de sua função, acrescentando aos alunos um “leque”
maior de conteúdo ajudando no entendimento de seu mundo e em suas relações de
interação com o meio e sua funcionalidade.


A proposta pedagógica que resultou das pesquisas de modo empírico e teórico tiveram
como base a confecção de uma aula expositiva, por meio de slides, e uma cartilha, em
formato de folder, para o auxílio diário dos alunos, não apenas em sala de aula, mas
também em sua residência e junto de seus familiares propiciando, desse modo, uma
Geografia útil gerando no aluno uma visão mais crítica para a melhor compreensão e
discernimento da paisagem em que se insere.
18



6.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A GEOGRAFIA ESCOLAR


A busca pelo conhecimento aliado a um a concepção de bons valores é necessária a
cada dia a cada aula ministrada. O papel do professor na vida de um aluno vai além da
sala de aula, implica também em referências positivas ou negativas para cada
indivíduo. É na escola que se passa grande parte de sua vida. É ali que são construídos
conceitos, desmistificados pré-conceitos, através da figura do professor.


É importante definir claramente que o docente não tem o poder de “mudar o mundo”
entretanto a família, antes de qualquer outro grupo tem a possibilidade de fazer isso.
Mas é através da união desses dois elementos essenciais, que poderão ser formados
cidadãos melhores, que tenham por interesse zelar pela construção de um futuro mais
igualitário para todos.


7. O OBJETO DE ESTUDO EM FOCO: A PAISAGEM COMO FERRAMENTA
PEDAGÓGICA


O aluno está inserido em um objeto de estudo que é de grandíssima utilidade
pedagógica. A paisagem está intimamente ligada ao dia a dia do indivíduo, pois,
engloba não apenas o local de sua moradia, mas, envolve também uma importante
série de fatores físicos e geológicos importantes para a compreensão do espaço.


                          A palavra paisagem é frequentemente utilizada em vez da expressão
                          configuração territorial. Esta é o conjunto de elementos naturais e artificiais
                          que fisicamente caracterizam uma área. A rigor, a paisagem é apenas a
                          porção da configuração territorial que é possível abarcar com a visão. Assim,
                          quando se fala em paisagem, há, também, referencia a configuração
                          territorial[...] (SANTOS, 2006, p. 103)


Com esse embasamento teórico foi possível atentar para uma expressão muito
importante intrínseca no conceito de paisagem, a configuração territorial, que tem o
poder de inserir o indivíduo no meio e fazer com que este mantenha uma série de
relações em seu cotidiano, mesmo que muitas pareçam imperceptíveis pela repetição
19



diária de atitudes, como exemplo disso é possível citar o fato de passar pela mesma rua
todos os dias para ir estudar, e que isso, com o passar do tempo se torna algo orgânico
e tão corriqueiro que é possível não se observar mais as mudanças que ocorrem em
torno de sua residência e especialmente na paisagem em que se insere.


É possível observar que, devido ao tempo e muitas vezes condições de trabalho, o
docente fica muito restrito a sala de aula, por maiores que sejam os recursos utilizados
em aula, muitas vezes à carga horária é muito intensa e cronograma estabelecido pela
equipe pedagógica “apertado” para que se busque outras alternativas mais envolventes
de aula buscando integrar o aluno com o meio em que vive. Isso se observou na
aplicação em sala de aula do material pedagógico preparado para os alunos o que
causou surpresa em muitos por não saberem que suas residências estavam inseridas
em uma área de possível risco geológico.


Mas se viu que não basta apenas mostrar ao aluno de que modo ele se encaixa na
paisagem, mas, principalmente como se comportar nessa paisagem. O que mais
marcou nessa pesquisa, e que foi possível ver resultados em sala de aula, foi a
construir com o aluno conhecimento geográfico que extrapola as paredes da sala de
aula e os muros da escola, desse modo, tornando esse conhecimento sobremaneira em
uma Geografia útil, não apenas para possíveis provas e trabalhos escolares, mas
principalmente para o cotidiano do indivíduo e em sua contínua e gradativa inserção no
mundo e, por conseguinte, na paisagem ao seu entorno.
20



8. ATIVIDADES EM SALA DE AULA: UTILIZAÇÃO DO MATERIAL RESULTADO DA
PESQUISA NO BAIRRO


Com o resultado das fotos obtidas na pesquisa feita por este grupo de trabalho nos
arredores do bairro Santana foi confeccionada uma aula com imagens de residências e
encostas, que com o conhecimento Geográfico adquirido no meio acadêmico, foram
identificadas como oferecedoras de risco geológico.


O surpreendente em sala de aula foram às respostas dadas aos questionários (Anexo
F) aplicados estrategicamente antes e depois da aula, onde os alunos realmente
conseguiram assimilar as informações passadas de forma muito mais simples quando
inseridos na realidade. Estes foram aplicados com o intuito de aferir o entendimento dos
alunos com relação ao tema da pesquisa. Segue abaixo o comparativo das respostas
dos alunos feito com o antes e depois da aula.


