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Toda esta beleza é “TUA” Na sequência de vários postais que vos tenho destinado, “Vila do Conde é um poema”, “Vila Flor em dia de noivado”, “Açores, tesouro no Atlântico”, “O Douro sob o meu olhar”, entre outros, proponho-me hoje a escrever mais um, alusivo ao rio Tua e à inseparável, até hoje, linha com o mesmo nome. Viso apenas o trecho mais acidentado, mais selvagem, compreendido entre a estações do Tua  e Ribeirinha, cerca de 30 quilómetros, reunindo um bloco de fotografias que retratam toda a beleza do percurso. Por uma questão de orientação, para melhor se situarem neste roteiro, esclareço que quando, nas fotografias, a linha se situar do lado direito do rio, estamos voltados para montante (sentido ascendente), como neste caso.  Quando se situar do lado esquerdo, é o contrário, estamos voltados, portanto, para jusante (sentido descendente).
Apertem bem os ténis e iniciemos então a caminhada a partir da estação do Tua, em direcção a montante.
 
Foz do rio Tua, vendo-se ao fundo a ponte da linha do Douro.
Eis a beleza do primeiro túnel, uma obra d’arte, escavado na escarpa granítica e reparem também no penhasco do lado esquerdo.
Sentido contrário da entrada do túnel.
 
Ponte rodoviária sobre o rio Tua, junto à foz no rio Douro, vendo-se em frente a linha de caminho de ferro e a entrada do mesmo túnel.
Chegada de uma composição ao túnel, com locomotiva a gasóleo.
 
O outro lado do túnel.
Bonito trecho da linha.
Reparem no corte da escarpa à passagem da linha .
O serpentear do rio entre as montanhas, sendo visível a “fita” da linha, acompanhando os seus contornos.
Idem
 
Apeadeiro de Tralhariz, visto do outro lado do rio, entre paisagem de sobreiros, espécie que abunda ao longo do rio.
Apeadeiro de Tralhariz.
A beleza da linha suspensa na escarpa, à passagem duma composição do Metro de Mirandela, vendo-se a abertura do túnel de Tralhariz, no lado direito.
Um dos quatro ou cinco túneis a vencer o maciço rochedo.
 
Não passa despercebida a simetria  da abóbada do  túnel, bem visível em contraste de dentro para fora.
Apeadeiro do Tralhão
 
Estação de Santa Luzia.
Do lado direito a estação de Santa Luzia e do lado esquerdo, em frente, a aldeia de Amieiro, concelho de Alijó.
Bonita paisagem envolvente, sendo visíveis no plano mais próximo marcas do flagelo dos incêndios de verão.
O rio e a linha inseparáveis por entre o desfiladeiro.
Apeadeiro de S. Lourenço, junto às caldas com o mesmo nome, bem visíveis lá ao fundo.
Apeadeiro de S. Lourenço.
Apeadeiro e caldas de S. Lourenço numa perspectiva mais ampla, envolvidos pela soberba paisagem.
A beleza selvagem do rio e um pequeno trecho da linha que se molda aos seus contornos, por entre a exuberante vegetação.
Paisagem de verão.
Escarpas verticais na margem do rio.
 
Mais um corte na rocha a martelo e  cinzel.
 
 
 
Estação de Brunheda.
Brunheda
Trecho rectilíneo da linha, algures entre Brunheda e Codeçais, pouco frequente neste percurso, indiciando a aproximação de terreno mais plano.
Estação de Codeçais. O autor tomou aqui o combóio muitas vezes, depois de percorrer cerca de quatro quilómetros por caminhos sinuosos, vindo de Folgares, passando pelas aldeias de Pereiros e Codeçais.
Ponte da Cabreira, sob a qual passa uma ribeira,  afluente do rio Tua, que passa em Freixiel, Vila Flor, freguesia da naturalidade do autor.
 
Ponte rodoviária de Abreiro sobre o rio Tua.
Estação de Abreiro fotografada em sentido contrário, da ponte rodoviária.
Estação de Abreiro, à chegada da velha automotora.
Estação de Abreiro, que servia a freguesia de Freixiel-Vila For, onde tantas vezes o autor também tomou o transporte.
Foi a partir desta estação que muita gente de Freixiel, e não só, partiu neste velhinho combóio, rumo a novos horizontes.
Chegada do velho combóio a Abreiro.
No mesmo local uma composição do Metro de Mirandela.
Perspectiva a partir da ponte rodoviária de Abreiro, em direcção a montante. A seta indica o que resta de uma ponte que ali existiu antes da actual.
 
