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CADERNO DOS
MICRORGANISMOS
EFICIENTES (EM)
Instruções práticas sobre uso
ecológico e social do EM
2011
2a Edição
Distribuição Gratuita
CADERNO DOS
MICRORGANISMOS EFICIENTES (EM)
Instruções práticas sobre uso
ecológico e social do EM
Revisão: Fernanda Maria Coutinho de Andrade
Equipe técnica – Filipe Pereira Giardini Bonfim
Isabela Cristina Gomes Honório
Iná Lima Reis
Adalgisa de Jesus Pereira
Daniela Boanares de Souza
Esta publicação é parte do Programa de Extensão
“Divulgação das Plantas Medicinais, da Homeopatia e da
Produção de Alimentos Orgânicos”.
Universidade Federal de Viçosa/Departamento de Fitotecnia
Patrocínio: CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico)
Projeto 558358/2009-8: – “Ensino e Partilha de
Experiências em Plantas Medicinais, Homeopatia
e Produção de Alimentos Orgânicos”
2a Edição: Tiragem 5.000 exemplares
2
CADERNO DOS
MICRORGANISMOS EFICIENTES (EM)
♦ Texto informativo distribuído entre participantes dos eventos
sobre: Plantas Medicinais, Homeopatia, Agricultura Orgânica,
Agroecologia, Trabalhos Comunitários, Família Agrícola, Edu-
cação Rural, Terapêuticas Tradicionais e Terapias Naturais, pro-
movidos pela Universidade Federal de Viçosa – UFV.
♦ Texto distribuído a Escolas Rurais, Escolas Família Agrícola e
a Voluntárias das Pastorais que acessam pessoas de baixa renda.
♦ Programa de Extensão da Universidade Federal de Viçosa –
“Divulgação das Plantas Medicinais, da Homeopatia e da Produ-
ção de Alimentos Orgânicos”.
APOIO
Projeto 558358/2009-8 (Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico)
UNESCO/Fundação Banco do Brasil (Certificado de Tecnologia
Social)
Distribuição (pedidos):
Vicente W. D. Casali/Departamento de Fitotecnia
Campus da Universidade Federal de Viçosa
Viçosa-MG CEP: 36570-000 (31)38991131
vwcasali@ufv.br
Ao solicitar exemplares favor mencionar: nome, endereço
completo, cidade, CEP, perfil (agricultor, empresário, adminis-
trador municipal, técnico, estudante, ou outra atividade).
3
“Eu sou os microrganismos eficientes.
Você não me vê, mas ajudo você,
naturalmente!”.
“Procure e você me encontrará”.
“Estou à sua disposição”.
“Você pode me chamar de EM”.
“Quero trabalhar com você”.
4
Apresentação
Este texto explicativo contém resultados de pes-
quisas e experiências práticas de pessoas compromissa-
das com a qualidade de vida. Pessoas observadoras da
Natureza, conscientes de que a qualidade de vida de-
pende do ambiente e do consumo de alimentos saudá-
veis.
As informações estão especialmente dirigidas às
famílias agrícolas orgânicas pelo fato de valorizarem
esse nível de tecnologia. Em alguns momentos há foca-
lizações destinadas a produção massiva com o objetivo
de motivação e exemplificar o uso entre produtores de
maior escala.
A versatilidade e a função ecológica do EM estão
presentes nas indicações de uso no meio urbano: ater-
ros sanitários, água, casas e resíduos.
5
Introdução
O ser humano somente terá saúde se os alimentos pos-
suírem energia vital. Os alimentos só possuem energia vital se
as plantas forem saudáveis. As plantas somente serão saudá-
veis se o solo for saudável.
Solo sadio > Planta sadia > Ser Humano sadio.
O solo é o início e o fim. O alimento, a água e o oxigê-
nio vêm do solo e das plantas.
O organismo humano é o que o solo faz dele. O organis-
mo humano é o que recebe por meio da alimentação. Solo sa-
dio, significa humanidade com saúde, com consciência e com
os propósitos mais dignos de Vida.
O solo sadio é agregado, grumoso, poroso, receptivo a:
ar, água e raízes das plantas. No solo sadio nada impede o de-
senvolvimento radicular e a água não fica parada. Solo sadio
não possui crosta superficial, nem compactações e nem ero-
são. Solo sadio é puro, sem resíduos tóxicos, sem metais pe-
sados, com nutrientes em equilíbrio. As plantas que crescem
nos solos sadios são saudáveis, sem pragas e doenças e têm
alto valor biológico.
O solo saudável é mantido pelos organismos do solo:
macrorganismos (aranhas, formigas, minhocas,...) e pelos mi-
crorganismos (bactérias, fungos, leveduras, actinomicetos,...).
Estes organismos trabalham de modo coletivo e fazem as
transformações da matéria orgânica. Agregam o solo e man-
têm no solo os poros onde entra o ar e a água indispensáveis à
produção vegetal.
6
No Brasil o clima é tropical: quente e úmido. Os solos
são profundos e de baixa riqueza mineral. A reciclagem da
matéria orgânica garante o alimento natural às plantas. Nos
solos brasileiros a reciclagem da matéria orgânica é rápida
mediante a enorme quantidade de microvida (20 milhões de
fungos e bactérias por 1 cm3
de solo) e a atividade das raízes,
aliadas às condições climáticas. Este sistema permitiu o de-
senvolvimento da floresta mais frondosa do mundo, a Amazô-
nica, em solos extremamente pobres. A diversidade aqui é
rica. Plantas diversas podem explorar o mesmo espaço de solo
e com isso aumentam: as excreções radiculares, o número de
espécies de microrganismos, a mobilização de nutrientes e o
crescimento vegetal. Por serem profundos permitem maior
enraizamento e a exploração de volume muito grande do solo.
A base da produtividade tropical é a reciclagem rápida
da matéria orgânica do solo e a intensa relação: planta-excre-
ções-radiculares-microrganismos-nutrientes.
As plantas absorvem a energia luminosa do sol. Com o
gás carbônico do ar, com a água, com minerais e catalisado-
res, transformam energia solar em energia química. Assim,
pela fotossíntese, as plantas formam a matéria orgânica.
A matéria orgânica vegetal não é adubo diretamente.
Mas é alimento da vida e do solo. Organismos vivos do solo
se alimentam da matéria orgânica (folhas, galhos,...) e tam-
bém das excreções radiculares das plantas. Pela matéria orgâ-
nica vivem os organismos do solo que mobilizam os nutrien-
tes.
A microvida é muito ativa e eficiente. Essa microvida
eficiente (microrganismos) libera os nutrientes da matéria
orgânica, fixa o nitrogênio do ar e produz substâncias proteto-
ras das plantas.
7
8
Histórico sobre os
Microrganismos Eficientes (EM)
O estudo sobre os microrganismos eficientes (effective
microorganisms ‒ EM) foi iniciado na década de 70 pelo Dr.
Teruo Higa, professor da Universidade de Ryukyus (Japão). O
objetivo era melhorar a utilização da matéria orgânica na pro-
dução agrícola.
Em 1982 foram feitas experimentações com EM em
campo, nas várias regiões do Japão, com resultados positivos.
Posteriormente, em outros países, inclusive no Brasil, foi con-
firmada a eficiência do EM na ciclagem da matéria orgânica.
A utilização do EM, como prática agrícola adequada ao
ambiente e a saúde humana, se aproximou muito da Agricul-
tura Natural Messiânica preconizada por Mokiti Okada, em
1935, no Japão.
Na Agricultura Natural são utilizadas tecnologias ecoló-
gicas, com máximo proveito da natureza, das ações do solo,
dos organismos vivos, da energia solar, dos recursos hídricos.
As técnicas fundamentam-se no método natural de formação
do solo.
Utilizando corretamente as forças e a energia da nature-
za, é possível obter produção agrícola suficiente, sem fertili-
zantes nem agrotóxicos. Árvores e ervas crescem naturalmen-
te sem prejuízos pelos insetos. Seguindo os caminhos da natu-
reza é possível alcançar colheitas abundantes, sadias, saboro-
sas e nutritivas.
9
Na agricultura natural são usados: composto, cobertura
morta, adubação verde, microrganismos do solo, controle bio-
lógico de insetos, controle biomecânico de plantas espontâne-
as. Na agricultura natural é praticado o princípio da recicla-
gem de recursos naturais e o enriquecimento da matéria orgâ-
nica com microrganismos do solo tornando a atividade agrí-
cola duradoura e racional. Portanto, a agricultura natural é
modelo de desenvolvimento rural, é agricultura sustentável e
competitiva.
O método da Agricultura Natural não emprega produtos
químicos ou esterco animal. É feito o uso de sobras de vege-
tais que conservam a pureza do solo e permitem a reciclagem
dos nutrientes. O método de cultivo natural tem implicações
econômicas, sociais, com a saúde e a ecologia.
AAgricultura Natural visa:
‒ produzir alimentos de qualidade que mantêm e incre-
mentam a saúde humana;
‒ proporcionar vantagens espirituais e econômicas aos
produtores e consumidores;
‒ ser praticável por qualquer pessoa e ser permanente;
‒ a conservação do meio ambiente;
‒ produção de alimentos em quantidades corresponden-
tes ao aumento populacional.
O EM é utilizado em diversos países e em todos os con-
tinentes. A utilização do EM foi iniciada experimentalmente
no Brasil na Fundação Mokiti Okada, Atibaia-SP. Foi introdu-
zida entre os praticantes da Agricultura Natural.
10
Quem são os
Microrganismos Eficientes (EM)?
Os microrganismos são minúsculos seres vivos. Apesar
de extremamente pequenos e simples, exercem função pri-
mordial, desde a captação de energia solar, até suas transfor-
mações na Terra. São dois grandes grupos: os microrganismos
de regeneração, e os microrganismos degenerativos.