                        Aluno A
                        Antes de aula: Você sabe o que é uma área de Risco Geológico?
                    o   Resposta: “Não”
                        Depois da aula: Expresse, em poucas palavras, como esta aula lhe ajudou
                        a compreender melhor a paisagem que te cerca.
                    o   Resposta: “Esta aula me fez compreender que não precisamos ir longe para
                        encontrar áreas de risco, na rua que moramos, o bairro é cheio de áreas de
                        risco, devido a chuva, ratos, lixões etc.”

                        Aluno B
                        Antes de aula: Você sabe o que é uma área de Risco Geológico?
                    o   Resposta: “Sim”
                        Depois da aula: Expresse, em poucas palavras, como esta aula lhe ajudou
                        a compreender melhor a paisagem que te cerca.
                    o   Resposta: “Ajudou muito essa aula.mas o que ajudou mais foi as fotos. Pois
                        não sabia que em nesses lugares haviam tanto risco assim de desmoronar.”



Foi uma grande surpresa ver à atenção dispensada pela turma que participou
ativamente do momento em que as fotos eram mostradas e foi possível identificar suas
casas ou ainda de seus amigos trazendo a realidade à tona, tornando a aula muito
proveitosa e de agrado tanto de alunos quanto da docente que assistiu ao grupo deste
trabalho.
21




Com o final da exposição da aula, os folder’s foram distribuídos e os alunos
imediatamente discutiam entre si a necessidade de levar as informações ali contida
para seus familiares.




9. CONCLUSÃO


A idéia principal de trabalhar com a paisagem na qual os alunos estão inseridos, é de
mostrar como é fácil aprender Geografia quando se tem contato direto com o foco de
estudo que neste caso é a paisagem.


Atingir o objetivo pedagógico deste trabalho foi sensacional, mas, o que traz maior
realização   é   a   formação   de   indivíduos conscientes dos problemas e das
potencialidades da paisagem em que habitam e realizam suas atividades diárias.


O processo evolutivo de construção desta pesquisa foi de grande esmero, todavia muito
satisfatório proporcionando a construção de um saber Geográfico, até então pouco
explorado,capacidade de entender as condições e o contexto da região de estudo.


O que se espera é que as idéias, aqui levantadas, se difundam e possam contribuir
para a formação do intelecto, não só dos alunos, mas também de seus familiares,
vizinhos e toda a sociedade situada em redor.
22




10. REFERÊNCIAS


SANTOS, M. A Natureza do Espaço. Edusp, São Paulo 2006.


GUERRA, A.J.T. GEOMORFOLOGIA: Uma atualização de bases e conceitos.
Bertrand Brasil, Rio de Janeiro 2007.


BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
introdução aos parâmetros curriculares nacionais/Secretaria de Educação
Fundamental. Brasília: MEC/SEE, 1997.


MORAES, C. Geografia do Espírito Santo. Vitória: IHGES, 2004.
23




         ANEXO A




Foto 1             Foto 2




          Foto 3
24



Fotos 1, 2 e 3 obtidas nos arredores do bairro Santana, utilizada sala de aula como
exemplos.
                                    ANEXO B




Figura mostrando o Folder educativo confeccionado para a complementação
pedagógica em sala de aula.
25




              ANEXO C



Tabela 1: ECONOMIA DE CARIACICA-ES
     ATIVIDADE           %
    Agropecuária        2,5
   Construção Civil     9,5
       Indústria         16
       Serviços          27
       Comércio          45
         Total          100
      Fonte: A GAZETA, 2005b.
26




                                  ANEXO D




Mapa mostrando o município de Cariacica.
27




                                    ANEXO E




Imagem aérea mostrando ao centro, em destaque, o bairro de Santana.
28




                                    ANEXO F




Imagem aérea indicando ao centro do círculo a EEEFM Coronel Olímpio Cunha.
29




                                 ANEXO G


QUESTIONÁRIOS


    PERGUNTAS PRÉ-AULA
    Objeivo: Verificar o conhecimento do aluno referente ao tema Risco
    Geológico.


      1. Você mora em alguma área elevada ou próxima de algum “barranco” no
         bairro?
      2. Sua rua é asfaltada ou de “chão”?
      3. Onde você mora trafegam veículos pesados (ônibus, caminhões, etc.)?
      4. Você já viu alguma reportagem sobre desmoronamento?
      5. Você sabe o que é uma área de risco geológico(desmoronamento,
         soterramento, etc.)?




    PERGUNTAS PÓS-AULA
    Objetivo: Verificar o aprendizado do aluno referente ao tema: risco
    geológico


      1. Você agora consegue identificar uma área de risco geológico?
      2. Você mora próximo a uma possível aula de risco geológico?
      3. Expresse, em poucas palavras, como esta aula lhe ajudou a compreender
         melhor a paisagem que te cerca.

