[1] O documento apresenta as principais teorias da motivação, incluindo visões instintiva, psicanalítica, humanista, comportamentalista e cognitiva. [2] A visão psicanalítica enfatiza desejos e pulsões inconscientes, enquanto a humanista foca em necessidades como auto-realização. [3] A comportamentalista vê motivação como função de impulsos, hábitos e reforços, e a cognitiva enfatiza processos mentais como crenças e autoconceito.
2. A Tradição do Instinto-Motivo
Do instinto animal ao motivo humano
Instaura-se o costume de rastrear o
comportamento animal para conhecer as
bases da ação e das necessidades humanas.
3. Defenderam a existência de uma grande série de
instintos no ser humano que eram predisposições a atuar
de forma adequada para conseguir certos fins e metas,
comportamentos automáticos que apareciam sem que o
sujeito tivesse alguma experiência prévia nessa atuação.
William James Willian McDougall
Supôs que o homem, por sua maior capacidade de
aprendizagem, apresenta tendências inatas que
permanecem alojadas muito profundamente em sua
personalidade.
4. William James listou cerca de
6.000 instintos diferentes,
ocasionando inúmeras críticas e a
posterior descrença em suas
hipóteses. Faltava o instinto mais
importante: “O instinto de crer
em instintos”.
Hoje em dia não se usa a noção de
instinto.
Padrões de comportamento
sempre atuam em interação com
outros atributos situacionais.
5. A Tradição Psicanalítica
A psicanálise surge exclusivamente com
uma intenção terapêutica: proporcionar
uma alternativa de cura à histeria.
6. Desejo e Pulsão em Freud
Estamos dirigidos pelo
desejo que surge das
instâncias mais profundas e
inconscientes de nossa
personalidade... Essa força
energética se vincula nas
pulsões.
O indivíduo nem sempre faz
o que realmente deseja Sigmund
(objetivo pulsional), sim o Freud
que pode.
7. As primeiras dissidências: Jung e Adler
O ser humano vem ao mundo
com evidentes carências biológicas
(tardamos muito em ser minimamente
autônomos de nossos pais), com claras
deficiências adaptativas em
comparação com outras espécies
(somos um primata débil e vencido), e
essas circunstâncias o levam a plantar
sua vida como uma necessidade de
superação dessa inferioridade natural.
Este é o ponto de partida de sua idéia
do sistema motivacional humano.
Alfred Adler O grupo social é o melhor
remédio para livrar-se de sua
inferioridade natural.
8. A Tradição Humanista
Necessidades Superiores
Abraham
Maslow Necessidades Inferiores
9. Defende a idéia da existência
de um motivo básico e construtivo: a
tendência à auto-realizar-se.
O indivíduo adquire duas
necessidades: a de ser positivamente
estimado pelos demais, sentir amor e
aceitação; e a de acabar
considerando-se positivamente, que é
Carl formar um juízo positivo de si mesmo.
Rogers
10. A Motivação na
Tradição Condutista
É o conceito de impulso o que de forma
mais genuína reúne as principais características
do que hoje referimos com o de motivo. O
impulso está estritamente ligado a perturbação
de necessidades biológicas, é o recurso para
recuperar o equilíbrio quando algo básico no
organismo começa a diminuir.
11. * A energia e a direção de uma
conduta já não dependem somente do
impulso.
* O potencial de excitação, se
relaciona também com o hábito e
com o incentivo.
* O potencial de ativação é função
de três fatores: de um estado
temporal, chamado impulso ou drive,
incentivo e por último depende de um
fator de aprendizagem, que será a
Leonard força dos hábitos relacionados com
os comportamentos aprendidos pelo
Clark Hull organismo.
(1884-1952)
12. ...uma coisa é saber e
outra fazer. A execução sim
depende do reforço, e que só
para essa execução é
necessária a intervenção do
impulso; em compensação, para
a aprendizagem não tanto. O
impulso não era já algo
provocado por um déficit de
origem biológica, como a fome
e o sexo, também havia
impulsos determinados por
gostos mais mentalistas e
Edmund R. dificilmente operacionalizáveis
Tolman como a curiosidade.
(1886-1959)
13. Um impulso é
qualquer estímulo forte
Miller,
que impele à ação. Em
Dollar e Zajonc geral os estímulos de
– muita intensidade
facilitação
social. sempre impulsionam. O
impulso mais primário e
básico é a dor. Não
existe, então, a
tendência a uma busca
de prazer; a evitação da
dor é a base primeira de
muitas atividades.
14. A Tradição Cognitiva
Segundo Gardner (1996, p.19), a ciência cognitiva é
"um esforço contemporâneo, com fundamentação
empírica, para responder questões epistemológicas de
longa data - principalmente aquelas relativas à
natureza do conhecimento, seu desenvolvimento e seu
emprego."
Afirma-se a existência de estados mentais internos
(como as crenças, desejos e motivações)
contrariamente à psicologia comportamental
15. O papel dos processos cognitivos na
motivação
Em geral, podemos dizer que as disposições
conscientes ou cognitivas caracterizam o processo
motivacional, principalmente em duas circunstâncias:
1- Caracterizam a interpretação que se dá às demandas da
situação em que se vai produzir a ação e do resultado
dessa tarefa.
2- De acordo com as crenças e valores que agreguem
apreço a determinadas ações e metas.
16. Fritz Heider: Sua idéia básica foi que o homem está
motivado a buscar as explicações causais do que ocorre no
mundo. O ser humano naturalmente tende a buscar o
porquê das coisas que lhe acontecem.
Weiner: Defende como um ponto de partida que a base da
conduta motivada não é uma disposição estável de personalidade
relacionada com uma necessidade natural.
A chave da motivação começa com o desejo de arrecadar
informações válidas para uma boa auto-avaliação. As explicações
que damos às nossas ações e às ações dos demais determinam
nossa tendência de ação.
17. Formação de crenças e planos
O comportamento humano é melhor
explicado se levarmos em conta que todos
possuímos um conjunto de crenças, de
idéias sobre o mundo, sobre como
funcionam as coisas que temos
internalizado pacientemente ao largo de
nossa socialização.
18. A manutenção do auto-conceito
A psicologia tem considerado que
a construção de determinadas
crenças sobre nosso eu constitui-se
num dos motores que movem e
organizam nossa personalidade.