SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 26
Sistema de
Classificação da
Capacidade de Uso das
Terras
Prof. Elvio GiassonProf. Elvio Giasson
•O primeiro sistema de classificação da capacidade de uso das
terras foi desenvolvido nos Estados Unidos pelo Serviço Nacional de
Conservação do Solo (NRCS-USDA).
•O método foi usado como base para muitos outros sistemas de
avaliação de terras e tem sido muito utilizado em todo o mundo.
•Sua origem é a década de 1930 e foi desenvolvido para uma
condição socioeconômica comum em típicas fazendas familiares da
parte central dos Estados Unidos, onde a conservação do solo e a
prevenção da degradação das terras eram críticos.
•Neste texto, o método de classificação da capacidade de uso das
terras refere-se ao método desenvolvido pelo NRCS-USDA (Klingebiel
e Montgomery, 1961), embora deva ser reconhecido que o termo
“capacidade de uso” é usado em diversos sistemas de classificação de
terras.
Sistema de Classificação da
Capacidade de Uso das Terras
•A classificação da capacidade de uso das terras é um sistema de
agrupamento das terras baseado principalmente na sua capacidade de
produzir cultivos e pastagens sem degradadas as terras por um longo
período de tempo.
•Este sistema tem o propósito de ajudar a decidir qual a combinação
de uso agrícola das terras e medidas de controle à erosão que permitam
o aproveitamento mais intensivo das terras de forma sustentável.
•O sistema agrupa as glebas em um pequeno número de categorias
ou classes hierarquicamente ordenadas, de acordo com os valores
limites de um número de propriedades do solo e do local.
•É um grupamento qualitativo de tipos de terras sem considerar a
localização ou as características econômicas da terra.
•O sistema classifica as terras segundo uma seqüência de usos
ordenados de forma descendente de nível de intensidade de
movimentação do solo e necessidade de práticas conservacionistas.
•À medida que a classe de capacidade de uso decresce, o número de
usos possíveis também decresce.
•A terra na menor classe de capacidade pode ser utilizada apenas para
recreação ou preservação ambiental.
•A terra é classificada com base em suas limitações permanentes.
•Isto implica na comparação de certas características de cada gleba
com os valores críticos de cada classe de capacidade de uso.
•Caso uma única limitação seja suficientemente grave para rebaixar a
terra a uma classe inferior, esta será a classificação final, não importando
quão favoráveis sejam as outras características (Dent &Young, 1981;
McRae & Burnham, 1981).
•A classificação da capacidade de uso é uma classificação
interpretativa baseada na combinação dos efeitos do clima e
características permanentes do solo sobre os riscos de
degradas os solos, limitação ao uso e capacidade de
produção , e requerimentos de manejo do solo.
•A declividade, a textura, a profundidade do solo, os efeitos
de erosões anteriores, a permeabilidade, a capacidade de
reter umidade, o tipo de argila e outras características
similares são consideradas qualidades permanentes do solo.
As diversas suposições consideradas pelo sistema que
são listadas a seguir (Klingebiel e Montgomeri, 1961):
•Os solos dentro de uma capacidade de uso são similares
somente em relação ao grau de limitações ao uso agrícola ou
riscos de serem degradados quando usados;
•Uma relação favorável entre o que se gasta e o que se
produz é um dos critérios comuns usados para classificar um
solo numa classe de uso;
•Pressupõe-se um nível moderadamente alto de manejo;
•As classes de capacidade de uso I a IV se distinguem uma
da outra pela soma de graus de limitação ou riscos, que afeta
os requerimentos de manejo. Assim, diferenças de
necessidade de manejo podem ser maiores entre solos na
mesma classe do que solos de outra classe que apresentam
a mesma limitação;
•Não são consideradas limitações permanentes o excesso ou falta de
água, a presença de pedras, a presença de sais solúveis ou sódio ou o
perigo de inundações, desde que seja possível a eliminação destas
limitações;
•Os solos onde melhorias são possíveis são avaliados com suas
condições após a implementação das melhorias;
•A classificação da capacidade de uso é dinâmica e pode ser alterada
com a aquisição de novas informações;
• O sistema não considera distâncias de mercado, os tipos de estradas
ou rodovias, o tamanho e a forma da área, a localização das áreas, as
habilidades ou outras características dos produtores rurais;
•Áreas que devem ser colhidas a mão não podem ser classificadas nas
classes I a IV;
•Os solos adequados para cultivos também são adequados para
pastagens, reflorestamento e preservação da flora e da fauna;
•Para classificar em unidades, classes e subclasses de capacidade de
uso, deve-se dispor de informações oriundas de experimentação científica.
O sistema de capacidade de uso possui quatro níveis categóricos:
a) Grupos de Capacidade de Uso
b) Classes de Capacidade de Uso
c) Subclasses de Capacidade de Uso
d) Unidades de Capacidade de Uso
a) Grupos de Capacidade de Uso
Expressam o potencial de utilização agrícola, sendo estabelecidos
com base na intensidade de uso das terras. A intensidade de uso é
definida pela maior ou menor mobilização imposta ao solo, expondo-
o a certos riscos de erosão e/ou perda da produtividade, decorrentes
de distúrbios no solo, ou na redução da cobertura vegetal.
GRUPO A: Terras próprias para culturas (anuais e perenes) e outros
usos. Abrange quatro classes de capacidade de uso (I, II, III e IV);
GRUPO B: Terras impróprias para culturas, mas adaptáveis para
pastagens, silvicultura e refúgio da vida silvestre (V,VI e VII);
GRUPO C: Terras impróprias para a exploração agrícola econômica,
podendo servir apenas para recreação, abrigo da vida silvestre e
outros usos não agrícola (VIII).
b) Classes de Capacidade de Uso das Terras
As classes de capacidade de uso são baseadas nas alternativas
de uso e no grau das limitações. Terras comportando as mesmas
alternativas de uso e apresentando limitações semelhantes, são incluídas
na mesma classe. (I à VIII)
A - Terras próprias para culturas, pastagens e florestas.
Classe I: Terras aparentemente sem problemas de conservação (verde
claro).
•Inclui as terras altamente produtivas, praticamente planas, fáceis de
serem trabalhadas, sem erosão aparente, sem pedras e bem drenadas.
•Não exigem práticas especiais de melhoramento ou proteção.
•São recomendadas apenas: - rotação de culturas, adubação de
manutenção e tratos culturais normais.
Classe II: Terras com problemas simples de conservação (amarelo).
•Inclui as terras produtivas, com declives suaves, facilmente trabalháveis,
erosão ligeira, podendo apresentar pedras ocasionais (menos de 1% da
área).
•Exigem práticas simples de conservação, tais como: - plantio em nível;
culturas em faixas; uso de fertilizantes e corretivos.
Classe III: Terras com problemas complexos de conservação
(vermelho)
•Inclui as terras com produtividade pelo menos razoável, podendo
apresentar declive e erosão moderados, ser planas e mal drenadas,
apresentar pedras e sulcos de erosão ou estar temporariamente
encharcadas.
•Exigem práticas intensivas tais como: terraceamento; cordões de
contorno; remoção de pedras; drenagem artificial; irrigação;
adubação e calagem; mesmo em pastagem é importante a
construção de sulcos em nível.
Classe IV: Terras com sérios problemas de conservação (azul).
•Inclui as terras pouco produtivas, com declives fortes, erosão
acentuada, solos rasos ou com bastante pedras.
•Cultivados ocasionalmente ou em extensão limitada, sendo melhor
aproveitadas para culturas perenes ou pastagens, com práticas
intensivas de melhoramentos ou proteção.
B) Terras impróprias para culturas, mas próprias para pastagens e
florestas:
Classe V: Terras próprias para pastagens, florestas e silvicultura, sem
restrições especiais de uso. (verde escuro).
•Inclui as terras de boa produtividade, planas e não sujeitas à erosão,
mas não se prestam para a agricultura por serem excessivamente
úmidas ou sujeitas a inundações freqüentes ou por serem muito
pedregosas.
Classe VI: Terras próprias para pastagens e florestas, com restrições
de uso. (alaranjado).
•Inclui as terras de baixa produtividade, ou então com alta
produtividade, mas com outros problemas, tais como pedregosas, muito
inclinadas ou severamente erodidas.
•Embora impróprias para o cultivo, essas terras podem sustentar uma
vegetação permanente, como pastagens e florestas com restrições
moderadas de uso.
•As restrições referentes as pastagens são: ajuste do número de
animais; divisão dos pastos; rotação do pastoreio; adubação das
pastagens fracas e práticas mecânicas para o controle de erosão.
Classe VII: Terras de pastagens ou florestas com severas restrições de
uso (marron).
•Inclui as terras de produtividade variável, mas em geral muito íngremes,
severamente erodidas ou muito pedregosas.
•Exigem grandes cuidados quando utilizadas para pasto ou floresta.
•A maior parte dessas terras são indicadas para florestas.
C - Terras impróprias para vegetação economicamente produtivas.
Classe VIII: Terras impróprias para culturas, pastagens ou exploração
florestal, podendo servir apenas para abrigo da fauna silvestre ou
recreação. (roxo).
•Inclui as terras excessivamente íngremes ou pedregosas, estéreis ou
completamente arruinadas pela erosão.
•Incluem-se nesta classe:
- os brejos e pântanos, cuja recuperação não é econômica;
- áreas que não possibilitam o desenvolvimento de vegetação
(voçorocas, escavações, afloramentos de rochas, etc.).
•Algumas terras da classe VIII, podem ser usadas para abrigo da fauna
silvestre (caça e pesca) e outros como lugares de recreação.
A - Terras cultiváveisA - Terras cultiváveis
Classe IClasse I - ...sem problemas especiais de conservação;- ...sem problemas especiais de conservação;
Classe IIClasse II - ...problemas simples de conservação;- ...problemas simples de conservação;
Classe IIIClasse III - ...problemas complexos de conservação;- ...problemas complexos de conservação;
Classe IVClasse IV - ...apenas ocasionalmente ou em extensão limitada,- ...apenas ocasionalmente ou em extensão limitada,
com sérios problemas de conservação.com sérios problemas de conservação.
B – Terras cultiváveis, apenas em casos especiais, para algumasB – Terras cultiváveis, apenas em casos especiais, para algumas
culturas permanentes, e adaptadas, em geral, para pastagem ouculturas permanentes, e adaptadas, em geral, para pastagem ou
reflorestamentoreflorestamento
Classe VClasse V - ... sem necessidades especiais de conservação (sem- ... sem necessidades especiais de conservação (sem