Os microrganismos regenerativos produzem substâncias
orgânicas úteis às plantas, e via metabolismo secundário po-
dem produzir hormônios e vitaminas. Melhoram as proprieda-
des físicas, químicas e biológicas do solo. Estão nesse grupo
os microrganismos que constituem o EM.
Os microrganismos degenerativos produzem no seu me-
tabolismo primário substâncias como amônia, sulfeto de hi-
drogênio, com ação prejudicial à planta e endurecem o solo.
Consequentemente impedem o crescimento das plantas e fa-
vorecem infestações de pragas e doenças.
O EM é formado pela comunidade de microrganismos
encontrados naturalmente em solos férteis e em plantas, que
coexistem quando em meio líquido.
Quatro grupos de microrganismos compõem o EM:
‒ Leveduras (Sacharomyces): utilizam substâncias libe-
radas pelas raízes das plantas, sintetizam vitaminas e ativam
outros microrganismos eficazes do solo. As substâncias bioa-
tivas, tais como hormônios e enzimas produzidas pelas leve-
duras, provocam atividade celular até nas raízes.
11
‒ Actinomicetos: controlam fungos e bactérias patogê-
nicas e também aumentam a resistência das plantas.
‒ Bactérias produtoras de ácido lático (Lactobacillus e
Pediococcus): produzem ácido lático que controla alguns mi-
crorganismos nocivos como o Fusarium. Pela fermentação da
matéria orgânica não curtida liberam nutrientes às plantas.
‒ Bactérias fotossintéticas: utilizam a energia solar em
forma de luz e calor. Também utilizam substâncias excretadas
pelas raízes das plantas na síntese de vitaminas e nutrientes,
aminoácidos, ácidos nucleicos, substâncias bioativas e açúca-
res, que favorecem o crescimento das plantas. Aumentam as
populações de outros microrganismos eficazes, como os fixa-
dores de nitrogênio, os actinomicetos e os fungos micorrízi-
cos.
Como trabalham os
microrganismos eficientes?
Os microrganismos retiram da matéria orgânica (restos
vegetais e animais) os seus alimentos. Nesta decomposição há
redução do todo em partes e compostos menores são liberados
no ambiente. Muitos destes compostos são nutrientes, hormô-
nios, vitaminas que alimentam a própria comunidade microbi-
ana, além de animais e plantas. Os microrganismos ainda li-
beram no ambiente alguns compostos que aumentam a resis-
tência das plantas aos insetos e doenças.
A decomposição da matéria orgânica no solo faz prolife-
rar grupos de microrganismos, que estruturam o solo, agre-
12
gam melhor as partículas minerais, evitam compactação e au-
mentam: a porosidade, a infiltração de água, a água disponí-
vel e a profundidade de enraizamento. Há redução da erosão e
da frequência de irrigação. A matéria orgânica de origem ani-
mal é decomposta pelos microrganismos do EM, liberando
substâncias úteis ao crescimento das plantas e ao equilíbrio do
solo.
Os microrganismos eficientes decompõem a matéria
orgânica de modo equilibrado, com pouco gasto de energia/de
tempo, mantêm a estabilidade do sistema, sustentam a vida,
colaboram na construção do solo vivo e saudável. No solo
vivo e saudável os microrganismos transformam a matéria
orgânica que sustenta plantas vigorosas e produtivas, como
nas matas, provendo alimento a toda a vida na Terra.
Modo de Preparo do EM
Os Microrganismos Eficientes são várias espécies de
bactérias, actinomicetos, bacilos e fungos mantidos em líqui-
do. Após o acréscimo de melado de cana há fermentação (au-
mento da quantidade de microrganismos) e ficam disponíveis
ao uso no líquido.
O EM também é comercializado pela Fundação Mokiti
Okada. Entretanto é reconhecido pela população o método ca-
seiro de captura dos microrganismos e de preparo do EM/solo
(denominação dada ao composto microbiano fermentado de
uso em solos) e ao EM/planta (composto microbiano fermen-
tado de uso em plantas). Será adotado neste texto exclusiva-
mente a denominação EM/solo e EM/planta que caracterizam
a tecnologia social não empresarial do EM.
13
A produção do EM pela família agrícola permite que
essa tecnologia social seja mais adaptável às condições locais
e seja acessível pelo baixo custo e pelas facilidades.
Os microrganismos deverão ser capturados em solo sau-
dável, sob mata, na unidade agrícola (na terra onde mora a fa-
mília agrícola), ou em área próxima.
Os microrganismos de cada região estão mais adaptados
às condições locais facilitando o processo de reconstrução do
Solo Vivo.
A) Captura dos Microrganismos Eficientes
Cozinhe aproximadamente 700 gramas de arroz sem sal.
Coloque o arroz cozido em bandeja de plástico ou de
madeira ou ainda em calhas de bambu.
Cobrir com tela fina visando proteger.
Coloque a bandeja com arroz e a tela em mata virgem
(na borda da mata) e deste modo capturar os microrganismos.
No local onde vai deixar a bandeja, afastar a matéria
orgânica (serrapilheira). Após colocar a bandeja, a matéria
orgânica que foi afastada deve cobrir a bandeja sobre a tela.
Após 10 a 15 dias os microrganismos já estarão captura-
dos e criados.
Nas partes do arroz que ficarem com as colorações rosa-
da, azulada, amarelada e alaranjada estarão os microrganis-
mos eficientes (regeneradores). As partes com coloração cin-
za, marrom e preto devem ser descartadas (deixe na própria
mata).
14
Observação: as colorações no arroz variam em função
do tipo de mata onde foram capturados os microrganismos.
Quanto mais diversificada e estruturada for a mata mais cores
estarão presentes.
B) Ativar os Microrganismos Eficientes
Distribuir o arroz colorido em mais ou menos 5 garrafas
de plástico de 2 litros
Colocar 200 mL de melaço em cada garrafa.
Completar as garrafas com água limpa (sem cloro) ou
água de arroz.
Fechar as garrafas e deixar à sombra por 10 a 20 dias.
Liberar o gás (abrir a tampa) armazenado nas garrafas, de 2
em 2 dias.
Coloque a tampa e aperte a garrafa pelos lados retirando
o ar que ficou dentro da garrafa (a fermentação deve ser anae-
róbica, ou seja, sem ar, sem presença do Oxigênio). Aperte
bem a tampa.
Está pronto o EM (neste momento não há mais produ-
ção de gás dentro da garrafa).
O EM tem coloração alaranjada. Pode ser mais clara ou
mais escura, o que depende da matéria-prima, não implican-
do, porém, na qualidade do produto. O cheiro é doce agradá-
vel. No caso de apresentar mau cheiro, o EM não deve ser
usado. Pode ser armazenado por até 1 ano.
15
Observações:
‒ A água tratada com cloro (água de rua, água de cida-
de) deve ser previamente colocada em recipiente destampado.
Somente após 24 horas a água poderá ser usada. Isso porque o
cloro mata os microrganismos. A água de mina é usada direta-
mente.
‒ O melado (pode ser substituído por caldo de cana) é
alimento dos microrganismos. Por isso faz crescer a comuni-
dade microbiana ativa que pelas reações de fermentação, pro-
duzem ácidos orgânicos, hormônios vegetais (giberelinas, au-
xinas e citocinina), além de vitaminas, antibióticos e polissa-
carídeos, enriquecendo a solução.
Onde utilizar os Microrganismos Eficientes?
Os microrganismos eficientes trabalham na matéria
orgânica e por esse motivo têm ampla atuação.
A) Nos Solos
Todos os seres vivos coexistem e se desenvolvem com
os microrganismos. A base que sustenta a cadeia alimentar é o
solo e nele habitam os menores seres vivos que são os micror-
ganismos.
Baseando-se neste conceito, descobriu-se que o uso do
EM contribui com o fortalecimento natural do solo.
Os microrganismos eficientes têm sido utilizados na re-
vitalização do solo. A presença dos microrganismos eficientes
torna o solo mais rico em energia vital fazendo com que a ca-
pacidade natural de produção seja plena.
16
Para que o solo manifeste sua força e tenha seu equilíb-
rio é preciso conservá-lo sempre puro. Quanto mais puro o
solo estiver, maior será sua força no desenvolvimento das
plantas.
Todos os microrganismos que coexistem no EM reali-
zam trabalho importantíssimo, equilibrando o ambiente do
solo. Há o controle de microrganismos nocivos, e os micror-
ganismos úteis tornam-se mais numerosos. Esse ambiente no
solo, favorece a produção agrícola e as doenças dificilmente
ocorrerão.
As respostas do solo tratado com EM são principalmen-
te e diretamente:
a) Recompor a microbiota saudável do solo. Quanto
maior a quantidade e a diversidade de vida no solo, melhor
será a qualidade do alimento produzido. Lembrete: a diversi-
dade de plantas implica em diversidade de microrganismos no
solo.
b) Restaurar as condições físico-químicas e microbioló-
gicas do solo.
c) Estimular a emergência total das plantas (inclusive as
plantas medicinais e as plantas companheiras) facilitando o
manejo e a cobertura do solo.
d) Atuar juntamente com a adubação verde diminuindo
a compactação do solo. Aumentar: a agregação, a porosidade
do solo, a infiltração de água, a água disponível no solo e a
profundidade de enraizamento. Como consequência há redu-
ção da erosão e da frequência de irrigação.
e) Facilitar a decomposição da matéria orgânica, favore-
cer a mineralização e a disponibilidade de nutrientes essenci-
ais às plantas.
