Este documento apresenta um estudo sobre a germinação de esporos e desenvolvimento inicial de gametófitos de duas espécies de fetos, Alsophila setosa e Cyathea atrovirens, sob diferentes intensidades luminosas. Os resultados mostram que a percentagem de germinação e desenvolvimento dos gametófitos variou entre as espécies e condições de luz, sugerindo que C. atrovirens tem vantagem na ocupação de novos habitats.
Ciclo de Vida de Fungos Ascomicetes e Desenvolvimento Inicial de Gametófitos de Fetos
1. ESCOLA SECUNDÁRIA D. MARIA II
PROVA DE AVALIAÇÃO BIOLOGIA E GEOLOGIA
11.º ANO
Ano Letivo 2012/2013
GRUPO I
Os fungos pluricelulares são constituídos por hifas, que no seu conjunto formam um micélio.
A Figura 1 representa o ciclo de vida de um fungo pluricelular da classe Ascomycetes.
Figura 1
Na resposta aos itens 1.1. e 1.2., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida. (18 pontos)
1.1. O ciclo de vida representado é
(A) haplonte com meiose pós-zigótica, sendo o micélio uma entidade haploide.
(B) haplonte com meiose pré-espórica, sendo o micélio uma entidade haploide.
(C) haplodiplonte com meiose pós-zigótica, sendo o micélio uma entidade diploide.
(D) haplodiplonte com meiose pré-espórica, sendo o micélio uma entidade diploide.
1.2. Relativamente ao ciclo de vida do fungo representado, verifica-se que
(A) o micélio é uma entidade cuja ploidia é diferente da dos ascósporos.
(B) o processo II envolve fenómenos de recombinação génica.
(C) as hifas resultantes da germinação dos ascósporos são geneticamente iguais.
(D) a germinação dos ascósporos é responsável pela alternância de fases nucleares.
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2. Germinação de Esporos e Desenvolvimento da Fase Gametófita em Fetos
Num ecossistema, a ocorrência e a distribuição dos esporófitos (entidades multicelulares produtoras
de esporos) das plantas da classe Polypodiopsida dependem do estabelecimento e do desenvolvimento
dos seus gametófitos (entidades multicelulares produtoras de gâmetas).
Para melhor compreender a biologia destes fetos, é necessário o conhecimento de todos os estágios
do seu ciclo biológico haplodiplonte, bem como do seu comportamento em função de diversos fatores
ambientais.
Foi realizado um estudo sobre a germinação de esporos sob diferentes condições de irradiância e
sobre o desenvolvimento dos gametófitos de duas espécies de fetos arborescentes – Alsophila setosa e
Cyathea atrovirens. Isolaram-se esporófitos férteis, que foram acondicionados em sacos de papel, à
temperatura ambiente, durante 48 horas, para recolha dos esporos libertados. Amostras de 20 mg de
esporos foram colocadas em 20 mL de um meio de cultura padrão, numa câmara para germinação e
cultura, em cinco prateleiras sujeitas a diferentes intensidades de fluxo de fotões (μmol m–2 s–1). Para
cada tratamento, foram realizadas cinco repetições, com fotoperíodo de 12 h luz e temperatura de 24±
1 ºC.
O acompanhamento das culturas foi feito desde a inoculação dos esporos até à formação do
gametófito. Foram efetuados registos da germinação nos 6.º, 9.º e 12.º dias.
A capacidade de germinação dos esporos no escuro também foi verificada, tendo os resultados sido
negativos.
Registaram-se diferenças na capacidade de germinação dos esporos e no desenvolvimento dos
gametófitos, em cada prateleira. Em Alsophila setosa, aos 15 dias de cultivo, 64% dos gametófitos, em
média, apresentavam-se numa fase com emergência de rizóides e de células fotossintéticas, enquanto
em Cyathea atrovirens apenas 58% dos gametófitos se apresentavam nessa fase.
Os dados referentes à germinação dos esporos de ambas as espécies foram transformados em
percentagens e estão registados nos gráficos seguintes.
Alsophila setosa
Cyathea atrovirens
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3. Na resposta a cada um dos itens de 2.1. a 2.6, selecione a única opção que permite obter uma
afirmação correta. Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção
escolhida. (54 pontos)
2.1. Em Alsophila setosa, a intensidade luminosa para a qual se verifica uma diferença maior na
percentagem de germinação do 6.º para o 12.º dia é
(A) 150 μmol m–2 s–1.