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Leitura da paisagem

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA AUGUSTO ROCHA DA SILVA CARLOS FERNANDES DA SILVA ISRAEL DAVID DE OLIVEIRA FROIS RODRIGO DELFINO DE OLIVEIRA LEITURA DA PAISAGEM COMO PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA VITÓRIA 2010
  • 2. AUGUSTO ROCHA DA SILVA CARLOS FERNANDES DA SILVA ISRAEL DAVID DE OLIVEIRA FROIS RODRIGO DELFINO DE OLIVEIRA LEITURA DA PAISAGEM COMO PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA Trabalho apresentado como requisito parcial de conclusão de disciplina Tópicos Especiais de Ensino de Geografia – curso de Geografia da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito para obtenção do Grau de Licenciado Pleno em Geografia. Orientadora: Profa. Solange Lins Gonçalves. VITÓRIA 2010
  • 3. AUGUSTO ROCHA DA SILVA CARLOS FERNANDES DA SILVA ISRAEL DAVID DE OLIVEIRA FROIS RODRIGO DELFINO DE OLIVEIRA LEITURA DA PAISAGEM COMO PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA Trabalho de conclusão de curso apresentado aos Departamentos dos Cursos de graduação de Educação e de Geografia da Universidade Federal do Espírito santo, como requisito para obtenção do Grau de Licenciado Pleno em Geografia. Aprovada em 01de julho de 2010. COMISSÃO EXAMINADORA Profa. Solange Lins Gonçalves Universidade Federal do Espírito Santo Orientadora COMISSÃO EXAMINADORA Profa. Stela Maris Araújo Universidade Federal do Espírito Santo COMISSÃO EXAMINADORA Profa. Maria Julia Merçon Universidade Federal do Espírito Santo
  • 4. A todos aqueles que apoiaram e incentivaram o desenvolvimento deste trabalho. A querida diretora da EEEFM Coronel Olímpio Cunha, Dayse Manga Eleutério Ferro. A professora de História Etyelle N. Pires pela paciência e apoio. E a Professora de Geografia Kátia Cilene Oliveira Xavier, que dispensou tempo precioso em nosso auxílio.
  • 5. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus que sempre esteve em minha vida proporcionando-me oportunidades e desafios a superar. A professora Solange que sem o seu conhecimento e orientações não seria possível à conclusão deste trabalho. A minha esposa, amiga e companheira Solange Marelli que sempre esteve ao meu lado dando- me força e animo para um dia concretizar este grande sonho de minha vida que é concluir meu curso de Geografia. Augusto Rocha da Silva Agradeço, a minha irmã, Marli que sempre esteve disposta a me ajudar a passar por essa árdua caminhada, ao meu amigo Israel por sua amizade e compreensão na hora de fazer os trabalhos em grupo e a minha amiga Elane que sempre se dispôs a colaborar nas atividades da faculdade. Carlos Fernandes da Silva Toda a gratidão a Deus, que com sua misericórdia me permitiu chegar até aqui. Aos meus pais Deosmiro e Selma pela força e ajuda. A minha noiva Gabriela pela compreensão e carinho de sempre. Aos meus irmãos pelas orações e positividade. E por fim, aos amigos da UFES (Bonella, Carlos, Rodrigo, Thiago, Zidane e demais) do trabalho e da vida. Israel David de Oliveira Frois Agradeço, em primeiro lugar, a Deus que sempre me deu forças em todas as situações sendo meu verdadeiro amigo. Aos meus pais que se esforçaram para me proporcionar esse momento tão gratificante. Aos meus amigos da UFES que se aplicaram em mais essa empreitada de nossas vidas. Rodrigo Delfino de Oliveira
  • 6. RESUMO Este trabalho consiste em uma análise sobre a paisagem da região de Santana, localizada no município de Cariacica – ES, e como essa pode ser utilizada para o ensino da geografia na educação básica. O objetivo principal é gerar no aluno um olhar crítico agregando assim conhecimento sobre onde mora e sua condição geológica no dia a dia. Palavras chave: Paisagem, conhecimento, Geografia. ABSTRACT This work is an analysis of the landscape of Santana in the county of Cariacica - ES, and how that can be used for teaching geography in primary education. The main objective is to generate a critical eye on the student thus adding knowledge about the place you live and its geological condition on a dayle basis. Keywords: Landscape, Knowledge, Geography.
  • 7. LISTA DE ANEXOS ANEXO A – Foto utilizada em sala de aula ...................................................................23 ANEXO B – Folder........................................... ..............................................................24 ANEXO C – Tabela: economia de Cariacica ..................................................................25 ANEXO D – Mapa do Município de Cariacica ...............................................................26 ANEXO E – Imagem aérea do Bairro Santana...............................................................27 ANEXO F – Imagem aérea da escola.............................................................................28 ANEXO G – Questionário................................................................................................29
