SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 40
Descargar para leer sin conexión
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
       REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                   NITERÓI – RJ




     TERMO DE REFERÊNCIA


CONTRATAÇÃO DE PROJETO EXECUTIVO
  DRENAGEM DE 10 SUB BACIAS DA
  REGIÃO OCEÂNICA DE NITERÓI - RJ




                  OUTUBRO/2011




                                               1
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                  REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                              NITERÓI – RJ




Lei Orgânica do Município de Niterói- Art. 303

 “§ 1° - Por função social da Cidade entende-se o direito de todo munícipe ter acesso à
moradia, transporte público, saneamento geral básico, energia elétrica, gás canalizado,
iluminação pública, cultura, lazer e recreação, segurança, preservação, proteção e
recuperação do patrimônio ambiental, arquitetônico e cultural e ter garantida a contenção
de encostas e precauções quanto a inundações.”




Plano Diretor do Município de Niterói - Artigo 2º

“Parágrafo único - Por função social da cidade entende-se o direito de todo o cidadão ter
acesso à moradia, transporte público, saneamento básico, energia elétrica, iluminação
pública, saúde, educação, segurança, cultura, lazer, recreação e à preservação, proteção e
recuperação dos patrimônios ambiental, arquitetônico e cultural da cidade.”




                                                                                        2
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
             REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                         NITERÓI – RJ




SUMÁRIO
CAPÍTULO   TÍTULO                                    PÁGINA
1          INTRODUÇÃO                                4
2          OBJETO                                    5
3          OBJETIVO                                  6
4          JUSTIFICATIVA                             7
5          CONTEÚDO                                  8
6          O MUNICÍPIO DE NITERÓI                    9
7          A REGIÃO OCEÂNICA DE NITERÓI              12
8          A MACRO BACIA DA REGIÃO OCEÂNICA          16
9          BACIAS A SEREM DRENADAS                   21
10         DISPOSIÇÕES GERAIS                        23
11         ESCOPO DOS SERVIÇOS                       25
12         SERVIÇOS, ETAPAS E PRODUTOS               27
13         DOCUMENTAÇÃO DO PROJETO                   30
14         SERVIÇOS DE CAMPO                         35
15         ESTUDOS COMPLEMENTARES                    37
           LEGISLAÇÃO E BIBLIOGRAFIA                 40
           ANEXOS – ver capítulo 5                   41




                                                              3
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                  REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                              NITERÓI – RJ


   1. INTRODUÇÃO
      Os alagamentos e enchentes nos centros urbanos distribuem agentes
tóxicos e patogênicos por toda a região atingida: misturam esgotos domiciliar,
comercial e industrial devido ao transbordamento das redes coletoras
contaminando todo o solo, as residências invadidas, as plantas, os animais, os
poços, enfim, todo o meio alagado.

      Independente da sua intensidade, a chuva realiza a limpeza do ar e do
solo, carreando agrotóxicos, lixo urbano, metais pesados, óleos, graxas e
demais resíduos provenientes das atividades urbanas para os corpos hídricos
receptores. Com as enchentes estes problemas se agravam devido ao contato
das pessoas diretamente com estes produtos ou mediante a contaminação dos
seus bens e utensílios.

      Associados a estes encontram-se materiais e resíduos sólidos
provenientes da limpeza de terrenos, entulhos de obra, areia, terra, tintas e
demais resíduos da construção civil, que causam a contaminação e o
assoreamento dos corpos receptores, diminuindo as suas vazões ou
capacidade de armazenamento. Entenda-se como corpos receptores os meios
hídricos perenes (rios, lagos etc.) que recebem as águas pluviais.

      Portanto, nas áreas urbanas as chuvas são agentes de poluição de rios
e lagoas, causando alterações nas suas características físico-químicas.

           Quanto às doenças hídricas, podemos citar a leptospirose, transmitida
pela urina do rato - a mais comum nos centros urbanos - que se misturam aos
deflúvios, contaminando pessoas ao entrarem em contato com estas águas.

      Assoreamento, acúmulo de lixo devido à falta de educação ambiental da
população, construções e despejos irregulares, causam retenções nos cursos
hídricos, propiciando o surgimento de criadouros de vetores transmissores de
doenças.

      Os conceitos clássicos da Engenharia Sanitária entendem saneamento
como a intervenção no meio físico onde vive o homem, criando condições de
salubridade para proteção da sua saúde e da sua vida.



                                                                              4
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                    REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                                NITERÓI – RJ


         Atualmente prevalece o conceito de que saúde não é apenas a ausência
de doenças, mas sim um conjunto de ações na qual a prática médica
assistencial representa apenas parte desse esforço. Um ambiente saudável é
pré-requisito cada vez mais indiscutível para a saúde e o papel do
saneamento na conquista dessa condição constitui consenso.

         A Lei Federal 11.445/2007 (Lei do Saneamento) estabelece como
fundamentos do saneamento básico: o fornecimento de água tratada, a coleta,
o tratamento e o destino final de esgoto e lixo, a drenagem e o manejo das
águas pluviais.

             o
       “Art. 3 Para os efeitos desta Lei, considera-se:

       I - saneamento básico: conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações operacionais
de:

       a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infra-estruturas e
instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as
ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;

      b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações
operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos
sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;

       c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra-estruturas e
instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo
doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;

      d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infra-
estruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de
transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento
e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas;”




      2. OBJETO

         Contratação de Serviços Técnicos de Engenharia, objetivando a
elaboração de Projeto Executivo de Macro e Micro Drenagem de 10 sub
bacias da Região Oceânica de Niterói - RJ, nos moldes especificados na Lei
8.666/93 e na Resolução 361/91, do Conselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia (CONFEA). O projeto deverá contemplar os elementos
inerentes ao projeto básico e alcançar o detalhamento em nível de projeto



                                                                                               5
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                   REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                               NITERÓI – RJ


executivo, compatível com as condições levantadas no local, sendo parte
integrante do documento final as respectivas memórias de cálculo.
Lei 8666 - Art. 6o Para os fins desta Lei, considera-se:

     IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de
precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços
objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que
assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do
empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do
prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:

      a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e
identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza; b) soluções técnicas globais e
localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação
ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras
e montagem; c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a
incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para
o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; d) informações que
possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e
condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;
e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua
programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados
necessários em cada caso; f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em
quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados;

    X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução
completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT




   3. OBJETIVO
       Atendimento ao estabelecido no Artigo 225 da Constituição Federal, que
coloca como direito de todos um meio ambiente equilibrado, sendo um bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida.

       Segundo a Carta da Otawa (Carta de Ottawa para la Promoción de la Salud
– Conferencia Internacional sobre Promocion de la Salud, Ottawa, Canadá, noviembre
de 1986. In: Promoción de la salud: una antología. Washington, D.C.:OPS, 1996) as
condições e recursos fundamentais para a saúde são: paz, abrigo, educação,
alimentação,      recursos      econômicos,       ecossistema         estável,     recursos
sustentáveis, justiça social e equidade.

       A relação direta existente entre ecossistema estável e saúde, destaca o
papel do saneamento básico como agente de promoção da saúde,
preservando vidas, o meio ambiente e os bens públicos e privados.


                                                                                            6
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                  REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                              NITERÓI – RJ


      O saneamento como promoção da saúde é uma intervenção
multidimensional que se dá no ambiente, considerado em suas dimensões
física, social, econômica, política e cultural. Seu objetivo é a implantação de
sistemas de engenharia associada a um conjunto de ações integradas capazes
de contribuir para a saúde, por sua vez definida como qualidade de vida.



   4. JUSTIFICATIVA
      A Região Oceânica de Niterói apresenta alternativas diretas de acesso
às Rodovias Estaduais que interligam o município de Niterói com Maricá, São
Gonçalo e Itaboraí, sede do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
(COMPERJ), em fase de implantação.

      Junto com as suas belezas naturais (serra, mar e lagoas), a Região
Oceânica deverá suprir uma demanda a ser criada por aquele empreendimento
pela procura por residências em ambientes que proporcionem melhor
qualidade de vida.

      Concomitantemente, a cidade de Niterói apresenta um dos maiores
Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, a maior renda familiar e a
maior relação habitante/carro, indicando o alto poder aquisitivo da sua
população, sendo o crescimento imobiliário fato natural para atender demandas
por moradias.

      A implantação do Plano Diretor de Transporte e Trânsito (PDTT) pelo
poder público municipal, com obras viárias e racionalização do transporte
coletivo, trará melhorias na mobilidade urbana com diminuição do tempo de
deslocamento dentro do município.

      Nestas condições, a Região Oceânica - área natural de expansão da
cidade - deverá suprir estas demandas, havendo necessidade de criarem-se
estruturas urbanas que permitam este crescimento de forma sustentável.

      Obras de drenagem envolvem escavações, interrupções de ruas,
desapropriações e outras medidas de impacto no meio urbano. Estas obras
devem ser realizadas antes da ocupação da região, pois além de causarem


                                                                             7
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                 REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                             NITERÓI – RJ


impactos de menores magnitudes, não precisarão se adaptar a um meio
urbano já consolidado, com menores custos de implantação.

      A Região Oceânica, parcialmente ocupada, apresenta problemas de
alagamentos e enchentes em várias das suas bacias hidrográficas, com
prejuízos ao meio ambiente, à saúde e aos bens públicos e privados.

      A implantação de meios e equipamentos urbanos de Macro e Micro
Drenagem na Região Oceânica permitirá a sustentabilidade desse crescimento,
preservando o meio ambiente, promovendo saúde e evitando perdas materiais.



   5. CONTEÚDO

      Este Termo de Referência, dividido em duas partes,        primeiramente
descreve a área de implantação das obras, com informações sobre a ocupação
das áreas alagadas das Lagoas de Piratininga e Itaipu, permitindo uma visão
do ciclo hidrológico da região antes e depois da ocupação urbana.

      No Capítulo 6 apresentamos as Regiões Administrativas em que está
dividido o município, destacando-se a Região Oceânica, com cerca de 52km²,
área de expansão da cidade.

      No Capítulo 7 descrevemos a Região Oceânica, com algumas
informações sobre a sua ocupação, importantes para compreensão do ciclo
hidrológico da região.

      O Capítulo 8 apresenta a macro bacia da Região Oceânica e o Capítulo
9 as bacias a serem drenadas.

      Na segunda parte, apresenta normas e especificações para elaboração
dos projetos, de forma a atingir os objetivos, os Capítulos 10, 11 e 12
apresentam as especificações e as exigências pertinentes ao projeto básico.

      A documentação final do projeto está especificada no Capítulo 13. Os
capítulos 14 e 15 versam, respectivamente, sobre trabalhos de campo           e
estudo complementares ao projeto.




                                                                              8
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                   REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                               NITERÓI – RJ


       Em anexo (apresentação em CD):

1. Plano de Drenagem da Região Oceânica
Secretaria Municipal de Urbanismo / Plano Urbanístico da Região Oceânica / Agosto de 2002
a. Texto PDF
b. Planta: Bacias da Região Oceânica e suas Sub divisões:
   •   PDF – escala 1/17.500
   •   DWG – escala 1/35.000;
2. Drenagem Urbana Sustentável – Medidas Estruturais e Não Estruturais – Glossário
(Fonte: site Ministério das Cidades);

3. Base Cartográfica – DWG:
   •   Base Águas de Niterói;
   •   Base Secretaria Municipal de Fazenda.



   6. O MUNICÍPIO DE NITERÓI

       Limita-se a oeste com a Baía de Guanabara ao sul com o Oceano
Atlântico, ao norte com São Gonçalo e a leste com Maricá. Um grande maciço
montanhoso divide o município em duas partes: a primeira, de ocupação mais
antiga, situa-se entre esta montanha e a Baía de Guanabara e a segunda entre
o maciço e o Oceano Atlântico (Região Oceânica - RO).




                                                                                            9
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                 REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                             NITERÓI – RJ


      Ilustração 6.1: Região Metropolitana – Rio de Janeiro – posição de Niterói

      Situada na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Niterói está dividida
em cinco Regiões de Planejamento:

         •   Região das Praias da Baia de Guanabara;
         •   Região Norte;
         •   Região de Pendotiba;
         •   Região Leste e
         •   Região Oceânica.




                             Ilustração 6.2: Município de Niterói




                                                                                   10
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                     REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                                 NITERÓI – RJ




           I. de Imbuí



                          I. do Veado




                                                            I. da Menina

                                                     I. da Mãe
                                        I. do Pai




                     Ilustração 6.3: Município de Niterói – Regiões Administrativas



      As duas primeiras regiões são de ocupação mais antiga, já consolidada
em termos de equipamentos urbanos (pavimentação, drenagem e outros),
estando em fase de crescimento vertical acelerado. Situam-se entre o maciço e
a Baía de Guanabara.