17
f) Permitir a redução ou a dispensa do fertilizante quí-
mico.
g) Biorremediar os solos contaminados neutralizando os
metais pesados e os resíduos de agrotóxicos. Via composta-
gem também poderá neutralizar resíduos de petróleo e outros
óleos.
h) Diminuir ou eliminar doenças e patógenos do solo.
i) Acelerar o processo de compostagem de resíduos.
B) Nas Plantas
As diversas espécies de microrganismos que compõem
o EM, produzem ácidos orgânicos, hormônios vegetais (gibe-
relinas, auxinas e citocininas), além de vitaminas, antibióticos
e polissacarídeos. Todos esses produtos exercem, direta ou in-
diretamente, influência positiva no crescimento da planta. O
EM é utilizado no cultivo de hortaliças, cereais, frutas e flores
pelas seguintes razões:
a) Melhora o metabolismo das plantas (exemplo: a capa-
cidade fotossintética).
b) Ativa o crescimento radicular.
c) Aumenta a germinação, florescimento e frutificação.
d) Ativa a maturidade dos frutos e grãos.
e) Faz adubação foliar (semelhante à adubação nitroge-
nada).
f) Aumenta a produtividade agrícola.
g) Melhora a qualidade dos produtos colhidos (aumenta
o teor de proteínas, óleos e o peso de grãos).
18
h) Reduz os prejuízos causados pelo plantio consecuti-
vo.
i) Reduz os danos causados por insetos.
j) Elimina o uso de inseticidas pela maior resistência das
plantas (principalmente quando é associado à homeopatia).
C) Na Água
Os Microrganismos Eficientes aceleram a decomposição
natural dos compostos orgânicos que poluem a água. Os EM
produzem substâncias bioativas que atuam sobre os patógenos
da putrefação e da produção de gases nocivos que contami-
nam a água e causam maus odores.
O EM é útil na descontaminação da água e restaura o
equilíbrio natural do sistema aquático com efeitos benéficos e
sustentáveis.
D) No Saneamento Ambiental
Os Microrganismos Eficientes amenizam os impactos
ambientais das indústrias porque atuam na decomposição dos
resíduos e efluentes.
Com a utilização do EM em resíduos é possível:
1) Controlar maus odores nas instalações.
2) Eliminar o mau cheiro dos resíduos, diminuir a pro-
dução de gases nocivos como hidrogênio sulfídrico (H2S) e
metano. Qualquer tipo de matéria orgânica poderá ser com-
postada com EM pois não há produção de odores ofensivos.
19
3) Ajudar no controle da poeira.
4) Promover rápida decomposição natural (4 a 6 sema-
nas) das matérias orgânicas, tratando naturalmente o choru-
me.
No meio rural a família agrícola utiliza o EM no trata-
mento dos esgotos e nas fossas. Há redução do mau cheiro e
de moscas. A família agrícola é consciente e compromissada
com a Natureza.
E) Na Compostagem
O EM pode ser utilizado na compostagem de resíduos
de diversas origens.
É indicado principalmente na compostagem de resíduos
de decomposição lenta, como por exemplo: resíduos com alta
relação C/N (partes lenhosas da planta, troncos, galhos, palha-
das), gramíneas, gorduras, dentre outros.
O EM acelera a decomposição reduzindo o tempo de
compostagem.
F) Nos Animais
O EM melhora o ambiente do manejo da criação redu-
zindo o estresse e melhorando a qualidade de vida dos ani-
mais.
Não se deve utilizar o EM como se fosse remédio ou va-
cina, mas como meio de melhorar o ambiente (dentro e fora
da instalação de criação animal) e o organismo dos animais.
20
O EM é ser vivo e com a sua utilização é possível obter con-
dições bem próximas às encontradas na Natureza, melhorando
a qualidade de vida dos animais, porque:
a) Controla cheiros desagradáveis em instalações com
animais (suinocultura, aviários, canis,...).
b) Limpa e elimina o cheiro em animais (banhar com
solução de EM).
c) Fonte de vitaminas e de outros nutrientes.
d) Diminui moscas e carrapatos.
e) Melhora a manutenção da cama (aumento do período
de uso da cama e redução do custo).
f) Melhora a qualidade de produtos da agropecuária e o
tempo de conservação pós-colheita.
g) Reduz o uso de desinfetantes e medicamentos.
h) Reduz os custos.
i) O animal torna-se mais saudável e com melhor apa-
rência.
Quando aplicado na pastagem o EM/solo ativa o cresci-
mento da pastagem aumentando a disponibilidade de alimento
aos animais.
G) Outros Usos
O EM é utilizado na limpeza da casa: pisos, paredes,
azulejos, janelas, vasos sanitários, ralos de pia, caixa de gor-
dura.
O EM retira a gordura e o mau cheiro proporcionando
21
ambiente limpo e harmonioso.
Qual é a vantagem? Abandonar produtos químicos de
limpeza, tóxicos e poluidores do ambiente. Outra vantagem?
A redução de casos de alergia ou intoxicação dos moradores
das casas (inclusive animais de estimação e criação).
O EM também pode ser utilizado na lavagem de roupas.
Seu uso não elimina manchas, mas elimina “aquele cheiro de
suor” impregnado nas roupas usadas (como, por exemplo, as
“roupas de cama”).
O EM retira a ferrugem em maquinarias e instalações.
Formas de utilização do EM
Na maioria das vezes, o EM deverá ser diluído, podendo
ser utilizado de várias formas. Depende do equipamento dis-
ponível, da fase da cultura, preparo de solo, e outros usos.
A partir da experiência popular há algumas sugestões.
I) NOS SOLOS E NOS BERÇÁRIOS DE PLANTIO
Cada 1 litro do EM dissolver em 1000 litros de água.
Está pronto o EM/solo (solução de aplicação ao solo).
Lembrete: a água tratada com cloro deve ser colocada
um dia antes em recipiente destampado, por 24 horas. No dia
seguinte acrescente o EM. O cloro mata microrganismos.
O EM/solo é utilizado na pulverização da terra como
ativador/acelerador da decomposição da matéria orgânica,
contribuindo com o aumento da vida no solo. É tecnologia de
mobilização dos nutrientes.
22
O bom preparo do solo é feito cobrindo o solo com pro-
dutos naturais de origem vegetal (folhas, adubação verde, ca-
pim picado, restos de cultura, etc.) e de origem animal (ester-
co, “cama de galinha”). Molhar o solo ou as leiras com a solu-
ção de EM/solo.
Atenção! Molhar bem as leiras. Após a aplicação do
EM/solo cobrir as leiras com capim ou palha. Manter o solo
úmido. Esperar 7 a 10 dias até o semeio ou o transplante das
mudas.
Além de aplicado diretamente sobre o solo a ser cultiva-
do, o EM pode ser aplicado sobre a cobertura verde do solo,
como pastagens, gramados ou plantações.
Na recuperação de solos degradados a sugestão de dosa-
gem e frequência de uso é a seguinte:
• 100 a 200 L por ha, realizando 4 a 8 aplicações anu-
ais.
• 1º ano ‒ 200 L por ha / 8 aplicações por ano
• 2º ano ‒ 150 L por ha / 6 aplicações por ano
• 3º ano em diante ‒ 100 L por ha / 4 aplicações por
ano.
Seja criativo, observe seu solo e o ambiente. Essas su-
gestões podem ser alteradas mediante as necessidades locais.
A Radiestesia é boa ferramenta de decisões.
Observação: No Brasil (clima tropical, quente e úmido)
uma das grandes dificuldades é a conservação da matéria
orgânica no solo. A matéria orgânica é essencial na manuten-
ção do solo vivo, no desenvolvimento sadio das plantas e por
ser reservatório de nutrientes e estruturar o solo (grumos, po-
ros, circulação de ar e água).
23
Os Microrganismos Eficientes aceleram a degradação
da matéria orgânica bruta. Isso é bom, pois disponibiliza ali-
mento às plantas promovendo crescimento e produtividade.
Entretanto, é importante sempre enriquecer com matéria orgâ-
nica a área de cultivo. O uso de partes vegetais lenhosas (ga-
lhos, troncos de árvore,...) e de gramíneas (capins, milho,...)
favorece o uso do EM. Esses produtos naturais são de decom-
posição mais lenta, mas garantem a continuidade da matéria
orgânica no solo.
O EM é um ser vivo. Deve-se ter cuidado no manejo
dos microrganismos de modo que seja feita sua fixação no
solo. Por isso é essencial a matéria orgânica.
Outras práticas de manejo aumentam no solo os alimen-
tos da microvida destacando as seguintes:
1 ‒ Manter o solo coberto por vegetação, palhada e res-
tos de planta.
2 ‒ Não revolver o solo (aração). A matéria orgânica
deve ficar sobre o solo. Não é preciso enterrar. Não usar nem
enxadão!
3 ‒ Roçar o mato e deixar sobre o solo.
4 ‒ Rotação de culturas e adubação verde diversificada.
5 ‒ Cultivos consorciados com leguminosas e com gra-
míneas.
6 ‒ Retorno da matéria orgânica ao solo.
7 ‒ Plantio de árvores como quebra-ventos (por exem-
plo nas pastagens). Plantio de árvores sombreando culturas
(por exemplo no cafezal).
8 ‒ Uso de composto e compostagem laminar.
24
II) PULVERIZAÇÃO DAS PLANTAS
A pulverização das plantas é feita com o EM/planta.
Como produzir o EM/planta?
Adicione em 100 litros de EM/solo, ½ litro de vinagre.
Está pronto o EM/planta.
É indicado após a germinação ou em culturas já estabe-
lecidas.
Aplicar via pulverizações foliares ou via regador. Fazer
aplicação semanal até melhorar a estrutura do solo ou melho-
rar a saúde da planta. Depois fazer pulverizações quinzenais.
No ano em que se começa a usar o EM, o número de
aplicações é maior. Se as condições de crescimento das plan-
tas estiverem em ordem, ano após ano, a frequência pode di-
minuir.
