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CLAUDETE NUNES DOS SANTOS HEGUEDUSCH
UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO
DOCENTE DE ENFERMAGEM
Esclerose lateral amiotrófica
                     História da ELA
 Apesar de ser uma doença rara e complexa, a Esclerose
 Lateral Amiotrófica já era estudada desde o século passado.
 Os indícios de um mal que causava paralisia progressiva
 dos membros e da língua nas pessoas começou a se
 configurar em 1830, ao ser retratado por Sir Charles Bell,
 famoso anatomista e cirurgião britânico.
 Já em 1848, François Aran, famoso clínico e autor de textos
 médicos, descreveu uma nova síndrome, caracterizada por
 fraqueza muscular progressiva de natureza neurológica.
Esclerose lateral amiotrófica
 Para a literatura médica, o ano de 1853 acenou com o
 primeiro caso reconhecível de ELA: o de Prosper Laconte,
 dono de um circo francês.
 Mas somente 16 anos depois, em 1869, as características
 essenciais para o reconhecimento da ELA foram
 determinadas, após uma série de estudos realizados por
 dois médicos franceses: Joffroy e Jean-Martin Charcot; este,
 primeiro professor de neurologia na Salpêtrière.
 O Dr. Charcot foi o primeiro a ligar os sintomas com um
 grupo de células especificamente afetados pela doença - os
 neurônios motores. Também coube a Charcot a descrição
 da paralisia bulbar progressiva (PBP) e da esclerose lateral
 primária (ELP), consideradas por ele distintas da esclerose
 lateral amiotrófica.
Esclerose lateral amiotrófica
 Várias pesquisas foram realizadas por inúmeros
 médicos e cientistas, na tentativa de avançar sobre os
 conhecimentos da doença.
  Foi assim que, em 1933, Brain introduziu o termo
 doença do neurônio motor (DNM) para todas essas
 doenças, aparentemente distintas. E foi também Brain,
 junto com outro médico de nome Walton que, em
 1939, consideraram DNM e ELA sinônimos.
Esclerose lateral amiotrófica

 A Esclerose lateral amiotrófica (ELA) (também
 designada por doença de Lou Gehrig e doença de
 Charcot) é uma doença neurodegenerativa
 progressiva e fatal, caracterizada pela degeneração
 dos neurônios motores, as células do sistema
 nervoso central que controlam os movimentos
 voluntários dos músculos.
Esclerose lateral amiotrófica
Trata-se de uma doença que ataca o sistema nervoso, até o momento
irreversível que degrada as funções básicas do ser humano à medida
que avança. A pessoa sente dificuldades de se locomover, comer, falar;
perde habilidade dos movimentos, inclusive das próprias mãos, não
consegue ficar de pé por muito tempo pois a doença acaba por afetar
toda a musculatura. Geralmente atinge pessoas mais velhas, mas há
casos de pessoas que apresentaram a doença na faixa dos 20 anos de
idade.
No final geralmente depois da perda das faculdades de locomoção, fala
deglutição, etc.., o doente acaba por falecer de incapacidade
respiratória quando os músculos associados à respiração acabam por
sucumbir.
Esclerose lateral amiotrófica
É preciso que o paciente a partir de um determinado estágio da
doença, seja acompanhado de perto por outra pessoa porque por
si não tem capacidade de executar as suas tarefas básicas. Como a
doença não afeta as suas capacidades intelectuais, o paciente
percebe tudo que acontece a sua volta, vivencia por isso
lucidamente a doença e a sua progressão, sendo que um dos
fatores que mais o atormenta é não conseguir se comunicar, seja
através da fala ou através da escrita, tendo as pessoas que o
acompanham adivinhar quais são suas necessidades em cada
momento.
Esclerose lateral amiotrófica
                    Etiologia
 Quase 10% dos casos desta doença degenerativa
 tem um caráter genético, mas nos restantes casos
 não se conhece a sua causa.
Esclerose lateral amiotrófica
 Prognóstico e tratamento
 A doença é degenerativa e progressivamente provoca a morte dos
 músculos voluntários. À medida que o sistema nervoso é afetado
 a pessoa sente dificuldades acrescidas em se locomover,
 alimentar, falar e até para respirar. Com o decorrer do tempo há a
 necessidade de utilização de um balão de oxigênio acompanhado
 de uma medicação para auxiliar na dilatação dos ductos
 respiratórios para que possa respirar melhor e causar um pouco
 mais de conforto. No final a causa de morte acaba sendo
 insuficiência respiratória.
Esclerose lateral amiotrófica
 Infelizmente, ainda não existe tratamento eficaz ou
 cura; porém, o riluzol (RILUTEK) pode retardar a
 evolução da doença, mas ainda é muito caro para a
 maioria das pessoas (aprox. R$ 1600,00 caixa com 56
 comprimidos). Por isso os cuidados paliativos são
 muito importantes para a melhoria da qualidade de
 vida e dignidade dos doentes.