      A terceira e a quarta, de ocupações mais recentes, situam-se sobre o
maciço e, finalmente, a Região Oceânica, assim denominada por encontrar-se
entre aquele maciço e o Oceano, também de ocupação recente.

      Com cerca de 134,0 km², Niterói tem uma população de 487.562
habitantes, segundo o Censo 2010.

      Desde 2007 apresenta um crescimento imobiliário expressivo, com a
verticalização           das        suas            construções            em   substituição   a   residências
unifamiliares, principalmente nos bairros de Icaraí e Santa Rosa (Região das
Praias das Baías).



                                                                                                           11
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                    REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                                NITERÓI – RJ


   7. A REGIÃO OCEÂNICA DE NITERÓI

          A Região Oceânica é formada pelos bairros: Cafubá; Piratininga; Jardim
Imbuí; Camboinhas; Jacaré; Santo Antônio; Maravista; Serra Grande; Engenho
do Mato; Itaquatiara e Itaipu.

          A partir da década de 80, esta Região apresentou um crescimento
populacional acelerado, acompanhado por uma conseqüente dinamização das
atividades econômicas, tanto na área de comércio como na de serviços,
espalhados continuamente ao longo de todo o seu território, caracterizando-se
pela divisão de espaço entre núcleos de baixa renda ocupando áreas públicas
e privadas de forma desordenada, até Condomínios fechados de classe média
alta.

          Com lindas praias, lagoas e uma vegetação preservada, atraiu uma
população em busca de uma “melhor qualidade de vida”, disposta a viver sem
água tratada, esgoto e pavimentação, mas em maior contato com a natureza,
fora dos centros urbanos. A construção de condomínios fechados de luxo atraiu
uma população de alta renda, pois, ao contrário dos lotes das vias públicas,
ofereciam água tratada - captada em poços profundos - coleta e destino final
do esgoto (não tratado), ruas internas calçadas e segurança.

          Paralelamente começa a ocorrer a favelização com a ocupação não só
dos morros, mas também de lotes particulares e áreas públicas, inclusive as
Faixas Marginais de proteção dos cursos hídricos.

   7.1.      PARCELAMENTO, OCUPAÇÃO E USO DO SOLO

          Com a reintegração do distrito de Itaipu à Niterói em 1943, tem início a
ocupação urbana da região e, no ano seguinte, é apresentado ao governo do
Estado o Plano de Urbanização de Itaipu e Piratininga.

          Ainda na década da 40 surge o primeiro projeto de loteamento da
Companhia de Desenvolvimento Territorial de Itaipu, correspondente ao que é
hoje o bairro de Camboinhas e boa parte de Itaipu, incluindo áreas da lagoa e
de seu banhado, na época considerada propriedade privada da companhia.



                                                                               12
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                  REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                              NITERÓI – RJ


       O loteamento Maravista, ocupando todo o banhado existente ao norte da
lagoa de Itaipu, desde onde se localiza o Rio da Vala até o Canal do
Camboatá, é aprovado em 1949.

       Nos anos 1951/1952 é feito o parcelamento da região de Piratininga,
inicialmente entre a lagoa e o mar e posteriormente entre o mar e a Estrada
Francisco da Cruz Nunes, com a inclusão do loteamento Maralegre, surgindo o
Bairro Piratininga.

       Estes empreendimentos buscavam viabilizar o máximo de lotes
possíveis, com traçados que desconsideravam as orlas originais das lagoas,
com lotes dentro do seu traçado que deveriam ser “saneados” (aterrados).

       As lagoas eram meros enfeites destes empreendimentos e os rios e
talvegues eram desconsiderados nos seus traçados, o que é fator de
comprometimento do escoamento das águas pluviais até os dias de hoje.

       Entretanto apenas nas décadas de 70 e 80 alguns fatores impulsionaram
a ocupação da região:

          •    A construção e pavimentação da “estrada nova” para Itaipu, em
               meados dos anos 60, facilitaram o acesso;
          •    A expansão da indústria automobilística motorizou a classe
               média, aumentando a mobilidade urbana;
          •    A crescente poluição das águas da Baía da Guanabara obrigou a
               uma    mudança     de    hábito   da   classe   média   de   Niterói,
               freqüentadora de Icaraí, que passou a se deslocar para as praias
               oceânicas em busca de águas mais limpas e livres de
               contaminação;
          •    A inauguração da Ponte Rio-Niterói, em 1974, impulsionou o
               crescimento da cidade;
          •    A saturação e excessiva valorização dos lotes remanescentes dos
               últimos bairros residenciais ocupados na Região das Praias da
               Baía, Vital Brazil e São Francisco,
              fez com que a expansão urbana ultrapassasse a barreira


                                                                                 13
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                    REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                                NITERÓI – RJ


            natural representada pelo Morro da Viração e chegasse à
                Região Oceânica, onde havia grande oferta de lotes a
                preços mais accessíveis.
       Apenas a partir da década de 70 surgiram as preocupações ambientais,
que passaram a ser relevadas nos projetos urbanos, com o surgimento dos
primeiros órgãos ambientais: FEEMA e SERLA.

       Na década de 70, a VEPLAN RESIDÊNCIA, na época uma das maiores
empresas do setor imobiliário do Rio de Janeiro, elaborou o “Plano Estrutural
de Itaipu” que redefinia o uso das margens da lagoa através da proposição de
nova orla, da criação de marinas e de um porto, além da modificação do regime
hidráulico, pela fixação de uma barra permanente, dragagem e aterro das
margens.

       A partir de 1979, após contestações judiciais, são impostos limites ao
empreendimento, quando o estágio das obras já se encontrava bastante
adiantado, estando parcialmente realizados os seguintes serviços: dragagem e
aterros de margens; execução dos molhes do enrocamento de proteção da
barra; execução do molhe de enrocamento de fixação da margem da lagoa do
lado sul.

       Nesta época a barra já se encontrava aberta por intervenção da
Prefeitura de Niterói, em face da cheia das lagoas de Piratininga e Itaipu,
decorrente da chuva intensa que ocorreu no dia 23 de janeiro de 1979.

       Esta barra permanente ocasionou a diminuição dos espelhos d´água das
lagoas, permitindo o afloramento de várias áreas de terras até então
submersas, criando vários loteamentos (Campo Belo, Boavista, Fazendinha,
Cafubá, entre outros) que, após aterro dos lotes, receberam construções
residenciais.

       Como impacto na drenagem podemos assinalar que - além da redução
das áreas alagadas, - com o surgimento desses lotes, as desembocaduras dos
cursos hídricos e talvegues contribuintes das lagoas foram transferidas mais
para o interior das mesmas, causando redução da declividade e conseqüente
redução das velocidades de escoamento das águas, com reflexos à montante.

                                                                          14
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
  REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
              NITERÓI – RJ




 ILUSTRAÇÃO 7.1: Lagoa de Itaipu na década de 1960




    ILUSTRAÇÃO 7.2: Lagoa de Itaipu na década de 1990


                                                        15
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                   REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                               NITERÓI – RJ




             ILUSTRAÇÃO 7.3: Lagoa de Piratininga – traçado dos lotes



   8. A MACRO BACIA DA REGIÃO OCEÂNICA

      O Diagnóstico Ambiental de Niterói divide o Município em três
macrobacias:

      1. Macrobacia das Lagoas de Itaipu e Piratininga;

      2. Macrobacias dos Rios Aldeia e Colubandê/Alcântara e

      3. Macrobacia da Baía de Guanabara.

      A primeira, também chamada Macro bacia da Região Oceânica, com
uma área superior aos limites políticos da RO, é formada pelos divisores de
água dos Morros do Ourives, da Viração, do Sapezal, Santo Inácio, Maceió e
Serra Grande (oeste/norte), pelo divisor de águas da Serra da Tiririca
(leste/sudeste) - limite intermunicipal Niterói /Maricá – limitando-se ao sul com a
orla marítima.




                                                                                16
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                    REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                                NITERÓI – RJ




                Ilustração 8.2: Vista da macrobacia da Região Oceânica – Limites
          Destaca-se pela sua dimensão e grau de ocupação urbana, a bacia do
rio João Mendes, contribuinte da Lagoa de Itaipu.



   8.1.      AS BACIAS HIDROGRÁFICAS DA REGIÃO OCEÂNICA

          O “Plano de Drenagem da Região Oceânica – PDRO/2002”, da
Secretaria Municipal de Urbanismo - base dos limites das bacias consideradas
neste trabalho - define 3 bacias para a Macro Bacia da Região Oceânica:

   1. Bacia do Oceano Atlântico;
   2. Bacia da Lagoa de Piratininga e
   3. Bacia da Lagoa de Itaipu.


   8.1.1. A bacia do Oceano Atlântico

          Formada palas sub bacias Forte Imbuí I, II e III, apresenta uma área total
de 0,755km².

          Estas três sub bacias encontram-se em Área Militar, com praticamente
100% das suas condições naturais preservadas.



   8.1.2. A bacia da Lagoa de Piratininga

                                                                                   17
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                        REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                                    NITERÓI – RJ


Área de 21,902km².

      8.1.2.1.      Sub bacias contribuintes da Lagoa de Piratininga:
                    O Plano de Drenagem da Região Oceânica identifica 3 cursos
                    hídricos principais, talvegues das sub bacias de mesmo nome:
          •    Rio Arrozal;
          •    Rio Jacaré e
          •    Canal de Santo Antônio.

      Os talvegues das demais sub bacias são considerados valas ou valões:
      •       Sub bacia do Jardim Imbuí;
      •       Sub bacia do Fazendinha;
      •       Sub bacia do Cafuba I;
      •       Sub bacia do Cafubá II;
      •       Sub bacia do Cafubá III;

                          Tabela 8.1: Sub-bacias da Lagoa de Piratininga

                                       BACIA DA LAGOA DE PIRATININGA



                                                  SUB-BACIAS



ITEM                                   NOME                            ÁREA – km²   TALVEGUE- km



  1                           Sub-Bacia do Jardim Imbuí                  0,248          0,686



  2                           Sub-Bacia do Fazendinha                    1,988          3,181



  3                             Sub-Bacia do Cafubá I                    2,112          1,321



  4                            Sub-Bacia do Cafubá II                    0,264          1,116



  5                            Sub-Bacia do Cafubá III                   0,352          1,489



  6                           Sub-Bacia do Rio Arrozal                   2,114          3,162



  7                            Sub-Bacia do Rio Jacaré                   5,675          5,884



  8                    Sub-Bacia do Córrego Santo Antônio                1,883          1,890




                                                                                                18
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                 REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                             NITERÓI – RJ


       Na orla norte da Lagoa de Piratininga foi construído pela Prefeitura um
“canal de cintura” com o objetivo de evitar o lançamento de esgoto sanitário
diretamente na lagoa, pois, até então, a região funcionava com o Sistema
Unitário, onde as águas pluviais e o esgoto escoam pela mesma tubulação.



   8.1.3. A bacia da Lagoa de Itaipu –

Área de 25.673km².

   8.1.3.1.   Sub bacias contribuintes da Lagoa de Itaipu: Também com 3
              cursos hídricos principais:
   •   Rio João Mendes e suas 13 micro bacias (PDRO);
   •   Rio da Vala e
   •   Córrego dos Colibris.


   As demais sub bacias consideradas valas ou valões são:

   •   Sub bacia do Campo Belo;
   •   Sub bacia de Itacoatiara;
   •   Sub bacia de Camboinhas I;
   •   Sub bacia de Camboinhas II;
   •   Sub bacia do Bairro Atlântico.




                                                                           19
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                   REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                               NITERÓI – RJ


                        Tabela 8.2: Sub-bacias da Lagoa de Itaipu

                                   BACIA DA LAGOA DE ITAIPU



                                           SUB BACIAS



 ITEM                             NOME                           ÁREA – km²   Talvegue - km



   1                    Sub-Bacia do Rio da Vala                    2,605          2,506



   2                Sub-Bacia do Córrego dos Colibrís               1,862          2,530



   3                    Sub-Bacia do Campo Belo                     0,782          0,833



   4                    Sub-Bacia de Itacoatiara                    1,023          1,856



   5                   Sub-Bacia de Camboinhas I                    0,894          0,782



   6                   Sub-Bacia de Camboinhas II                   0,243          0,172



   7                  Sub-Bacia do Bairro Atlântico                 0,419          0,250



   8                 Sub-Bacia do Rio João Mendes                  12,944          7,263




        Diferentemente da Lagoa de Piratininga, com sua margem ocupada, a
Lagoa de Itaipu teve parte da sua área de banhado preservada, conforme
podemos observar nas duas ilustrações a seguir:




Ilustração 8.5: Lagoa de Itaipu        Ilustração 8.6: Lagoa de Piratininga




                                                                                           20
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                 REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                             NITERÓI – RJ


   9. BACIAS A SEREM DRENADAS

       Maiores detalhes sobre as bacias apresentadas estão no Plano de
Drenagem da Região Oceânica – PDRO/2002 – SMU – PMN, parte integrante
deste Termo de Referência.