  • 8. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................9 2. OBJETIVO GERAL.....................................................................................................9 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................................................................................9 4. METODOLOGIA........................................................................................................10 5. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO..........................................................11 5.1 – CARIACICA: BREVE HISTÓRICO.........................................................................11 5.2 – HISTÓRICO DO BAIRRO SANTANA ...................................................................14 5.3 – HISTÓRICO DA ESCOLA......................................................................................15 5.4 – CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR.............................................16 6 – A IMPORTANCIA DE GERAR NO ALUNO UMA VISÃO CRÍTICA COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL....................................................................................17 6.1 – A GEOGRAFIA E A ESCOLA................................................................................17 6 .2 – CONSIDERAÇÕES SOBRE A GEOGRAFIA ESCOLAR.....................................18 7 – O OBJETO DE ESTUDO EM FOCO: A PAISAGEM COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA................................................................................................................18 8 – ATIVIDADES EM SALA DE AULA: UTILIZAÇÃO DO MATERIAL RESULTADO DA PESQUISA NO BAIRRO..........................................................................................20 6. CONCLUSÃO............................................................................................................21 7. REFERENCIAS.........................................................................................................22 8. ANEXOS....................................................................................................................23
  • 9. 9 1. 1INTRODUÇÃO Viver em uma residência não se restringe apenas a casa, ao quintal, todavia engloba uma paisagem que se forma com o passar do tempo com a qual o morador acaba por fazer parte. Desse modo, quando nos deparamos com a necessidade de encontrar um tema para pesquisar e aplicar o nosso conhecimento geográfico, optamos por explorar de forma mais crítica a paisagem para contribuir com a produção de novas propostas pedagógicas para dinamizar cada vez mais o trabalho de docentes em sala de aula. 2. OBJETIVO GERAL Gerar no aluno um olhar crítico e mais profundo utilizando-se do saber geográfico como uma nova forma de pensar à paisagem. 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Compreender como se comporta a paisagem situada ao entorno da moradia dos alunos. Demonstrar às áreas de risco geológico identificados na paisagem. Empregar o conhecimento adquirido em sala de aula na prevenção de situações de risco geológico. 1 Correção ortográfica e normatização feita por Danielly Cristina Zucolotto. Licencianda de Letras /Português- UFES.
  • 10. 10 4. METODOLOGIA A metodologia foi fundamentada na leitura de textos que abordassem informações que explicam geograficamente como a paisagem poderia ser interpretada de uma forma mais profunda. Foram feitas pesquisas de campo para que houvesse um maior contato com a paisagem estudada para uma melhor pesquisa. A mesma foi estruturada através de bases teóricas científico-geográficas e pedagógicas, abordagem que destacou a necessidade de um melhor conhecimento da área de estudo através de fotos (Anexo A), obtidas em pesquisa feita no próprio bairro, demonstrando a sua importância para a educação dos alunos, trazendo para a sala de aula a realidade da paisagem que os cerca em sua vivência cotidiana e que nem sempre são abordados da maneira devida em sala de aula. Após a fundamentação teórica, foi elaborado uma aula com fotos produzidas na pesquisa de campo e com o saber geográfico adquirido identificamos paisagens que oferecem riscos geológicos aos moradores com o intuito de demonstrar aos alunos como evitar acidentes e ainda prepará-los, se necessário, para uma intervenção afim de prevenir-se de qualquer intempérie. Foi confeccionado um folder (Anexo B) contendo informações de como identificar, prevenir e intervir em situações de risco geológico para ser aplicado em sala de aula e para que os alunos possam repassar o conhecimento adquirido a seus familiares e vizinhos.