Pulverizar no período da manhã ou após a chuva.
III) INOCULAÇÃO DE SEMENTES
Coloque as sementes imersas em solução de EM/solo
durante 1 hora. Sementes que absorvem mais água ficam tem-
po menor. Sementes que absorvem menos água ficam maior
tempo imersas.
Pode ser feita a peletização das sementes. Umedecer se-
mentes com a solução EM/solo. Acrescentar cinza de fogão
ou farelo (pode ser farelo de arroz, soja, mamona, etc.) envol-
vendo as sementes. Pronto, está feita a peletização.
25
IV) COMPOSTAGEM
Faça a compostagem dos resíduos como é o costume.
Umedecer a leira com a solução EM/solo. O volume a ser
aplicado deve equivaler ao volume da água que é costume
gastar.
V) ANIMAIS
Como fonte de nutrientes dos animais o EM é acrescido
ao alimento ou à água de beber.
Na água de beber, a cada 3 litros de água acrescente 1
colherzinha do EM.
No tratamento dos resíduos animais (cama-de-frango,
estercos, fezes de cachorros e gatos) o EM/solo é pulverizado
sobre os resíduos.
Pode também ser utilizado na limpeza das instalações e
em banhos de higienização.
O uso do EM elimina mau cheiro e moscas. Ao iniciar o
uso do EM, aplicar uma vez a cada três dias, durante o pri-
meiro mês. Quando o mau cheiro diminuir a pulverização po-
derá ocorrer apenas 1 vez ao mês.
VI) DESCONTAMINAÇÃO DE LAGOAS
• Misture 1 litro de EM em 1.000 litros de água a ser
tratada.
• Observe a água durante 1 a 6 meses. Se necessário re-
26
pita a aplicação e aguarde o próximo mês.
• Ao alcançar os resultados esperados, há necessidade
de manutenção do sistema. Aplique mensalmente 1 litro de
EM por 10.000 litros de água.
O método de aplicação, assim como as dosagens, pode
variar de acordo com as condições do sistema local. Em água
corrente também pode ser usado. Pense nos custos, no modo
de aplicar, no envolvimento com seus vizinhos e toda a comu-
nidade.
A Radiestesia tem sido útil nestas definições.
VII) ATERROS SANITÁRIOS
Prepare a solução a 5% de EM (5 partes de EM, por 95
partes de água). Pulverize diariamente sobre os resíduos. Em
grandes aterros sanitários, o uso de caminhão pipa é funda-
mental nas aplicações. Supondo que o caminhão pipa de
10.000 L pulveriza toda a área do aterro sanitário, então adici-
one 500 L de EM no tanque do caminhão, complete com água
e pulverize. É recomendável que as pulverizações sejam feitas
nas primeiras horas da manhã.
Use esta mesma proporção (5%) na limpeza das ferra-
mentas e máquinas, e principalmente na lavagem dos cami-
nhões de coleta do lixo.
No meio rural, no tratamento dos resíduos de banheiro,
a família agrícola pode usar o EM. É opção no tratamento das
fossas sépticas.
No meio urbano pode ser aplicado nas caixas de gordura
das casas.
27
VIII) LIMPEZA DA CASA
A solução de EM pode ser utilizada na limpeza das ca-
sas: chão, paredes, azulejos, banheiros, vasos sanitários, ralos
(pia e chuveiro), e também na lavagem de roupas.
O uso do EM garante limpeza por sua ação antimicrobi-
ana. Não deixa resíduos nem cheiros responsáveis por alergi-
as ou intoxicação. Minimiza o uso de poluidores do ambiente
(insustentáveis). O EM é tecnologia ecológica.
Recomendações:
1) Limpeza de paredes, azulejos e pisos. Coloque 2 co-
lherzinhas de EM em 1 litro de água e misture. Passe essa so-
lução com pano úmido ou com rodo.
2) Gorduras em janelas de vidro. Passe o EM puro com
auxílio da bucha. Aguarde alguns minutos. Passe novamente a
bucha com água retirando o que ficou.
3) Ralos de pia e de chuveiro. Aplique 1 tampinha de
EM diariamente.
4) Vaso sanitário: diluir ½ colherzinha de EM em ½ litro
de água.
5) Limpeza da geladeira: passar pano úmido com EM
diluído (1/2 colherzinha em 1 litro de água) nas paredes inter-
nas e beiradas. Retira o mau cheiro.
6) Depois de limpar a pia da cozinha, pulverizar o EM
(1/2 colherzinha em 1 litro de água). Diminui a incidência de
formigas.
7) Lavagem de roupas: 1 colher de sopa em 20 litros de
água. Deixar a roupa de molho mais ou menos 2 horas e então
enxaguar.
28
Cuidados ao guardar e aplicar o EM
‒ Guardar em local fresco e ventilado.
‒ Utilizar a solução no mesmo dia de preparo.
‒ Não pulverizar em horário de sol forte, fazer as pulve-
rizações pela manhã, bem cedinho, no final da tarde ou em
dias nublados.
‒ Os microrganismos são muito sensíveis à seca, por
isso, no período do verão, quando a insolação é muito forte, a
aplicação deve ser feita ao entardecer ou em dias nublados. O
ideal é aplicar antes e depois da chuva, quando o solo está
úmido.
‒ Se queimar as bordas das folhas utilize concentração
menor.
‒ Não utilizar água clorada (de cidade). Separar o reci-
piente com água e após 24 horas obter a solução de EM.
‒ As aplicações de EM podem ser feitas em conjunto
com biofertilizantes.
‒ O pulverizador ou o regador utilizado com agrotóxico
deve ser lavado com água e sabão, diversas vezes, até sair
todo o veneno. Se possível compre novo, separe e deixe só
por conta do EM.
A aplicação de EM terá melhores resultados se forem
observadas outras técnicas da Agricultura Orgânica, como:
cobertura do solo com palha, adição de matéria orgânica (adu-
bação verde, compostagem, biofertilizante), o bom manejo
conservacionista do solo, rotação e consorciação de culturas,
entre outras práticas.
29
EM e Homeopatia
No meio rural a família agrícola homeopata é percepti-
va, é criativa e está consciente do valor dos recursos da Natu-
reza. Reconhece na prática diária o potencial dos preparados
dinamizados (homeopatia). Assim produzem o EM e também
usam o EM como Tintura-Mãe. A partir da TM (Tintura-Mãe)
obtém o preparado homeopático de EM. A diluição/sucussão
pode ser feita em soro fisiológico ou água de coco (EM vivo)
ou em álcool 70% (EM lisado). A dinamização geralmente
utilizada é 2CH ou 3CH. A Radiestesia auxilia tais decisões.
Os resultados e os procedimentos são semelhantes aos
verificados com o uso do EM não dinamizado. No entanto é
mais econômico. Permite o processo mais equilibrado de de-
composição da matéria orgânica.
A família agrícola é inovadora. Associa também com o
EM as homeopatias que são indicadas aos solos e as plantas.
Após produzirem o EM/solo ou o EM/planta acrescentam à
solução, as homeopatias. Em média 10 gotas de homeopatia /
litro de solução do EM.
As homeopatias aumentam a atividade, a eficiência dos
microrganismos e a resistência das plantas. Por isso essa asso-
ciação é muito benéfica à saúde do sistema.
Algumas sugestões de homeopatias:
‒ Sais de Schüssler (12);
‒ Micronutrientes dos Sais do Super Magro;
‒ Magnesia carbonica e Calcarea carbonica;
‒ Preparado Homeopático do Solo;
‒ Nosódios.
30
A escolha da(s) homeopatia(s), dinamização, dosagem,
frequência de uso e modo de aplicar podem ser definidas com
auxílio da Radiestesia e a partir das necessidades ou disponi-
bilidades locais. Não há receitas prontas.
Vantagens do uso do EM
A tecnologia EM é embasada nos processos vivos da na-
tureza. É tecnologia verdadeira e sustentável.
A tecnologia EM é econômica e natural, segura, fácil de
usar e de alta qualidade.
A tecnologia EM pode ser alternativa de geração de ren-
da direta se aplicada, por exemplo, na produção de biogás,
composto orgânico e biofertilizantes.
O EM é bom veículo de aplicação das homeopatias.
A tecnologia EM é substitutiva aos adubos e agrotóxi-
cos.
Há necessidade urgente dos alimentos serem produzidos
com menor gasto de energia. Os agroquímicos deixam resí-
duos (ambiente, alimentos), destroem a saúde da família agrí-
cola e dos consumidores.
O uso do EM reduz impactos ambientais e possibilita: a
manutenção de sistemas limpos, a produção de alimentos sau-
dáveis, assim como, equilibrados nutricionalmente e livres de
resíduos químicos. A tecnologia EM contribui com a qualida-
de de vida. É tecnologia social e sustentável.
31
CADERNOS DISPONÍVEIS
PROGRAMA DE EXTENSÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA
▪ Caderno dos Alimentos Alternativos (Instruções práticas sob-
re farelos, e alimentos naturais no enriquecimento da alimentação hu-
mana).
▪ Caderno da Horta Orgânica Familiar com Homeopatia (Ins-
truções práticas sobre organização e condução da horta utilizando re-
cursos naturais associados a leis da natureza).
▪ Água da Vida: A Vida Mais Saudável (Orientações sobre saú-
de e a terapêutica tradicional com a água da vida).
▪ Cuide Bem de Seus Olhos (eles merecem todo o carinho).
▪ O Uso de Animais na Alimentação e o Impacto sobre o Am-
biente (Argumentação objetiva sobre poluição, desertificação, escas-
sez da água, aquecimento global, energia, consumismo, sustentabili-
dade, agricultura orgânica, vegetarianismo).