       Serão contratados projetos de macro e micro drenagem para 5 das oito
sub bacias contribuintes da Lagoa de Piratininga, atendendo a toda a região do
Cafubá:

       1. Sub bacia da Fazendinha;
       2. Sub bacia do Cafubá I;
       3. Sub bacia do Cafubá II;
       4. Sub bacia do Cafubá III e
       5. Sub bacia do Rio Arrozal.


       A Sub bacia do Rio Jacaré se mantém preservada à montante, sem
causar danos à jusante, trecho onde se encontra a concentração urbana.

       O Córrego Santo Antônio encontra-se em obras para solução dos seus
alagamentos.

       Na bacia da Lagoa de Itaipu as Sub bacias de Camboinhas I e II e do
Bairro Atlântico, localizadas no Bairro de Camboinhas, encontram-se drenadas.


   Serão drenadas:
   •   Sub bacia do Rio João Mendes e suas 13 micro bacias;
   •   Sub bacia do Rio da Vala;
   •   Sub bacia do Córrego dos Colibris;
   •   Sub bacia do Campo Belo;
   •   Sub bacia de Itacoatiara;




                                                                           21
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                    REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                                NITERÓI – RJ


              TABELA 9.1: QUADRO DAS SUB BACIAS – SITUAÇÃO DE DRENAGEM
Rio Arrozal                                                      P

                                                                 I
Rio Jacaré
                                                                 R
Canal de Santo Antônio                                           A

Sub bacia do Jardim Imbuí                                        T

                                                                 I
Sub bacia do Fazendinha
                                                                 N
Sub bacia do Cafuba I
                                                                 I
Sub bacia do Cafubá I;                                           N

Sub bacia do Cafubá III                                          G

                                                                 A

Rio João Mendes e suas 13 micro bacias;
Rio da Vala
                                                                 I
Córrego dos Colibris                                             T
Sub bacia do Campo Belo                                          A

                                                                 I
Sub bacia de Itacoatiara
                                                                 P
Sub bacia de Camboinhas I
                                                                 U
Sub bacia de Camboinhas II
Sub bacia do Bairro Atlântico


                                          LEGENDA

                                              A SEREM DRENADAS NESTA ETAPA

                                             PRESERVADA À MONTANTE

                                             EM OBRAS

                                             NÃO SOFRERÁ INTERVENÇÃO

                                             JÁ DRENADAS




       A Sub bacia do Rio João Mendes, pelas suas dimensões, foi dividida em
13 micro bacias.

       Na micro bacia da Rua 9 estão em fase final as obras de canalização do
talvegue e construção da rede de micro drenagem (trecho). As demais serão
alvo de projetos de drenagem.




                                                                             22
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                       REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                                   NITERÓI – RJ


                        Tabela 9.2 : Microbacias do Rio João Mendes

                                       BACIA DA LAGOA DA ITAIPÚ

                                     SUB-BACIA DO RIO JOÃO MENDES

                                              MICROBACIAS

           ITEM                       NOME                        ÁREA – km²     TALVEGUE - km

            1                 JARDIM FLUMINENSE                     0,225            0,513

            2                 ENGENHO DO MATO I                     2,497            2,711

            3                 ENGENHO DO MATO II                    0,607            1,673

            4                 ENGENHO DO MATO III                   0,458            1,328

            5                 ENGENHO DO MATO IV                    0,085            0,460

            6                 ENGENHO DO MATO V                     0,152            0,321

            7                  RIO JOÃO MENDES                      3,505            7,263

            8                    TERRA NOVA                         1,490            1,213

            9                 ARGEU FAZENDINHA                      0,683            0,641

            10                       RUA 27                         0,875            2,185

            11                       SOTER                          0,947            0,996

            12               VALE DAS ESMERALDAS                    0,943            2,036

            13                        RUA 9                         0,475            0,839




   10. DISPOSIÇÕES GERAIS

      Os projetos básicos de macro e micro drenagem da Região Oceânica,
tema deste do documento, deverão ser elaborado segundo as leis vigentes
(federais, estaduais e municipais), as normas técnicas de engenharia e as
especificações deste Termo de Referência, baseados nos princípios de
segurança, acessibilidade, sustentabilidade, preservação e saúde ambiental
como condições para uma melhor qualidade de vida e saúde da população.

      O princípio de adoção das bacias, sub bacias e micro bacias como
unidades        de    planejamento     deverá       nortear   os     projetos,    dando-lhes
sustentabilidade, reduzindo custos e impactos no meio urbano.


                                                                                             23
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                 REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                             NITERÓI – RJ


       Soluções de contenção, retenção e amortecimento da velocidade de
escoamento das águas deverão ser priorizadas, evitando-se acúmulo de águas
em determinadas áreas.

       A formação ramificada que os meios hídricos da bacias hidrográficas
apresentam não foi respeitada quando do parcelamento do solo na região,
havendo ruas e construções que impedem o livre escoamento das águas
pluviais.

       As construções irregulares por invasões da faixa de proteção dos cursos
hídricos, tanto pela população carente como pelo imóveis regulares, com o
objetivo de ampliarem seus quintais, também impedem a livre circulação dos
cursos hídricos.

       As soluções para estas três situações - necessidade de construção de
áreas de contenções e/ou retenções; liberação dos caminhos das águas e
recuperação    das   faixas   marginais    dos   cursos   hídricos   –   exigirão
desapropriações e demolições que deverão ser consideradas no Projeto
Básico.

       O crescimento desordenado da região, com investimentos públicos
espalhados espacialmente e atendendo a interesses locais e imediatos e
investimentos privados pontuais, segundo a área de implantação do imóvel ou
de determinado empreendimento, criou descontinuidades nas cotas de soleira
de referência das vias, causando dificuldades para soluções superficiais de
drenagem.

       Algumas das bacias a serem drenadas, principalmente as micro bacias
do Rio João Mendes, apresentam poucas ruas pavimentadas, devendo o
projetista apresentar projeto de pavimentação daquelas ruas onde a drenagem
superficial é aconselhável.

       Nas soluções de drenagem que requeiram galerias, deverá ser
considerada a pavimentação das vias com coberturas segundo sua importância
viária e com greides que atendam a cota de soleira média atual, garantindo um
meio fio com 13 a 17 cm de altura a partir da sarjeta.

                                                                              24
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                 REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                             NITERÓI – RJ


       As    obras    deverão    prezar    pela   economicidade,      considerando,
principalmente, os seguintes requisitos:

   •   Segurança;
   •   Funcionalidade e adequação ao interesse público;
   •   Economia na execução, conservação e operação;
   •   Possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologia e
       matérias-primas existentes no local para execução, conservação e
       operação;
   •   Facilidade na execução, conservação e operação, sem prejuízo da
       durabilidade da obra ou do serviço;
   •   Adoção das normas técnicas adequadas;
   •   Redução dos impactos ambientais.


       Em anexo apresentamos um Glossário de soluções sustentáveis de
drenagem      que    deverão    se   aplicadas    preferencialmente    à   soluções
convencionais.



   11. ESCOPO DOS SERVIÇOS

       Projetos de drenagem envolvem três conceitos básicos;

   1. Volume pluviométrico da bacia;
   2. Velocidade de escoamento – dependente dos meios físico, biológico e
       antrópico;
   3. Área disponível para circulação das águas.
   Os projetos de drenagem atuam sobre o segundo e o terceiro, permitindo o
crescimento urbano sem áreas de alagamentos e enchentes, preservando o
meio ambiente, os bens materiais públicos e privados e a paisagem urbana,
indispensável para uma boa qualidade de vida.

   11.1.    ETAPAS DO PROJETO

       Envolve os seguintes itens principais:


                                                                                25
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                 REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                             NITERÓI – RJ


1 ) Levantamento de dados;

2 ) Análise das características da área da bacia;

3 ) Estudos hidrológicos;

4 ) Concepção de alternativas;

5 ) Projeto hidráulico;

6 ) Documentação do projeto.



   11.1.1.    Levantamento de Dados - Neste item o projetista deverá reunir e
           sistematizar todos os dados e informações básicas que servirão de
           subsídio para elaboração do projeto, sejam eles já existentes ou
           sejam elementos novos obtidos através de levantamentos de campo:

       •   Serviços Topográficos;

       •   Estudos Geológicos-Geotécnicos – sondagens;

       •   Relatório Fotográfico.

   11.1.2.    Análise das características da bacia - Esta análise tem por
           objetivo fornecer os elementos característicos da bacia que influem
           no regime de cheias da mesma, envolvendo aspectos geológicos,
           morfológicos, cobertura vegetal e tipo de ocupação existente e
           prevista.
   11.1.3.    Estudos hidrológicos - Os estudos hidrológicos têm por objetivo
           fornecer as vazões máximas a serem adotadas para projeto.
   11.1.4.    Concepção        de   alternativa   -   Neste   item   deverão   ser
           desenvolvidas as idéias básicas de arranjos das obras consideradas
           possíveis.
   11.1.5.    Projeto Hidráulico - O projeto hidráulico das obras envolve o pré-
           dimensionamento das mesmas e a verificação de funcionamento do
           conjunto para as condições e critérios previamente estabelecidos, a
           análise de desempenho hidráulico e a avaliação custo benefício de
           cada alternativa.


                                                                               26
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                  REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                              NITERÓI – RJ


   11.1.6.     Documentação do Projeto - A documentação de projeto
           compreende a sistematização, organização e apresentação de todos
           os elementos que deverão constituir a sua documentação em versão
           final.




   12. SERVIÇOS, ETAPAS E PRODUTOS

      Os produtos de cada etapa serão submetidos à fiscalização, a ser
indicada pela contratante, que, após aprovados, nortearão os procedimentos
para elaboração das etapas seguintes.

   12.1.   PRIMEIRA ETAPA: LEVANTAMENTO DE DADOS

      Levantamento, análise e compilação de dados sobre as áreas a
sofrerem intervenções:

           •   Planta das bacias;
           •   Características das faixa de implantação das obras;
           •   Sistemas de drenagem existentes;
           •   Interferências nos fluxos das águas;
           •   Condições previstas de desenvolvimento futuro;
           •   Cobertura vegetal e condições de ocupação da bacia atual e
               futura;
           •   Características geológicas da bacia;
           •   Características geotécnicas e do lençol freático da faixa de
               implantação das obras;
           •   Informações sobre chuvas intensas na área da bacia;
           •   Estudos anteriores;
           •   Outras informações, segundo concepção adotada.

      Serviços topográficos, estudos geotécnicos e geológicos serão
necessários     para   complementação     dos   dados   preliminares,   devido,
principalmente, as diferenças geométricas entre os desenhos encontradas e
a realidade, alterada por desvios e invasões dos cursos hídricos,
principalmente.




                                                                              27
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                   REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                               NITERÓI – RJ


       Concomitantemente, soluções sustentáveis de drenagem que utilizam
infiltrações no solo requerem sondagens para medição dos coeficientes de
permeabilidade do solo.



   12.2.   SEGUNDA ETAPA: ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DAS BACIAS

       A Região Oceânica geograficamente localiza-se entre maciços e o
mar, com as Lagoas de Itaipu e Piratininga ocupando grande parte da sua
área plana, receptoras das grandes bacias hidrográficas da região.

       Encontramos bacias diversas quanto a morfologia e ocupação,
principalmente as contribuintes do Rio João Mendes, exigindo estudos
individuais.

       Neste sentido os tópicos básicos a serem considerados são:

   •   Características morfológicas da bacia;
   •   Características de ocupação e de cobertura vegetal;
   •   Características geológicas e dos solos da bacia;
   •   Avaliação das condições de permeabilidade regionais;
   •   Ocupação atual e previsão futura.


   12.3.   TERCEIRA ETAPA: ESTUDOS HIDROLÓGICOS
   12.3.1.     Metodologia

       A metodologia a se utilizada no cálculos hidrológicos para determinação
das vazões de projeto é classificada de acordo com as dimensões das bacias
hidrográficas.

       Para bacias com área de até 2 km² poderá ser usado o “Método
Racional     Modificado” e   para   áreas   superiores    métodos    que   melhor
representem as condições da bacia: Método do Diagrama Unitário ou
triangular, Método de Vem Te Chow, Método de I Pai Wu, ou outro mais
representativo.

   12.3.2.     Chuvas de projeto


                                                                               28
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                            NITERÓI – RJ


       Na ausência de um Plano Diretor de Drenagem, que estabeleça índices
pluviométricos para o conjunto das bacias do município, sugere-se a adoção
das Equações de Chuvas Intensas definidas pelo Eng. Otto Pfafstetter no livro
“Chuvas Intensas no Brasil” ou aquelas apresentadas pelo Departamento de
Estrada de Rodagens – DER-RJ na publicação “Estudos de Chuvas no Estado
do Rio de Janeiro”.