                  A esperança de vida varia de
                  indivíduo para indivíduo mas
                  em termos estatisticos, mais
                  de 60% dos doentes só
                  sobrevivem entre 2 a 5 anos.
Bibliografia
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Esclerose_lateral_amiotr
 %C3%B3fica



 http://www.tudosobreela.com
Esclerose lateral amiotrófica

 AbrELA – Associação Brasileira de Esclerose
 Lateral Amiotrófica
 Rua Estado de Israel, 899 - Vila Mariana
 04022-000 - São Paulo, SP
Agradecimentos




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  • 1. CLAUDETE NUNES DOS SANTOS HEGUEDUSCH UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO DOCENTE DE ENFERMAGEM
  • 2. Esclerose lateral amiotrófica História da ELA Apesar de ser uma doença rara e complexa, a Esclerose Lateral Amiotrófica já era estudada desde o século passado. Os indícios de um mal que causava paralisia progressiva dos membros e da língua nas pessoas começou a se configurar em 1830, ao ser retratado por Sir Charles Bell, famoso anatomista e cirurgião britânico. Já em 1848, François Aran, famoso clínico e autor de textos médicos, descreveu uma nova síndrome, caracterizada por fraqueza muscular progressiva de natureza neurológica.
  • 3. Esclerose lateral amiotrófica Para a literatura médica, o ano de 1853 acenou com o primeiro caso reconhecível de ELA: o de Prosper Laconte, dono de um circo francês. Mas somente 16 anos depois, em 1869, as características essenciais para o reconhecimento da ELA foram determinadas, após uma série de estudos realizados por dois médicos franceses: Joffroy e Jean-Martin Charcot; este, primeiro professor de neurologia na Salpêtrière. O Dr. Charcot foi o primeiro a ligar os sintomas com um grupo de células especificamente afetados pela doença - os neurônios motores. Também coube a Charcot a descrição da paralisia bulbar progressiva (PBP) e da esclerose lateral primária (ELP), consideradas por ele distintas da esclerose lateral amiotrófica.
  • 4. Esclerose lateral amiotrófica Várias pesquisas foram realizadas por inúmeros médicos e cientistas, na tentativa de avançar sobre os conhecimentos da doença. Foi assim que, em 1933, Brain introduziu o termo doença do neurônio motor (DNM) para todas essas doenças, aparentemente distintas. E foi também Brain, junto com outro médico de nome Walton que, em 1939, consideraram DNM e ELA sinônimos.
  • 5. Esclerose lateral amiotrófica A Esclerose lateral amiotrófica (ELA) (também designada por doença de Lou Gehrig e doença de Charcot) é uma doença neurodegenerativa progressiva e fatal, caracterizada pela degeneração dos neurônios motores, as células do sistema nervoso central que controlam os movimentos voluntários dos músculos.
  • 6. Esclerose lateral amiotrófica Trata-se de uma doença que ataca o sistema nervoso, até o momento irreversível que degrada as funções básicas do ser humano à medida que avança. A pessoa sente dificuldades de se locomover, comer, falar; perde habilidade dos movimentos, inclusive das próprias mãos, não consegue ficar de pé por muito tempo pois a doença acaba por afetar toda a musculatura. Geralmente atinge pessoas mais velhas, mas há casos de pessoas que apresentaram a doença na faixa dos 20 anos de idade. No final geralmente depois da perda das faculdades de locomoção, fala deglutição, etc.., o doente acaba por falecer de incapacidade respiratória quando os músculos associados à respiração acabam por sucumbir.
  • 7. Esclerose lateral amiotrófica É preciso que o paciente a partir de um determinado estágio da doença, seja acompanhado de perto por outra pessoa porque por si não tem capacidade de executar as suas tarefas básicas. Como a doença não afeta as suas capacidades intelectuais, o paciente percebe tudo que acontece a sua volta, vivencia por isso lucidamente a doença e a sua progressão, sendo que um dos fatores que mais o atormenta é não conseguir se comunicar, seja através da fala ou através da escrita, tendo as pessoas que o acompanham adivinhar quais são suas necessidades em cada momento.
  • 8. Esclerose lateral amiotrófica Etiologia Quase 10% dos casos desta doença degenerativa tem um caráter genético, mas nos restantes casos não se conhece a sua causa.
  • 9. Esclerose lateral amiotrófica Prognóstico e tratamento A doença é degenerativa e progressivamente provoca a morte dos músculos voluntários. À medida que o sistema nervoso é afetado a pessoa sente dificuldades acrescidas em se locomover, alimentar, falar e até para respirar. Com o decorrer do tempo há a necessidade de utilização de um balão de oxigênio acompanhado de uma medicação para auxiliar na dilatação dos ductos respiratórios para que possa respirar melhor e causar um pouco mais de conforto. No final a causa de morte acaba sendo insuficiência respiratória.
  • 10. Esclerose lateral amiotrófica Infelizmente, ainda não existe tratamento eficaz ou cura; porém, o riluzol (RILUTEK) pode retardar a evolução da doença, mas ainda é muito caro para a maioria das pessoas (aprox. R$ 1600,00 caixa com 56 comprimidos). Por isso os cuidados paliativos são muito importantes para a melhoria da qualidade de vida e dignidade dos doentes. A esperança de vida varia de indivíduo para indivíduo mas em termos estatisticos, mais de 60% dos doentes só sobrevivem entre 2 a 5 anos.
  • 12. Esclerose lateral amiotrófica  AbrELA – Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica Rua Estado de Israel, 899 - Vila Mariana 04022-000 - São Paulo, SP
  • 13. Agradecimentos www.guida.com.br