problemas de erosão, limitação devida à saturação por água-problemas de erosão, limitação devida à saturação por água-
encharcamento);encharcamento);
Classe VIClasse VI - ...com problemas especiais de conservação;- ...com problemas especiais de conservação;
Classe VIIClasse VII - ...com problemas complexos de conservação.- ...com problemas complexos de conservação.
C – Terras impróprias para vegetação produtiva e próprias paraC – Terras impróprias para vegetação produtiva e próprias para
preservação permanentepreservação permanente
Classe VIIIClasse VIII
C) Subclasses de Capacidade de Uso
As subclasses de capacidade de uso são definidas em função da
natureza da limitação mais forte.
As limitações que caracterizam as subclasses são:
e - erosão ou risco de erosão.
a ou (w) - excesso de água (ou deficiência de oxigênio).
s - limitações devidas ao solo.
c - limitações climáticas (principalmente precipitação).
•As subclasses de capacidade de uso são identificadas por letras
minúsculas, indicadoras do tipo de limitação mais forte, as quais são
acrescentadas aos algarismos romanos que representam as classes de
capacidade de uso.
•Quando ocorrem duas espécies de limitação em graus semelhantes,
são ambas indicadas separadas por uma vírgula.
d) Unidades de Capacidade de Uso
São baseadas nas condições específicas que influenciam o uso e/ou
manejo das terras, podendo ser identificados por algarismos
arábicos acrescentados aos símbolos da subclasse, separados por
um hífen.
A unidade de capacidade de uso torna mais explícita a natureza da
limitação, facilitando a definição de práticas de manejo e
conservação.
Exemplo: Um solo pertencente à subclasse IIIs, ou seja sua maior
limitação é devido ao solo, mas não indica realmente qual é essa
limitação, pois pode ser problema de: pouca profundidade, ou
apresentar muitas pedras, ou salinidade etc.
Com o emprego da unidade, teríamos, por exemplo: III s-1
(indicando que a limitação é por problema de profundidade do solo);
ou III s-3 (indicando que a limitação é devido à pedregosidade).
e
(exceto V)
a
c
s
01. declive acentuado
02. declive longo
03. mudança textural abrupta
04. erosão laminar
05. erosão em sulcos
06. erosão em voçorocas
07. erosão eólica
08. depósitos de erosão
09. permeabilidade baixa
10. horizonte A arenoso
01. pouca profundidade
02. textura arenosa em todo perfil
03. pedregosidade
04. argilas expandidas
05. baixa saturação por bases
06. toxicidade de alumínio
07. baixa capacidade de troca
08. acidos sulfatados ou sulfetos
09. alta saturacão com sódio
10. excesso de sais solúveis
11. excesso de sais solúveis
01. lençol freático elevado
02. risco de inundação
03. subsidência em solos orgânicos
04. deficiência de oxigênio no solo
05. neve
I
II
III
VI
V
IV
VII
VIII
01. seca prolongada
02. geada
03. ventos frios
04. granizo
GRUPOS CLASSES UNIDADES DE USOSUBCLASSES
Esquema de classes,
subclasses e
unidades de
capacidade de uso.
O agrupamento dos solos em classes e subclasses de capacidade de uso
está baseado na avaliação do seguinte:
•habilidade do solo em responder ao uso e manejo, evidenciado pelo teor
de matéria orgânica, % de saturação de bases, classe textural, tipo de
material de origem, capacidade de água disponível, resposta a adubações e
outras características do solo;
•textura e estrutura do solo na profundidade que influi o ambiente das
raízes e o movimento de ar e água;
•suscetibilidade à erosão, evidenciada pela classe taxonômica do solo e
declividade;
•excesso superficial de água periódica ou contínua causada pela baixa
permeabilidade do solo ou a presença de lençol freático superficial ou por
inundação;
•profundidade do solo ou presença de camadas que inibam a formação de
raízes;
•presença de sais tóxicos ao crescimento das plantas;
•obstáculos físicos, tais como rochas e outros;
•clima, temperatura e umidade efetiva.
Existem dois processos que podem ser usados para o enquadramento das
terras em classes, o método paramétrico e o método sintético (Young, 1976,
citado em Lepsch et al. 1991).
•Quando se usa o método sintético, analisa-se como um todo o conjunto
de informações sobre as limitações da terra ao uso e determina-se a classe
de capacidade de uso por comparação com a situação ideal e avaliando-se
a necessidade de práticas conservacionistas e a possibilidade de uso.
•No método paramétrico utilizam-se pesos ou parâmetros quantitativos ou
qualitativos para o enquadramento em classes de capacidade de uso.
•Por exemplo, determinando-se qual o grau de limitação ou qual o valor
medido de uma característica que é o máximo admissível para que a terra
seja enquadrada numa determinada classe.
•Este processo baseia-se em tabelas ou chaves, que embora requeiram
um processo subjetivo de elaboração, servem para permitir a uniformização
e possibilidade de repetição do processo de classificação das terras.
Clase
Característica I II III IV V VI VII
Regime de umidade e
temperatura do solo
Udico e
mésico ou
mais
quente
Údico
intermediár
io para
ustico
ustico Ústico
intemediário
para ustico
- Ústico
intemediár
io para
tórrico
torrico
Umidade do solo:
condutividade após
drenagem (cm/h)
>2 >2 0,125-2,0 <0,125 - - -
Efeito do sal nos
cultivos
- ligeira moderada Séria em terras
cultivadas
- Séria em
terras
cultivadas
Satisfatório
cresciment
o
virtualment
e
impossível
Concentração de sal
(%)
Condutividade do
extrato saturado
(umho/cm)
- 4-8 8-10 10-15 - 10-15 >15
Perda de solo
estimada para cultivo
morro abaixo, 9%
declive e 22,1m de
comprimento (ton/há)
0-8 8-31 31-78 78-144 - 144-222 >222
Profundidade do solo
(cm)
>90 50-90 25-50 <25
Critérios sugeridos para
a alocação de terras no
Sistema de Classificação
da Capacidade de Uso
no Texas e Oklahoma
(Adaptada de McRae e
Burnham (1981).
LIMITAÇÀO SIMBOLO CLASSES DE LIMITAÇÀO CLASSES DE CAPACIDADE DE USO
I II III IV V VI VII VIII
A O -3 % X
CLASSES B 3 -6% X
C 6 -12% X
DE D 12 -20% X
E 20 -40% X
DECLIVE F 40 - 70% X
G 70 -100% X
FERTILI 1 MUITO ALTA X
DADE 2 ALTA X
3 MÉDIA X
APARENTE 4 BAIXA X
5 MUITO BAIXA X
1 MAIS DO QUE 200CM X
PROFUND. 2 100 - X
3 50 - X
EFETIVA 4 25 - X
5 MENOS QUE X
DRENAGEM 1 EXCESSIVA X
2 BOA X
INTERNA 3 MODERADA X
4 POBRE X
5 IMPEDIDA X
DEFLÚVIO 1 MUITO RÁPIDO X
2 RÁPIDO X
SUPERFICIALLLL 3 MODERADO X
4 LENTO X
5 MUITO LENTO X
1 SEM PEDRAS X
2 MENOR OU = A 1% X
PEDREGO- 3 1 - 10% X
4 10 - 30% X
SIDADE 5 30 - 50% X
6 MAIS DE 50% X
RISCO DE 1 OCASIONAIS X
2 FREQUENTES X
INUNDAÇÃO 3 MUITO FREQUENTES X
0 NÃO APARENTE X
EROSÃO 1 LIGEIRA X
2 MODERADA X
LAMINAR 3 SEVERA X
4 MUITO SEVERA X
5 EXTREMA/TE SEVERA X
EROSÃO 7 OCASIONAIS X
EM SULCOS 8 FREQUENTES X
SUPERFIC. 9 MUITO FREQUENTES X
EROSÃO 7 OCASIONAIS X
EM SULCOS 8 FREQUENTES X
RASOS 9 MUITO FREQUENTES X
EROSÃO 7 OCASIONAIS X
EM SULCOS 8 FREQUENTES X
PROFUNDOS 9 MUITO FREQUENTES X
EROSÃO EM 7V OCASIONAL X
VOÇOROCA 8V FREQUENTE X
9V MUITO FREQUENTE X
CLASSES DE LIMITAÇÃO
FATOR DESCRIÇÃO QUANTIFICAÇÃO CLASSES DE CAPACIDADE DE USO
I II III IV V VI VII VIII
Profundidade efetiva Muito profundo +200 cm x x x x x x x x
Profundo 100m a 200 cm x x x x x x x x
Moderadamente profundo 50 a 10 cm x x x x x x x
Raso 25 a 50 cm x x x x x
Muito raso < 25 cm x x x
Drenagem interna Excessiva x x x x x x x
Boa x x x x x x x x
Moderada x x x x x x x
Pobre x x x x x x
Muito pobre x x x x
Declividade Levemente ondulado 0 a 3% x x x x x x x x
Pouco ondulado 3 a 5% x x x x x x
Ondulado 5 a 12% x x x x x
Acidentado 12 a 20% x x x x
Muito acidentado 20 a 40% x x x
Excessivamente
acidentado
>40% x x
Erosão laminar Não aparente >25 cm x x x x x x x x
Ligeira 25 a 15 cm x x x x x x x
Moderada 15 a 5 cm x x x x x
Severa (horizonte B
exposto)
- x x x
Muito severa (B muito
erodido)
- x x
Extremamente severa
(afloramento do C)
- x
Em sulcos em função da
freqüência de
aparecimento
Ocasionais < 30 sulcos x x x x x x
Freqüentes  30 sulcos x x x x x
Muito frequentes  75% da área x x x x
Em sulcos em função da
profundidade
Superficiais
Podem ser cruzados e
desfeitos
x x x x x
Rasos
Podem ser cruzados mas
não desfeitos por preparo
normal
x x x x
Profundos
Não podem ser cruzados
por máquinas
x x
Fatores
determinantes das
classes de
capacidade de
uso (Adaptado de
Estado do RS,
1983)
Vantagens do uso do sistema (McRae e Burnham, 1981):
•o sistema apresenta uma divisão em um pequeno número de
categorias, tornando-o de fácil entendimento;
•o sistema é qualitativo, o que é uma forma realística de proceder no
atual estado do conhecimento;
•o sistema é versátil, pois a natureza e a severidade das limitações
consideradas podem ser modificadas para adequar-se a condições
locais;
•o sistema pode ser aplicado facilmente por especialista, sendo também
facilmente aplicável por pessoas menos experientes quando usa-se o
método paramétrico;
•é apresentada uma classificação com fins genéricos que mostra
claramente quais são as terras capazes de sustentar o crescimento de
plantas;
•ajuda a encorajar a conservação do solo, pois evidencia os efeitos
adversos do mal uso dos solos;
•reflete a aptidão atual da terra num nível de manejo, mas pode também
ser projetado para níveis de manejo mais altos;
•a hierarquia do sistema (classes, subclasses e unidades) permite que o
sistema seja aplicado no nível mais apropriado;
•é uma forma útil de relacionar informações ambientais, de solo e
tecnológicas para produção agrícola;
•os resultados da classificação podem ser facilmente demonstrados em
mapas;
•é muito utilizado, tanto em países desenvolvidos como em países em
desenvolvimento;
•os resultados são razoáveis e aceitáveis, usualmente concordando com
a opinião local.
Como desvantagens do uso do sistema, pode-se citar (McRae e Burnham,
1981):
•o sistema é subjetivo, principalmente quando usado o método sintético,
onde simplesmente a opinião do avaliador é considerada. Entretanto, ao
menos a subjetividade é óbvia, e não obscurecida através de fórmulas
matemáticas;
•as interações entre diferentes fatores limitantes são difíceis de serem
consideradas;
•a divisão em poucas categorias é um pouco grosseira;
•a ordenação dos potenciais tipos de uso pode dar a impressão errada de
verdadeiro valor da terra para uso. Por exemplo, terras das classes V e VI
podem ser ideais para o uso muito valorizado com arroz irrigado;
•não há indicação de aptidão da terra para um cultivo específico;
•o sistema não considera fatores sócio-econômicos, não indicando o valor
monetário relativo da terra ou sua lucratividade, importante para planejadores;
•é um sistema negativo, enfatizando mais as limitações do que o potencial
positivo das terras;
•pode ser difícil de determinar a capacidade de uso das terras quando há

