O documento discute a importância da análise do solo antes de obras de construção civil. Uma avaliação adequada do solo é essencial para determinar o tipo de fundação e garantir a estabilidade da estrutura, evitando riscos como desabamentos. Os principais tipos de solo são areia, argila e silte, e sua composição afeta significativamente o projeto da obra.
2. O solo é uma camada mais superficial da crosta
terrestre,onde se desenvolve muitas plantas e
vive uma grande variedade de animais.
Esta camada,o solo, não é muito
profunda;tem,em média, trinta centímetros de
espessura.
Ela vem se formando há milhões de anos, com o
acúmulo de pequeníssimas partículas, formadas
pelo desgaste das rochas, que formam se
misturando com os restos de animais e plantas.
3. O solo é constituído de duas partes:
A primeira é uma camada geralmente escura,
que fica bem em cima e é composta pela
mistura de restos de animais e vegetais,
formando a parte orgânica do solo ou húmus;
a outra, contendo areia, calcário e argila,
forma a parte mineral do solo, juntamente
com a água e o ar.
4. Muitos solos podem ser formados pelo
transporte de sedimentos levados pelo vento,
chuva
ou pela águas do rios, como as dunas e as
terras de aluvião.
Quando o solo é originado da própria rocha
matriz é chamada de autóctone e quando é
formado através do transporte de sedimentos
é chamado de alóctone.
5.
6. O solo é originado de uma rocha matriz, pois
inicialmente na crosta terrestre só havia rocha.
Com o tempo e sob a ação do calor, do vento e
da água, ela foi se desgastando e formando uma
parte mineral(areia, calcário e argila) e uma outra
parte orgânica(húmus restos de animais e
vegetais em decomposição.
Quando um certo elemento, que compõe o solo,
existe em maior quantidade que os demais,
caracteriza o tipo do solo.
7. Solo arenoso
O solo chamado arenoso possui uma
quantidade maior de areia do que outros
componentes. Este solo, por ser formado em
grande parte de grãos de areia, deixa espaços
entre os grãos, proporciona uma passagem
maior de água e circulação de ar, sendo assim
muito permeável.
Os solos arenosos, sendo bastante permeável,
são pobres em vegetação, pois não fornece as
substâncias necessárias à maioria das plantas,
como principalmente a água.
8. Já os solos argilosos, onde os grãos são bem
menores que os grãos de areia, retêm mais água,
isto é, são pouco permeáveis e bem menos
arejados, porque os espaços são menores
dificultando o escoamento de água e a entrada
de ar.
Quando estes solos secam, racham-se e
arrebentam as raízes das plantas,
consequentemente matando-as. O solo argiloso
não é bom para o cultivo de determinados
vegetais, mas alguns se desenvolvem bem, como
o cafeeiro.
9. Outro tipo de solo é o Humífero, que tem um
aspecto escuro, o que demonstra a existência de
matéria orgânica, o húmus, tornando este solo
fértil. No solo humífero vivem seres vivos
microscópicos, quer dizer, tão pequeno que só
podem ser vistos pelo microscópio, que
transformam os nutrientes, ou melhor,
substâncias presentes no solo, para serem
utilizadas pelos vegetais na sua nutrição. O
Húmus é muito bom para o cultivo de plantas em
geral e para a jardinagem. Além de seres vivos
microscópio, podemos encontrar outros
pequenos animais, como minhoca, tatuzinhos de
jardim e outros.
10.
11. Na construção de um imóvel, um engenheiro
geólogo é de fundamental importância, tanto
quanto a equipe de engenheiros civis e
arquitetos.
12.
13. Ao término de uma obra bem-sucedida, o
resultado do trabalho, normalmente, é
creditado aos arquitetos, engenheiros e,
quando muito, aos operários. No entanto,
profissionais de outras áreas participam do
processo com a mesma importância de quem
desenha a planta e executa o projeto. Há uma
área da construção civil que pode até não ser
notada, mas produz resultados
imprescindíveis: a análise ambiental.
14. Neste meio estão inclusos pesquisas e
estudos detalhados sobre diversos fatores e
resultados ligados ao impacto causado pela
obra no meio ambiente. Dentre eles, a análise
do solo torna-se fundamental para que a
construção civil não traga desdobramentos
inesperados para a sociedade e, logicamente,
para a natureza. Afinal, o chão é a base sobre
a qual o projeto será erguido.
15.