▪ Caderno das Nossas Plantas Medicinais (Instruções práticas e
preparações tradicionais da fitoterapia brasileira).
▪ Caderno do Método Biodigital (Instruções práticas sobre in-
vestigação e tratamentos naturais, com indicação de plantas medici-
nais).
▪ Caderno de Homeopatia (Instruções práticas geradas por
agricultores sobre o uso da Homeopatia no meio rural).
▪ Caderno de Geobiologia: A Vida em Harmonia com o Ambi-
ente (Instruções práticas e orientações sobre a casa saudável da famí-
lia agrícola e das famílias urbanas).
32

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Caderno microrganismos-eficientes

  • 1. CADERNO DOS MICRORGANISMOS EFICIENTES (EM) Instruções práticas sobre uso ecológico e social do EM 2011 2a Edição Distribuição Gratuita
  • 2. CADERNO DOS MICRORGANISMOS EFICIENTES (EM) Instruções práticas sobre uso ecológico e social do EM Revisão: Fernanda Maria Coutinho de Andrade Equipe técnica – Filipe Pereira Giardini Bonfim Isabela Cristina Gomes Honório Iná Lima Reis Adalgisa de Jesus Pereira Daniela Boanares de Souza Esta publicação é parte do Programa de Extensão “Divulgação das Plantas Medicinais, da Homeopatia e da Produção de Alimentos Orgânicos”. Universidade Federal de Viçosa/Departamento de Fitotecnia Patrocínio: CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) Projeto 558358/2009-8: – “Ensino e Partilha de Experiências em Plantas Medicinais, Homeopatia e Produção de Alimentos Orgânicos” 2a Edição: Tiragem 5.000 exemplares 2
  • 3. CADERNO DOS MICRORGANISMOS EFICIENTES (EM) ♦ Texto informativo distribuído entre participantes dos eventos sobre: Plantas Medicinais, Homeopatia, Agricultura Orgânica, Agroecologia, Trabalhos Comunitários, Família Agrícola, Edu- cação Rural, Terapêuticas Tradicionais e Terapias Naturais, pro- movidos pela Universidade Federal de Viçosa – UFV. ♦ Texto distribuído a Escolas Rurais, Escolas Família Agrícola e a Voluntárias das Pastorais que acessam pessoas de baixa renda. ♦ Programa de Extensão da Universidade Federal de Viçosa – “Divulgação das Plantas Medicinais, da Homeopatia e da Produ- ção de Alimentos Orgânicos”. APOIO Projeto 558358/2009-8 (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) UNESCO/Fundação Banco do Brasil (Certificado de Tecnologia Social) Distribuição (pedidos): Vicente W. D. Casali/Departamento de Fitotecnia Campus da Universidade Federal de Viçosa Viçosa-MG CEP: 36570-000 (31)38991131 vwcasali@ufv.br Ao solicitar exemplares favor mencionar: nome, endereço completo, cidade, CEP, perfil (agricultor, empresário, adminis- trador municipal, técnico, estudante, ou outra atividade). 3
  • 4. “Eu sou os microrganismos eficientes. Você não me vê, mas ajudo você, naturalmente!”. “Procure e você me encontrará”. “Estou à sua disposição”. “Você pode me chamar de EM”. “Quero trabalhar com você”. 4
  • 5. Apresentação Este texto explicativo contém resultados de pes- quisas e experiências práticas de pessoas compromissa- das com a qualidade de vida. Pessoas observadoras da Natureza, conscientes de que a qualidade de vida de- pende do ambiente e do consumo de alimentos saudá- veis. As informações estão especialmente dirigidas às famílias agrícolas orgânicas pelo fato de valorizarem esse nível de tecnologia. Em alguns momentos há foca- lizações destinadas a produção massiva com o objetivo de motivação e exemplificar o uso entre produtores de maior escala. A versatilidade e a função ecológica do EM estão presentes nas indicações de uso no meio urbano: ater- ros sanitários, água, casas e resíduos. 5
  • 6. Introdução O ser humano somente terá saúde se os alimentos pos- suírem energia vital. Os alimentos só possuem energia vital se as plantas forem saudáveis. As plantas somente serão saudá- veis se o solo for saudável. Solo sadio > Planta sadia > Ser Humano sadio. O solo é o início e o fim. O alimento, a água e o oxigê- nio vêm do solo e das plantas. O organismo humano é o que o solo faz dele. O organis- mo humano é o que recebe por meio da alimentação. Solo sa- dio, significa humanidade com saúde, com consciência e com os propósitos mais dignos de Vida. O solo sadio é agregado, grumoso, poroso, receptivo a: ar, água e raízes das plantas. No solo sadio nada impede o de- senvolvimento radicular e a água não fica parada. Solo sadio não possui crosta superficial, nem compactações e nem ero- são. Solo sadio é puro, sem resíduos tóxicos, sem metais pe- sados, com nutrientes em equilíbrio. As plantas que crescem nos solos sadios são saudáveis, sem pragas e doenças e têm alto valor biológico. O solo saudável é mantido pelos organismos do solo: macrorganismos (aranhas, formigas, minhocas,...) e pelos mi- crorganismos (bactérias, fungos, leveduras, actinomicetos,...). Estes organismos trabalham de modo coletivo e fazem as transformações da matéria orgânica. Agregam o solo e man- têm no solo os poros onde entra o ar e a água indispensáveis à produção vegetal. 6
  • 7. No Brasil o clima é tropical: quente e úmido. Os solos são profundos e de baixa riqueza mineral. A reciclagem da matéria orgânica garante o alimento natural às plantas. Nos solos brasileiros a reciclagem da matéria orgânica é rápida mediante a enorme quantidade de microvida (20 milhões de fungos e bactérias por 1 cm3 de solo) e a atividade das raízes, aliadas às condições climáticas. Este sistema permitiu o de- senvolvimento da floresta mais frondosa do mundo, a Amazô- nica, em solos extremamente pobres. A diversidade aqui é rica. Plantas diversas podem explorar o mesmo espaço de solo e com isso aumentam: as excreções radiculares, o número de espécies de microrganismos, a mobilização de nutrientes e o crescimento vegetal. Por serem profundos permitem maior enraizamento e a exploração de volume muito grande do solo. A base da produtividade tropical é a reciclagem rápida da matéria orgânica do solo e a intensa relação: planta-excre- ções-radiculares-microrganismos-nutrientes. As plantas absorvem a energia luminosa do sol. Com o gás carbônico do ar, com a água, com minerais e catalisado- res, transformam energia solar em energia química. Assim, pela fotossíntese, as plantas formam a matéria orgânica. A matéria orgânica vegetal não é adubo diretamente. Mas é alimento da vida e do solo. Organismos vivos do solo se alimentam da matéria orgânica (folhas, galhos,...) e tam- bém das excreções radiculares das plantas. Pela matéria orgâ- nica vivem os organismos do solo que mobilizam os nutrien- tes. A microvida é muito ativa e eficiente. Essa microvida eficiente (microrganismos) libera os nutrientes da matéria orgânica, fixa o nitrogênio do ar e produz substâncias proteto- ras das plantas. 7
  • 8. 8
  • 9. Histórico sobre os Microrganismos Eficientes (EM) O estudo sobre os microrganismos eficientes (effective microorganisms ‒ EM) foi iniciado na década de 70 pelo Dr. Teruo Higa, professor da Universidade de Ryukyus (Japão). O objetivo era melhorar a utilização da matéria orgânica na pro- dução agrícola. Em 1982 foram feitas experimentações com EM em campo, nas várias regiões do Japão, com resultados positivos. Posteriormente, em outros países, inclusive no Brasil, foi con- firmada a eficiência do EM na ciclagem da matéria orgânica. A utilização do EM, como prática agrícola adequada ao ambiente e a saúde humana, se aproximou muito da Agricul- tura Natural Messiânica preconizada por Mokiti Okada, em 1935, no Japão. Na Agricultura Natural são utilizadas tecnologias ecoló- gicas, com máximo proveito da natureza, das ações do solo, dos organismos vivos, da energia solar, dos recursos hídricos. As técnicas fundamentam-se no método natural de formação do solo. Utilizando corretamente as forças e a energia da nature- za, é possível obter produção agrícola suficiente, sem fertili- zantes nem agrotóxicos. Árvores e ervas crescem naturalmen- te sem prejuízos pelos insetos. Seguindo os caminhos da natu- reza é possível alcançar colheitas abundantes, sadias, saboro- sas e nutritivas. 9
  • 10. Na agricultura natural são usados: composto, cobertura morta, adubação verde, microrganismos do solo, controle bio- lógico de insetos, controle biomecânico de plantas espontâne- as. Na agricultura natural é praticado o princípio da recicla- gem de recursos naturais e o enriquecimento da matéria orgâ- nica com microrganismos do solo tornando a atividade agrí- cola duradoura e racional. Portanto, a agricultura natural é modelo de desenvolvimento rural, é agricultura sustentável e competitiva. O método da Agricultura Natural não emprega produtos químicos ou esterco animal. É feito o uso de sobras de vege- tais que conservam a pureza do solo e permitem a reciclagem dos nutrientes. O método de cultivo natural tem implicações econômicas, sociais, com a saúde e a ecologia. AAgricultura Natural visa: ‒ produzir alimentos de qualidade que mantêm e incre- mentam a saúde humana; ‒ proporcionar vantagens espirituais e econômicas aos produtores e consumidores; ‒ ser praticável por qualquer pessoa e ser permanente; ‒ a conservação do meio ambiente; ‒ produção de alimentos em quantidades corresponden- tes ao aumento populacional. O EM é utilizado em diversos países e em todos os con- tinentes. A utilização do EM foi iniciada experimentalmente no Brasil na Fundação Mokiti Okada, Atibaia-SP. Foi introdu- zida entre os praticantes da Agricultura Natural. 10