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Aula propriedades solo
Aula propriedades  soloAula propriedades  solo
Aula propriedades soloElton Mendes
 
PLANTAS DE COBERTURA E SUA UTILIZAÇÃO
PLANTAS DE COBERTURA E SUA UTILIZAÇÃOPLANTAS DE COBERTURA E SUA UTILIZAÇÃO
PLANTAS DE COBERTURA E SUA UTILIZAÇÃOGeagra UFG
 
Práticas de conservação do solo e recuperação de áreas degradada
Práticas de conservação do solo e recuperação de áreas degradadaPráticas de conservação do solo e recuperação de áreas degradada
Práticas de conservação do solo e recuperação de áreas degradadaMaurício Coelho
 
Preparação do Solo e Aplicação
Preparação do Solo e AplicaçãoPreparação do Solo e Aplicação
Preparação do Solo e AplicaçãoGeagra UFG
 
Nutrição mineral na cultura do milho
Nutrição mineral na cultura do milhoNutrição mineral na cultura do milho
Nutrição mineral na cultura do milhoGeagra UFG
 
Simulado manejo de plantas daninhas
Simulado manejo de plantas daninhasSimulado manejo de plantas daninhas
Simulado manejo de plantas daninhasAndré Fontana Weber
 
Preparo do Solo
Preparo do SoloPreparo do Solo
Preparo do SoloKiller Max
 
Unidade 03 composição química e maturação das sementes
Unidade 03 composição química e maturação das sementesUnidade 03 composição química e maturação das sementes
Unidade 03 composição química e maturação das sementesBruno Rodrigues
 
Métodos e técnicas de conservação do solo
Métodos e técnicas de conservação do soloMétodos e técnicas de conservação do solo
Métodos e técnicas de conservação do soloGirleno Oliveira
 
Aula 10 plantas c3 c4 cam pdf
Aula 10 plantas c3 c4 cam pdfAula 10 plantas c3 c4 cam pdf
Aula 10 plantas c3 c4 cam pdfErica Oliveira
 