  • 11. 11 5. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 5.1 CARIACICA: BREVE HISTÓRICO Neste capítulo buscaremos evidenciar as principais justificativas para o crescimento populacional urbano em Cariacica, sob uma ótica histórica e geoeconômica mostraremos um breve perfil e sua evolução no cenário capixaba com a finalidade de perceber os fluxos e as causas da concentração urbana. (DOCUMENTO DE 1787, apud OLIVEIRA. 2008 p.249) pertenciam à vila da Vitória os seguintes distritos: Maruípe, Capoeira Grande, Jucu, Campo Grande, Murundu, Sant’Ana, Carapina, Serra, Praia, Caraípe, Boapaba, Curipe, Una, Taiobaia, Itaonga, Jacariacica, Cangaíba e Maricarã; a Guarapari: Meaípe, Ubu, Moquiçaba, Aldeia Velha, Morrinho, Itapemirim e Perocão. Podemos destacar, na vila de Vitória em 1789, dentre os distritos Campo Grande, Sant’Ana e Jacariacica onde era, a priori, cultivada a cana-de-açúcar, mandioca e algodão a partir da chegada dos jesuítas. Em 1829, Jacariacica, que mais tarde seria chamada Cariacica, recebeu os primeiros imigrantes. Um grupo de 400 pessoas de origem pomerana acompanhados por alemães provenientes de Santa Leopoldina e Santa Izabel, que originaram e consolidaram as primeiras povoações em Biriricas, Pau Amarelo e outros locais mais viáveis às atividades agrícolas desenvolvidas na região. Ao contrário de outras colônias, os colonos foram empregados na construção da estrada de ferro que ligava Vitória a Minas, Eles trabalhavam no trecho que passava por Itacibá. E em 1837, é elevado à condição de freguesia passando a ser denominado de Distrito de São João Batista de Cariacica.
  • 12. 12 O crescimento populacional desta área tornou possível, através do Decreto Lei Estadual n0 57 de 25 de novembro de 1890, a criação da Vila de Cariacica. Em 25 de dezembro de 1890 Cariacica foi elevada à categoria de município pelo governador do Estado Constante Sodré. Porém, com a indicação de São João Batista como padroeiro de Cariacica as festas de comemoração de criação do município passam a acontecer no dia 24 de junho. Apesar de essa emancipação ter ocorrido nesta data (25 de Dezembro), as comemorações são realizadas no dia 24 de junho, por ser o dia de São João Batista, padroeiro de Cariacica. “A decisão de construir a EFVM (Estrada de Ferro Vitória Minas), a partir de Cariacica, deu nova direção ao processo de desenvolvimento do município, que, até então, se concentrava apenas na sede, com características predominantemente rurais” (IJSN, 1984, p. 9). Com tal construção que tinha como principal objetivo escoar a produção agrícola do interior de Minas pelo porto de Vitória, a partir de então com novas atividades de apoio a comercialização e transporte de mercadorias, era necessária construção do Porto Velho e a implantação de infra-estrutura, ou seja, almoxarifados, oficinas e armazéns de estocagem. Vale lembrar que apesar de configurar o início de um processo de desenvolvimento urbano em Cariacica, principalmente na área entorno da EFVM, a característica predominante rural do município prevaleceu até 1920. O censo de 1920 indicava que 41,2% do território de Cariacica era ocupada por estabelecimentos agrícolas (BRUCE, apud IPES, 1984). É notório que o período do café estava no auge no Espírito Santo, e Cariacica por estar próximo a Vitória (Porto) e ser ponto de passagem da estrada de ferro Vitória- Minas começava a esboçar um crescimento urbano no município. No ano de 1928, é construída a ponte Florentino Ávidos que faz ligação da ilha de Vitória com continente, o que permitiu um melhor deslocamento da população de Cariacica. Em 1938, dez
  • 13. 13 anos depois, tem-se registro do primeiro loteamento de Cariacica, denominado de Hugolândia, localizado onde atualmente se situa o bairro Jardim América (IPES, 1984). “Na década de 40, com a inauguração da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), a população urbana do município aumentou mais que o dobro [...]” (A GAZETA, 2005a, p.2) Paralelamente à inauguração da CVRD (1942), foram construídas oficinas de carros e vagões em Itacibá (1943), as estações de Flexal (1945) e Vasco Coutinho (1947). Avançando para o interior do município houve a implantação da Companhia de Ferro e Aço (1946) e a abertura da estrada Vitória a Rio de Janeiro, ainda que de forma rudimentar, fortificando o processo de expansão das regiões urbanas de Cariacica, destacando-se os bairros de Itaquari e Jardim América como principais centros urbanos do município (BRUCE apud IJSN, 1984). Com a crescente urbanização do estado capixaba começa a ganhar significado o parcelamento do solo em Cariacica, quando em 1955 foram aprovados 10 (dez) loteamentos. De 1953 a 1956 foram aprovados 26 (vinte e seis) loteamentos em apenas 04 (quatro) anos, a maioria localizada nas proximidades da BR-262. Nesse contexto, Cariacica e Vila Velha foram os municípios que receberam os maiores fluxos de imigrantes. (BRUCE, 2007) O fato de Cariacica servir como um grande pólo de atração dessa população imigrante deve-se, em parte, às mudanças estruturais ocorridas no Espírito Santo. O decréscimo da economia cafeeira, ocasionando a erradicação dos cafezais fez com que muitos imigrantes que viviam no interior do estado fossem para a capital em busca de melhores condições de vida. Como não tinham condições para morar na ilha acabavam se instalando nas suas proximidades, conformando o aglomerado urbano da Grande Vitória.