  • 11. Quem são os Microrganismos Eficientes (EM)? Os microrganismos são minúsculos seres vivos. Apesar de extremamente pequenos e simples, exercem função pri- mordial, desde a captação de energia solar, até suas transfor- mações na Terra. São dois grandes grupos: os microrganismos de regeneração, e os microrganismos degenerativos. Os microrganismos regenerativos produzem substâncias orgânicas úteis às plantas, e via metabolismo secundário po- dem produzir hormônios e vitaminas. Melhoram as proprieda- des físicas, químicas e biológicas do solo. Estão nesse grupo os microrganismos que constituem o EM. Os microrganismos degenerativos produzem no seu me- tabolismo primário substâncias como amônia, sulfeto de hi- drogênio, com ação prejudicial à planta e endurecem o solo. Consequentemente impedem o crescimento das plantas e fa- vorecem infestações de pragas e doenças. O EM é formado pela comunidade de microrganismos encontrados naturalmente em solos férteis e em plantas, que coexistem quando em meio líquido. Quatro grupos de microrganismos compõem o EM: ‒ Leveduras (Sacharomyces): utilizam substâncias libe- radas pelas raízes das plantas, sintetizam vitaminas e ativam outros microrganismos eficazes do solo. As substâncias bioa- tivas, tais como hormônios e enzimas produzidas pelas leve- duras, provocam atividade celular até nas raízes. 11
  • 12. ‒ Actinomicetos: controlam fungos e bactérias patogê- nicas e também aumentam a resistência das plantas. ‒ Bactérias produtoras de ácido lático (Lactobacillus e Pediococcus): produzem ácido lático que controla alguns mi- crorganismos nocivos como o Fusarium. Pela fermentação da matéria orgânica não curtida liberam nutrientes às plantas. ‒ Bactérias fotossintéticas: utilizam a energia solar em forma de luz e calor. Também utilizam substâncias excretadas pelas raízes das plantas na síntese de vitaminas e nutrientes, aminoácidos, ácidos nucleicos, substâncias bioativas e açúca- res, que favorecem o crescimento das plantas. Aumentam as populações de outros microrganismos eficazes, como os fixa- dores de nitrogênio, os actinomicetos e os fungos micorrízi- cos. Como trabalham os microrganismos eficientes? Os microrganismos retiram da matéria orgânica (restos vegetais e animais) os seus alimentos. Nesta decomposição há redução do todo em partes e compostos menores são liberados no ambiente. Muitos destes compostos são nutrientes, hormô- nios, vitaminas que alimentam a própria comunidade microbi- ana, além de animais e plantas. Os microrganismos ainda li- beram no ambiente alguns compostos que aumentam a resis- tência das plantas aos insetos e doenças. A decomposição da matéria orgânica no solo faz prolife- rar grupos de microrganismos, que estruturam o solo, agre- 12
  • 13. gam melhor as partículas minerais, evitam compactação e au- mentam: a porosidade, a infiltração de água, a água disponí- vel e a profundidade de enraizamento. Há redução da erosão e da frequência de irrigação. A matéria orgânica de origem ani- mal é decomposta pelos microrganismos do EM, liberando substâncias úteis ao crescimento das plantas e ao equilíbrio do solo. Os microrganismos eficientes decompõem a matéria orgânica de modo equilibrado, com pouco gasto de energia/de tempo, mantêm a estabilidade do sistema, sustentam a vida, colaboram na construção do solo vivo e saudável. No solo vivo e saudável os microrganismos transformam a matéria orgânica que sustenta plantas vigorosas e produtivas, como nas matas, provendo alimento a toda a vida na Terra. Modo de Preparo do EM Os Microrganismos Eficientes são várias espécies de bactérias, actinomicetos, bacilos e fungos mantidos em líqui- do. Após o acréscimo de melado de cana há fermentação (au- mento da quantidade de microrganismos) e ficam disponíveis ao uso no líquido. O EM também é comercializado pela Fundação Mokiti Okada. Entretanto é reconhecido pela população o método ca- seiro de captura dos microrganismos e de preparo do EM/solo (denominação dada ao composto microbiano fermentado de uso em solos) e ao EM/planta (composto microbiano fermen- tado de uso em plantas). Será adotado neste texto exclusiva- mente a denominação EM/solo e EM/planta que caracterizam a tecnologia social não empresarial do EM. 13
  • 14. A produção do EM pela família agrícola permite que essa tecnologia social seja mais adaptável às condições locais e seja acessível pelo baixo custo e pelas facilidades. Os microrganismos deverão ser capturados em solo sau- dável, sob mata, na unidade agrícola (na terra onde mora a fa- mília agrícola), ou em área próxima. Os microrganismos de cada região estão mais adaptados às condições locais facilitando o processo de reconstrução do Solo Vivo. A) Captura dos Microrganismos Eficientes Cozinhe aproximadamente 700 gramas de arroz sem sal. Coloque o arroz cozido em bandeja de plástico ou de madeira ou ainda em calhas de bambu. Cobrir com tela fina visando proteger. Coloque a bandeja com arroz e a tela em mata virgem (na borda da mata) e deste modo capturar os microrganismos. No local onde vai deixar a bandeja, afastar a matéria orgânica (serrapilheira). Após colocar a bandeja, a matéria orgânica que foi afastada deve cobrir a bandeja sobre a tela. Após 10 a 15 dias os microrganismos já estarão captura- dos e criados. Nas partes do arroz que ficarem com as colorações rosa- da, azulada, amarelada e alaranjada estarão os microrganis- mos eficientes (regeneradores). As partes com coloração cin- za, marrom e preto devem ser descartadas (deixe na própria mata). 14
  • 15. Observação: as colorações no arroz variam em função do tipo de mata onde foram capturados os microrganismos. Quanto mais diversificada e estruturada for a mata mais cores estarão presentes. B) Ativar os Microrganismos Eficientes Distribuir o arroz colorido em mais ou menos 5 garrafas de plástico de 2 litros Colocar 200 mL de melaço em cada garrafa. Completar as garrafas com água limpa (sem cloro) ou água de arroz. Fechar as garrafas e deixar à sombra por 10 a 20 dias. Liberar o gás (abrir a tampa) armazenado nas garrafas, de 2 em 2 dias. Coloque a tampa e aperte a garrafa pelos lados retirando o ar que ficou dentro da garrafa (a fermentação deve ser anae- róbica, ou seja, sem ar, sem presença do Oxigênio). Aperte bem a tampa. Está pronto o EM (neste momento não há mais produ- ção de gás dentro da garrafa). O EM tem coloração alaranjada. Pode ser mais clara ou mais escura, o que depende da matéria-prima, não implican- do, porém, na qualidade do produto. O cheiro é doce agradá- vel. No caso de apresentar mau cheiro, o EM não deve ser usado. Pode ser armazenado por até 1 ano. 15
  • 16. Observações: ‒ A água tratada com cloro (água de rua, água de cida- de) deve ser previamente colocada em recipiente destampado. Somente após 24 horas a água poderá ser usada. Isso porque o cloro mata os microrganismos. A água de mina é usada direta- mente. ‒ O melado (pode ser substituído por caldo de cana) é alimento dos microrganismos. Por isso faz crescer a comuni- dade microbiana ativa que pelas reações de fermentação, pro- duzem ácidos orgânicos, hormônios vegetais (giberelinas, au- xinas e citocinina), além de vitaminas, antibióticos e polissa- carídeos, enriquecendo a solução. Onde utilizar os Microrganismos Eficientes? Os microrganismos eficientes trabalham na matéria orgânica e por esse motivo têm ampla atuação. A) Nos Solos Todos os seres vivos coexistem e se desenvolvem com os microrganismos. A base que sustenta a cadeia alimentar é o solo e nele habitam os menores seres vivos que são os micror- ganismos. Baseando-se neste conceito, descobriu-se que o uso do EM contribui com o fortalecimento natural do solo. Os microrganismos eficientes têm sido utilizados na re- vitalização do solo. A presença dos microrganismos eficientes torna o solo mais rico em energia vital fazendo com que a ca- pacidade natural de produção seja plena. 16
  • 17. Para que o solo manifeste sua força e tenha seu equilíb- rio é preciso conservá-lo sempre puro. Quanto mais puro o solo estiver, maior será sua força no desenvolvimento das plantas. Todos os microrganismos que coexistem no EM reali- zam trabalho importantíssimo, equilibrando o ambiente do solo. Há o controle de microrganismos nocivos, e os micror- ganismos úteis tornam-se mais numerosos. Esse ambiente no solo, favorece a produção agrícola e as doenças dificilmente ocorrerão. As respostas do solo tratado com EM são principalmen- te e diretamente: a) Recompor a microbiota saudável do solo. Quanto maior a quantidade e a diversidade de vida no solo, melhor será a qualidade do alimento produzido. Lembrete: a diversi- dade de plantas implica em diversidade de microrganismos no solo. b) Restaurar as condições físico-químicas e microbioló- gicas do solo. c) Estimular a emergência total das plantas (inclusive as plantas medicinais e as plantas companheiras) facilitando o manejo e a cobertura do solo. d) Atuar juntamente com a adubação verde diminuindo a compactação do solo. Aumentar: a agregação, a porosidade do solo, a infiltração de água, a água disponível no solo e a profundidade de enraizamento. Como consequência há redu- ção da erosão e da frequência de irrigação. e) Facilitar a decomposição da matéria orgânica, favore- cer a mineralização e a disponibilidade de nutrientes essenci- ais às plantas. 17