Melhoramento e inovações na cultura da cana de-açúcar
Melhoramento e inovações na cultura da cana de-açúcarMelhoramento e inovações na cultura da cana de-açúcar
Melhoramento e inovações na cultura da cana de-açúcarGiovanna Martins
 
Aula sobre classificação das terras para irrigação usando o sistema do US Bur...
Aula sobre classificação das terras para irrigação usando o sistema do US Bur...Aula sobre classificação das terras para irrigação usando o sistema do US Bur...
Aula sobre classificação das terras para irrigação usando o sistema do US Bur...Elvio Giasson
 
Banco de sementes.. apresentaçao
Banco de sementes.. apresentaçaoBanco de sementes.. apresentaçao
Banco de sementes.. apresentaçaoFernando Sarmento
 

La actualidad más candente (20)

Aula propriedades solo
Aula propriedades  soloAula propriedades  solo
Aula propriedades solo
 
Manejo e Conservação do Solo
Manejo e Conservação do SoloManejo e Conservação do Solo
Manejo e Conservação do Solo
 
Aula de construções
Aula de construçõesAula de construções
Aula de construções
 
10 Propriedades Físicas do Solo-aula
10 Propriedades Físicas do Solo-aula10 Propriedades Físicas do Solo-aula
10 Propriedades Físicas do Solo-aula
 
Manejo e conservação dos solos
Manejo e conservação dos solosManejo e conservação dos solos
Manejo e conservação dos solos
 
Manejo de plantas daninhas
Manejo de plantas daninhasManejo de plantas daninhas
Manejo de plantas daninhas
 
PLANTAS DE COBERTURA E SUA UTILIZAÇÃO
PLANTAS DE COBERTURA E SUA UTILIZAÇÃOPLANTAS DE COBERTURA E SUA UTILIZAÇÃO
PLANTAS DE COBERTURA E SUA UTILIZAÇÃO
 
Práticas de conservação do solo e recuperação de áreas degradada
Práticas de conservação do solo e recuperação de áreas degradadaPráticas de conservação do solo e recuperação de áreas degradada
Práticas de conservação do solo e recuperação de áreas degradada
 
Latossolo spdf
Latossolo spdfLatossolo spdf
Latossolo spdf
 
Preparação do Solo e Aplicação
Preparação do Solo e AplicaçãoPreparação do Solo e Aplicação
Preparação do Solo e Aplicação
 
Nutrição mineral na cultura do milho
Nutrição mineral na cultura do milhoNutrição mineral na cultura do milho
Nutrição mineral na cultura do milho
 
Simulado manejo de plantas daninhas
Simulado manejo de plantas daninhasSimulado manejo de plantas daninhas
Simulado manejo de plantas daninhas
 
Preparo do Solo
Preparo do SoloPreparo do Solo
Preparo do Solo
 
Unidade 03 composição química e maturação das sementes
Unidade 03 composição química e maturação das sementesUnidade 03 composição química e maturação das sementes
Unidade 03 composição química e maturação das sementes
 
11 propriedades químicas do solo
11 propriedades químicas do solo11 propriedades químicas do solo
11 propriedades químicas do solo
 
Métodos e técnicas de conservação do solo
Métodos e técnicas de conservação do soloMétodos e técnicas de conservação do solo
Métodos e técnicas de conservação do solo
 
Aula 10 plantas c3 c4 cam pdf
Aula 10 plantas c3 c4 cam pdfAula 10 plantas c3 c4 cam pdf
Aula 10 plantas c3 c4 cam pdf
 
Melhoramento e inovações na cultura da cana de-açúcar
Melhoramento e inovações na cultura da cana de-açúcarMelhoramento e inovações na cultura da cana de-açúcar
Melhoramento e inovações na cultura da cana de-açúcar
 
Aula sobre classificação das terras para irrigação usando o sistema do US Bur...
Aula sobre classificação das terras para irrigação usando o sistema do US Bur...Aula sobre classificação das terras para irrigação usando o sistema do US Bur...
Aula sobre classificação das terras para irrigação usando o sistema do US Bur...
 
Banco de sementes.. apresentaçao
Banco de sementes.. apresentaçaoBanco de sementes.. apresentaçao
Banco de sementes.. apresentaçao
 

Destacado

Classificação geral dos solos e solos do brasil
Classificação geral dos solos e solos do brasilClassificação geral dos solos e solos do brasil
Classificação geral dos solos e solos do brasilThamires Bragança
 
Fot 2873lista exeucicios_mec_solos_i_ufv_paut_01_pdf
Fot 2873lista exeucicios_mec_solos_i_ufv_paut_01_pdfFot 2873lista exeucicios_mec_solos_i_ufv_paut_01_pdf
Fot 2873lista exeucicios_mec_solos_i_ufv_paut_01_pdfMarcelo de Lima Beloni
 
O RUÍDO NO SERVIÇO DE PAVIMENTAÇÃO URBANA
O RUÍDO NO SERVIÇO DE PAVIMENTAÇÃO URBANAO RUÍDO NO SERVIÇO DE PAVIMENTAÇÃO URBANA
O RUÍDO NO SERVIÇO DE PAVIMENTAÇÃO URBANAThiago Morəno
 
As grandes obras de engenharia civil no mundo
As grandes obras de engenharia civil no mundoAs grandes obras de engenharia civil no mundo
As grandes obras de engenharia civil no mundoThiago Sidney Miranda
 
Ocupação dos solos e riscos ambientais
Ocupação dos solos e riscos ambientaisOcupação dos solos e riscos ambientais
Ocupação dos solos e riscos ambientaisRodrigo Duarte
 
Aulas 01 e 02 introducao engenharia civil
Aulas 01 e 02   introducao engenharia civilAulas 01 e 02   introducao engenharia civil
Aulas 01 e 02 introducao engenharia civilSilas Rocha
 
Mecânica dos solos e fundações msfc3
Mecânica dos solos e fundações msfc3Mecânica dos solos e fundações msfc3
Mecânica dos solos e fundações msfc3arqjoaocampos
 
Pavimentação - Restauração de Pavimentos Flexíveis
Pavimentação - Restauração de Pavimentos FlexíveisPavimentação - Restauração de Pavimentos Flexíveis
Pavimentação - Restauração de Pavimentos Flexíveisdeborastj
 
O EspaçO AgropecuáRio Brasileiro Estrutura FundiáRia E Conflitos De Terra No...
O EspaçO AgropecuáRio Brasileiro  Estrutura FundiáRia E Conflitos De Terra No...O EspaçO AgropecuáRio Brasileiro  Estrutura FundiáRia E Conflitos De Terra No...
O EspaçO AgropecuáRio Brasileiro Estrutura FundiáRia E Conflitos De Terra No...ProfMario De Mori
 
Sistema registral imobiliario aplicado a engenharia civil e negocios imobilia...
Sistema registral imobiliario aplicado a engenharia civil e negocios imobilia...Sistema registral imobiliario aplicado a engenharia civil e negocios imobilia...
Sistema registral imobiliario aplicado a engenharia civil e negocios imobilia...Unichristus Centro Universitário
 

Destacado (20)

Classificação geral dos solos e solos do brasil
Classificação geral dos solos e solos do brasilClassificação geral dos solos e solos do brasil
Classificação geral dos solos e solos do brasil
 
Aula3 fundacoes
Aula3 fundacoesAula3 fundacoes
Aula3 fundacoes
 
Fot 2873lista exeucicios_mec_solos_i_ufv_paut_01_pdf
Fot 2873lista exeucicios_mec_solos_i_ufv_paut_01_pdfFot 2873lista exeucicios_mec_solos_i_ufv_paut_01_pdf
Fot 2873lista exeucicios_mec_solos_i_ufv_paut_01_pdf
 
O RUÍDO NO SERVIÇO DE PAVIMENTAÇÃO URBANA
O RUÍDO NO SERVIÇO DE PAVIMENTAÇÃO URBANAO RUÍDO NO SERVIÇO DE PAVIMENTAÇÃO URBANA
O RUÍDO NO SERVIÇO DE PAVIMENTAÇÃO URBANA
 
Fundacoes
FundacoesFundacoes
Fundacoes
 
Apostila fundacoes
Apostila fundacoesApostila fundacoes
Apostila fundacoes
 
As grandes obras de engenharia civil no mundo
As grandes obras de engenharia civil no mundoAs grandes obras de engenharia civil no mundo
As grandes obras de engenharia civil no mundo
 