  • 14. 14 Vale ressaltar ainda os outros fatores que contribuíram para esse fluxo foram: o baixo preço do solo tornando-se local de moradia da população mais pobre e o fato de ser cortada pela importante rodovia (BR 262) que liga o sul do estado à Vitória, o que facilita a acessibilidade dessa população aos locais de trabalho, escolas e outros serviços (IJSN, 1984). Atualmente Cariacica é uma cidade (ou município) do estado do Espírito Santo (Anexo B) que possui uma área de 279,98 Km², correspondente a 0,60 % do território estadual. Sua sede localiza-se a oito quilômetros da capital, Vitória. Ela se situa na Região Metropolitana da Grande Vitória, juntamente com: Serra Fundão, Vitória, Viana Vila Velha e Guarapari (IPES, 2006). O alto índice de ocupação irregular reflete na baixa arrecadação tributária do município e, consequentemente no baixo nível de investimento da prefeitura nos bairros pobres (IPES, 1984). Outro dado muito importante do município diz respeito a sua economia (Anexo C), apontando que o setor de comércio representa quase a metade da renda do município (45%). Em destaque também os outros setores como, os serviços (27%), a indústria (16%) e em menor número, a construção civil (9, 5%) e a agropecuária (2, 5%), sendo as principais atividades econômicas, a fruticultura (banana, coco e maracujá) e a cafeicultura (Tabela 2) (A GAZETA, 2005b). 5.2 HISTÓRICO DO BAIRRO SANTANA A fazenda Santana, que pertencia ao senhor Olímpio Cunha, foi sendo desmembrada em lotes, onde mais tarde surgiu o bairro Santana (Anexo D). Tem atualmente, um
  • 15. 15 comércio amplo e satisfatório às necessidades da região. Todas as dificuldades como a falta de água encanada, rede de esgoto, iluminação pública, pavimentação, entre outros, foram sanados e aos poucos, melhorando a vida da população, uma clientela de situação econômica média - baixa. O bairro possui estabelecimentos comerciais, supermercados, padarias, armarinhos, papelarias, salões de beleza, vídeo locadoras, duas escolas da Rede Municipal de Ensino, uma Escola da Rede Particular de Ensino e a E.E.E.F.M. “Coronel Olímpio Cunha”. Possui também quatro igrejas Católicas, sendo uma Paróquia, igrejas Protestantes como Assembléia de Deus, Deus é Amor, Maranata, Quadrangular, Presbiteriana, Batista, entre outras. 5.3 HISTÓRICO DA ESCOLA A escola (Anexo E) iniciou suas atividades em 1960 como escola singular e em 1968, foi publicada Portaria E nº. 118 de 30/05/1988, sendo construída em 1972, pois até então era um imóvel alugado, em estrutura de madeira. A escola foi ampliada em 1980, pois a demanda não era atendida e, hoje funciona o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série, o Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), atendendo a real necessidade do bairro e adjacências que utilizam o espaço escolar de trabalho, atendendo satisfatoriamente a clientela em seu contexto de vida. Passaram até o presente momento sete diretores, sendo que a atual diretora está no cargo desde 01/01/993. Eleita por eleição direta; a mesma desempenha junto à escola e comunidade escolar uma liderança ativa e cativante, promovendo parcerias, integrando os atores educativos e mediando assim todo o processo escolar para que os nossos protagonistas; os alunos recebam uma educação digna e de qualidade. E importante registrar que tal preocupação também é pertinente ao corpo pedagógico. Assim cada vez mais propiciamos momentos coletivos nos quais são
  • 16. 16 resgatados valores, discutidos conhecimentos, cooperação, solidariedade, cidadania e respeito à diversidade cultural presente nos espaços escolares. 5.4 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR A escola está localizada em zona urbana e participa de forma ativa do contexto da comunidade promovendo atividades com parceria da Associação de Moradores do Bairro Santana, que entre muitas ações, otimiza recursos junto à prefeitura e órgão competentes, benefícios para moradores como Balcão de Emprego, saneamento, reformas, construções e outros, que de forma direta e indiretamente atinge a escola que tem em sua maioria alunos que moram no bairro. A escola oferece o Ensino Fundamental (séries finais) e médio nos turnos matutino e vespertino, e Ensino Médio (regular) e a EJA (Ensino Para Jovens e Adultos) no turno noturno. O prédio conta com 12 (doze) salas de aula e mais 03 (três) salas construídas no pátio externo, perfazendo um total de 15 (quinze) salas. Assim a capacidade média, para atender com mais eficiência o alunado é de 35 (trinta e cinco) alunos por sala, chegando ao total de 525 (quinhentos e vinte e cinco) alunos por turno. No entanto as salas apresentam uma metragem diferenciada, por isso o número de alunos por sala não deveria ultrapassar de 30 alunos.