(B) 100 μmol m–2 s–1.
(C) 125 μmol m–2 s–1.
(D) 60 μmol m–2 s–1.
2.2. Os valores mínimo e máximo de germinação de Cyathea atrovirens foram atingidos,
respetivamente, com irradiâncias de
(A) 100 μmol m–2 s–1 ao 6.º dia e de 125 μmol m–2 s–1 ao 12.º dia.
(B) 100 μmol m–2 s–1 ao 9.º dia e de 125 μmol m–2 s–1 ao 12.º dia.
(C) 60 μmol m–2 s–1 ao 6.º dia e de 125 μmol m–2 s–1 ao 9.º dia.
(D) 60 μmol m–2 s–1 ao 9.º dia e de 125 μmol m–2 s–1 ao 9.º dia.
2.3. Na situação experimental descrita, a variável em estudo é
(A) a espécie de feto.
(B) a intensidade luminosa.
(C) o período de exposição à luz.
(D) o desenvolvimento dos esporos.
2.4. Uma das condições que contribuíram para a fiabilidade dos resultados foi o facto de
(A) os esporos mantidos na escuridão não terem germinado.
(B) terem sido registadas diferenças na percentagem de germinação dos esporos das duas
espécies.
(C) os esporos terem sido mantidos em condições semelhantes ao longo dos dias.
(D) terem sido realizadas repetições da atividade experimental.
2.5. Na conquista do ambiente terrestre, a tendência evolutiva das plantas foi no sentido de um
predomínio da fase
(A) haplóide e da fecundação cruzada.
(B) diplóide e da fecundação cruzada.
(C) haplóide e da autofecundação.
(D) diplóide e da autofecundação.
2.6. No ciclo de vida de Alsophila setosa, o gametófito é uma entidade
(A) haplóide, que resulta das sucessivas divisões do esporo.
(B) diplóide, que resulta das sucessivas divisões do esporo.
(C) haplóide, que resulta das sucessivas divisões do zigoto.
(D) diplóide, que resulta das sucessivas divisões do zigoto.
3. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de acontecimentos
relacionados com o ciclo de vida dos fetos. Inicie a sequência pelo acontecimento que envolve a
entidade pluricelular diplóide. Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência de letras. (19 pontos)
A. Germinação do esporo.
B. Desenvolvimento do esporófito.
C. Formação de gametângios.
D. Formação do zigoto.
E. Desenvolvimento do gametófito.
4. Explique, com base nos resultados experimentais relativos à germinação dos esporos e ao
desenvolvimento inicial dos gametófitos, em que medida se pode concluir que Cyathea atrovirens
apresenta vantagem competitiva na ocupação de novos nichos ecológicos. (19 pontos)
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4. GRUPO II
As Feófitas são algas castanhas macroscópicas, que apresentam dimensões muito variadas,
podendo atingir cerca de cem metros de comprimento. Sendo um grupo maioritariamente marinho,
com cerca de 1500 espécies, encontra-se geralmente próximo da superfície do mar. O talo das Feófitas
diferencia-se em três partes: o disco de fixação, que lhes permite fixarem-se a um substrato, o estipe,
cilíndrico e alongado, e a lâmina, que encima o estipe. Possuem como pigmentos fotossintéticos as
clorofilas a e c, associadas a carotenóides, que lhes conferem a cor castanha. A parede celular contém
fundamentalmente celulose, apresentando outras substâncias como a algina, utilizada no fabrico de
doces, gelados e na indústria farmacêutica, tendo a laminarina como substância de reserva.
A maior das algas castanhas, Macrocystis, também denominada «sequóia dos mares», pode
ultrapassar cem metros de comprimento. O crescimento de Macrocystis é assegurado pela atividade de
uma região meristemática, localizada na junção do estipe com a lâmina. Esta alga não necessita de um
mecanismo para o transporte interno de água. Contudo, precisa de conduzir glícidos das zonas
superiores do talo, mais bem iluminadas, para as zonas mais profundas. O estipe possui cordões de
células alongadas, que se assemelham ao floema, por apresentarem placas crivosas.
No ciclo de vida de outra Feófita, a Laminaria, representado na Figura 2, as fases haplóide e
diplóide são perfeitamente distintas. A alga é o esporófito e, na sua superfície, desenvolvem-se
esporângios, produtores de esporos. Estes originam gametófitos filamentosos e microscópicos, que
produzem gâmetas, oosferas e anterozóides. Após a sua união, os zigotos desenvolvem-se em novas
algas de Laminaria.