Ocupação dos solos e riscos ambientais
Ocupação dos solos e riscos ambientaisOcupação dos solos e riscos ambientais
Ocupação dos solos e riscos ambientais
 
Aulas 01 e 02 introducao engenharia civil
Aulas 01 e 02   introducao engenharia civilAulas 01 e 02   introducao engenharia civil
Aulas 01 e 02 introducao engenharia civil
 
Pavimentação asfáltica ES BA RJ MG
Pavimentação asfáltica ES BA RJ MGPavimentação asfáltica ES BA RJ MG
Pavimentação asfáltica ES BA RJ MG
 
O solo e a agricultura
O solo e a agriculturaO solo e a agricultura
O solo e a agricultura
 
Slide 1 ano solo
Slide 1 ano soloSlide 1 ano solo
Slide 1 ano solo
 
Uso e ocupação do solo
Uso e ocupação do soloUso e ocupação do solo
Uso e ocupação do solo
 
Fundamentos de pavimentação
Fundamentos de pavimentaçãoFundamentos de pavimentação
Fundamentos de pavimentação
 
Mecânica dos solos e fundações msfc3
Mecânica dos solos e fundações msfc3Mecânica dos solos e fundações msfc3
Mecânica dos solos e fundações msfc3
 
Pavimentação - Restauração de Pavimentos Flexíveis
Pavimentação - Restauração de Pavimentos FlexíveisPavimentação - Restauração de Pavimentos Flexíveis
Pavimentação - Restauração de Pavimentos Flexíveis
 
O EspaçO AgropecuáRio Brasileiro Estrutura FundiáRia E Conflitos De Terra No...
O EspaçO AgropecuáRio Brasileiro  Estrutura FundiáRia E Conflitos De Terra No...O EspaçO AgropecuáRio Brasileiro  Estrutura FundiáRia E Conflitos De Terra No...
O EspaçO AgropecuáRio Brasileiro Estrutura FundiáRia E Conflitos De Terra No...
 
Sistema registral imobiliario aplicado a engenharia civil e negocios imobilia...
Sistema registral imobiliario aplicado a engenharia civil e negocios imobilia...Sistema registral imobiliario aplicado a engenharia civil e negocios imobilia...
Sistema registral imobiliario aplicado a engenharia civil e negocios imobilia...
 
Jurandir Fernades
Jurandir Fernades Jurandir Fernades
Jurandir Fernades
 
Engenharia civil
Engenharia civilEngenharia civil
Engenharia civil
 

Similar a Classificação Terra 40

Levantamento do potencial de uso agrícola do solo
Levantamento do potencial de uso agrícola do soloLevantamento do potencial de uso agrícola do solo
Levantamento do potencial de uso agrícola do soloIF Baiano - Campus Catu
 
Degradação do solo
Degradação do soloDegradação do solo
Degradação do soloIvan Araujo
 
Apostila implementos-preparo-de-sol
Apostila implementos-preparo-de-solApostila implementos-preparo-de-sol
Apostila implementos-preparo-de-solCleiton Domingos
 
Solos e a agricultura no brasil
Solos e a agricultura no brasil Solos e a agricultura no brasil
Solos e a agricultura no brasil Pessoal
 
Prg aula 2 pragas de pastagens
 Prg aula 2 pragas de pastagens Prg aula 2 pragas de pastagens
Prg aula 2 pragas de pastagensCarol Castro
 
O relevo e a carta de declividade
O relevo e a carta de declividadeO relevo e a carta de declividade
O relevo e a carta de declividadePaulo Orlando
 
Manejo de fertilidade de solo em áreas degradadas
Manejo de fertilidade de solo em áreas degradadasManejo de fertilidade de solo em áreas degradadas
Manejo de fertilidade de solo em áreas degradadasJosimar Oliveira
 
Máquinas e métodos de desmatamento
Máquinas e métodos de desmatamentoMáquinas e métodos de desmatamento
Máquinas e métodos de desmatamentoEugênio Viana
 
micro-zoneamentoagro-climaticoparaaculturademandiocaemmoambique-101021050725-...
micro-zoneamentoagro-climaticoparaaculturademandiocaemmoambique-101021050725-...micro-zoneamentoagro-climaticoparaaculturademandiocaemmoambique-101021050725-...
micro-zoneamentoagro-climaticoparaaculturademandiocaemmoambique-101021050725-...FreiEmfraimePhotogra
 
Manejo e conservação do solo - Terraceamento
Manejo e conservação do solo - Terraceamento Manejo e conservação do solo - Terraceamento
Manejo e conservação do solo - Terraceamento Ediney Dias
 
Apostila agricultura geral
Apostila agricultura geralApostila agricultura geral
Apostila agricultura geralLuiz Oliveira
 

Similar a Classificação Terra 40 (20)

APTIDÃO AGRICOLA DAS TERRAS.ppt
APTIDÃO AGRICOLA DAS TERRAS.pptAPTIDÃO AGRICOLA DAS TERRAS.ppt
APTIDÃO AGRICOLA DAS TERRAS.ppt
 
Levantamento do potencial de uso agrícola do solo
Levantamento do potencial de uso agrícola do soloLevantamento do potencial de uso agrícola do solo
Levantamento do potencial de uso agrícola do solo
 
Degradação do solo
Degradação do soloDegradação do solo
Degradação do solo
 
1 2
1 21 2
1 2
 
Solo - manejo do solo
Solo -  manejo do soloSolo -  manejo do solo
Solo - manejo do solo
 
Apostila implementos-preparo-de-sol
Apostila implementos-preparo-de-solApostila implementos-preparo-de-sol
Apostila implementos-preparo-de-sol
 
Solos e a agricultura no brasil
Solos e a agricultura no brasil Solos e a agricultura no brasil
Solos e a agricultura no brasil
 
III conservacao
III conservacaoIII conservacao
III conservacao
 
Formação de pastagens
Formação de pastagensFormação de pastagens
Formação de pastagens
 
Resumo de métodos de produção
Resumo de métodos de produçãoResumo de métodos de produção
Resumo de métodos de produção
 
Prg aula 2 pragas de pastagens
 Prg aula 2 pragas de pastagens Prg aula 2 pragas de pastagens
Prg aula 2 pragas de pastagens
 
O relevo e a carta de declividade
O relevo e a carta de declividadeO relevo e a carta de declividade
O relevo e a carta de declividade
 
Manejo de fertilidade de solo em áreas degradadas
Manejo de fertilidade de solo em áreas degradadasManejo de fertilidade de solo em áreas degradadas
Manejo de fertilidade de solo em áreas degradadas
 
Escarificadores
EscarificadoresEscarificadores
Escarificadores
 
Máquinas e métodos de desmatamento
Máquinas e métodos de desmatamentoMáquinas e métodos de desmatamento
Máquinas e métodos de desmatamento
 
micro-zoneamentoagro-climaticoparaaculturademandiocaemmoambique-101021050725-...
micro-zoneamentoagro-climaticoparaaculturademandiocaemmoambique-101021050725-...micro-zoneamentoagro-climaticoparaaculturademandiocaemmoambique-101021050725-...
micro-zoneamentoagro-climaticoparaaculturademandiocaemmoambique-101021050725-...
 