  • 18. f) Permitir a redução ou a dispensa do fertilizante quí- mico. g) Biorremediar os solos contaminados neutralizando os metais pesados e os resíduos de agrotóxicos. Via composta- gem também poderá neutralizar resíduos de petróleo e outros óleos. h) Diminuir ou eliminar doenças e patógenos do solo. i) Acelerar o processo de compostagem de resíduos. B) Nas Plantas As diversas espécies de microrganismos que compõem o EM, produzem ácidos orgânicos, hormônios vegetais (gibe- relinas, auxinas e citocininas), além de vitaminas, antibióticos e polissacarídeos. Todos esses produtos exercem, direta ou in- diretamente, influência positiva no crescimento da planta. O EM é utilizado no cultivo de hortaliças, cereais, frutas e flores pelas seguintes razões: a) Melhora o metabolismo das plantas (exemplo: a capa- cidade fotossintética). b) Ativa o crescimento radicular. c) Aumenta a germinação, florescimento e frutificação. d) Ativa a maturidade dos frutos e grãos. e) Faz adubação foliar (semelhante à adubação nitroge- nada). f) Aumenta a produtividade agrícola. g) Melhora a qualidade dos produtos colhidos (aumenta o teor de proteínas, óleos e o peso de grãos). 18
  • 19. h) Reduz os prejuízos causados pelo plantio consecuti- vo. i) Reduz os danos causados por insetos. j) Elimina o uso de inseticidas pela maior resistência das plantas (principalmente quando é associado à homeopatia). C) Na Água Os Microrganismos Eficientes aceleram a decomposição natural dos compostos orgânicos que poluem a água. Os EM produzem substâncias bioativas que atuam sobre os patógenos da putrefação e da produção de gases nocivos que contami- nam a água e causam maus odores. O EM é útil na descontaminação da água e restaura o equilíbrio natural do sistema aquático com efeitos benéficos e sustentáveis. D) No Saneamento Ambiental Os Microrganismos Eficientes amenizam os impactos ambientais das indústrias porque atuam na decomposição dos resíduos e efluentes. Com a utilização do EM em resíduos é possível: 1) Controlar maus odores nas instalações. 2) Eliminar o mau cheiro dos resíduos, diminuir a pro- dução de gases nocivos como hidrogênio sulfídrico (H2S) e metano. Qualquer tipo de matéria orgânica poderá ser com- postada com EM pois não há produção de odores ofensivos. 19
  • 20. 3) Ajudar no controle da poeira. 4) Promover rápida decomposição natural (4 a 6 sema- nas) das matérias orgânicas, tratando naturalmente o choru- me. No meio rural a família agrícola utiliza o EM no trata- mento dos esgotos e nas fossas. Há redução do mau cheiro e de moscas. A família agrícola é consciente e compromissada com a Natureza. E) Na Compostagem O EM pode ser utilizado na compostagem de resíduos de diversas origens. É indicado principalmente na compostagem de resíduos de decomposição lenta, como por exemplo: resíduos com alta relação C/N (partes lenhosas da planta, troncos, galhos, palha- das), gramíneas, gorduras, dentre outros. O EM acelera a decomposição reduzindo o tempo de compostagem. F) Nos Animais O EM melhora o ambiente do manejo da criação redu- zindo o estresse e melhorando a qualidade de vida dos ani- mais. Não se deve utilizar o EM como se fosse remédio ou va- cina, mas como meio de melhorar o ambiente (dentro e fora da instalação de criação animal) e o organismo dos animais. 20
  • 21. O EM é ser vivo e com a sua utilização é possível obter con- dições bem próximas às encontradas na Natureza, melhorando a qualidade de vida dos animais, porque: a) Controla cheiros desagradáveis em instalações com animais (suinocultura, aviários, canis,...). b) Limpa e elimina o cheiro em animais (banhar com solução de EM). c) Fonte de vitaminas e de outros nutrientes. d) Diminui moscas e carrapatos. e) Melhora a manutenção da cama (aumento do período de uso da cama e redução do custo). f) Melhora a qualidade de produtos da agropecuária e o tempo de conservação pós-colheita. g) Reduz o uso de desinfetantes e medicamentos. h) Reduz os custos. i) O animal torna-se mais saudável e com melhor apa- rência. Quando aplicado na pastagem o EM/solo ativa o cresci- mento da pastagem aumentando a disponibilidade de alimento aos animais. G) Outros Usos O EM é utilizado na limpeza da casa: pisos, paredes, azulejos, janelas, vasos sanitários, ralos de pia, caixa de gor- dura. O EM retira a gordura e o mau cheiro proporcionando 21
  • 22. ambiente limpo e harmonioso. Qual é a vantagem? Abandonar produtos químicos de limpeza, tóxicos e poluidores do ambiente. Outra vantagem? A redução de casos de alergia ou intoxicação dos moradores das casas (inclusive animais de estimação e criação). O EM também pode ser utilizado na lavagem de roupas. Seu uso não elimina manchas, mas elimina “aquele cheiro de suor” impregnado nas roupas usadas (como, por exemplo, as “roupas de cama”). O EM retira a ferrugem em maquinarias e instalações. Formas de utilização do EM Na maioria das vezes, o EM deverá ser diluído, podendo ser utilizado de várias formas. Depende do equipamento dis- ponível, da fase da cultura, preparo de solo, e outros usos. A partir da experiência popular há algumas sugestões. I) NOS SOLOS E NOS BERÇÁRIOS DE PLANTIO Cada 1 litro do EM dissolver em 1000 litros de água. Está pronto o EM/solo (solução de aplicação ao solo). Lembrete: a água tratada com cloro deve ser colocada um dia antes em recipiente destampado, por 24 horas. No dia seguinte acrescente o EM. O cloro mata microrganismos. O EM/solo é utilizado na pulverização da terra como ativador/acelerador da decomposição da matéria orgânica, contribuindo com o aumento da vida no solo. É tecnologia de mobilização dos nutrientes. 22
  • 23. O bom preparo do solo é feito cobrindo o solo com pro- dutos naturais de origem vegetal (folhas, adubação verde, ca- pim picado, restos de cultura, etc.) e de origem animal (ester- co, “cama de galinha”). Molhar o solo ou as leiras com a solu- ção de EM/solo. Atenção! Molhar bem as leiras. Após a aplicação do EM/solo cobrir as leiras com capim ou palha. Manter o solo úmido. Esperar 7 a 10 dias até o semeio ou o transplante das mudas. Além de aplicado diretamente sobre o solo a ser cultiva- do, o EM pode ser aplicado sobre a cobertura verde do solo, como pastagens, gramados ou plantações. Na recuperação de solos degradados a sugestão de dosa- gem e frequência de uso é a seguinte: • 100 a 200 L por ha, realizando 4 a 8 aplicações anu- ais. • 1º ano ‒ 200 L por ha / 8 aplicações por ano • 2º ano ‒ 150 L por ha / 6 aplicações por ano • 3º ano em diante ‒ 100 L por ha / 4 aplicações por ano. Seja criativo, observe seu solo e o ambiente. Essas su- gestões podem ser alteradas mediante as necessidades locais. A Radiestesia é boa ferramenta de decisões. Observação: No Brasil (clima tropical, quente e úmido) uma das grandes dificuldades é a conservação da matéria orgânica no solo. A matéria orgânica é essencial na manuten- ção do solo vivo, no desenvolvimento sadio das plantas e por ser reservatório de nutrientes e estruturar o solo (grumos, po- ros, circulação de ar e água). 23
  • 24. Os Microrganismos Eficientes aceleram a degradação da matéria orgânica bruta. Isso é bom, pois disponibiliza ali- mento às plantas promovendo crescimento e produtividade. Entretanto, é importante sempre enriquecer com matéria orgâ- nica a área de cultivo. O uso de partes vegetais lenhosas (ga- lhos, troncos de árvore,...) e de gramíneas (capins, milho,...) favorece o uso do EM. Esses produtos naturais são de decom- posição mais lenta, mas garantem a continuidade da matéria orgânica no solo. O EM é um ser vivo. Deve-se ter cuidado no manejo dos microrganismos de modo que seja feita sua fixação no solo. Por isso é essencial a matéria orgânica. Outras práticas de manejo aumentam no solo os alimen- tos da microvida destacando as seguintes: 1 ‒ Manter o solo coberto por vegetação, palhada e res- tos de planta. 2 ‒ Não revolver o solo (aração). A matéria orgânica deve ficar sobre o solo. Não é preciso enterrar. Não usar nem enxadão! 3 ‒ Roçar o mato e deixar sobre o solo. 4 ‒ Rotação de culturas e adubação verde diversificada. 5 ‒ Cultivos consorciados com leguminosas e com gra- míneas. 6 ‒ Retorno da matéria orgânica ao solo. 7 ‒ Plantio de árvores como quebra-ventos (por exem- plo nas pastagens). Plantio de árvores sombreando culturas (por exemplo no cafezal). 8 ‒ Uso de composto e compostagem laminar. 24
  • 25. II) PULVERIZAÇÃO DAS PLANTAS A pulverização das plantas é feita com o EM/planta. Como produzir o EM/planta? Adicione em 100 litros de EM/solo, ½ litro de vinagre. Está pronto o EM/planta. É indicado após a germinação ou em culturas já estabe- lecidas. Aplicar via pulverizações foliares ou via regador. Fazer aplicação semanal até melhorar a estrutura do solo ou melho- rar a saúde da planta. Depois fazer pulverizações quinzenais. No ano em que se começa a usar o EM, o número de aplicações é maior. Se as condições de crescimento das plan- tas estiverem em ordem, ano após ano, a frequência pode di- minuir. Pulverizar no período da manhã ou após a chuva. III) INOCULAÇÃO DE SEMENTES Coloque as sementes imersas em solução de EM/solo durante 1 hora. Sementes que absorvem mais água ficam tem- po menor. Sementes que absorvem menos água ficam maior tempo imersas. Pode ser feita a peletização das sementes. Umedecer se- mentes com a solução EM/solo. Acrescentar cinza de fogão ou farelo (pode ser farelo de arroz, soja, mamona, etc.) envol- vendo as sementes. Pronto, está feita a peletização. 25
