1. Equipe Escolas em Foco EPF / GEF
/GED 4ª CRE
ORALIDADE,LEITURA,
ESCRITAEANÁLISE
LINGUÍSTICA2016
Formação presencial 05/04
2. Relembrando o último encontro
No último encontro falamos sobre :
• Planejamento;
• Avaliação;
• Discutimos sobre a adequação das atividades
aos níveis dos alunos;
Para o encontro de hoje pedimos:
• A leitura prévia do texto da Iza Locatelli e Julia
Mendes e Maria Lúcia Mello – Pontos chaves a
serem considerados durante o trabalho de
alfabetização,
• Desempenho do 1º COC;
• Produção escrita dos alunos.
3. Oralidade, leitura, escrita e
análise linguística
“Desenvolver a escrita de modo intimamente relacionado à
oralidade torna possível fortalecer a pessoa que a criança já é,
confirmando o que ela já sabe, os conteúdos que possui,
abrindo portas para o novo.”
Cecília Goulart
Trabalhando com o texto.
5. Sugestão de livro
As imagens podem
evocar emoções,
memórias, histórias,
sonhos, entre muitas
possibilidades.
Traços, cores e formas
atraem o nosso olhar
desde a infância e,
antes mesmo de falar,
podemos interagir com
grafismos, fotografias,
desenhos e ilustrações.
A leitura das imagens
antecede a das
palavras e pode,
inclusive, ser tomada
como um primeiro
passo à futura leitura
do escrito.
Em formato grande, o livro retoma a brincadeira tradicional, na qual uma palavra é
cochichada no ouvido de um participante que a passa a outro até chegar ao último, que a
revela em voz alta. A graça está nas transformações que podem acontecer nessa
transmissão já que, na maioria das vezes, o que foi dito no início chega ao último
participante completamente diferente.
8. Oralidade: Qualidade daquilo que é falado;
exposição oral;
LINGUÍSTICA: modalidade de realização da língua,
concretizada por falante,ge que se
caracteriza por ser efêmera e irrepetível, pela
presença marcante de diálogos e por utilizar um
vocabulário menos cuidadoso que na escrita.
Definição prática
9. O trabalho com a oralidade
• O trabalho com a oralidade implica levar o aluno a
compreender que o que falamos é possível ser
representado na língua escrita.
• A linguagem oral é condição fundamental para todo
o aprendizado.
10. 1. A consciência de que a língua falada pode ser
segmentada em unidades distintas, ou seja, a frase
pode ser segmentada em palavras; as palavras, em
sílabas (consciência fonológica) e as sílabas em
fonemas (consciência fonêmica).
2. A consciência de que essas mesmas unidades
repetem-se em diferentes palavras faladas.
(Iza Locatelli).
Definição prática
Consciência fonológica: Habilidade metalinguística de
tomada de consciência das características formais da
linguagem. Esta habilidade compreende dois níveis:
12. Rima
Quando uma criança rima
poço com osso, demonstra
consciência fonológica, pois a
rima independe da forma
ortográfica.
Objetivos:
• Levar a criança a perceber que as palavras têm o mesmo
som final, mas que podem possuir grafias diferentes
O que fazer?
13. Aliteração
O rato roeu a roupa do
rei de Roma. A rainha,
raivosa, roeu o rabo do
rato!
Objetivos:
• Levar a criança a perceber que as palavras com mesmo som
inicial têm a mesma representação grafêmica.
O que fazer?
14. Consciência da palavra
Filho (pausa) de (pausa) peixe (pausa), peixinho (pausa) é.
Objetivos:
• Levar a criança a perceber que as frases podem ter
diferentes números de palavras, ao falar vocábulo por
vocábulo.
O que fazer?
15. Objetivos:
• Levar a criança a tomar consciência da quantidade
de sílabas na palavra.
Consciência silábica
O que fazer?
16. Consciência Fonêmica
Objetivos:
• Discriminar os sons da nossa
língua
• Reconhecer que eles podem ser
pronunciados de formas diferentes
Caranguejo não é peixe!
Caranguejo não é peixe,
Caranguejo peixe é;
Caranguejo só é peixe
Na enchente da maré
Ora palma, palma, palma
Ora pé, pé, pé
ora roda, roda, roda
Caranguejo peixe é!
O que fazer?
17. Samba do Arnesto
Adoniran Barbosa
O Arnesto nos convidou pra um samba,
ele mora no Brás
Nós fumos, não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma
reiva
Da outra vez, nós num vai mais
Nós não semos tatu!
O Arnesto nos convidou pra um samba,
ele mora no Brás
Nós fumos, não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma
reiva
Da outra vez, nós num vai mais
No outro dia encontremo com o
Arnesto
Que pediu desculpas, mas nós não
aceitemos
I Isso não se faz, Arnesto, nós não se
importa
Mas você devia ter ponhado um recado
na porta
Um recado assim ói: "Ói, turma,
num deu pra esperá
Ah, duvido que isso num faz mar,
num tem importância
O Arnesto nos convidou pra um
samba, ele mora no Brás
Nós fumos, não encontremos
ninguém
Nós voltermos com uma baita de
uma reiva
Da outra vez, nós num vai mais
No outro dia encontremo com o
Arnesto
Que pediu desculpas, mas nós não
aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nós não se
importa
Mas você devia ter ponhado um
recado na porta
18. O desenvolvimento da linguagem oral é algo que
precisa ser objeto de trabalho intencional e sistemático
no processo de alfabetização.