Senar go ppv_cultprodgraos_mod1
Senar go ppv_cultprodgraos_mod1Senar go ppv_cultprodgraos_mod1
Senar go ppv_cultprodgraos_mod1
 
Manejo e conservação do solo - Terraceamento
Manejo e conservação do solo - Terraceamento Manejo e conservação do solo - Terraceamento
Manejo e conservação do solo - Terraceamento
 
Apostila agricultura geral
Apostila agricultura geralApostila agricultura geral
Apostila agricultura geral
 
Apostila da disciplina de fertilidade e adubação
Apostila da disciplina de fertilidade e adubaçãoApostila da disciplina de fertilidade e adubação
Apostila da disciplina de fertilidade e adubação
 

Más de Elvio Giasson

Importância da avaliação de terras para o planejamento
Importância da avaliação de terras para o planejamento Importância da avaliação de terras para o planejamento
Importância da avaliação de terras para o planejamento Elvio Giasson
 
Aula sobre "Fatores de formação do solo", Faculdade de Agronomia da UFRGS
Aula sobre "Fatores de formação do solo", Faculdade de Agronomia da UFRGSAula sobre "Fatores de formação do solo", Faculdade de Agronomia da UFRGS
Aula sobre "Fatores de formação do solo", Faculdade de Agronomia da UFRGSElvio Giasson
 
Aplicações do Geoprocessamento na Ciência do Solo, palestra apresentada no XX...
Aplicações do Geoprocessamento na Ciência do Solo, palestra apresentada no XX...Aplicações do Geoprocessamento na Ciência do Solo, palestra apresentada no XX...
Aplicações do Geoprocessamento na Ciência do Solo, palestra apresentada no XX...Elvio Giasson
 
Movimento de agua no solo
Movimento de agua no soloMovimento de agua no solo
Movimento de agua no soloElvio Giasson
 
Solos do RS para disciplina Introdução à Agronomia do Curso de Agronomia da U...
Solos do RS para disciplina Introdução à Agronomia do Curso de Agronomia da U...Solos do RS para disciplina Introdução à Agronomia do Curso de Agronomia da U...
Solos do RS para disciplina Introdução à Agronomia do Curso de Agronomia da U...Elvio Giasson
 

Más de Elvio Giasson (7)

Importância da avaliação de terras para o planejamento
Importância da avaliação de terras para o planejamento Importância da avaliação de terras para o planejamento
Importância da avaliação de terras para o planejamento
 
Aula sobre "Fatores de formação do solo", Faculdade de Agronomia da UFRGS
Aula sobre "Fatores de formação do solo", Faculdade de Agronomia da UFRGSAula sobre "Fatores de formação do solo", Faculdade de Agronomia da UFRGS
Aula sobre "Fatores de formação do solo", Faculdade de Agronomia da UFRGS
 
Aplicações do Geoprocessamento na Ciência do Solo, palestra apresentada no XX...
Aplicações do Geoprocessamento na Ciência do Solo, palestra apresentada no XX...Aplicações do Geoprocessamento na Ciência do Solo, palestra apresentada no XX...
Aplicações do Geoprocessamento na Ciência do Solo, palestra apresentada no XX...
 
Movimento de agua no solo
Movimento de agua no soloMovimento de agua no solo
Movimento de agua no solo
 
Morfologia do solo
Morfologia do soloMorfologia do solo
Morfologia do solo
 
Soil taxonomy
Soil taxonomySoil taxonomy
Soil taxonomy
 
Solos do RS para disciplina Introdução à Agronomia do Curso de Agronomia da U...
Solos do RS para disciplina Introdução à Agronomia do Curso de Agronomia da U...Solos do RS para disciplina Introdução à Agronomia do Curso de Agronomia da U...
Solos do RS para disciplina Introdução à Agronomia do Curso de Agronomia da U...
 

Último

ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 

Último (20)

ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 

Classificação Terra 40

  • 1. Sistema de Classificação da Capacidade de Uso das Terras Prof. Elvio GiassonProf. Elvio Giasson
  • 2. •O primeiro sistema de classificação da capacidade de uso das terras foi desenvolvido nos Estados Unidos pelo Serviço Nacional de Conservação do Solo (NRCS-USDA). •O método foi usado como base para muitos outros sistemas de avaliação de terras e tem sido muito utilizado em todo o mundo. •Sua origem é a década de 1930 e foi desenvolvido para uma condição socioeconômica comum em típicas fazendas familiares da parte central dos Estados Unidos, onde a conservação do solo e a prevenção da degradação das terras eram críticos. •Neste texto, o método de classificação da capacidade de uso das terras refere-se ao método desenvolvido pelo NRCS-USDA (Klingebiel e Montgomery, 1961), embora deva ser reconhecido que o termo “capacidade de uso” é usado em diversos sistemas de classificação de terras. Sistema de Classificação da Capacidade de Uso das Terras
  • 3. •A classificação da capacidade de uso das terras é um sistema de agrupamento das terras baseado principalmente na sua capacidade de produzir cultivos e pastagens sem degradadas as terras por um longo período de tempo. •Este sistema tem o propósito de ajudar a decidir qual a combinação de uso agrícola das terras e medidas de controle à erosão que permitam o aproveitamento mais intensivo das terras de forma sustentável. •O sistema agrupa as glebas em um pequeno número de categorias ou classes hierarquicamente ordenadas, de acordo com os valores limites de um número de propriedades do solo e do local. •É um grupamento qualitativo de tipos de terras sem considerar a localização ou as características econômicas da terra.
  • 4. •O sistema classifica as terras segundo uma seqüência de usos ordenados de forma descendente de nível de intensidade de movimentação do solo e necessidade de práticas conservacionistas. •À medida que a classe de capacidade de uso decresce, o número de usos possíveis também decresce. •A terra na menor classe de capacidade pode ser utilizada apenas para recreação ou preservação ambiental. •A terra é classificada com base em suas limitações permanentes. •Isto implica na comparação de certas características de cada gleba com os valores críticos de cada classe de capacidade de uso. •Caso uma única limitação seja suficientemente grave para rebaixar a terra a uma classe inferior, esta será a classificação final, não importando quão favoráveis sejam as outras características (Dent &Young, 1981; McRae & Burnham, 1981).
  • 5.
  • 6. •A classificação da capacidade de uso é uma classificação interpretativa baseada na combinação dos efeitos do clima e características permanentes do solo sobre os riscos de degradas os solos, limitação ao uso e capacidade de produção , e requerimentos de manejo do solo. •A declividade, a textura, a profundidade do solo, os efeitos de erosões anteriores, a permeabilidade, a capacidade de reter umidade, o tipo de argila e outras características similares são consideradas qualidades permanentes do solo. As diversas suposições consideradas pelo sistema que são listadas a seguir (Klingebiel e Montgomeri, 1961):
  • 7. •Os solos dentro de uma capacidade de uso são similares somente em relação ao grau de limitações ao uso agrícola ou riscos de serem degradados quando usados; •Uma relação favorável entre o que se gasta e o que se produz é um dos critérios comuns usados para classificar um solo numa classe de uso; •Pressupõe-se um nível moderadamente alto de manejo; •As classes de capacidade de uso I a IV se distinguem uma da outra pela soma de graus de limitação ou riscos, que afeta os requerimentos de manejo. Assim, diferenças de necessidade de manejo podem ser maiores entre solos na mesma classe do que solos de outra classe que apresentam a mesma limitação;
  • 8. •Não são consideradas limitações permanentes o excesso ou falta de água, a presença de pedras, a presença de sais solúveis ou sódio ou o perigo de inundações, desde que seja possível a eliminação destas limitações; •Os solos onde melhorias são possíveis são avaliados com suas condições após a implementação das melhorias; •A classificação da capacidade de uso é dinâmica e pode ser alterada com a aquisição de novas informações; • O sistema não considera distâncias de mercado, os tipos de estradas ou rodovias, o tamanho e a forma da área, a localização das áreas, as habilidades ou outras características dos produtores rurais; •Áreas que devem ser colhidas a mão não podem ser classificadas nas classes I a IV; •Os solos adequados para cultivos também são adequados para pastagens, reflorestamento e preservação da flora e da fauna; •Para classificar em unidades, classes e subclasses de capacidade de uso, deve-se dispor de informações oriundas de experimentação científica.
  • 9. O sistema de capacidade de uso possui quatro níveis categóricos: a) Grupos de Capacidade de Uso b) Classes de Capacidade de Uso c) Subclasses de Capacidade de Uso d) Unidades de Capacidade de Uso
  • 10. a) Grupos de Capacidade de Uso Expressam o potencial de utilização agrícola, sendo estabelecidos com base na intensidade de uso das terras. A intensidade de uso é definida pela maior ou menor mobilização imposta ao solo, expondo- o a certos riscos de erosão e/ou perda da produtividade, decorrentes de distúrbios no solo, ou na redução da cobertura vegetal. GRUPO A: Terras próprias para culturas (anuais e perenes) e outros usos. Abrange quatro classes de capacidade de uso (I, II, III e IV); GRUPO B: Terras impróprias para culturas, mas adaptáveis para pastagens, silvicultura e refúgio da vida silvestre (V,VI e VII); GRUPO C: Terras impróprias para a exploração agrícola econômica, podendo servir apenas para recreação, abrigo da vida silvestre e outros usos não agrícola (VIII).
  • 11. b) Classes de Capacidade de Uso das Terras As classes de capacidade de uso são baseadas nas alternativas de uso e no grau das limitações. Terras comportando as mesmas alternativas de uso e apresentando limitações semelhantes, são incluídas na mesma classe. (I à VIII) A - Terras próprias para culturas, pastagens e florestas. Classe I: Terras aparentemente sem problemas de conservação (verde claro). •Inclui as terras altamente produtivas, praticamente planas, fáceis de serem trabalhadas, sem erosão aparente, sem pedras e bem drenadas. •Não exigem práticas especiais de melhoramento ou proteção. •São recomendadas apenas: - rotação de culturas, adubação de manutenção e tratos culturais normais. Classe II: Terras com problemas simples de conservação (amarelo). •Inclui as terras produtivas, com declives suaves, facilmente trabalháveis, erosão ligeira, podendo apresentar pedras ocasionais (menos de 1% da área). •Exigem práticas simples de conservação, tais como: - plantio em nível; culturas em faixas; uso de fertilizantes e corretivos.
  • 12. Classe III: Terras com problemas complexos de conservação (vermelho) •Inclui as terras com produtividade pelo menos razoável, podendo apresentar declive e erosão moderados, ser planas e mal drenadas, apresentar pedras e sulcos de erosão ou estar temporariamente encharcadas. •Exigem práticas intensivas tais como: terraceamento; cordões de contorno; remoção de pedras; drenagem artificial; irrigação; adubação e calagem; mesmo em pastagem é importante a construção de sulcos em nível. Classe IV: Terras com sérios problemas de conservação (azul). •Inclui as terras pouco produtivas, com declives fortes, erosão acentuada, solos rasos ou com bastante pedras. •Cultivados ocasionalmente ou em extensão limitada, sendo melhor aproveitadas para culturas perenes ou pastagens, com práticas intensivas de melhoramentos ou proteção.
  • 13. B) Terras impróprias para culturas, mas próprias para pastagens e florestas: Classe V: Terras próprias para pastagens, florestas e silvicultura, sem restrições especiais de uso. (verde escuro). •Inclui as terras de boa produtividade, planas e não sujeitas à erosão, mas não se prestam para a agricultura por serem excessivamente úmidas ou sujeitas a inundações freqüentes ou por serem muito pedregosas. Classe VI: Terras próprias para pastagens e florestas, com restrições de uso. (alaranjado). •Inclui as terras de baixa produtividade, ou então com alta produtividade, mas com outros problemas, tais como pedregosas, muito inclinadas ou severamente erodidas. •Embora impróprias para o cultivo, essas terras podem sustentar uma vegetação permanente, como pastagens e florestas com restrições moderadas de uso. •As restrições referentes as pastagens são: ajuste do número de animais; divisão dos pastos; rotação do pastoreio; adubação das pastagens fracas e práticas mecânicas para o controle de erosão.
  • 14. Classe VII: Terras de pastagens ou florestas com severas restrições de uso (marron). •Inclui as terras de produtividade variável, mas em geral muito íngremes, severamente erodidas ou muito pedregosas. •Exigem grandes cuidados quando utilizadas para pasto ou floresta. •A maior parte dessas terras são indicadas para florestas. C - Terras impróprias para vegetação economicamente produtivas. Classe VIII: Terras impróprias para culturas, pastagens ou exploração florestal, podendo servir apenas para abrigo da fauna silvestre ou recreação. (roxo). •Inclui as terras excessivamente íngremes ou pedregosas, estéreis ou completamente arruinadas pela erosão. •Incluem-se nesta classe: - os brejos e pântanos, cuja recuperação não é econômica; - áreas que não possibilitam o desenvolvimento de vegetação (voçorocas, escavações, afloramentos de rochas, etc.). •Algumas terras da classe VIII, podem ser usadas para abrigo da fauna silvestre (caça e pesca) e outros como lugares de recreação.
  • 15. A - Terras cultiváveisA - Terras cultiváveis Classe IClasse I - ...sem problemas especiais de conservação;- ...sem problemas especiais de conservação; Classe IIClasse II - ...problemas simples de conservação;- ...problemas simples de conservação; Classe IIIClasse III - ...problemas complexos de conservação;- ...problemas complexos de conservação; Classe IVClasse IV - ...apenas ocasionalmente ou em extensão limitada,- ...apenas ocasionalmente ou em extensão limitada, com sérios problemas de conservação.com sérios problemas de conservação. B – Terras cultiváveis, apenas em casos especiais, para algumasB – Terras cultiváveis, apenas em casos especiais, para algumas culturas permanentes, e adaptadas, em geral, para pastagem ouculturas permanentes, e adaptadas, em geral, para pastagem ou reflorestamentoreflorestamento Classe VClasse V - ... sem necessidades especiais de conservação (sem- ... sem necessidades especiais de conservação (sem problemas de erosão, limitação devida à saturação por água-problemas de erosão, limitação devida à saturação por água- encharcamento);encharcamento); Classe VIClasse VI - ...com problemas especiais de conservação;- ...com problemas especiais de conservação; Classe VIIClasse VII - ...com problemas complexos de conservação.- ...com problemas complexos de conservação. C – Terras impróprias para vegetação produtiva e próprias paraC – Terras impróprias para vegetação produtiva e próprias para preservação permanentepreservação permanente Classe VIIIClasse VIII