   12.3.3.   Períodos de recorrência

       Período de recorrência é o tempo, em anos, de repetição de uma
determinada chuva de certa intensidade.

       É utilizado na determinação da vazão de projeto e no dimensionamento
dos dispositivos de drenagem, sendo fixado em função dos seguintes itens:

   •   Importância e segurança da obra;
   •   Estudo benefício-custo, a partir da avaliação dos danos para vazões
       superiores à vazão de projeto, considerando danos a terceiros e custos
       de restauração;
   •   Dinâmica de crescimento da cidade.
       Para os projetos da Região oceânica foram estabelecidos os seguintes
tempos de recorrência:

   •   Para dispositivos de micro drenagem – 10 anos;
   •   Canais urbanos periféricos – 25 anos;
   •   Canais em centros urbanos – 50 anos;
   •   Canalizações da talvegues – 50 anos.
   De acordo com a fiscalização poderão ser definidos tempos diferentes,
segundo desenvolvimento da bacia e tipo de dispositivo.

   12.3.4.   Taxas de impermeabilização

       Face as diferenças de uso, deverão ser calculadas por bacia, com
previsão de ocupação segundo o tempo de recorrência do dispositivo.

   12.3.5.   Tempo de concentração


                                                                            29
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                  REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                              NITERÓI – RJ


       Serão calculadas segundo as características das bacias, utilizando-se as
equações de Kerby, Kirpich ou outra que melhor expresse as suas condições.

   12.4.   QUARTA ETAPA: CONCEPÇÃO DE ALTERNATIVAS

       Normalmente o arranjo em planta é imposto pelo próprio alinhamento do
talvegue natural do curso d'água a canalizar. Entretanto, em termos de perfil
longitudinal,   diferentes   configurações    são   possíveis,       dependendo       das
restrições e interferências existentes.

       As velocidades máximas permissíveis também influem no arranjo das
canalizações, condicionadas ao tipo de material de revestimento a ser utilizado
e às declividades adotadas.

Os tópicos básicos a serem apresentados são:

   •   Traçado em planta;
   •   Escolha do tipo de conduto a adotar e respectivas seções transversais;
   •   Alternativas de arranjo em perfil longitudinal;
   •   Custo e prazo de execução.

   12.5.   QUINTA PARTE: PROJETOS HIDRÁULICOS

       Definida     a   alternativa   em     conjunto    com     a    fiscalização,    o
dimensionamento hidráulico deverá ser estimado com base na Fórmula de
Manning, considerando um regime de escoamento permanente e uniforme,
correspondendo a vazão, velocidade e altura d’água constantes.

   12.6.   SEXTA PARTE: DOCUMENTAÇÃO DO PROJETO

       O Capítulo 13 específica os documentos a serem emitidos em cada
etapa do projeto.




13. DOCUMENTAÇÃO DO PROJETO

       Deverão ser apresentados conjuntos dos documentos solicitados neste
Capítulo separadamente para todas as bacias drenadas. Ilustrados e com


                                                                                       30
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                 REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                             NITERÓI – RJ


informações que permitam a compreensão dos objetivos e das conclusões das
diversas etapas do projeto, deverão ser apresentados relatórios preliminares
em períodos definidos neste TR ou a critério da fiscalização.

       Deverão apresentar plantas, desenhos e ilustrações que representem os
trabalhos desenvolvidos, utilizando as bases cartográficas disponíveis neste
TR.

       Ao fim da primeira etapa (Levantamento de Dados) deverá ser emitido
relatório indicando as fontes consultadas diferentes das apresentadas neste
TR, os resultados dos levantamentos em campo e outras informações
pertinentes aos projetos, a critério da fiscalização:

       Deverá ser apresentado a Fiscalização, com pelo menos 7 dias de
antecedência, a programação de serviços topográficos e prospecções a serem
feitas como complemento aos dados levantados.

       Após a segunda etapa (Análise das Características das Bacias) deverá
ser apresentada a descrição das bacias, destacando-se suas características
morfológicas, geológicas, de ocupação, cobertura vegetal, permeabilidade e
outras características de interesse dos projetos, a critério da fiscalização.

       Utilizando as bases cartográficas apresentadas neste documento,
deverá ser apresentado uma planta do percurso hídrico das bacias, indicando
as interferências, as alterações de curso impostas pela urbanização ou
qualquer trecho da bacia que requeira medidas especiais.

       A quarta etapa (Apresentação de Alternativas) deverá ser justificada
pelos resultados alcançados nos Estudos Hidrológicos (terceira etapa), com
indicação dos métodos utilizados e parâmetros considerados.

       Com aprovação da fiscalização quanto a escolha da alternativa, deverão
ser elaborados os projetos hidráulicos, emitindo-se, ao final, relatório sucinto
dos resultados alcançados, das metodologias e parâmetros utilizados e
apresentação das Planilhas dos Cálculos Hidráulicos.




                                                                                31
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                  REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                              NITERÓI – RJ


      Finalmente, como produto final, deverá ser apresentado um Plano de
Trabalho (Relatório Técnico), com a seguinte configuração:

           •   Apresentação;
           •   Mapa de localização da bacia na RO;
           •   Descrição da bacia hidrográfica;
           •   Fatores considerados na definição do projeto;
           •   Estudos Hidrológicos;
           •   Apresentação das Alternativas;
           •   Justificativas para a solução adotada;
           •   Estudos Hidráulicos;
           •   Resultados Finais;
           •   Plantas e desenhos – ver 13.2
           •   Memória de Cálculo;
           •   Orçamento tendo por base o Catálogo de Referência da Empresa
           •   Estadual de obras Públicas (EMOP) – Data Base Jul/2011
           •   Cronograma Físico-Financeiro;
           •   Ensaio Fotográfico e
           •   Especificações Técnicas – ver 13.1

   13.1.   ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

      São normas e critérios estabelecidos para segurança dos operários e
transeuntes durante as obras, para instalação do canteiro de obras e para as
etapas de execução: movimentação de terra, demolições e aterros, carga e
descarga, esgotamento, galerias, estruturas, fundações ou qualquer outra obra
ou serviço inerente.

     Estas especificações deverão descrever o planejamento para as diversas
etapas da obra, bem como especificar os deveres e obrigações da empresa
responsável pela execução da obra (executora). Devem ser baseadas nas
Normas da ABNT em suas mais recentes edições.

   As múltiplas soluções sustentáveis de drenagem serão aplicadas segundo
as características da bacia, devendo ser especificadas nos projetos
específicos. Apresentamos abaixo alguns dos principais itens a serem
especificados, válidos para as soluções tradicionais de engenharia (manilhas e
galerias) e, em parte, para as soluções sustentáveis:


                                                                           32
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                  REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                              NITERÓI – RJ


ITEM   OBRAS E SERVIÇOS       ESPECIFICAÇÕES

1      CANTEIRO DE            Croqui                      Setores instalados: oficina,    Instalações de água e esgoto
       OBRAS                                              refeitório etc.

2      REMANEJAMENTO          Concessionárias             Água e esgoto, energia,         Responsabilidade de danos
       DE INTERFERÊNCIAS                                  comunicação, gás etc.

3      TRANSITO           E   Sinalização                 Placas de alerta, luminosa. “pare e siga” etc.
       SEGURANÇA
                              Tapume                      Tipos de material               Sustentação e manutenção

                              Fechamento de Vias e        Passadiços e Travessias         Material
                              Acessos

4      SERVIÇOS               Marcação das obras
       TOPOGRÁFICOS
                              Estaqueamento

                              Gabaritos

                              Acompanhamento

5      MOVIMENTAÇÃO DE        Escavação                   Classificação da Escavação      Escavação em material de 1ª,
       TERRA                                              Segundo o Tipo de Material
                                                                                           2 ª e 3 ª categorias

                                                          Classificação da Escavação      Escavação Comum
                                                          Segundo a Natureza dos
                                                          Materiais                       Escavação Submersa ou em
                                                                                          Solos Saturados

                                                                                          Escavação Confinada em Valas

                                                                                          Escavação de Rocha a Fogo

                                                                                          Escavação por Escarificação

                                                          Execução das escavações         Equipamentos       e    Plano   de
                                                                                          trabalho
                                                          Áreas de Empréstimos

                                                          Jazidas

                                                          Controle das escavações

6      ATERROS                Equipamentos – Apresentar relação à fiscalização
       COMPACTADOS
                              Execução – Plano de Execução

                              Procedimentos Gerais

                              Controle

                              Controle das Camadas

                              Controle Tecnológico

7      TRANSPORTE,            Transporte             de   Tipos                           Distâncias
       CARGA E DESCARGA       equipamentos

                              Jazidas e áreas de          Distância
                              empréstimo

                              Local de “bota fora”        Distância                       Local licenciado




                                                                                                                   33
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                   REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                               NITERÓI – RJ


8    ESCORAMENTO           Estruturas        de   Cuidados Especiais               Remoção de Escoramento
                           Escoramento

9    ESGOTAMENTOS          Bomba Submersa         Rebaixamento     de     Lençol   Drenagem Subterrânea
                                                  Freático


10   GALERIAS CIRCULARES   Características        Normas ABNT                      Tipos

                           Escavações         e   Reaproveitamento do              Material substituto
                           Reaterros              material escavado

                           Provas de Carga        Normas e certificados

                           Controle          de   Plano de execução - gabarito
                           Execução

                           Acompanhamento         Metodologia

11   FUNDAÇÕES             Normas ABNT

                           Caracterização    do   Sondagens
                           Terreno           de
                           Fundação

                           Escavações         e   Plano de trabalho
                           Reaterros

                           Fundações              Tipo de estaca                   Forma de cravação
                           Profundas

                           Provas de Carga        Normas ABNT

                           Controle          de   Diagramas de cravação            Boletim de execução - NBR
                           Execução                                                6122

                           Acompanhamento         Acompanhamento quanto ao comportamento carga-recalque

12          ESTRUTURAS     Concreto Armado        Cimento

                                                  Agregados, Água e aditivos

                                                  Equipamentos, doagem e preparo

                                                  Lançamento, adensamento, cura e proteção

                                                  Controle de Qualidade e de execução do Concreto

                                                  Controle de Resistência do Concreto

                                                  Aceitação da Estrutura

                                                  Acabamento

                           Formas e               Equipamento
                           Escoramento
                                                  Controle

                                      Armadura    Aço para as Armaduras

                                                  Equipamentos de Concretagem

                                                  Colocação das Armaduras Amarradas

                                                  Controle – Condições Gerais

                                                  Juntas




                                                                                                         34
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                            NITERÓI – RJ


   13.2.   PLANTAS E DESENHOS

      Além do material gráfico apresentado nas etapas intermediárias, a ser
anexado a estas especificações, deverão ser apresentadas as plantas do
projeto - tantas pranchas quanto forem necessárias para cobrir a bacia.

      A. Apresentação Geral:

      •      Planta de situação (escala 1:5.000);
      •      Planta da bacia (escala 1:5.000);
      •      Perfil logitudinal do(s) curso(s) principal(is) (escala 1: 5.000);

      B. Planta de característica da ocupação e cobertura vegetal da bacia e
         tipos de solos (escala 1:5.000);

      C. Planta de caracterização da geologia central da bacia (escala
         1:5.000);

      D. Desenhos cadastrais da faixa de influencia das obras que envolvem
demolições e desapropriações. (escala 1:1.000);

      E. Desenhos de projeto: planta (escala 1:1.000);

      F. Desenhos de projeto: perfil (escala variável);

      G. Desenho(s) de seções transversais típicas (escala 1:500);

      H. Desenhos de estruturas e detalhes especiais (escala variável);



14. SERVIÇOS DE CAMPO

      Como complemento aos dados sobre as bacias hidrográficas de
interesse dos projetos - anexados à este TR ou obtidos por outros meios – e
como material dos relatórios parciais e final do projeto, serão necessários
trabalhos topográficos, de sondagens e fotográficos.

   14.1.   SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS

       Serão realizados serviços topográficos para levantamento plani-
altimétrico, para cadastramento das interferências com os dispositivos de
drenagem projetados e com os cursos hídricos e para elaboração dos projetos
geométricos das áreas e percursos dos cursos hídricos de macro drenagem
(talvegues).

                                                                                  35
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                     REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                                 NITERÓI – RJ


       Com 7 dias de antecedência, deverá ser enviada à Fiscalização a
programação dos serviços topográficos a serem realizados, com justificativa,
objetivo, equipe e equipamentos a serem utilizados.

      Os resultados destes trabalhos serão apresentados nos relatórios
intermediários e final, segundo meios especificados neste TR.
   14.2.    SONDAGENS

       Também com o mesmo grau de detalhamento anterior, deverá ser
entregue à Fiscalização, com 7 dias de antecedência programação dos
serviços de sondagens a serem realizados.