Já é visível a aproximação de terreno mais plano, algures entre Abreiro e Ribeirinha.
Chegámos ao destino. Como podem ver o terreno já é plano, em direcção a Mirandela. Estação de Ribeirinha.
Velhas locomotivas a carvão
 
 
Em jeito de conclusão, ao longo do percurso, como devem ter notado, não obstante toda a beleza do desfiladeiro, é bem visível o estado de abandono deste importante património, quer no que se refere à linha, quer quanto às instalações das estações. Até aos anos 70 do século passado, ainda me lembro bem, a linha estava cuidada, as instalações, no contexto da época, eram um luxo, tal era o seu estado de conservação, e eram utilizadas pelos funcionários da CP, quer como espaço de trabalho, quer como residências. Os espaços envolventes das estações estavam caprichosamente ajardinadas, onde dava gosto estar enquanto se aguardava a chegado do combóio. Para cúmulo, para grande tristeza de muitos, em que eu estou incluído, vai aqui ser construída uma barragem, neste trecho de rio visível, depois do túnel, cuja  albufeira vai submergir a linha. Assim, as imagens que vos proporcionei, dentro em breve, passarão a ser recordações deste tesouro submerso. Se estiver ao vosso alcance fazer alguma coisa para o evitar… Passando as imagens para os vossos contactos, por exemplo, como forma de sensibilizar a opinião pública, tantas vezes importante para pressionar a classe política a desistir das suas desastrosas decisões, como esta. Estações essas que outrora foram palco de tantas emoções: As lágrimas de tristeza dos que partiam, muitas vezes para nunca mais regressarem e, ao invés, as lágrimas de alegria para os que tinham a sorte de voltar.
Gostei da vossa companhia. Até breve. Fotografias: Pesquisadas no windows internet explorer. Música: ABBA ( Tiger). Edição: Manuel Sousa, Folgares, Vila Flor. Janeiro 2011 F  I  M