Figura 2 - Representação esquemática do ciclo de vida de Laminaria.
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5. Na resposta a cada um dos itens de 1.1. a 1.5, selecione a única opção que permite obter uma
afirmação correta. Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção
escolhida. (45 pontos)
1.1. Macrocystis e Laminaria têm em comum com os organismos do reino Plantae
(A) a nutrição por absorção com digestão extracorporal.
(B) a substância de reserva e a organização celular.
(C) a presença de clorofila e o polissacarídeo estrutural.
(D) a produção de energia química através da quimioautotrofia.
1.2. Na região meristemática do estipe de Macrocystis, encontra-se um grande número de células
em divisão
(A) meiótica, responsável pela sobrevivência em condições desfavoráveis.
(B) meiótica, responsável pelo crescimento e pela renovação celular.
(C) mitótica, responsável pelo crescimento e pela renovação celular.
(D) mitótica, responsável pela sobrevivência em condições desfavoráveis.
1.3. No ciclo de vida de Laminaria, esquematizado na Figura 6, o processo que origina a
variabilidade genética da descendência, através do crossing-over, ocorre na formação de _______,
originando estes entidades _______ e pluricelulares.
(A) gâmetas … diplóides
(B) esporos … haplóides
(C) esporos … diplóides
(D) gâmetas … haplóides
1.4. As células do esporófito, no ciclo de vida de Laminaria, são geneticamente idênticas ao
_______ e as células dos gametófitos _______ pares de cromossomas homólogos.
(A) esporo … apresentam
(B) zigoto … apresentam
(C) esporo … não apresentam
(D) zigoto … não apresentam
1.5. Na fase haplóide do ciclo de vida de Laminaria,
(A) os gametófitos resultam da germinação de esporos diferentes.
(B) os gametófitos são entidades unicelulares que participam na fecundação.
(C) o esporófito é uma entidade pluricelular que forma esporângios.
(D) o esporófito origina esporos morfologicamente diferentes.
A meiose e a fecundação são dois processos complementares na reprodução sexuada.
Os diagramas l e II da Figura 3 representam os ciclos de vida de duas espécies diferentes.
Figura 3
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6. Na resposta aos itens 2.1. e 2.2., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida. (18 pontos)
2.1. O representa o ciclo de vida da gaivota, no qual a entidade adulta forma, por meiose, células
representadas por
(A) diagrama I (...) T
(B) diagrama I (...) R
(C) diagrama II (…) T
(D) diagrama II (...) R
2.2. As afirmações seguintes dizem respeito a características comuns aos ciclos de vida
representados na Figura 3. Selecione a alternativa que as avalia corretamente.
1. As entidades P pertencem à fase haplóide.
2. Os gâmetas estão representados pelas entidades T.
3. Na formação das entidades R, ocorre a segregação dos cromossomas homólogos.
(A) 1 e 3 são verdadeiras; 2 é falsa.
(B) 3 é verdadeira; 1 e 2 são falsas.
(C) 1 e 2 são verdadeiras; 3 é falsa.
(D) 2 é verdadeira; 1 e 3 são falsas.
Nos mamíferos, incluindo a espécie humana, a reprodução é exclusivamente sexuada, existindo
unissexualismo, pois os sexos estão separados.
Na resposta aos itens 3.1. e 3.4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida. (27 pontos)
3.1. A produção de espermatozoides e de óvulos ocorre _______, respetivamente nos testículos e
nos ovários, por um processo em que intervém a _______.
(A) nas gónadas … meiose
(B) nas gónadas … mitose
(C) nos gametângios … meiose
(D) nos gametângios … mitose
3.2. Na espécie humana, a _______ ocorre durante a formação dos gâmetas, que, quando se unem
(fecundação), dão origem a um zigoto _______.
(A) meiose … diploide
(B) meiose … haplóide
(C) mitose … diploide
(D) mitose … haplóide
3.3. O ser humano é um ser _______, pois, como a meiose é _______, todo o ciclo de vida decorre
na fase _______.
(A) diplonte … pós-zigótica … diploide e só os ovários e testículos pertencem à fase haplóide
(B) diplonte … pré-gamética … diploide e só os gâmetas pertencem à fase haplóide
(C) haplonte … pós-zigótica … haplóide e só os ovários e testículos pertencem à fase diploide
(D) haplonte … pré-gamética … haplóide e só os gâmetas pertencem à fase diploide
FIM DA PROVA
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