  • 16. C) Subclasses de Capacidade de Uso As subclasses de capacidade de uso são definidas em função da natureza da limitação mais forte. As limitações que caracterizam as subclasses são: e - erosão ou risco de erosão. a ou (w) - excesso de água (ou deficiência de oxigênio). s - limitações devidas ao solo. c - limitações climáticas (principalmente precipitação). •As subclasses de capacidade de uso são identificadas por letras minúsculas, indicadoras do tipo de limitação mais forte, as quais são acrescentadas aos algarismos romanos que representam as classes de capacidade de uso. •Quando ocorrem duas espécies de limitação em graus semelhantes, são ambas indicadas separadas por uma vírgula.
  • 17. d) Unidades de Capacidade de Uso São baseadas nas condições específicas que influenciam o uso e/ou manejo das terras, podendo ser identificados por algarismos arábicos acrescentados aos símbolos da subclasse, separados por um hífen. A unidade de capacidade de uso torna mais explícita a natureza da limitação, facilitando a definição de práticas de manejo e conservação. Exemplo: Um solo pertencente à subclasse IIIs, ou seja sua maior limitação é devido ao solo, mas não indica realmente qual é essa limitação, pois pode ser problema de: pouca profundidade, ou apresentar muitas pedras, ou salinidade etc. Com o emprego da unidade, teríamos, por exemplo: III s-1 (indicando que a limitação é por problema de profundidade do solo); ou III s-3 (indicando que a limitação é devido à pedregosidade).
  • 18. e (exceto V) a c s 01. declive acentuado 02. declive longo 03. mudança textural abrupta 04. erosão laminar 05. erosão em sulcos 06. erosão em voçorocas 07. erosão eólica 08. depósitos de erosão 09. permeabilidade baixa 10. horizonte A arenoso 01. pouca profundidade 02. textura arenosa em todo perfil 03. pedregosidade 04. argilas expandidas 05. baixa saturação por bases 06. toxicidade de alumínio 07. baixa capacidade de troca 08. acidos sulfatados ou sulfetos 09. alta saturacão com sódio 10. excesso de sais solúveis 11. excesso de sais solúveis 01. lençol freático elevado 02. risco de inundação 03. subsidência em solos orgânicos 04. deficiência de oxigênio no solo 05. neve I II III VI V IV VII VIII 01. seca prolongada 02. geada 03. ventos frios 04. granizo GRUPOS CLASSES UNIDADES DE USOSUBCLASSES Esquema de classes, subclasses e unidades de capacidade de uso.
  • 19. O agrupamento dos solos em classes e subclasses de capacidade de uso está baseado na avaliação do seguinte: •habilidade do solo em responder ao uso e manejo, evidenciado pelo teor de matéria orgânica, % de saturação de bases, classe textural, tipo de material de origem, capacidade de água disponível, resposta a adubações e outras características do solo; •textura e estrutura do solo na profundidade que influi o ambiente das raízes e o movimento de ar e água; •suscetibilidade à erosão, evidenciada pela classe taxonômica do solo e declividade; •excesso superficial de água periódica ou contínua causada pela baixa permeabilidade do solo ou a presença de lençol freático superficial ou por inundação; •profundidade do solo ou presença de camadas que inibam a formação de raízes; •presença de sais tóxicos ao crescimento das plantas; •obstáculos físicos, tais como rochas e outros; •clima, temperatura e umidade efetiva.
  • 20. Existem dois processos que podem ser usados para o enquadramento das terras em classes, o método paramétrico e o método sintético (Young, 1976, citado em Lepsch et al. 1991). •Quando se usa o método sintético, analisa-se como um todo o conjunto de informações sobre as limitações da terra ao uso e determina-se a classe de capacidade de uso por comparação com a situação ideal e avaliando-se a necessidade de práticas conservacionistas e a possibilidade de uso. •No método paramétrico utilizam-se pesos ou parâmetros quantitativos ou qualitativos para o enquadramento em classes de capacidade de uso. •Por exemplo, determinando-se qual o grau de limitação ou qual o valor medido de uma característica que é o máximo admissível para que a terra seja enquadrada numa determinada classe. •Este processo baseia-se em tabelas ou chaves, que embora requeiram um processo subjetivo de elaboração, servem para permitir a uniformização e possibilidade de repetição do processo de classificação das terras.
  • 21. Clase Característica I II III IV V VI VII Regime de umidade e temperatura do solo Udico e mésico ou mais quente Údico intermediár io para ustico ustico Ústico intemediário para ustico - Ústico intemediár io para tórrico torrico Umidade do solo: condutividade após drenagem (cm/h) >2 >2 0,125-2,0 <0,125 - - - Efeito do sal nos cultivos - ligeira moderada Séria em terras cultivadas - Séria em terras cultivadas Satisfatório cresciment o virtualment e impossível Concentração de sal (%) Condutividade do extrato saturado (umho/cm) - 4-8 8-10 10-15 - 10-15 >15 Perda de solo estimada para cultivo morro abaixo, 9% declive e 22,1m de comprimento (ton/há) 0-8 8-31 31-78 78-144 - 144-222 >222 Profundidade do solo (cm) >90 50-90 25-50 <25 Critérios sugeridos para a alocação de terras no Sistema de Classificação da Capacidade de Uso no Texas e Oklahoma (Adaptada de McRae e Burnham (1981).
  • 22. LIMITAÇÀO SIMBOLO CLASSES DE LIMITAÇÀO CLASSES DE CAPACIDADE DE USO I II III IV V VI VII VIII A O -3 % X CLASSES B 3 -6% X C 6 -12% X DE D 12 -20% X E 20 -40% X DECLIVE F 40 - 70% X G 70 -100% X FERTILI 1 MUITO ALTA X DADE 2 ALTA X 3 MÉDIA X APARENTE 4 BAIXA X 5 MUITO BAIXA X 1 MAIS DO QUE 200CM X PROFUND. 2 100 - X 3 50 - X EFETIVA 4 25 - X 5 MENOS QUE X DRENAGEM 1 EXCESSIVA X 2 BOA X INTERNA 3 MODERADA X 4 POBRE X 5 IMPEDIDA X DEFLÚVIO 1 MUITO RÁPIDO X 2 RÁPIDO X SUPERFICIALLLL 3 MODERADO X 4 LENTO X 5 MUITO LENTO X 1 SEM PEDRAS X 2 MENOR OU = A 1% X PEDREGO- 3 1 - 10% X 4 10 - 30% X SIDADE 5 30 - 50% X 6 MAIS DE 50% X RISCO DE 1 OCASIONAIS X 2 FREQUENTES X INUNDAÇÃO 3 MUITO FREQUENTES X 0 NÃO APARENTE X EROSÃO 1 LIGEIRA X 2 MODERADA X LAMINAR 3 SEVERA X 4 MUITO SEVERA X 5 EXTREMA/TE SEVERA X EROSÃO 7 OCASIONAIS X EM SULCOS 8 FREQUENTES X SUPERFIC. 9 MUITO FREQUENTES X EROSÃO 7 OCASIONAIS X EM SULCOS 8 FREQUENTES X RASOS 9 MUITO FREQUENTES X EROSÃO 7 OCASIONAIS X EM SULCOS 8 FREQUENTES X PROFUNDOS 9 MUITO FREQUENTES X EROSÃO EM 7V OCASIONAL X VOÇOROCA 8V FREQUENTE X 9V MUITO FREQUENTE X
  • 23. CLASSES DE LIMITAÇÃO FATOR DESCRIÇÃO QUANTIFICAÇÃO CLASSES DE CAPACIDADE DE USO I II III IV V VI VII VIII Profundidade efetiva Muito profundo +200 cm x x x x x x x x Profundo 100m a 200 cm x x x x x x x x Moderadamente profundo 50 a 10 cm x x x x x x x Raso 25 a 50 cm x x x x x Muito raso < 25 cm x x x Drenagem interna Excessiva x x x x x x x Boa x x x x x x x x Moderada x x x x x x x Pobre x x x x x x Muito pobre x x x x Declividade Levemente ondulado 0 a 3% x x x x x x x x Pouco ondulado 3 a 5% x x x x x x Ondulado 5 a 12% x x x x x Acidentado 12 a 20% x x x x Muito acidentado 20 a 40% x x x Excessivamente acidentado >40% x x Erosão laminar Não aparente >25 cm x x x x x x x x Ligeira 25 a 15 cm x x x x x x x Moderada 15 a 5 cm x x x x x Severa (horizonte B exposto) - x x x Muito severa (B muito erodido) - x x Extremamente severa (afloramento do C) - x Em sulcos em função da freqüência de aparecimento Ocasionais < 30 sulcos x x x x x x Freqüentes  30 sulcos x x x x x Muito frequentes  75% da área x x x x Em sulcos em função da profundidade Superficiais Podem ser cruzados e desfeitos x x x x x Rasos Podem ser cruzados mas não desfeitos por preparo normal x x x x Profundos Não podem ser cruzados por máquinas x x Fatores determinantes das classes de capacidade de uso (Adaptado de Estado do RS, 1983)
  • 24. Vantagens do uso do sistema (McRae e Burnham, 1981): •o sistema apresenta uma divisão em um pequeno número de categorias, tornando-o de fácil entendimento; •o sistema é qualitativo, o que é uma forma realística de proceder no atual estado do conhecimento; •o sistema é versátil, pois a natureza e a severidade das limitações consideradas podem ser modificadas para adequar-se a condições locais; •o sistema pode ser aplicado facilmente por especialista, sendo também facilmente aplicável por pessoas menos experientes quando usa-se o método paramétrico; •é apresentada uma classificação com fins genéricos que mostra claramente quais são as terras capazes de sustentar o crescimento de plantas;
  • 25. •ajuda a encorajar a conservação do solo, pois evidencia os efeitos adversos do mal uso dos solos; •reflete a aptidão atual da terra num nível de manejo, mas pode também ser projetado para níveis de manejo mais altos; •a hierarquia do sistema (classes, subclasses e unidades) permite que o sistema seja aplicado no nível mais apropriado; •é uma forma útil de relacionar informações ambientais, de solo e tecnológicas para produção agrícola; •os resultados da classificação podem ser facilmente demonstrados em mapas; •é muito utilizado, tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento; •os resultados são razoáveis e aceitáveis, usualmente concordando com a opinião local.
  • 26. Como desvantagens do uso do sistema, pode-se citar (McRae e Burnham, 1981): •o sistema é subjetivo, principalmente quando usado o método sintético, onde simplesmente a opinião do avaliador é considerada. Entretanto, ao menos a subjetividade é óbvia, e não obscurecida através de fórmulas matemáticas; •as interações entre diferentes fatores limitantes são difíceis de serem consideradas; •a divisão em poucas categorias é um pouco grosseira; •a ordenação dos potenciais tipos de uso pode dar a impressão errada de verdadeiro valor da terra para uso. Por exemplo, terras das classes V e VI podem ser ideais para o uso muito valorizado com arroz irrigado; •não há indicação de aptidão da terra para um cultivo específico; •o sistema não considera fatores sócio-econômicos, não indicando o valor monetário relativo da terra ou sua lucratividade, importante para planejadores; •é um sistema negativo, enfatizando mais as limitações do que o potencial positivo das terras; •pode ser difícil de determinar a capacidade de uso das terras quando há