ROTEIRO DE ESTUDO
Curso: Administração Período Letivo: 1º bimestre 2013-1
Série: 1º
Disciplina: Empreendedorismo
Professor EAD: Renata Machado Garcia Dalpiaz
Tema 3: O Plano de Negócios.
Tema:
Tema 4: Criando um Plano de Negócios Eficiente.
Como iniciar um Plano de Negócios?
Objetivos do
Existe diferença entre Plano de Negócios e Planejamento Estratégico,
Tema
Planejamento Tático e Planejamento Operacional?
Quais as principais dificuldades dos empreendedores de primeira viagem?
Onde buscar auxílio?
RESUMO DO TEMA
Um aspecto que todo empreendedor deve saber é que o “Plano de Negócios” nada
mais é do que um planejamento completo (estratégico, tático e operacional) que as
organizações de maior porte/ tamanho utilizam. Para entender melhor, as grandes
organizações de médio e grande porte realizam planejamento em três níveis:
O planejamento estratégico é realizado/confeccionado pelos executivos (alto
escalão), que recebem dados e informações de níveis inferiores e de empresas
especializadas de pesquisas para servir de subsídio. Nesse planejamento, são
realizadas análises e determinação de objetivos (o que? quanto?) e estratégias (como
atingir os objetivos, caminho a seguir) gerais/globais que envolvem a organização como
um todo. O horizonte de influência e ação desse planejamento é de longo prazo (de dez
anos para cima), mas, geralmente, os planos são desenvolvidos respeitando
quinquênios (a cada cinco anos há uma revisão).
O planejamento tático é realizado/confeccionado no nível intermediário (gerentes
de nível médio e gerentes de 1ª linha), levando em consideração as recomendações do
planejamento estratégico. Nesse planejamento, os departamentos (produção,
suprimentos, vendas, marketing, financeiro) realizam mais pesquisas e análises e
traçam o planejamento (objetivos e estratégias) para a área funcional/departamento,
seguindo o planejamento estratégico. O horizonte de influência e ação desse
planejamento é de curto para médio prazo (um trimestre a um ano). A revisão desses
planos, embora nunca bem vista, pode ser feita a qualquer momento.
O planejamento operacional, como a própria definição já evidencia, é realizado
no nível operacional. Participam desse planejamento efetivamente o gerente de 1ª
linha, supervisor/chefe de seção e os colaboradores. As análises, objetivos e metas,
estratégias e táticas são desenvolvidas visando o curto prazo (diariamente, mês,
trimestre, ano), porém, seguem as diretrizes dos planejamentos estratégico e tático. A
revisão desses planos, embora nunca bem vistas/aceitas, podem ser feitas a qualquer
momento.
O plano de negócios (business plan) é fundamental para o empreendedor, pois, como
já informado anteriormente, um número muito grande de micro e pequenas empresas
sucumbem, fecham as portas nos primeiros anos de atividade devido a falta de
conhecimento e traquejo na gestão administrativa de seu negócio. Este documento
facilita a transformação de uma ideia ou oportunidade em algo tangível. Seguindo um
modelo pré-determinado, o empreendedor deverá utilizar esse modelo por toda a
eternidade, ou seja, enquanto a empresa existir, o planejamento deverá ser constante,
transparente e comunicado a todos os colaboradores. Estes últimos devem
permanentemente saber quais os rumos que a empresa pensa em trilhar, quais os
objetivos e metas a buscar/atingir, bem como participar de um programa de distribuição
dos lucros em um determinado período. Essas práticas geram resultados fabulosos.
Agora que você sabe da importância desse documento (plano de negócios) à vida dos
novos empreendimentos, procure pensar e lembrar quantos novos negócios abriram e
depois de um breve tempo fecharam? As justificativas ou causas são inúmeras, porém,
como você pôde verificar na leitura dos capítulos preconizados, tanto nos Estados
Unidos, como no Brasil, os expoentes das causas de fracasso das startups são:
incompetência gerencial e expertise desbalanceada (nenhum ou pouco conhecimento
na área do negócio). Não há milagre para isso, o que deve existir é busca por
capacitação e desenvolvimento administrativo/gerencial constante, utilização de teoria
aliada à prática, gerando experiências e conhecimentos aplicados à empresa
(setor/ramo de atividade).
O empreendedor pode confeccionar seu plano de negócio utilizando programas
(software), editores de textos, bem como planilhas e dados para os aspectos
financeiros. O tamanho do plano não importa, pois o essencial mesmo é atender as
exigências do público-alvo que fará uso do mesmo, por exemplo, para atrair recursos (a
parte de fundamental importância será a viabilidade técnico-financeira); para os clientes
finais ou corporativos a parte importante será o plano de comunicação com o mercado;
para a parceria com os fornecedores a parte importante será a análise de mercado e
determinação estratégica e assim por diante. Além do documento, é recomendável que
o empreendedor confeccione uma apresentação (em power point da Microsoft ou outro
programa similar – de 15 a 30 slides) para que o público-alvo interessado nas
atividades do novo negócio tenha informações relevantes.
O empreendedor não pode acreditar que não precisa dessa “burocracia” toda para
fazer o seu negócio crescer; também não deve acreditar que sua cabeça (memória) é
suficiente para manter tudo sobre controle na gestão do negócio. Outro equívoco é
achar que o negócio é muito pequeno. Sendo assim, não há a necessidade de utilizar
ferramentas de grandes empresas. Pouquíssimas empresas começaram suas
atividades com porte médio ou grande, a maioria esmagadora inicia suas atividades
atendendo a poucos clientes, um segmento pequeno.
O plano de negócios deve responder às perguntas:
• Qual é a minha ideia ou oportunidade?
• Quais as características do mercado?
• Qual é a sua vantagem competitiva?
• Por que quero iniciar esse empreendimento?
• Qual é o seu ideal? Sonho?
• Quais são as minhas competências e habilidades?
• Que competências precisa ter?
• Quanto será necessário para desenvolver a solução e atender a oportunidade do
mercado?
• Para onde vou?
Uma excelente fonte de consultoria e ajuda ao micro e pequeno empreendedor é o
Sebrae (<www. sebrae.com.br>). O Sebrae-SP, em parceria com a Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de
São Paulo (Ciesp), desenvolveu o programa (software) “SPPLAN” para auxiliar o micro
e pequeno empreendedor na elaboração e implementação do plano. Outra fonte de
auxílio é o portal nacional do empreendedor PN - Plano de Negócios (<www.
planodenegocios.com.br>). Nesse último, há o programa “Easyplan” que auxilia na
criação do plano de negócios, além disso, disponibiliza/coloca à disposição dos
interessados cursos para capacitação e desenvolvimento dos planos.
A utilidade do planejamento é inquestionável, mas o que deve ser uma preocupação
constante é a implementação. Vários estudos com as empresas e os administradores
evidenciam que o planejamento, na hora da execução, acaba tendo uma performance
ruim, motivo pelo qual vários desvios ou inconsistências levam o planejamento a ser
mal visto ou mal interpretado.
PERGUNTA DESAFIADORA REFERENTE AO TEMA DA AULA
1 - Apple, 3M e Refrigerante Coca-Cola. Quais seriam as razões comuns que
determinam a liderança destas empresas no mercado? Depois discuta com os colegas
de sala.