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  • 1. Toda esta beleza é “TUA” Na sequência de vários postais que vos tenho destinado, “Vila do Conde é um poema”, “Vila Flor em dia de noivado”, “Açores, tesouro no Atlântico”, “O Douro sob o meu olhar”, entre outros, proponho-me hoje a escrever mais um, alusivo ao rio Tua e à inseparável, até hoje, linha com o mesmo nome. Viso apenas o trecho mais acidentado, mais selvagem, compreendido entre a estações do Tua e Ribeirinha, cerca de 30 quilómetros, reunindo um bloco de fotografias que retratam toda a beleza do percurso. Por uma questão de orientação, para melhor se situarem neste roteiro, esclareço que quando, nas fotografias, a linha se situar do lado direito do rio, estamos voltados para montante (sentido ascendente), como neste caso. Quando se situar do lado esquerdo, é o contrário, estamos voltados, portanto, para jusante (sentido descendente).
  • 2. Apertem bem os ténis e iniciemos então a caminhada a partir da estação do Tua, em direcção a montante.
  • 3.  
  • 4. Foz do rio Tua, vendo-se ao fundo a ponte da linha do Douro.
  • 5. Eis a beleza do primeiro túnel, uma obra d’arte, escavado na escarpa granítica e reparem também no penhasco do lado esquerdo.
  • 6. Sentido contrário da entrada do túnel.
  • 7.  
  • 8. Ponte rodoviária sobre o rio Tua, junto à foz no rio Douro, vendo-se em frente a linha de caminho de ferro e a entrada do mesmo túnel.
  • 9. Chegada de uma composição ao túnel, com locomotiva a gasóleo.
  • 10.  
  • 11. O outro lado do túnel.
  • 13. Reparem no corte da escarpa à passagem da linha .
  • 14. O serpentear do rio entre as montanhas, sendo visível a “fita” da linha, acompanhando os seus contornos.
  • 15. Idem
  • 16.  
  • 17. Apeadeiro de Tralhariz, visto do outro lado do rio, entre paisagem de sobreiros, espécie que abunda ao longo do rio.
  • 19. A beleza da linha suspensa na escarpa, à passagem duma composição do Metro de Mirandela, vendo-se a abertura do túnel de Tralhariz, no lado direito.
  • 20. Um dos quatro ou cinco túneis a vencer o maciço rochedo.
  • 21.  
  • 22. Não passa despercebida a simetria da abóbada do túnel, bem visível em contraste de dentro para fora.
  • 24.  
  • 26. Do lado direito a estação de Santa Luzia e do lado esquerdo, em frente, a aldeia de Amieiro, concelho de Alijó.
  • 27. Bonita paisagem envolvente, sendo visíveis no plano mais próximo marcas do flagelo dos incêndios de verão.
  • 28. O rio e a linha inseparáveis por entre o desfiladeiro.
  • 29. Apeadeiro de S. Lourenço, junto às caldas com o mesmo nome, bem visíveis lá ao fundo.
  • 30. Apeadeiro de S. Lourenço.
  • 31. Apeadeiro e caldas de S. Lourenço numa perspectiva mais ampla, envolvidos pela soberba paisagem.
  • 32. A beleza selvagem do rio e um pequeno trecho da linha que se molda aos seus contornos, por entre a exuberante vegetação.
  • 34. Escarpas verticais na margem do rio.
  • 35.  
  • 36. Mais um corte na rocha a martelo e cinzel.
  • 37.  
  • 38.  
  • 39.  
  • 42. Trecho rectilíneo da linha, algures entre Brunheda e Codeçais, pouco frequente neste percurso, indiciando a aproximação de terreno mais plano.
  • 43. Estação de Codeçais. O autor tomou aqui o combóio muitas vezes, depois de percorrer cerca de quatro quilómetros por caminhos sinuosos, vindo de Folgares, passando pelas aldeias de Pereiros e Codeçais.
  • 44. Ponte da Cabreira, sob a qual passa uma ribeira, afluente do rio Tua, que passa em Freixiel, Vila Flor, freguesia da naturalidade do autor.
  • 45.  
  • 46. Ponte rodoviária de Abreiro sobre o rio Tua.
  • 47. Estação de Abreiro fotografada em sentido contrário, da ponte rodoviária.
  • 48. Estação de Abreiro, à chegada da velha automotora.
  • 49. Estação de Abreiro, que servia a freguesia de Freixiel-Vila For, onde tantas vezes o autor também tomou o transporte.
  • 50. Foi a partir desta estação que muita gente de Freixiel, e não só, partiu neste velhinho combóio, rumo a novos horizontes.
  • 51. Chegada do velho combóio a Abreiro.
  • 52. No mesmo local uma composição do Metro de Mirandela.
  • 53. Perspectiva a partir da ponte rodoviária de Abreiro, em direcção a montante. A seta indica o que resta de uma ponte que ali existiu antes da actual.
  • 54.  
  • 55. Já é visível a aproximação de terreno mais plano, algures entre Abreiro e Ribeirinha.
  • 56. Chegámos ao destino. Como podem ver o terreno já é plano, em direcção a Mirandela. Estação de Ribeirinha.
  • 58.  
  • 59.  
  • 60. Em jeito de conclusão, ao longo do percurso, como devem ter notado, não obstante toda a beleza do desfiladeiro, é bem visível o estado de abandono deste importante património, quer no que se refere à linha, quer quanto às instalações das estações. Até aos anos 70 do século passado, ainda me lembro bem, a linha estava cuidada, as instalações, no contexto da época, eram um luxo, tal era o seu estado de conservação, e eram utilizadas pelos funcionários da CP, quer como espaço de trabalho, quer como residências. Os espaços envolventes das estações estavam caprichosamente ajardinadas, onde dava gosto estar enquanto se aguardava a chegado do combóio. Para cúmulo, para grande tristeza de muitos, em que eu estou incluído, vai aqui ser construída uma barragem, neste trecho de rio visível, depois do túnel, cuja albufeira vai submergir a linha. Assim, as imagens que vos proporcionei, dentro em breve, passarão a ser recordações deste tesouro submerso. Se estiver ao vosso alcance fazer alguma coisa para o evitar… Passando as imagens para os vossos contactos, por exemplo, como forma de sensibilizar a opinião pública, tantas vezes importante para pressionar a classe política a desistir das suas desastrosas decisões, como esta. Estações essas que outrora foram palco de tantas emoções: As lágrimas de tristeza dos que partiam, muitas vezes para nunca mais regressarem e, ao invés, as lágrimas de alegria para os que tinham a sorte de voltar.
  • 61. Gostei da vossa companhia. Até breve. Fotografias: Pesquisadas no windows internet explorer. Música: ABBA ( Tiger). Edição: Manuel Sousa, Folgares, Vila Flor. Janeiro 2011 F I M