  • 17. 17 6. A IMPORTANCIA DE GERAR NO ALUNO UMA VISÃO CRÍTICA COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL 6.1 A GEOGRAFIA E A ESCOLA Para a melhor compreensão das relações humanas é de suma importância o entendimento das interações entre o homem , o meio e a análise das dinâmicas sociais, políticas e econômicas. Nesse sentido a Geografia tem em mãos uma grande gama de ferramentas que pode contribuir com a formação de indivíduos. O estudo da Geografia possibilita, aos alunos, a compreensão de sua posição no conjunto das relações da sociedade com a natureza; como e porque suas ações, individuais ou coletivas, em relação aos valores humanos ou à natureza, têm conseqüências – tanto para si como para a sociedade. Permite também que adquiram conhecimentos para compreender as diferentes relações que são estabelecidas na construção do espaço geográfico no qual se encontram inseridos, tanto em nível local como mundial, e perceber a importância de uma atitude de solidariedade e de comprometimento com o destino das futuras gerações. (PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1996) Baseado nisso, serão abordadas nesta pesquisa temáticas que buscam auxiliar o profissional docente no exercício de sua função, acrescentando aos alunos um “leque” maior de conteúdo ajudando no entendimento de seu mundo e em suas relações de interação com o meio e sua funcionalidade. A proposta pedagógica que resultou das pesquisas de modo empírico e teórico tiveram como base a confecção de uma aula expositiva, por meio de slides, e uma cartilha, em formato de folder, para o auxílio diário dos alunos, não apenas em sala de aula, mas também em sua residência e junto de seus familiares propiciando, desse modo, uma Geografia útil gerando no aluno uma visão mais crítica para a melhor compreensão e discernimento da paisagem em que se insere.
  • 18. 18 6.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A GEOGRAFIA ESCOLAR A busca pelo conhecimento aliado a um a concepção de bons valores é necessária a cada dia a cada aula ministrada. O papel do professor na vida de um aluno vai além da sala de aula, implica também em referências positivas ou negativas para cada indivíduo. É na escola que se passa grande parte de sua vida. É ali que são construídos conceitos, desmistificados pré-conceitos, através da figura do professor. É importante definir claramente que o docente não tem o poder de “mudar o mundo” entretanto a família, antes de qualquer outro grupo tem a possibilidade de fazer isso. Mas é através da união desses dois elementos essenciais, que poderão ser formados cidadãos melhores, que tenham por interesse zelar pela construção de um futuro mais igualitário para todos. 7. O OBJETO DE ESTUDO EM FOCO: A PAISAGEM COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA O aluno está inserido em um objeto de estudo que é de grandíssima utilidade pedagógica. A paisagem está intimamente ligada ao dia a dia do indivíduo, pois, engloba não apenas o local de sua moradia, mas, envolve também uma importante série de fatores físicos e geológicos importantes para a compreensão do espaço. A palavra paisagem é frequentemente utilizada em vez da expressão configuração territorial. Esta é o conjunto de elementos naturais e artificiais que fisicamente caracterizam uma área. A rigor, a paisagem é apenas a porção da configuração territorial que é possível abarcar com a visão. Assim, quando se fala em paisagem, há, também, referencia a configuração territorial[...] (SANTOS, 2006, p. 103) Com esse embasamento teórico foi possível atentar para uma expressão muito importante intrínseca no conceito de paisagem, a configuração territorial, que tem o poder de inserir o indivíduo no meio e fazer com que este mantenha uma série de relações em seu cotidiano, mesmo que muitas pareçam imperceptíveis pela repetição
  • 19. 19 diária de atitudes, como exemplo disso é possível citar o fato de passar pela mesma rua todos os dias para ir estudar, e que isso, com o passar do tempo se torna algo orgânico e tão corriqueiro que é possível não se observar mais as mudanças que ocorrem em torno de sua residência e especialmente na paisagem em que se insere. É possível observar que, devido ao tempo e muitas vezes condições de trabalho, o docente fica muito restrito a sala de aula, por maiores que sejam os recursos utilizados em aula, muitas vezes à carga horária é muito intensa e cronograma estabelecido pela equipe pedagógica “apertado” para que se busque outras alternativas mais envolventes de aula buscando integrar o aluno com o meio em que vive. Isso se observou na aplicação em sala de aula do material pedagógico preparado para os alunos o que causou surpresa em muitos por não saberem que suas residências estavam inseridas em uma área de possível risco geológico. Mas se viu que não basta apenas mostrar ao aluno de que modo ele se encaixa na paisagem, mas, principalmente como se comportar nessa paisagem. O que mais marcou nessa pesquisa, e que foi possível ver resultados em sala de aula, foi a construir com o aluno conhecimento geográfico que extrapola as paredes da sala de aula e os muros da escola, desse modo, tornando esse conhecimento sobremaneira em uma Geografia útil, não apenas para possíveis provas e trabalhos escolares, mas principalmente para o cotidiano do indivíduo e em sua contínua e gradativa inserção no mundo e, por conseguinte, na paisagem ao seu entorno.