         Os resultados finais serão:

            •   Memorial descritivo do método utilizado e do desenvolvimento dos
                trabalhos;
            •   Planta de localização dos furos, com cotas de boca de furo em
                relação à RN predefinido;
            •   Memorial descritivo das características do solo e
            •   Perfil geológico do terreno.

         14.2.1.      Tipos de sondagem

         Estão consideradas sondagens feitas pelo método de percussão e por
trado.

         Serão feitas basicamente sondagens de conhecimento do solo para
instalação de dispositivos tradicionais de drenagem (aduelas, galerias, poços
de visita etc.) e para teste de permeabilidade em projetos que utilizem a
infiltração no solo como solução de drenagem.

      Devido as características geológicas e de ocupação do solo, os
dispositivos de drenagem estarão em profundidades pequenas, sendo a
sondagem com trado a mais recomendada.



NOTA: A população da Região Oceânica, até o ano 2000, obtinha seu
abastecimento de água através de poços individuais, com profundidades
variando de acordo com a área, mas de uma maneira geral rasos e feitos à
trado.

       Testes de permeabilidade do solo exigirão profundidades maiores
exigindo, em alguns casos, sondagens com equipamentos de percussão.




                                                                             36
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                            NITERÓI – RJ


       Pelas suas características, o uso da infiltração como solução de
drenagem deverá ter prioridade nos projetos da Bacia de Itacoatiara, devendo
ser consultada a Fiscalização quanto a existência de um poço profundo
existente, já testado com sucesso em drenagem.
   14.3.   MATERIAL FOTOGRÁFICO

       Todas as etapas dos trabalhos de campo deverão ser documentadas
fotograficamente.



15. ESTUDOS COMPLEMENTARES

   15.1.   ESTUDO DE DESOCUPAÇÃO DE ÁREAS COM IDENTIFICAÇÃO DAS
           REMOÇÕES NECESSÁRIAS

        Preliminarmente ao estudo deverão ser definidos critérios para
identificação das áreas críticas de drenagem, as quais deverão ser
desocupadas visando o adequado escoamento das águas.


      Para cada área crítica identificada deverá ser apresentado o estudo para
desocupação elaborado a partir da coleta de informações em fontes
secundárias (documentos técnicos, cartoriais, fiscais, etc) e de levantamento
de campo, tendo como referência mapa cartográfico e topografia do local.



      Deverá ser identificada, para cada ocupação integrante da área crítica, a
condição de ocupação e o tipo de edificação, conforme explicitado abaixo.
Considerando a diversidade dessas, os dados deverão ser organizados de
forma a favorecer a tomada de decisão para ações futuras.

      Condição de ocupação:

      Refere-se à legalidade da ocupação. Genericamente identifica-se:

     a) Ocupação detentora de título de propriedade ou posse, que
desencadeará processo de desapropriação;

       b) Ocupação informal, que poderá desencadear três tipos de
procedimentos com vistas à desocupação: 1) substituição da edificação por
unidade equivalente (unidade de realocação) construída pelo Poder Público em
local próximo, 2) aquisição assistida, na qual o morador procura uma nova
edificação e procede à sua aquisição com participação do Poder Público, 3) a
indenização referente à benfeitoria.


                                                                            37
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                            NITERÓI – RJ




      Tipo de edificação:

        Refere-se ao conjunto de características gerais da edificação, que
deverão ser apresentadas individualmente e organizadas segundo
classificação prévia, a ser elaborada, devendo para tal considerar, dentre
outros, critérios adotados pelo IPTU.

       Deverão ser observadas, no mínimo, as seguintes características: uso,
tipologia, material utilizado, área construída, gabarito, taxa de ocupação e
estado de conservação.


       Deverão também ser considerados como ocupação os elementos
edificados, como instalações e obras de arte, bem como partes de edificações,
quando a linha demarcatória da área crítica de drenagem seccionar a
edificação. Neste caso, essas edificações poderão ser objeto de
desapropriação ou remoção parcial, com ressarcimento correspondente aos
cômodos atingidos pela referida área.

       Para as obras de arte e demais elementos construídos, como pontes,
escadas de acesso ou travessias, devem integrar o estudo e serem
correlacionados ao(s) endereço(s) do(s) imóvel(is) onde se situam;

       O estudo deverá conter mapa geral representando e identificando as
áreas a serem desocupadas. Para cada área deverá ser apresentado mapa
georeferenciado contemplando as ocupações aí inseridas, com seus
respectivos códigos. Complementando o mapa, deverão ser apresentadas
fichas individuais contendo a representação gráfica da ocupação no lote com
sua porção de área livre correspondente, discriminação das áreas, taxa de
ocupação e demais informações que caracterizam a edificação.

      Por conta da variação de elementos a serem considerados e analisados
é imprescindível que sejam também apresentadas planilhas que contemplem
as diversas situações de desocupação, estratégia e tempo previstos para as
ações decorrentes.




                                                                          38
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
               REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                           NITERÓI – RJ


LEGISLAÇÃO

  1. Constituição Federal;
  2. Lei do Saneamento – Lei 11.445/2007
  3. Lei das Licitações - Lei 8.666
  4. Constituição Estadual;
  5. Lei Orgânica do Município;
  6. Plano Diretor do Município – Lei 1157/92;
  7. Plano Urbanístico da Região Oceânica –Lei 1.968/2002
  8. Lei de Uso e Ocupação do Solo – Lei 1.470/95;
  9. Lei de Parcelamento do Solo – Lei 1.468/95;
  10. Lei de Alinhamento de Vias – Lei 1.595/97;
  11. Demais Leis pertinentes ao objeto do projeto;
  12. Leis Ambientais.



BIBLIOGRAFIA

  1. Tucci, C E M. Águas Urbanas. Porto Alegre.2003

  2. Carta de Ottawa para la Promoción de la Salud – Conferencia
     Internacional sobre Promocion de la Salud, Ottawa, Canadá, noviembre
     de 1986. In: Promoción de la salud:una antología.Washington,
     D.C.:OPS, 1996;

  3. Ministério da Saúde. Diretrizes de educação em saúde visando à
     promoção da saúde. Documento base - documento I. Brasília: FUNASA,
     2006. 40p;

  4. Brasil. Ministério do Meio Ambiente.Secretaria de Políticas para o
     Desenvolvimento Sustentável. Caderno de debate. Agenda 21 e
     Sustentabilidade das Cidades. Brasília (2003);

  5. Souza e Freitas (2006),.... In: O saneamento na ótica de profissionais
     de saneamento – saúde – ambiente: promoção de saúde e prevenção
     de doenças. Engenharia sanitária e Ambiental vol. 13 nº 1. Rio de
     Janeiro Jan/Mar 2008. Artigo Técnico. Nobre,Cezarina Maria Nobre;
     Freitas,Carlos Machado de. INTERNET –SciELO – Scientifc Eletronic
     Library Online



                                                                              39
TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO
                   REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA
                               NITERÓI – RJ


                              ANEXOS (MEIO DIGITAL

1.Plano de Drenagem da Região Oceânica
Secretaria Municipal de Urbanismo
Plano Urbanístico da Região Oceânica
Agosto de 2002
a. Texto PDF
b. Planta: Bacias da Região Oceânica e suas Sub divisões:
   •   PDF – escala 1/17.500
   •   DWG – escala 1/35.000;
2. Drenagem Urbana Sustentável – Medidas Estruturais e Não Estruturais –
Glossário (Fonte: site Ministério das Cidades);

3. Lotes e construções – DWG:
   •   Base Águas de Niterói;
   •   Base Secretaria Municipal de Fazenda.




                                                                     40

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Manual de-requisitos-de-ssma-para-contratadas
Manual de-requisitos-de-ssma-para-contratadasManual de-requisitos-de-ssma-para-contratadas
Manual de-requisitos-de-ssma-para-contratadasBartzBartz2
 
7 b - estudo de caso - ppra modelo - documento básico
7   b -  estudo de caso - ppra modelo - documento básico7   b -  estudo de caso - ppra modelo - documento básico
7 b - estudo de caso - ppra modelo - documento básicoZacarias Junior
 
Apostila PipeNetwork - Civil 3D
Apostila PipeNetwork - Civil 3DApostila PipeNetwork - Civil 3D
Apostila PipeNetwork - Civil 3DOsvaldo Júnior
 
Programa de prevenção à exposição ocupacional ao benzeno
Programa de prevenção à exposição ocupacional ao benzenoPrograma de prevenção à exposição ocupacional ao benzeno
Programa de prevenção à exposição ocupacional ao benzenoUniversidade Federal Fluminense
 
Check list prevenção e combate a incêndio
Check list  prevenção e combate a incêndioCheck list  prevenção e combate a incêndio
Check list prevenção e combate a incêndioSelvani Medeiros
 
Responsabilidade civil e criminal
Responsabilidade civil e criminalResponsabilidade civil e criminal
Responsabilidade civil e criminalLindemberg Trindade
 
Plano emergencia ambiental obra ip
Plano emergencia ambiental obra ipPlano emergencia ambiental obra ip
Plano emergencia ambiental obra ipmarcosdrz
 
Como calcular o quadro de iluminação e ventilação
Como calcular o quadro de iluminação e ventilaçãoComo calcular o quadro de iluminação e ventilação
Como calcular o quadro de iluminação e ventilaçãoEdmar Rocha
 
Fundacentro contrução civil
Fundacentro   contrução civilFundacentro   contrução civil
Fundacentro contrução civilEvandroPFonseca
 
aterro industrial
aterro industrialaterro industrial
aterro industrialPaulo Silva
 

La actualidad más candente (20)

Tst epc - nr 06
Tst   epc - nr 06Tst   epc - nr 06
Tst epc - nr 06
 
Pcmso cícero modelo
Pcmso cícero modeloPcmso cícero modelo
Pcmso cícero modelo
 
Ordem de serviços motoristas
Ordem de serviços   motoristasOrdem de serviços   motoristas
Ordem de serviços motoristas
 
TCC de segurança do trabalho
TCC de segurança do trabalhoTCC de segurança do trabalho
TCC de segurança do trabalho
 
Manual de-requisitos-de-ssma-para-contratadas
Manual de-requisitos-de-ssma-para-contratadasManual de-requisitos-de-ssma-para-contratadas
Manual de-requisitos-de-ssma-para-contratadas
 
7 b - estudo de caso - ppra modelo - documento básico
7   b -  estudo de caso - ppra modelo - documento básico7   b -  estudo de caso - ppra modelo - documento básico
7 b - estudo de caso - ppra modelo - documento básico
 
Nbr 8995 1 iluminacao
Nbr 8995 1 iluminacaoNbr 8995 1 iluminacao
Nbr 8995 1 iluminacao
 
Apostila PipeNetwork - Civil 3D
Apostila PipeNetwork - Civil 3DApostila PipeNetwork - Civil 3D
Apostila PipeNetwork - Civil 3D
 
Apresentacao pbqp h
Apresentacao pbqp hApresentacao pbqp h
Apresentacao pbqp h
 
Perícia em obras de engenharia civil
Perícia em obras de engenharia civilPerícia em obras de engenharia civil
Perícia em obras de engenharia civil
 
Programa de prevenção à exposição ocupacional ao benzeno
Programa de prevenção à exposição ocupacional ao benzenoPrograma de prevenção à exposição ocupacional ao benzeno
Programa de prevenção à exposição ocupacional ao benzeno
 
Check list prevenção e combate a incêndio
Check list  prevenção e combate a incêndioCheck list  prevenção e combate a incêndio
Check list prevenção e combate a incêndio
 
Responsabilidade civil e criminal
Responsabilidade civil e criminalResponsabilidade civil e criminal
Responsabilidade civil e criminal
 
Plano emergencia ambiental obra ip
Plano emergencia ambiental obra ipPlano emergencia ambiental obra ip
Plano emergencia ambiental obra ip
 
Como calcular o quadro de iluminação e ventilação
Como calcular o quadro de iluminação e ventilaçãoComo calcular o quadro de iluminação e ventilação
Como calcular o quadro de iluminação e ventilação
 
Modelo de pcmat completo
Modelo de  pcmat completoModelo de  pcmat completo
Modelo de pcmat completo
 
Fundacentro contrução civil
Fundacentro   contrução civilFundacentro   contrução civil
Fundacentro contrução civil
 
NR18
NR18NR18
NR18
 
Nr – 22
Nr – 22Nr – 22
Nr – 22
 
aterro industrial
aterro industrialaterro industrial
aterro industrial
 

Destacado

Plano Urbanístico da Região Oceânica - Lei 1968.2002
Plano Urbanístico da Região Oceânica  - Lei 1968.2002Plano Urbanístico da Região Oceânica  - Lei 1968.2002
Plano Urbanístico da Região Oceânica - Lei 1968.2002Felipe Peixoto
 