16. O engenheiro florestal e técnico em
geoprocessamento Marcos Paulo Ribeiro Kern, da
Ecotech Consultoria Ambiental, destaca que
verificar previamente o solo é indispensável para
obras de qualquer tamanho. “Para as de pequeno
porte e de caráter passageiro, muitas vezes a
avaliação primária já identifica se é possível ou
não construir naquela área. Em construções de
casas e obras que não transferem muita carga
para o solo, a análise não é imprescindível, mas
recomendada para garantir a estabilidade de
qualquer empreendimento”, destaca.
17. As grandes obras são atividades de maior
cobrança e aos envolvidos atribui-se
responsabilidade maior. Marcos Paulo
ressalva que, para empreendimentos maiores,
é de suma importância avaliar a qualidade do
solo e sua resistência, pois este deverá
suportar uma enorme transferência de carga
sem romper ou escoar.
18. Marcos explica o processo e os riscos de uma
análise mal feita ou não realizada. “No solo as
estacas são cravadas para dar sustentação a toda
a obra. É o receptor final da carga dividida por
elas, que nas obras maiores são chamadas
fundações. Não analisá-lo traz um risco muito
grande e o esforço que ele requer para suportar
cargas, somado às variações de umidade que
suporta, precisa ser avaliado sempre. Deve-se
conhecer bem os limites de resistência do solo e
a que ponto de umidade ele perde sua
resistência”, resume.
19.
20. Ele ressalva a importância de se observar a
inclinação dos terrenos. “Solos de encostas
tendem a escorregar ao perder resistência. Já
em locais planos eles tendem a ceder. Isso
acontece devido à má impermeabilização e
compactação que permitem à água ocupar os
espaços vazios do solo, aumentando sua
umidade e tornando-o menos resistente”.
21.
22. Neuza Tavares, 46 anos, tem um prédio com
14 salas, construído em 1996, em Taguatinga
Sul. Na época, ouviu da empresa de
engenharia contratada que a construção de
três andares poderia afetar o córrego e o solo
de regiões próximas. Com o laudo em mãos,
foi atrás de especialista em recursos hídricos.
23. A análise do solo é essencial antes de uma
obra de qualquer dimensão. Um caso recente
que ficou nacionalmente conhecido
aconteceu em uma obra do governo federal:
o desabamento do teto do túnel Cuncas I,
localizado entre a Paraíba e o Ceará, o qual
integra as obras do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC) no Nordeste relativas à
transposição do rio São Francisco.
24.
25. O incidente ocorreu no último mês de abril
em Fortaleza e provocou a publicação, por
parte do Ministério de Integração Nacional,
de uma nota de esclarecimento na qual o
órgão dizia que o solo possui consistência
não uniforme nos arredores do desabamento.
O governo garantiu que a análise do solo foi
previamente realizada.
26. Dickran Berberian, engenheiro, professor da
Universidade de Brasília (UnB) e presidente da
empresa Infrasolo, estabelece uma ligação
interessante que ajuda a entender a
importância da análise do solo.
27. “As chamadas sondagens de terreno estão
hoje para a engenharia na mesma proporção
que os exames clínicos preliminares
apresentam-se para a medicina. Da mesma
forma que um médico não opera o paciente
sem examiná-lo, não deve haver obra sem
sondagem”, compara.
28. “As chamadas sondagens de terreno estão
hoje para a engenharia na mesma proporção
que os exames clínicos preliminares
apresentam-se para a medicina. Da mesma
forma que um médico não opera o paciente
sem examiná-lo, não deve haver obra sem
sondagem”, compara.
29. O professor lembra que a relação custo-
benefício da análise do solo é alta, pois a
falta desta etapa em um processo de
construção aumenta o nível de instabilidade
da obra. “Deve-se realizar os furos de
sondagem na proporção de um furo para
cada 200 m² de área de projeção para que se
avalie corretamente a estabilidade das
escavações”, resume.
30.
31. Trata se de um estudo muito importante pois se
inicia a obra com a documentação fundamental e
básica para desenvolver uma obra sem surpresas,
com a segurança de ter projetado o sistema
fundação justo e conveniente, baseado na
experiência dos engenheiros especialistas de
solos.
- Porque de acordo as características de
resistência e deformação de solos analisados se
determinam os tipos de fundações tecnicamente
possíveis, elegendo a mais econômica e simples
para a obra em questão
32. Esse tipo de estudo deve ser feito
imprescindivelmente em obras de médio a
grande porte, tais como:
Casas ou prédios a partir de dois pavimentos
Estradas
Barragens
Ferrovias etc..
33. Através dos estudos podemos conhecer o
tipo de solo e suas respectivas camadas, a
presença , vestígio de água ou umidade entre
outros.
Os três tipos principais de solo são:
Areia
Argila
Silte
34. São aqueles em que a areia predomina. Esta
compõe-se de grãos grossos, médios e finos,
mas todos visíveis a olho nu. Como
característica principal a areia não tem
coesão, ou seja, os seus grãos são facilmente
separáveis uns dos outros.
