1. Casas de banho da Roma Antiga eram loja,
biblioteca e prostíbulo num só lugar
Termas construídas antes de Cristo tinham água quente e eram gratuitas.
Espaços podiam abrigar milhares e centralizavam a vida social romana.
Imagine um só lugar onde você possa fazer compras, alugar livros, fazer
ginástica e trilhas, ver obras de arte, comer, tomar um banho quente e até contratar uma
prostituta. Pois assim eram as casas de banho da Roma Antiga. Em pleno século II A.C.,
os romanos criaram estabelecimentos que concentravam tudo o que a vida social exigia -
e de graça. As construções eram enormes e chegavam a abrigar milhares de banhistas.
O ato de banhar-se era visto mais como uma atividade social do que como um
ritual de higiene para os romanos. Era nas termas que eles fechavam negócios, falavam de
política e fofocavam. Os banhos tinham horários separados para homens e mulheres e
eram liberados para escravos.
Segundo Katherine Ashenburg, autora do recém lançado quot;Passando a limpo - O
banho da Roma antiga até hojequot;, quot;eles faziam o banho ser parte da vida social, um lugar
em que eles passavam algumas horas do dia. Era como nossos clubes, nossos cafés,
nossos spas. Eles podiam fechar negócios e contratar uma prostituta no mesmo lugar.quot;
As termas de Dioclécio chegaram a acolher até 3 mil banhistas e tinham 13
hectares. As de Caracala, que hoje são ruinas bem conservadas, tiveram mais de 11
hectares.
2. Água quente
Os romanos tinham um sistema próprio para esquentar a água e distribuir o calor
para as várias salas e piscinas. Chamado hipocausto, o método consistia em uma fornalha
que esquentava o ar e o espalhava pelos espaços ocos das paredes e subsolos. As águas
eram aquecidas em calderões e espalhadas por bombas e canos de chumbo.
Prostíbulos
Apesar de haver uma lei moral que impedia mulheres de se banharem com
homens, não havia nenhuma proibição formal para isso. Não eram poucas as mulheres
que preferiam comprometer sua reputação a abrir mão de um prazer dentro das casas de
banho.
Em conseqüência, quanto mais as termas entravam na moda, mais escândalos de
prostituição e promiscuidade surgiam. Para cortá-los pela raiz, entre os anos 117 e 138,
Adriano emitiu um decreto que separou os banhos, reservando horas diferentes para
homens e mulheres.
3. Mas isso não impediu a prostituição dentro das casas. De acordo
com Ashenburg, quot;a prostituição dentro das casas de banho era normal e acredito que eram
coisas normais na sociedade romanaquot;.
Declínio
Com o fim do império romano e a ascensão do cristianismo, as termas
entraram em decadência. A cultura do banho romano desapareceu lentamente e as termas
viraram elemento de domínio aristocrático nos séculos VIII e IX. A Idade Média chegou e
repudiou tanto a prática dos banhos comunitários como quase qualquer lavagem feita com
água. quot;Foi o período mais sujo da históriaquot;, explica Ashenburg.
Bibliografia:
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL749471-5602,00-
CASAS+DE+BANHO+DA+ROMA+ANTIGA+ERAM+LOJA+BIBLIOTECA+E+P
ROSTIBULO+NUM+SO+LUGA.html
http://indoafundo.com