  • 20. 20 8. ATIVIDADES EM SALA DE AULA: UTILIZAÇÃO DO MATERIAL RESULTADO DA PESQUISA NO BAIRRO Com o resultado das fotos obtidas na pesquisa feita por este grupo de trabalho nos arredores do bairro Santana foi confeccionada uma aula com imagens de residências e encostas, que com o conhecimento Geográfico adquirido no meio acadêmico, foram identificadas como oferecedoras de risco geológico. O surpreendente em sala de aula foram às respostas dadas aos questionários (Anexo F) aplicados estrategicamente antes e depois da aula, onde os alunos realmente conseguiram assimilar as informações passadas de forma muito mais simples quando inseridos na realidade. Estes foram aplicados com o intuito de aferir o entendimento dos alunos com relação ao tema da pesquisa. Segue abaixo o comparativo das respostas dos alunos feito com o antes e depois da aula. Aluno A Antes de aula: Você sabe o que é uma área de Risco Geológico? o Resposta: “Não” Depois da aula: Expresse, em poucas palavras, como esta aula lhe ajudou a compreender melhor a paisagem que te cerca. o Resposta: “Esta aula me fez compreender que não precisamos ir longe para encontrar áreas de risco, na rua que moramos, o bairro é cheio de áreas de risco, devido a chuva, ratos, lixões etc.” Aluno B Antes de aula: Você sabe o que é uma área de Risco Geológico? o Resposta: “Sim” Depois da aula: Expresse, em poucas palavras, como esta aula lhe ajudou a compreender melhor a paisagem que te cerca. o Resposta: “Ajudou muito essa aula.mas o que ajudou mais foi as fotos. Pois não sabia que em nesses lugares haviam tanto risco assim de desmoronar.” Foi uma grande surpresa ver à atenção dispensada pela turma que participou ativamente do momento em que as fotos eram mostradas e foi possível identificar suas casas ou ainda de seus amigos trazendo a realidade à tona, tornando a aula muito proveitosa e de agrado tanto de alunos quanto da docente que assistiu ao grupo deste trabalho.
  • 21. 21 Com o final da exposição da aula, os folder’s foram distribuídos e os alunos imediatamente discutiam entre si a necessidade de levar as informações ali contida para seus familiares. 9. CONCLUSÃO A idéia principal de trabalhar com a paisagem na qual os alunos estão inseridos, é de mostrar como é fácil aprender Geografia quando se tem contato direto com o foco de estudo que neste caso é a paisagem. Atingir o objetivo pedagógico deste trabalho foi sensacional, mas, o que traz maior realização é a formação de indivíduos conscientes dos problemas e das potencialidades da paisagem em que habitam e realizam suas atividades diárias. O processo evolutivo de construção desta pesquisa foi de grande esmero, todavia muito satisfatório proporcionando a construção de um saber Geográfico, até então pouco explorado,capacidade de entender as condições e o contexto da região de estudo. O que se espera é que as idéias, aqui levantadas, se difundam e possam contribuir para a formação do intelecto, não só dos alunos, mas também de seus familiares, vizinhos e toda a sociedade situada em redor.
  • 22. 22 10. REFERÊNCIAS SANTOS, M. A Natureza do Espaço. Edusp, São Paulo 2006. GUERRA, A.J.T. GEOMORFOLOGIA: Uma atualização de bases e conceitos. Bertrand Brasil, Rio de Janeiro 2007. BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEE, 1997. MORAES, C. Geografia do Espírito Santo. Vitória: IHGES, 2004.
  • 23. 23 ANEXO A Foto 1 Foto 2 Foto 3
  • 24. 24 Fotos 1, 2 e 3 obtidas nos arredores do bairro Santana, utilizada sala de aula como exemplos. ANEXO B Figura mostrando o Folder educativo confeccionado para a complementação pedagógica em sala de aula.
  • 25. 25 ANEXO C Tabela 1: ECONOMIA DE CARIACICA-ES ATIVIDADE % Agropecuária 2,5 Construção Civil 9,5 Indústria 16 Serviços 27 Comércio 45 Total 100 Fonte: A GAZETA, 2005b.
  • 26. 26 ANEXO D Mapa mostrando o município de Cariacica.
  • 27. 27 ANEXO E Imagem aérea mostrando ao centro, em destaque, o bairro de Santana.
  • 28. 28 ANEXO F Imagem aérea indicando ao centro do círculo a EEEFM Coronel Olímpio Cunha.
  • 29. 29 ANEXO G QUESTIONÁRIOS PERGUNTAS PRÉ-AULA Objeivo: Verificar o conhecimento do aluno referente ao tema Risco Geológico. 1. Você mora em alguma área elevada ou próxima de algum “barranco” no bairro? 2. Sua rua é asfaltada ou de “chão”? 3. Onde você mora trafegam veículos pesados (ônibus, caminhões, etc.)? 4. Você já viu alguma reportagem sobre desmoronamento? 5. Você sabe o que é uma área de risco geológico(desmoronamento, soterramento, etc.)? PERGUNTAS PÓS-AULA Objetivo: Verificar o aprendizado do aluno referente ao tema: risco geológico 1. Você agora consegue identificar uma área de risco geológico? 2. Você mora próximo a uma possível aula de risco geológico? 3. Expresse, em poucas palavras, como esta aula lhe ajudou a compreender melhor a paisagem que te cerca.