Portal de Mapas Itaipu – Democratizando a informação geográfica espacial com ...
Portal de Mapas Itaipu – Democratizando a informação geográfica espacial com ...Portal de Mapas Itaipu – Democratizando a informação geográfica espacial com ...
Portal de Mapas Itaipu – Democratizando a informação geográfica espacial com ...GeoLivre Conference
 
Plano Urbanístico da Região Norte - Lei 2233
Plano Urbanístico da Região Norte - Lei 2233Plano Urbanístico da Região Norte - Lei 2233
Plano Urbanístico da Região Norte - Lei 2233Felipe Peixoto
 
Anexo I - Relatório J - 02.03.2014
Anexo I - Relatório J - 02.03.2014Anexo I - Relatório J - 02.03.2014
Anexo I - Relatório J - 02.03.2014saneamentovisconde
 
Anexos visconde rio branco revisto
Anexos visconde rio branco  revistoAnexos visconde rio branco  revisto
Anexos visconde rio branco revistosaneamentovisconde
 
Plano Urbanístico da Região das Praias da Baía - Lei 1967.2002
Plano Urbanístico da Região das Praias da Baía  - Lei 1967.2002Plano Urbanístico da Região das Praias da Baía  - Lei 1967.2002
Plano Urbanístico da Região das Praias da Baía - Lei 1967.2002Felipe Peixoto
 
Apresentação Min. das Cidades
Apresentação Min. das CidadesApresentação Min. das Cidades
Apresentação Min. das CidadesFábio Grando
 
Estudo de caso de uma seção canalizada da bacia do córrego botafogo na cidade...
Estudo de caso de uma seção canalizada da bacia do córrego botafogo na cidade...Estudo de caso de uma seção canalizada da bacia do córrego botafogo na cidade...
Estudo de caso de uma seção canalizada da bacia do córrego botafogo na cidade...Eugênio Viana
 
Plano diretor de_desenvolvimento_estrategico_cuiaba
Plano diretor de_desenvolvimento_estrategico_cuiabaPlano diretor de_desenvolvimento_estrategico_cuiaba
Plano diretor de_desenvolvimento_estrategico_cuiabaBruno Luis Leal
 
Relatório de avaliação da viabilidade ecológica e econômica do projeto de amp...
Relatório de avaliação da viabilidade ecológica e econômica do projeto de amp...Relatório de avaliação da viabilidade ecológica e econômica do projeto de amp...
Relatório de avaliação da viabilidade ecológica e econômica do projeto de amp...Felipe Peixoto
 
Pré Tgi ApresentaçãO
Pré Tgi ApresentaçãOPré Tgi ApresentaçãO
Pré Tgi ApresentaçãOguestef41da
 
Apresentação ponte de terra lideranças
Apresentação ponte de terra liderançasApresentação ponte de terra lideranças
Apresentação ponte de terra liderançasCamila Bittar
 
Lei de Uso e Ocupação do Solo -Lei 1470.1995
Lei de Uso e Ocupação do Solo  -Lei 1470.1995Lei de Uso e Ocupação do Solo  -Lei 1470.1995
Lei de Uso e Ocupação do Solo -Lei 1470.1995Felipe Peixoto
 
Plano Diretor de Niterói
Plano Diretor de NiteróiPlano Diretor de Niterói
Plano Diretor de NiteróiFelipe Peixoto
 
Memorial descritivo pavimentação asfáltica em ruas estruturantes julho 2012
Memorial descritivo pavimentação asfáltica em ruas estruturantes julho 2012Memorial descritivo pavimentação asfáltica em ruas estruturantes julho 2012
Memorial descritivo pavimentação asfáltica em ruas estruturantes julho 2012OLHO ABERTO PARANÁ
 
Diagnóstico do bairro Ponta da Areia - Niterói/RJ
Diagnóstico do bairro Ponta da Areia - Niterói/RJDiagnóstico do bairro Ponta da Areia - Niterói/RJ
Diagnóstico do bairro Ponta da Areia - Niterói/RJAngélica Vidal
 
O Muro é o meio (Documentário) Memorial Descritivo TCC
O Muro é o meio (Documentário) Memorial Descritivo TCCO Muro é o meio (Documentário) Memorial Descritivo TCC
O Muro é o meio (Documentário) Memorial Descritivo TCCEudaldo Jr.
 
Aula 1 - Drenagem
Aula 1 - DrenagemAula 1 - Drenagem
Aula 1 - Drenagemguest38004a
 
Trabalho de urbanismo II
Trabalho de urbanismo II Trabalho de urbanismo II
Trabalho de urbanismo II marcuspvini
 

Destacado (20)

Plano Urbanístico da Região Oceânica - Lei 1968.2002
Plano Urbanístico da Região Oceânica  - Lei 1968.2002Plano Urbanístico da Região Oceânica  - Lei 1968.2002
Plano Urbanístico da Região Oceânica - Lei 1968.2002
 
Portal de Mapas Itaipu – Democratizando a informação geográfica espacial com ...
Portal de Mapas Itaipu – Democratizando a informação geográfica espacial com ...Portal de Mapas Itaipu – Democratizando a informação geográfica espacial com ...
Portal de Mapas Itaipu – Democratizando a informação geográfica espacial com ...
 
Plano Urbanístico da Região Norte - Lei 2233
Plano Urbanístico da Região Norte - Lei 2233Plano Urbanístico da Região Norte - Lei 2233
Plano Urbanístico da Região Norte - Lei 2233
 
Anexo I - Relatório J - 02.03.2014
Anexo I - Relatório J - 02.03.2014Anexo I - Relatório J - 02.03.2014
Anexo I - Relatório J - 02.03.2014
 
Anexos visconde rio branco revisto
Anexos visconde rio branco  revistoAnexos visconde rio branco  revisto
Anexos visconde rio branco revisto
 
Plano Urbanístico da Região das Praias da Baía - Lei 1967.2002
Plano Urbanístico da Região das Praias da Baía  - Lei 1967.2002Plano Urbanístico da Região das Praias da Baía  - Lei 1967.2002
Plano Urbanístico da Região das Praias da Baía - Lei 1967.2002
 
Drenagem urbana.2007
Drenagem urbana.2007Drenagem urbana.2007
Drenagem urbana.2007
 
Apresentação Min. das Cidades
Apresentação Min. das CidadesApresentação Min. das Cidades
Apresentação Min. das Cidades
 
Estudo de caso de uma seção canalizada da bacia do córrego botafogo na cidade...
Estudo de caso de uma seção canalizada da bacia do córrego botafogo na cidade...Estudo de caso de uma seção canalizada da bacia do córrego botafogo na cidade...
Estudo de caso de uma seção canalizada da bacia do córrego botafogo na cidade...
 
Plano diretor de_desenvolvimento_estrategico_cuiaba
Plano diretor de_desenvolvimento_estrategico_cuiabaPlano diretor de_desenvolvimento_estrategico_cuiaba
Plano diretor de_desenvolvimento_estrategico_cuiaba
 
Relatório de avaliação da viabilidade ecológica e econômica do projeto de amp...
Relatório de avaliação da viabilidade ecológica e econômica do projeto de amp...Relatório de avaliação da viabilidade ecológica e econômica do projeto de amp...
Relatório de avaliação da viabilidade ecológica e econômica do projeto de amp...
 
Pré Tgi ApresentaçãO
Pré Tgi ApresentaçãOPré Tgi ApresentaçãO
Pré Tgi ApresentaçãO
 
Apresentação ponte de terra lideranças
Apresentação ponte de terra liderançasApresentação ponte de terra lideranças
Apresentação ponte de terra lideranças
 
Lei de Uso e Ocupação do Solo -Lei 1470.1995
Lei de Uso e Ocupação do Solo  -Lei 1470.1995Lei de Uso e Ocupação do Solo  -Lei 1470.1995
Lei de Uso e Ocupação do Solo -Lei 1470.1995
 
Plano Diretor de Niterói
Plano Diretor de NiteróiPlano Diretor de Niterói
Plano Diretor de Niterói
 
Memorial descritivo pavimentação asfáltica em ruas estruturantes julho 2012
Memorial descritivo pavimentação asfáltica em ruas estruturantes julho 2012Memorial descritivo pavimentação asfáltica em ruas estruturantes julho 2012
Memorial descritivo pavimentação asfáltica em ruas estruturantes julho 2012
 
Diagnóstico do bairro Ponta da Areia - Niterói/RJ
Diagnóstico do bairro Ponta da Areia - Niterói/RJDiagnóstico do bairro Ponta da Areia - Niterói/RJ
Diagnóstico do bairro Ponta da Areia - Niterói/RJ
 
O Muro é o meio (Documentário) Memorial Descritivo TCC
O Muro é o meio (Documentário) Memorial Descritivo TCCO Muro é o meio (Documentário) Memorial Descritivo TCC
O Muro é o meio (Documentário) Memorial Descritivo TCC
 
Aula 1 - Drenagem
Aula 1 - DrenagemAula 1 - Drenagem
Aula 1 - Drenagem
 
Trabalho de urbanismo II
Trabalho de urbanismo II Trabalho de urbanismo II
Trabalho de urbanismo II
 

Similar a Projeto de Drenagem de 10 Sub-bacias da Região Oceânica de Niterói

PROJETO DE PESQUISA: PROJETO MUNDO MELHOR
PROJETO DE PESQUISA: PROJETO MUNDO MELHORPROJETO DE PESQUISA: PROJETO MUNDO MELHOR
PROJETO DE PESQUISA: PROJETO MUNDO MELHORSirleitr
 
APRESENTAÇÃO Cabo Delgado.pptx
APRESENTAÇÃO Cabo Delgado.pptxAPRESENTAÇÃO Cabo Delgado.pptx
APRESENTAÇÃO Cabo Delgado.pptxEugeniocossa
 
Sistema da Informação PRODUTO I - 20.02.2014 a 19.03.2014
Sistema da Informação PRODUTO I - 20.02.2014 a 19.03.2014Sistema da Informação PRODUTO I - 20.02.2014 a 19.03.2014
Sistema da Informação PRODUTO I - 20.02.2014 a 19.03.2014saneamentocastelodopiaui
 
Sistema da Informação PRODUTO I - 20.01.2014 a 19.02.2014
Sistema da Informação PRODUTO I - 20.01.2014 a 19.02.2014Sistema da Informação PRODUTO I - 20.01.2014 a 19.02.2014
Sistema da Informação PRODUTO I - 20.01.2014 a 19.02.2014saneamentocastelodopiaui
 
Sistema da Informação 28-02-14
Sistema da Informação 28-02-14 Sistema da Informação 28-02-14
Sistema da Informação 28-02-14 saneamentovisconde
 
Agua branca - eia rima - anexo i tr
Agua branca  - eia rima - anexo i trAgua branca  - eia rima - anexo i tr
Agua branca - eia rima - anexo i trCarlos Elson Cunha
 
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-12 a 19-01
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-12 a 19-01Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-12 a 19-01
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-12 a 19-01saneamentocastelodopiaui
 
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-09 a 19-10
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-09 a 19-10Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-09 a 19-10
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-09 a 19-10saneamentocastelodopiaui
 
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-08 a 19-09
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-08 a 19-09Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-08 a 19-09
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-08 a 19-09saneamentocastelodopiaui
 
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-10 a 19-11
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-10 a 19-11Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-10 a 19-11
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-10 a 19-11saneamentocastelodopiaui
 
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-11 a 19-12
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-11 a 19-12Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-11 a 19-12
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-11 a 19-12saneamentocastelodopiaui
 
Plano diretor sorocaba
Plano diretor sorocabaPlano diretor sorocaba
Plano diretor sorocabaRicardo Peres
 
Aterros sanitarios 2007 (2)
Aterros sanitarios 2007 (2)Aterros sanitarios 2007 (2)
Aterros sanitarios 2007 (2)rafael dias
 
Aterros sanitarios 2007 (2)
Aterros sanitarios 2007 (2)Aterros sanitarios 2007 (2)
Aterros sanitarios 2007 (2)rafael dias
 
PROJETOS DE SANEAMENTO.pptx
PROJETOS DE SANEAMENTO.pptxPROJETOS DE SANEAMENTO.pptx
PROJETOS DE SANEAMENTO.pptxMayane Oliveira
 
Plano Nacional de Saneamento Básico
Plano Nacional de Saneamento BásicoPlano Nacional de Saneamento Básico
Plano Nacional de Saneamento BásicoEditora Fórum
 

Similar a Projeto de Drenagem de 10 Sub-bacias da Região Oceânica de Niterói (20)

PROJETO DE PESQUISA: PROJETO MUNDO MELHOR
PROJETO DE PESQUISA: PROJETO MUNDO MELHORPROJETO DE PESQUISA: PROJETO MUNDO MELHOR
PROJETO DE PESQUISA: PROJETO MUNDO MELHOR
 