A criança necessita:
• Ampliar seu vocabulário
• Aprender a redizer/recontar
• Aprender a argumentar
• Falar de modo claro o que pensa
19. O conhecimento
prévio dos alunos.
O oferecimento
de modelos de
referência.
Os parâmetros da situação
de comunicação (A língua
como prática social)
22. Estimular os alunos a:
• Responderem às questões propostas; participar dos debates;
apresentar trabalhos; defender suas ideias; respeitar a fala de
colegas e professores; participar da organização de rotinas em sala
de aula; elaborar textos orais individuais e coletivos; falar de si
mesmo e de suas famílias; a se expressar de diferentes maneiras.
23. Estimular os alunos a:
• Reforçar o respeito aos turnos de fala incluindo o turno
silencioso, que compreendem as intervenções dos
interlocutores. É preciso saber falar, ouvir e prestar atenção ao
que se fala/ ouve.
Sugestões de atividades no link:
http://www.slideshare.net/dyoneandrade5/sugestes-atividades-oralidade
24. DESAFIO
Vamos fazer uma leitura compartilhada em voz alta? Vamos lá?
Todos juntos em 3, 2, 1, já!
25. Escrita: representação da linguagem falada por meio
de signos gráficos, conjunto de signos num sistema de
escrita.
Leitura: A leitura é um processo de
apreensão/compreensão de algum tipo de informação
armazenada num suporte e transmitida mediante
determinados códigos, como a linguagem.
Definição prática
26. O TRABALHO COM A ESCRITA
• O trabalho com a escrita implica levar o aluno a
refletir sobre ela se utilizando da sua própria
escrita para conhecer e aprender os seus
conteúdos, logo precisamos ser sensíveis ao
esforço do aluno para significar a linguagem
oral em linguagem escrita.
• É complexa a fronteira entre a língua oral e a
língua escrita. Apesar da aparente
equivalência, guardam estruturas, normas,
sintaxes e gramáticas distintas que precisam
ser ensinadas.
27. O TRABALHO COM A LEITURA
• Ler não é só decifrar o som das letras e das palavras, mas
conseguir pensar uma mensagem elaborada por outras
pessoas e representada na escrita.
• A leitura está sempre associada a um conjunto de
informações explícitas no suporte no qual o texto está
apresentado, informações que estão em seus conhecimentos
prévios, os lugares de circulação e os assuntos tratados.
E, por fim...
• A leitura de textos escritos pelo professor em voz alta, em
situações que permitam a atenção e a escuta das crianças
fornece a elas um repertório rico em oralidade e em sua
relação com a escrita.
29. O Trabalho de análise linguística deve ser intervencional
durante todo o processo. Ler é sempre mais fácil que
escrever, especialmente em uma língua que oferece tantas
dificuldades ortográficas, como a Língua Portuguesa.
Inicialmente os erros ortográficos devem ser tolerados,
especialmente aqueles que envolvem fonemas com várias
representações gráficas ou grafemas com vários sons.
Não há como ensinar a uma criança, por exemplo, que CASA
se escreve com S, mas o som é o mesmo do fonema /Z/.
Certos grupos de palavras precisam ser ensinados,
pesquisados, como, por exemplo:
ANÁLISE LINGUÍSTICA
rato - marreco - cara,
sapato - assado – casa
mesmo som e representação diferente ou
mesma representação e som diferente.
33. Um menino confeccionou uma pipa. Ele estava tão feliz, que
desenhou nela um sorriso. Todos os dias, ele empinava a pipa
alegremente. A pipa também se sentia feliz e, lá do alto,
observava a paisagem e se divertia com as outras pipas que
também voavam.
34. Um dia, durante o seu vôo, a pipa viu lá embaixo uma flor e
ficou encantada, não com a beleza da flor, porque ela já havia
visto outras mais belas, mas alguma coisa nos olhos da flor a
havia enfeitiçado.
35. Resolveu, então, romper a linha que a prendia a mão do menino
e dá-la para a flor segurar. Quanta felicidade ocorreu depois!
A flor segurava a linha, a pipa voava; na volta, contava para a
flor tudo o que vira.
Acontece que a flor começou a ficar com inveja e ciúme da
pipa.
36. Invejar é ficar infeliz com as coisas que os outros têm e nós
não temos; ter ciúme é sofrer por perceber a felicidade do
outro quando a gente não está perto.
A flor, por causa desses dois sentimentos, começou a pensar:
se a pipa me amasse mesmo, não ficaria tão feliz longe de
mim...
37. Quando a pipa voltava de seu vôo, a flor não mais se mostrava
feliz, estava sempre amargurada, querendo saber com quem a
pipa estivera se divertindo.
A partir daí, a flor começou a encurtar a linha, não permitindo
à pipa voar alto. Foi encurtando a linha, até que a pipa só podia
mesmo sobrevoar a flor.
38. Esta história, segundo conta o autor, ainda não terminou e está
acontecendo em algum lugar neste exato momento.
Há três finais possíveis para ela...
39. 1 - A pipa, cansada pela atitude da flor, resolveu romper a linha
e procurar uma mão menos egoísta.
40. 2 - A pipa, mesmo triste com a atitude da flor, decidiu ficar,
mas nunca mais sorriu.
41. 3 - A flor, na verdade, era um ser encantado. O encantamento
se quebraria no dia em que ela visse a felicidade da pipa e não
sentisse inveja nem ciúme.
Isso aconteceu num belo dia de sol: a flor se transformou numa
linda borboleta e as duas voaram juntas.