  • 26. IV) COMPOSTAGEM Faça a compostagem dos resíduos como é o costume. Umedecer a leira com a solução EM/solo. O volume a ser aplicado deve equivaler ao volume da água que é costume gastar. V) ANIMAIS Como fonte de nutrientes dos animais o EM é acrescido ao alimento ou à água de beber. Na água de beber, a cada 3 litros de água acrescente 1 colherzinha do EM. No tratamento dos resíduos animais (cama-de-frango, estercos, fezes de cachorros e gatos) o EM/solo é pulverizado sobre os resíduos. Pode também ser utilizado na limpeza das instalações e em banhos de higienização. O uso do EM elimina mau cheiro e moscas. Ao iniciar o uso do EM, aplicar uma vez a cada três dias, durante o pri- meiro mês. Quando o mau cheiro diminuir a pulverização po- derá ocorrer apenas 1 vez ao mês. VI) DESCONTAMINAÇÃO DE LAGOAS • Misture 1 litro de EM em 1.000 litros de água a ser tratada. • Observe a água durante 1 a 6 meses. Se necessário re- 26
  • 27. pita a aplicação e aguarde o próximo mês. • Ao alcançar os resultados esperados, há necessidade de manutenção do sistema. Aplique mensalmente 1 litro de EM por 10.000 litros de água. O método de aplicação, assim como as dosagens, pode variar de acordo com as condições do sistema local. Em água corrente também pode ser usado. Pense nos custos, no modo de aplicar, no envolvimento com seus vizinhos e toda a comu- nidade. A Radiestesia tem sido útil nestas definições. VII) ATERROS SANITÁRIOS Prepare a solução a 5% de EM (5 partes de EM, por 95 partes de água). Pulverize diariamente sobre os resíduos. Em grandes aterros sanitários, o uso de caminhão pipa é funda- mental nas aplicações. Supondo que o caminhão pipa de 10.000 L pulveriza toda a área do aterro sanitário, então adici- one 500 L de EM no tanque do caminhão, complete com água e pulverize. É recomendável que as pulverizações sejam feitas nas primeiras horas da manhã. Use esta mesma proporção (5%) na limpeza das ferra- mentas e máquinas, e principalmente na lavagem dos cami- nhões de coleta do lixo. No meio rural, no tratamento dos resíduos de banheiro, a família agrícola pode usar o EM. É opção no tratamento das fossas sépticas. No meio urbano pode ser aplicado nas caixas de gordura das casas. 27
  • 28. VIII) LIMPEZA DA CASA A solução de EM pode ser utilizada na limpeza das ca- sas: chão, paredes, azulejos, banheiros, vasos sanitários, ralos (pia e chuveiro), e também na lavagem de roupas. O uso do EM garante limpeza por sua ação antimicrobi- ana. Não deixa resíduos nem cheiros responsáveis por alergi- as ou intoxicação. Minimiza o uso de poluidores do ambiente (insustentáveis). O EM é tecnologia ecológica. Recomendações: 1) Limpeza de paredes, azulejos e pisos. Coloque 2 co- lherzinhas de EM em 1 litro de água e misture. Passe essa so- lução com pano úmido ou com rodo. 2) Gorduras em janelas de vidro. Passe o EM puro com auxílio da bucha. Aguarde alguns minutos. Passe novamente a bucha com água retirando o que ficou. 3) Ralos de pia e de chuveiro. Aplique 1 tampinha de EM diariamente. 4) Vaso sanitário: diluir ½ colherzinha de EM em ½ litro de água. 5) Limpeza da geladeira: passar pano úmido com EM diluído (1/2 colherzinha em 1 litro de água) nas paredes inter- nas e beiradas. Retira o mau cheiro. 6) Depois de limpar a pia da cozinha, pulverizar o EM (1/2 colherzinha em 1 litro de água). Diminui a incidência de formigas. 7) Lavagem de roupas: 1 colher de sopa em 20 litros de água. Deixar a roupa de molho mais ou menos 2 horas e então enxaguar. 28
  • 29. Cuidados ao guardar e aplicar o EM ‒ Guardar em local fresco e ventilado. ‒ Utilizar a solução no mesmo dia de preparo. ‒ Não pulverizar em horário de sol forte, fazer as pulve- rizações pela manhã, bem cedinho, no final da tarde ou em dias nublados. ‒ Os microrganismos são muito sensíveis à seca, por isso, no período do verão, quando a insolação é muito forte, a aplicação deve ser feita ao entardecer ou em dias nublados. O ideal é aplicar antes e depois da chuva, quando o solo está úmido. ‒ Se queimar as bordas das folhas utilize concentração menor. ‒ Não utilizar água clorada (de cidade). Separar o reci- piente com água e após 24 horas obter a solução de EM. ‒ As aplicações de EM podem ser feitas em conjunto com biofertilizantes. ‒ O pulverizador ou o regador utilizado com agrotóxico deve ser lavado com água e sabão, diversas vezes, até sair todo o veneno. Se possível compre novo, separe e deixe só por conta do EM. A aplicação de EM terá melhores resultados se forem observadas outras técnicas da Agricultura Orgânica, como: cobertura do solo com palha, adição de matéria orgânica (adu- bação verde, compostagem, biofertilizante), o bom manejo conservacionista do solo, rotação e consorciação de culturas, entre outras práticas. 29
  • 30. EM e Homeopatia No meio rural a família agrícola homeopata é percepti- va, é criativa e está consciente do valor dos recursos da Natu- reza. Reconhece na prática diária o potencial dos preparados dinamizados (homeopatia). Assim produzem o EM e também usam o EM como Tintura-Mãe. A partir da TM (Tintura-Mãe) obtém o preparado homeopático de EM. A diluição/sucussão pode ser feita em soro fisiológico ou água de coco (EM vivo) ou em álcool 70% (EM lisado). A dinamização geralmente utilizada é 2CH ou 3CH. A Radiestesia auxilia tais decisões. Os resultados e os procedimentos são semelhantes aos verificados com o uso do EM não dinamizado. No entanto é mais econômico. Permite o processo mais equilibrado de de- composição da matéria orgânica. A família agrícola é inovadora. Associa também com o EM as homeopatias que são indicadas aos solos e as plantas. Após produzirem o EM/solo ou o EM/planta acrescentam à solução, as homeopatias. Em média 10 gotas de homeopatia / litro de solução do EM. As homeopatias aumentam a atividade, a eficiência dos microrganismos e a resistência das plantas. Por isso essa asso- ciação é muito benéfica à saúde do sistema. Algumas sugestões de homeopatias: ‒ Sais de Schüssler (12); ‒ Micronutrientes dos Sais do Super Magro; ‒ Magnesia carbonica e Calcarea carbonica; ‒ Preparado Homeopático do Solo; ‒ Nosódios. 30
  • 31. A escolha da(s) homeopatia(s), dinamização, dosagem, frequência de uso e modo de aplicar podem ser definidas com auxílio da Radiestesia e a partir das necessidades ou disponi- bilidades locais. Não há receitas prontas. Vantagens do uso do EM A tecnologia EM é embasada nos processos vivos da na- tureza. É tecnologia verdadeira e sustentável. A tecnologia EM é econômica e natural, segura, fácil de usar e de alta qualidade. A tecnologia EM pode ser alternativa de geração de ren- da direta se aplicada, por exemplo, na produção de biogás, composto orgânico e biofertilizantes. O EM é bom veículo de aplicação das homeopatias. A tecnologia EM é substitutiva aos adubos e agrotóxi- cos. Há necessidade urgente dos alimentos serem produzidos com menor gasto de energia. Os agroquímicos deixam resí- duos (ambiente, alimentos), destroem a saúde da família agrí- cola e dos consumidores. O uso do EM reduz impactos ambientais e possibilita: a manutenção de sistemas limpos, a produção de alimentos sau- dáveis, assim como, equilibrados nutricionalmente e livres de resíduos químicos. A tecnologia EM contribui com a qualida- de de vida. É tecnologia social e sustentável. 31
  • 32. CADERNOS DISPONÍVEIS PROGRAMA DE EXTENSÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA ▪ Caderno dos Alimentos Alternativos (Instruções práticas sob- re farelos, e alimentos naturais no enriquecimento da alimentação hu- mana). ▪ Caderno da Horta Orgânica Familiar com Homeopatia (Ins- truções práticas sobre organização e condução da horta utilizando re- cursos naturais associados a leis da natureza). ▪ Água da Vida: A Vida Mais Saudável (Orientações sobre saú- de e a terapêutica tradicional com a água da vida). ▪ Cuide Bem de Seus Olhos (eles merecem todo o carinho). ▪ O Uso de Animais na Alimentação e o Impacto sobre o Am- biente (Argumentação objetiva sobre poluição, desertificação, escas- sez da água, aquecimento global, energia, consumismo, sustentabili- dade, agricultura orgânica, vegetarianismo). ▪ Caderno das Nossas Plantas Medicinais (Instruções práticas e preparações tradicionais da fitoterapia brasileira). ▪ Caderno do Método Biodigital (Instruções práticas sobre in- vestigação e tratamentos naturais, com indicação de plantas medici- nais). ▪ Caderno de Homeopatia (Instruções práticas geradas por agricultores sobre o uso da Homeopatia no meio rural). ▪ Caderno de Geobiologia: A Vida em Harmonia com o Ambi- ente (Instruções práticas e orientações sobre a casa saudável da famí- lia agrícola e das famílias urbanas). 32