35.
36. Note-se que esta é uma situação clássica, e
acontece diariamente na cidade de Santos, SP,
onde são muito conhecidos os prédios inclinados
na beira da praia. Estes foram feitos com
fundação superficial que afundou quando mais e
mais construções surgiram ao lado pois estas,
além de aumentarem as cargas no solo, ajudaram
a abaixar o nível do lençol freático que, por sua
vez, já vinha diminuindo devido à crescente
pavimentação das ruas.
37.
38. O terreno argiloso caracteriza-se pelos grãos
microscópicos, de cores vivas e de grande
impermeabilidade. Como consequência do
tamanho dos grãos, as argilas:
• São fáceis de serem moldadas com água;
• Têm dificuldade de desagregação.
• Formam barro plástico e viscoso quando
úmido.
• Permitem taludes com ângulos praticamente na
vertical. É possível achar terrenos argilosos
cortados assim onde as marcas das máquinas
que fizeram o talude duraram dezenas de anos.
39.
40. O Silte está entre a areia e a argila e é o “primo
pobre” destes dois materiais nobres. É um pó
como a argila, mas não tem coesão apreciável.
Também não tem plasticidade digna de nota
quando molhado.
Estradas feitas com solo siltoso formam barro na
época de chuva e muito pó quando na seca.
Cortes feitos em terreno siltoso não têm
estabilidade prolongada, sendo vítima fácil da
erosão e da desagregação natural precisando de
mais manutenção e cuidados para se manter.
41.
42. O reconhecimento do tipo de solo pode ser
complicado. Em geral, os solos estão
misturados, é difícil achar um solo que seja
100% argila ou 100% areia. Por isto, usa-se
denominações como “argila silto-arenosa”,
“silte argiloso”, “areia argilosa” e similares. A
determinação do tipo de solo é fundamental
para a construção civil, em especial para o
cálculo da movimentação de terra e para a
escolha das fundações.
43. O solo ao sofrer solicitações se deforma,
modificando o seu volume e forma iniciais. A
magnitude das deformações apresentadas pelo
solo irá depender de suas propriedades elásticas
e plásticas e do carregamento a ele imposto. O
conhecimento das tensões atuantes em um
maciço de terra, sejam elas devido ao peso
próprio ou provenientes de um carregamento em
superfície (alívio de cargas provocado por
escavações) é de vital importância no
entendimento do comportamento de
praticamente todas as obras de Engenharia
geotécnica. Nos solos ocorrem tensões devidas
ao seu peso próprio e a carregamentos externos
44. Para obtermos as tensões em um
determinado tipo de solo desconsiderando as
tensões de cisalhamento, para um solo com
camadas horizontais, utilizamos a seguinte
fórmula.
Onde
Sigma = Tensão Total vertical
Gama = Tensão exercida pelo solo
Z = Cota Vertical
45. 1 Com base nas informações acima, calcule a
tensão Total exercida pelo solo abaixo
46.
47. Os poços de inspeção são executados em
terrenos que permitam a sua escavação, sem
escoramento, atingindo usualmente até 2,00
m a 3,00 m de profundidade.
Objetivo
Conhecer o perfil do terreno , grau de
compactação das camadas e coletas de
amostras deformadas e indeformadas
48.
49. São Valas longas com profundidade máxima
de 2 metros, para uma investigação linear das
primeiras camadas do terreno, em situações
específicas.
50. A sondagem a trado é feita manualmente,
tem por objetivo coletar amostras
deformadas para a execução de ensaios de
laboratório, determinar o perfil estratigráfico
do solo em pequenas profundidades, sem a
obtenção dos índices de resistências, e
observação nível do lençol freático. No Brasil
possui metodologia normatizada pela NBR-
9603/86 - "
51. Para a execução da sondagem utiliza-se o
equipamento denominado como trado,
podendo ele ser no formato cavadeira e
Helicoidal, ponteira constituída por peça de
aço.
A sondagem deve ser iniciada com o trado
cavadeira, utilizando a ponteira para
desagregação de terrenos duros e
compactos, sempre que necessário. Quando
o avanço do trado cavadeira se tornar difícil,
deve ser utilizado o trado helicoidal.