Eng drenagem
Eng drenagemEng drenagem
Eng drenagem
 
Res solidos
Res solidosRes solidos
Res solidos
 
APRESENTAÇÃO Cabo Delgado.pptx
APRESENTAÇÃO Cabo Delgado.pptxAPRESENTAÇÃO Cabo Delgado.pptx
APRESENTAÇÃO Cabo Delgado.pptx
 
Sistema da Informação PRODUTO I - 20.02.2014 a 19.03.2014
Sistema da Informação PRODUTO I - 20.02.2014 a 19.03.2014Sistema da Informação PRODUTO I - 20.02.2014 a 19.03.2014
Sistema da Informação PRODUTO I - 20.02.2014 a 19.03.2014
 
Sistema da Informação PRODUTO I - 20.01.2014 a 19.02.2014
Sistema da Informação PRODUTO I - 20.01.2014 a 19.02.2014Sistema da Informação PRODUTO I - 20.01.2014 a 19.02.2014
Sistema da Informação PRODUTO I - 20.01.2014 a 19.02.2014
 
Sistema da Informação 28-02-14
Sistema da Informação 28-02-14 Sistema da Informação 28-02-14
Sistema da Informação 28-02-14
 
residuos sólidos
residuos sólidosresiduos sólidos
residuos sólidos
 
Agua branca - eia rima - anexo i tr
Agua branca  - eia rima - anexo i trAgua branca  - eia rima - anexo i tr
Agua branca - eia rima - anexo i tr
 
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-12 a 19-01
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-12 a 19-01Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-12 a 19-01
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-12 a 19-01
 
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-09 a 19-10
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-09 a 19-10Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-09 a 19-10
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-09 a 19-10
 
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-08 a 19-09
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-08 a 19-09Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-08 a 19-09
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-08 a 19-09
 
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-10 a 19-11
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-10 a 19-11Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-10 a 19-11
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-10 a 19-11
 
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-11 a 19-12
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-11 a 19-12Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb   20-11 a 19-12
Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-11 a 19-12
 
Plano diretor sorocaba
Plano diretor sorocabaPlano diretor sorocaba
Plano diretor sorocaba
 
Aterros sanitarios 2007 (2)
Aterros sanitarios 2007 (2)Aterros sanitarios 2007 (2)
Aterros sanitarios 2007 (2)
 
Aterros sanitarios 2007 (2)
Aterros sanitarios 2007 (2)Aterros sanitarios 2007 (2)
Aterros sanitarios 2007 (2)
 
Programa drenurbs prefeiturabh-ricardoaroeira
Programa drenurbs prefeiturabh-ricardoaroeiraPrograma drenurbs prefeiturabh-ricardoaroeira
Programa drenurbs prefeiturabh-ricardoaroeira
 
PROJETOS DE SANEAMENTO.pptx
PROJETOS DE SANEAMENTO.pptxPROJETOS DE SANEAMENTO.pptx
PROJETOS DE SANEAMENTO.pptx
 
Plano Nacional de Saneamento Básico
Plano Nacional de Saneamento BásicoPlano Nacional de Saneamento Básico
Plano Nacional de Saneamento Básico
 

Más de Felipe Peixoto

Arco Metropolitano - Plano Diretor
Arco Metropolitano - Plano DiretorArco Metropolitano - Plano Diretor
Arco Metropolitano - Plano DiretorFelipe Peixoto
 
Desastres da Região Serrana (jan/2011)
Desastres da Região Serrana (jan/2011)Desastres da Região Serrana (jan/2011)
Desastres da Região Serrana (jan/2011)Felipe Peixoto
 
Área de Proteção Ambiental da Água Escondida - Junho/2008
Área de Proteção Ambiental da Água Escondida - Junho/2008Área de Proteção Ambiental da Água Escondida - Junho/2008
Área de Proteção Ambiental da Água Escondida - Junho/2008Felipe Peixoto
 
Linha 3 do Metrô - Rio de Janeiro a Niterói, São Gonçalo e Itaboraí
Linha 3 do Metrô - Rio de Janeiro a Niterói, São Gonçalo e ItaboraíLinha 3 do Metrô - Rio de Janeiro a Niterói, São Gonçalo e Itaboraí
Linha 3 do Metrô - Rio de Janeiro a Niterói, São Gonçalo e ItaboraíFelipe Peixoto
 
Niterói - Melhorias para o Sistema Viário, Trânsito e Transporte Público
Niterói - Melhorias para o Sistema Viário, Trânsito e Transporte PúblicoNiterói - Melhorias para o Sistema Viário, Trânsito e Transporte Público
Niterói - Melhorias para o Sistema Viário, Trânsito e Transporte PúblicoFelipe Peixoto
 
Relatório de Vistoria às Unidades de Saúde do Município
Relatório de Vistoria às Unidades de Saúde do MunicípioRelatório de Vistoria às Unidades de Saúde do Município
Relatório de Vistoria às Unidades de Saúde do MunicípioFelipe Peixoto
 

Más de Felipe Peixoto (6)

Arco Metropolitano - Plano Diretor
Arco Metropolitano - Plano DiretorArco Metropolitano - Plano Diretor
Arco Metropolitano - Plano Diretor
 
Desastres da Região Serrana (jan/2011)
Desastres da Região Serrana (jan/2011)Desastres da Região Serrana (jan/2011)
Desastres da Região Serrana (jan/2011)
 
Área de Proteção Ambiental da Água Escondida - Junho/2008
Área de Proteção Ambiental da Água Escondida - Junho/2008Área de Proteção Ambiental da Água Escondida - Junho/2008
Área de Proteção Ambiental da Água Escondida - Junho/2008
 
Linha 3 do Metrô - Rio de Janeiro a Niterói, São Gonçalo e Itaboraí
Linha 3 do Metrô - Rio de Janeiro a Niterói, São Gonçalo e ItaboraíLinha 3 do Metrô - Rio de Janeiro a Niterói, São Gonçalo e Itaboraí
Linha 3 do Metrô - Rio de Janeiro a Niterói, São Gonçalo e Itaboraí
 
Niterói - Melhorias para o Sistema Viário, Trânsito e Transporte Público
Niterói - Melhorias para o Sistema Viário, Trânsito e Transporte PúblicoNiterói - Melhorias para o Sistema Viário, Trânsito e Transporte Público
Niterói - Melhorias para o Sistema Viário, Trânsito e Transporte Público
 
Relatório de Vistoria às Unidades de Saúde do Município
Relatório de Vistoria às Unidades de Saúde do MunicípioRelatório de Vistoria às Unidades de Saúde do Município
Relatório de Vistoria às Unidades de Saúde do Município
 

