Visita de pedagógica ao laboratório da escola superior de biotecnologia
1. Visita de Pedagógica ao Laboratório da Escola Superior de Biotecnologia
da Universidade Católica Portuguesa
Destinatários: Turma EFA J
Módulo: Pesquisa e contagem de microrganismos patogénicos
Data: 29/05/2013
Horário: 13.30 às 16.30h
Objetivos: i) conhecer as instalações, material e equipamento do laboratório ligado ao estudo
microbiológico; ii) Conhecer as técnicas usadas na análise microbiológica e iii) aplicar técnicas de
análise microbiológica em agentes de infeções alimentares.
Atividades realizadas
Após a receção e apresentação do Dr. Gonçalo Almeida, foi-nos
pedido que seguíssemos o protocolo do Laboratório de Qualidade
Alimentar e Segurança, pelo que usamos, todos, bata.
A 1ª sala - sala de receção de amostras onde são armazenadas as
amostras dos alimentos para análise (quando necessário são
colocadas em arcas frigoríficas para a sua conservação).
O Dr. Gonçalo fez uma breve introdução do papel de um
Laboratório de Qualidade Alimentar e Segurança, e alertou-nos
para os parâmetros de deterioração e contaminação dos
alimentos.
A 2ª sala - sala de preparação das amostras. O estudo da amostra
contempla dois parâmetros: o Controlo de Qualidade e da
Segurança Alimentar. Nesta sala uma Técnica preparou uma de
queijo pesando 25g e colocou dentro de um saco plástico
contendo meio de cultura líquido. Pudemos verificar que em todo
processo mantinha-se o bico de Busen com a chama ligada para
garantir as condições de assepsia. Depois do saco devidamente
identificado, colocou-o na máquina Smasher para homogeneizar a
amostra.
2. A 3ª sala - sala de inoculação de meios de cultura sólidos e
líquidos onde se faz a inoculação dos microrganismos recolhidos
do homogeneizado para uma placa de Petri contendo um meio
nutritivo seletivo em agar sólido ou líquido. Mais uma vez o Dr.
Gonçalo fez uma breve descrição das várias técnicas de inoculação
em meio de cultura, por sementeira ou espalhamento e
incorporamento. A técnica exemplificou usando uma diluição de
1/10 e pipetou 1ml de homogeneizado em 9ml de água destilada e
inoculou na caixa de Petri com um meio seletivo de Agar Manitol
Sal específico a Staphylococcus aureus. Pudemos verificar que em
todo o processo mantinha-se o bico de Busen com a chama ligada
para assegurar as condições de assepsia.
O Dr. Gonçalo fez uma breve explicação dos vários tipos de meios,
nomeadamente o agar Manitol e pelos diferentes tipos de
microrganismos patogénicos. Relatou-nos alguns episódios
recentes de intoxicações alimentares pela ingestão de toxinas,
designadamente o síndrome do restaurante chinês uma vez que a
toxina se encontra no arroz e é altamente perigosa. Alertou ainda
para as bactérias coliformes fecais, como a E.coli fecal, que
apareceu num bolo do Ikea.
A 4ª sala - sala de despiste de estripes. Verificamos que havia na
sala um cheiro intenso a (ovos podres) e Dr. Gonçalo mostrou uma
placa de Petri com colónias de salmonelas bem destacadas no
meio pelo seu precipitado preto. Referiu que o contador de vidas
destina-se a fazer a contagem de microrganismos usando suportes
chamados as galerias que recebem a amostra num meio
desidratado. O conhecimento do nº de unidade de formação de
colónias num determinado volume permite inferir o grau de
gravidade de contaminação do alimento e ainda identificar a
estirpe em causa.
3. A visita pedagógica superou as nossas expectativas. Foi gratificante, interessante e muito didática.
Respondeu a todos os nossos objetivos, o contacto real com o trabalho de um Laboratório de
Qualidade e Segurança Alimentar foi muito importante para testarmos os nossos conhecimentos e
competências e adquirir mais informações e enriquecermos o nosso currículo como futuros de
Técnicos de Controlo da Qualidade Alimentar.
A 5ª sala - sala de descontaminação e esterilização. Nesta sala
procede-se à descontaminação e esterilização do todo material em
autoclaves a temperatura de 121ºC pelo menos durante 30
minutos.
A 6ª sala – sala de preparação dos meios de cultura onde se
preparam os meios de cultura em frascos esterilizados que depois
são arrumados uma arca de conservação a temperatura 35ºC até
serem utilizados.
O Dr. Gonçalo explicou que o movimento dentro do Laboratório se
faz do limpo para o sujo, num sentido unidirecional garantindo que
os riscos de contaminação sejam nulos. Referiu também a
importância do livro de registos onde se faz o registo de todo o
estudo das amostras, desde a sua receção até a obtenção dos
resultados, sendo devidamente assinado pelo respetivo técnico
responsável.
No laboratório existe um arquivo - sala de armazenamento e
coleção de amostras – onde são colocadas as amostras analisadas
e guardadas na arca de conservação a -80ºC. Os microrganismos
são identificados, como por exemplo nº (671-Listeria), conservados
em eppendorfs com glicerol e armazenados em pequenas caixas. O
técnico responsável por este arquivo é a Curadora.