52. As amostras são coletadas a cada metro,
sendo que, quando ocorrer mudança de
material no mesmo metro deve ser separado
as amostras identificando de acordo com a
profundidade de cada uma. Amostras com
finalidades especificas para obtenção de
umidade natural, são acondicionada em
recipientes com tampa hermética, parafinada
ou selada com fita adesiva, para manter as
propriedades de origem do material
53. As demais amostras são acondicionas em
sacos de lona ou plásticos devidamente
identificados e encaminhados ao laboratório
de solos. Ao se atingir o nível do lençol
freático, é interrompida a perfuração, anota-
se a profundidade e passa-se a observar o
mesmo, efetuando-se leituras a cada 5
minutos, durante 30 minutos. O nível
também é anotado após 24hs da conclusão
do furo.
54.
55. Também conhecido como sondagem
à percussão ou sondagem de simples
reconhecimento, é um processo de
exploração e reconhecimento do subsolo,
largamente utilizado na engenharia civil para
se obter subsídios que irão definir o tipo e
o dimensionamento das fundações que
servirão de base para umaedificação.
56. O ensaio consiste na cravação vertical no solo, de
um cilindro amostrador padrão, através de
golpes de um martelo com massa padronizada
de 65 kg, solto em queda livre de uma altura de
75 cm. São anotados os números de golpes
necessários à cravação do amostrador em três
trechos consecutivos de 15 cm sendo que o valor
da resistência à penetração (NSPT) consiste no
número de golpes aplicados na cravação dos 30
cm finais. Após a realização de cada ensaio, o
amostrador é retirado do furo e a amostra é
coletada, para posterior classificação
57.
58. A sondagem rotativa é o método mais utilizado
na exploração mineral, na definição de jazidas,
necessária em praticamente todas as obras de
grande porte. Conhecida como sondagem mista
quando executada junto com SPT, o equipamento
avança em solos alterados e rochas, obtendo
diretamente as amostras (testemunhos),
exatamente sobre a rocha a ser explorada
proporcionando oportunidade para uma série de
ensaios mineralógicos, petrofísicos,
petroquímicos, etc.
59. O obstáculo encontrado é perfurado por
meio de um amostrador (barrilete) com uma
broca rotativa acoplada na extremidade de
uma haste oca. As brocas são estruturas
metálicas muito resistentes, constituídas em
aço nas quais estão incrustados pequenos
diamantes industriais ou pedra de vídia. As
brocas são escolhidas em função da dureza
da rocha a perfurar, e do diâmetro do furo
que se pretende abrir.
60. O movimento rotativo é produzido por um
motor (elétrico ou a combustão) transmitindo
torque à broca por meio de uma combinação
de redutor e hastes protegidas por uma
sequência de tubos de aço (revestimento); à
medida que a perfuração vai avançando, mais
hastes e revestimentos vão sendo
adicionados ao conjunto por enroscamento
61.
62. Objetivo
Conhecer a natureza das camadas do solo
sobre o embasamento rochoso.
Natureza estado de Sanidade e aspectos
estruturais
Contato entre diferentes tipos de rochas
Presença de água subterrânea
Presença de espaços Vazios nas rochas etc..
63. Técnica indireta que está baseada na
propagação de ondas mecânicas em
subsuperfícies, capaz de identificar diferentes
estratos através da diferença de velocidade,
por meio de um abalo produzido
artificialmente. Ver ilustração na página 46
apostila.
64.
65. Caracterização Geológica para conhecimento
das diversas litologias que compõem a
estrutura do solo, topo rochoso e perfil
geológico de certa região, que inclui área e
profundidade;
Mapeamento pré-implantação de Leito de
Anoto para busca de áreas de resistividade
ideal de solo para aplicações específicas;
Estudo para Perfuração de Poços –
Localização de melhor local para perfuração.
66. A partir de injeções de corrente elétrica
artificial em pontos da área investigada (por
eletrodos metálicos), realiza-se a
determinação da resistividade elétrica
aparente dos materiais em pontos da
subsuperfície (pela resposta elétrica das
diferentes camadas).
67.
68. É de suma importância que haja uma boa
observação das normas e serviços em relação
a execução de obras em solo, tendo em vista
o comportamento físico do mesmo, que
poderá até mesmo inviabilizar a execução de
uma determinada obra. E um dos principais
pontos que também devem ser observados e
a compactação do solo.
69. A compactação é um método de
estabilização e melhoria do solo através de
processo manual ou mecânico, visando
reduzir o volume de vazios do solo. A
compactação tem em vista estes dois
aspectos: aumentar a intimidade de contato
entre os grãos e tornar o aterro mais
homogêneo melhorando as suas
características de resistência,
deformabilidade e permeabilidade
70. 1 Qual os possíveis ganhos com a
compactação do solo?
2 Quais as vantagens de se fazer uma
sondagem do solo?
3 Descreva Sucintamente, como é feita a
compactação dos solos?
4 O que é recalque? E quais suas possíveis
causas?