Projeto de Drenagem de 10 Sub-bacias da Região Oceânica de Niterói

  • 1. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ TERMO DE REFERÊNCIA CONTRATAÇÃO DE PROJETO EXECUTIVO DRENAGEM DE 10 SUB BACIAS DA REGIÃO OCEÂNICA DE NITERÓI - RJ OUTUBRO/2011 1
  • 2. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ Lei Orgânica do Município de Niterói- Art. 303 “§ 1° - Por função social da Cidade entende-se o direito de todo munícipe ter acesso à moradia, transporte público, saneamento geral básico, energia elétrica, gás canalizado, iluminação pública, cultura, lazer e recreação, segurança, preservação, proteção e recuperação do patrimônio ambiental, arquitetônico e cultural e ter garantida a contenção de encostas e precauções quanto a inundações.” Plano Diretor do Município de Niterói - Artigo 2º “Parágrafo único - Por função social da cidade entende-se o direito de todo o cidadão ter acesso à moradia, transporte público, saneamento básico, energia elétrica, iluminação pública, saúde, educação, segurança, cultura, lazer, recreação e à preservação, proteção e recuperação dos patrimônios ambiental, arquitetônico e cultural da cidade.” 2
  • 3. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ SUMÁRIO CAPÍTULO TÍTULO PÁGINA 1 INTRODUÇÃO 4 2 OBJETO 5 3 OBJETIVO 6 4 JUSTIFICATIVA 7 5 CONTEÚDO 8 6 O MUNICÍPIO DE NITERÓI 9 7 A REGIÃO OCEÂNICA DE NITERÓI 12 8 A MACRO BACIA DA REGIÃO OCEÂNICA 16 9 BACIAS A SEREM DRENADAS 21 10 DISPOSIÇÕES GERAIS 23 11 ESCOPO DOS SERVIÇOS 25 12 SERVIÇOS, ETAPAS E PRODUTOS 27 13 DOCUMENTAÇÃO DO PROJETO 30 14 SERVIÇOS DE CAMPO 35 15 ESTUDOS COMPLEMENTARES 37 LEGISLAÇÃO E BIBLIOGRAFIA 40 ANEXOS – ver capítulo 5 41 3
  • 4. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ 1. INTRODUÇÃO Os alagamentos e enchentes nos centros urbanos distribuem agentes tóxicos e patogênicos por toda a região atingida: misturam esgotos domiciliar, comercial e industrial devido ao transbordamento das redes coletoras contaminando todo o solo, as residências invadidas, as plantas, os animais, os poços, enfim, todo o meio alagado. Independente da sua intensidade, a chuva realiza a limpeza do ar e do solo, carreando agrotóxicos, lixo urbano, metais pesados, óleos, graxas e demais resíduos provenientes das atividades urbanas para os corpos hídricos receptores. Com as enchentes estes problemas se agravam devido ao contato das pessoas diretamente com estes produtos ou mediante a contaminação dos seus bens e utensílios. Associados a estes encontram-se materiais e resíduos sólidos provenientes da limpeza de terrenos, entulhos de obra, areia, terra, tintas e demais resíduos da construção civil, que causam a contaminação e o assoreamento dos corpos receptores, diminuindo as suas vazões ou capacidade de armazenamento. Entenda-se como corpos receptores os meios hídricos perenes (rios, lagos etc.) que recebem as águas pluviais. Portanto, nas áreas urbanas as chuvas são agentes de poluição de rios e lagoas, causando alterações nas suas características físico-químicas. Quanto às doenças hídricas, podemos citar a leptospirose, transmitida pela urina do rato - a mais comum nos centros urbanos - que se misturam aos deflúvios, contaminando pessoas ao entrarem em contato com estas águas. Assoreamento, acúmulo de lixo devido à falta de educação ambiental da população, construções e despejos irregulares, causam retenções nos cursos hídricos, propiciando o surgimento de criadouros de vetores transmissores de doenças. Os conceitos clássicos da Engenharia Sanitária entendem saneamento como a intervenção no meio físico onde vive o homem, criando condições de salubridade para proteção da sua saúde e da sua vida. 4
  • 5. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ Atualmente prevalece o conceito de que saúde não é apenas a ausência de doenças, mas sim um conjunto de ações na qual a prática médica assistencial representa apenas parte desse esforço. Um ambiente saudável é pré-requisito cada vez mais indiscutível para a saúde e o papel do saneamento na conquista dessa condição constitui consenso. A Lei Federal 11.445/2007 (Lei do Saneamento) estabelece como fundamentos do saneamento básico: o fornecimento de água tratada, a coleta, o tratamento e o destino final de esgoto e lixo, a drenagem e o manejo das águas pluviais. o “Art. 3 Para os efeitos desta Lei, considera-se: I - saneamento básico: conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações operacionais de: a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição; b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente; c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas; d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infra- estruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas;” 2. OBJETO Contratação de Serviços Técnicos de Engenharia, objetivando a elaboração de Projeto Executivo de Macro e Micro Drenagem de 10 sub bacias da Região Oceânica de Niterói - RJ, nos moldes especificados na Lei 8.666/93 e na Resolução 361/91, do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA). O projeto deverá contemplar os elementos inerentes ao projeto básico e alcançar o detalhamento em nível de projeto 5
  • 6. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ executivo, compatível com as condições levantadas no local, sendo parte integrante do documento final as respectivas memórias de cálculo. Lei 8666 - Art. 6o Para os fins desta Lei, considera-se: IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos: a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza; b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem; c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso; f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados; X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT 3. OBJETIVO Atendimento ao estabelecido no Artigo 225 da Constituição Federal, que coloca como direito de todos um meio ambiente equilibrado, sendo um bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida. Segundo a Carta da Otawa (Carta de Ottawa para la Promoción de la Salud – Conferencia Internacional sobre Promocion de la Salud, Ottawa, Canadá, noviembre de 1986. In: Promoción de la salud: una antología. Washington, D.C.:OPS, 1996) as condições e recursos fundamentais para a saúde são: paz, abrigo, educação, alimentação, recursos econômicos, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade. A relação direta existente entre ecossistema estável e saúde, destaca o papel do saneamento básico como agente de promoção da saúde, preservando vidas, o meio ambiente e os bens públicos e privados. 6
  • 7. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ O saneamento como promoção da saúde é uma intervenção multidimensional que se dá no ambiente, considerado em suas dimensões física, social, econômica, política e cultural. Seu objetivo é a implantação de sistemas de engenharia associada a um conjunto de ações integradas capazes de contribuir para a saúde, por sua vez definida como qualidade de vida. 4. JUSTIFICATIVA A Região Oceânica de Niterói apresenta alternativas diretas de acesso às Rodovias Estaduais que interligam o município de Niterói com Maricá, São Gonçalo e Itaboraí, sede do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ), em fase de implantação. Junto com as suas belezas naturais (serra, mar e lagoas), a Região Oceânica deverá suprir uma demanda a ser criada por aquele empreendimento pela procura por residências em ambientes que proporcionem melhor qualidade de vida. Concomitantemente, a cidade de Niterói apresenta um dos maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, a maior renda familiar e a maior relação habitante/carro, indicando o alto poder aquisitivo da sua população, sendo o crescimento imobiliário fato natural para atender demandas por moradias. A implantação do Plano Diretor de Transporte e Trânsito (PDTT) pelo poder público municipal, com obras viárias e racionalização do transporte coletivo, trará melhorias na mobilidade urbana com diminuição do tempo de deslocamento dentro do município. Nestas condições, a Região Oceânica - área natural de expansão da cidade - deverá suprir estas demandas, havendo necessidade de criarem-se estruturas urbanas que permitam este crescimento de forma sustentável. Obras de drenagem envolvem escavações, interrupções de ruas, desapropriações e outras medidas de impacto no meio urbano. Estas obras devem ser realizadas antes da ocupação da região, pois além de causarem 7
  • 8. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ impactos de menores magnitudes, não precisarão se adaptar a um meio urbano já consolidado, com menores custos de implantação. A Região Oceânica, parcialmente ocupada, apresenta problemas de alagamentos e enchentes em várias das suas bacias hidrográficas, com prejuízos ao meio ambiente, à saúde e aos bens públicos e privados. A implantação de meios e equipamentos urbanos de Macro e Micro Drenagem na Região Oceânica permitirá a sustentabilidade desse crescimento, preservando o meio ambiente, promovendo saúde e evitando perdas materiais. 5. CONTEÚDO Este Termo de Referência, dividido em duas partes, primeiramente descreve a área de implantação das obras, com informações sobre a ocupação das áreas alagadas das Lagoas de Piratininga e Itaipu, permitindo uma visão do ciclo hidrológico da região antes e depois da ocupação urbana. No Capítulo 6 apresentamos as Regiões Administrativas em que está dividido o município, destacando-se a Região Oceânica, com cerca de 52km², área de expansão da cidade. No Capítulo 7 descrevemos a Região Oceânica, com algumas informações sobre a sua ocupação, importantes para compreensão do ciclo hidrológico da região. O Capítulo 8 apresenta a macro bacia da Região Oceânica e o Capítulo 9 as bacias a serem drenadas. Na segunda parte, apresenta normas e especificações para elaboração dos projetos, de forma a atingir os objetivos, os Capítulos 10, 11 e 12 apresentam as especificações e as exigências pertinentes ao projeto básico. A documentação final do projeto está especificada no Capítulo 13. Os capítulos 14 e 15 versam, respectivamente, sobre trabalhos de campo e estudo complementares ao projeto. 8
  • 9. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ Em anexo (apresentação em CD): 1. Plano de Drenagem da Região Oceânica Secretaria Municipal de Urbanismo / Plano Urbanístico da Região Oceânica / Agosto de 2002 a. Texto PDF b. Planta: Bacias da Região Oceânica e suas Sub divisões: • PDF – escala 1/17.500 • DWG – escala 1/35.000; 2. Drenagem Urbana Sustentável – Medidas Estruturais e Não Estruturais – Glossário (Fonte: site Ministério das Cidades); 3. Base Cartográfica – DWG: • Base Águas de Niterói; • Base Secretaria Municipal de Fazenda. 6. O MUNICÍPIO DE NITERÓI Limita-se a oeste com a Baía de Guanabara ao sul com o Oceano Atlântico, ao norte com São Gonçalo e a leste com Maricá. Um grande maciço montanhoso divide o município em duas partes: a primeira, de ocupação mais antiga, situa-se entre esta montanha e a Baía de Guanabara e a segunda entre o maciço e o Oceano Atlântico (Região Oceânica - RO). 9
  • 10. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ Ilustração 6.1: Região Metropolitana – Rio de Janeiro – posição de Niterói Situada na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Niterói está dividida em cinco Regiões de Planejamento: • Região das Praias da Baia de Guanabara; • Região Norte; • Região de Pendotiba; • Região Leste e • Região Oceânica. Ilustração 6.2: Município de Niterói 10
  • 11. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ I. de Imbuí I. do Veado I. da Menina I. da Mãe I. do Pai Ilustração 6.3: Município de Niterói – Regiões Administrativas As duas primeiras regiões são de ocupação mais antiga, já consolidada em termos de equipamentos urbanos (pavimentação, drenagem e outros), estando em fase de crescimento vertical acelerado. Situam-se entre o maciço e a Baía de Guanabara. A terceira e a quarta, de ocupações mais recentes, situam-se sobre o maciço e, finalmente, a Região Oceânica, assim denominada por encontrar-se entre aquele maciço e o Oceano, também de ocupação recente. Com cerca de 134,0 km², Niterói tem uma população de 487.562 habitantes, segundo o Censo 2010. Desde 2007 apresenta um crescimento imobiliário expressivo, com a verticalização das suas construções em substituição a residências unifamiliares, principalmente nos bairros de Icaraí e Santa Rosa (Região das Praias das Baías). 11
  • 12. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ 7. A REGIÃO OCEÂNICA DE NITERÓI A Região Oceânica é formada pelos bairros: Cafubá; Piratininga; Jardim Imbuí; Camboinhas; Jacaré; Santo Antônio; Maravista; Serra Grande; Engenho do Mato; Itaquatiara e Itaipu. A partir da década de 80, esta Região apresentou um crescimento populacional acelerado, acompanhado por uma conseqüente dinamização das atividades econômicas, tanto na área de comércio como na de serviços, espalhados continuamente ao longo de todo o seu território, caracterizando-se pela divisão de espaço entre núcleos de baixa renda ocupando áreas públicas e privadas de forma desordenada, até Condomínios fechados de classe média alta. Com lindas praias, lagoas e uma vegetação preservada, atraiu uma população em busca de uma “melhor qualidade de vida”, disposta a viver sem água tratada, esgoto e pavimentação, mas em maior contato com a natureza, fora dos centros urbanos. A construção de condomínios fechados de luxo atraiu uma população de alta renda, pois, ao contrário dos lotes das vias públicas, ofereciam água tratada - captada em poços profundos - coleta e destino final do esgoto (não tratado), ruas internas calçadas e segurança. Paralelamente começa a ocorrer a favelização com a ocupação não só dos morros, mas também de lotes particulares e áreas públicas, inclusive as Faixas Marginais de proteção dos cursos hídricos. 7.1. PARCELAMENTO, OCUPAÇÃO E USO DO SOLO Com a reintegração do distrito de Itaipu à Niterói em 1943, tem início a ocupação urbana da região e, no ano seguinte, é apresentado ao governo do Estado o Plano de Urbanização de Itaipu e Piratininga. Ainda na década da 40 surge o primeiro projeto de loteamento da Companhia de Desenvolvimento Territorial de Itaipu, correspondente ao que é hoje o bairro de Camboinhas e boa parte de Itaipu, incluindo áreas da lagoa e de seu banhado, na época considerada propriedade privada da companhia. 12
  • 13. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ O loteamento Maravista, ocupando todo o banhado existente ao norte da lagoa de Itaipu, desde onde se localiza o Rio da Vala até o Canal do Camboatá, é aprovado em 1949. Nos anos 1951/1952 é feito o parcelamento da região de Piratininga, inicialmente entre a lagoa e o mar e posteriormente entre o mar e a Estrada Francisco da Cruz Nunes, com a inclusão do loteamento Maralegre, surgindo o Bairro Piratininga. Estes empreendimentos buscavam viabilizar o máximo de lotes possíveis, com traçados que desconsideravam as orlas originais das lagoas, com lotes dentro do seu traçado que deveriam ser “saneados” (aterrados). As lagoas eram meros enfeites destes empreendimentos e os rios e talvegues eram desconsiderados nos seus traçados, o que é fator de comprometimento do escoamento das águas pluviais até os dias de hoje. Entretanto apenas nas décadas de 70 e 80 alguns fatores impulsionaram a ocupação da região: • A construção e pavimentação da “estrada nova” para Itaipu, em meados dos anos 60, facilitaram o acesso; • A expansão da indústria automobilística motorizou a classe média, aumentando a mobilidade urbana; • A crescente poluição das águas da Baía da Guanabara obrigou a uma mudança de hábito da classe média de Niterói, freqüentadora de Icaraí, que passou a se deslocar para as praias oceânicas em busca de águas mais limpas e livres de contaminação; • A inauguração da Ponte Rio-Niterói, em 1974, impulsionou o crescimento da cidade; • A saturação e excessiva valorização dos lotes remanescentes dos últimos bairros residenciais ocupados na Região das Praias da Baía, Vital Brazil e São Francisco, fez com que a expansão urbana ultrapassasse a barreira 13
  • 14. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ natural representada pelo Morro da Viração e chegasse à Região Oceânica, onde havia grande oferta de lotes a preços mais accessíveis. Apenas a partir da década de 70 surgiram as preocupações ambientais, que passaram a ser relevadas nos projetos urbanos, com o surgimento dos primeiros órgãos ambientais: FEEMA e SERLA. Na década de 70, a VEPLAN RESIDÊNCIA, na época uma das maiores empresas do setor imobiliário do Rio de Janeiro, elaborou o “Plano Estrutural de Itaipu” que redefinia o uso das margens da lagoa através da proposição de nova orla, da criação de marinas e de um porto, além da modificação do regime hidráulico, pela fixação de uma barra permanente, dragagem e aterro das margens. A partir de 1979, após contestações judiciais, são impostos limites ao empreendimento, quando o estágio das obras já se encontrava bastante adiantado, estando parcialmente realizados os seguintes serviços: dragagem e aterros de margens; execução dos molhes do enrocamento de proteção da barra; execução do molhe de enrocamento de fixação da margem da lagoa do lado sul. Nesta época a barra já se encontrava aberta por intervenção da Prefeitura de Niterói, em face da cheia das lagoas de Piratininga e Itaipu, decorrente da chuva intensa que ocorreu no dia 23 de janeiro de 1979. Esta barra permanente ocasionou a diminuição dos espelhos d´água das lagoas, permitindo o afloramento de várias áreas de terras até então submersas, criando vários loteamentos (Campo Belo, Boavista, Fazendinha, Cafubá, entre outros) que, após aterro dos lotes, receberam construções residenciais. Como impacto na drenagem podemos assinalar que - além da redução das áreas alagadas, - com o surgimento desses lotes, as desembocaduras dos cursos hídricos e talvegues contribuintes das lagoas foram transferidas mais para o interior das mesmas, causando redução da declividade e conseqüente redução das velocidades de escoamento das águas, com reflexos à montante. 14
  • 15. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ ILUSTRAÇÃO 7.1: Lagoa de Itaipu na década de 1960 ILUSTRAÇÃO 7.2: Lagoa de Itaipu na década de 1990 15
  • 16. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ ILUSTRAÇÃO 7.3: Lagoa de Piratininga – traçado dos lotes 8. A MACRO BACIA DA REGIÃO OCEÂNICA O Diagnóstico Ambiental de Niterói divide o Município em três macrobacias: 1. Macrobacia das Lagoas de Itaipu e Piratininga; 2. Macrobacias dos Rios Aldeia e Colubandê/Alcântara e 3. Macrobacia da Baía de Guanabara. A primeira, também chamada Macro bacia da Região Oceânica, com uma área superior aos limites políticos da RO, é formada pelos divisores de água dos Morros do Ourives, da Viração, do Sapezal, Santo Inácio, Maceió e Serra Grande (oeste/norte), pelo divisor de águas da Serra da Tiririca (leste/sudeste) - limite intermunicipal Niterói /Maricá – limitando-se ao sul com a orla marítima. 16
  • 17. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ Ilustração 8.2: Vista da macrobacia da Região Oceânica – Limites Destaca-se pela sua dimensão e grau de ocupação urbana, a bacia do rio João Mendes, contribuinte da Lagoa de Itaipu. 8.1. AS BACIAS HIDROGRÁFICAS DA REGIÃO OCEÂNICA O “Plano de Drenagem da Região Oceânica – PDRO/2002”, da Secretaria Municipal de Urbanismo - base dos limites das bacias consideradas neste trabalho - define 3 bacias para a Macro Bacia da Região Oceânica: 1. Bacia do Oceano Atlântico; 2. Bacia da Lagoa de Piratininga e 3. Bacia da Lagoa de Itaipu. 8.1.1. A bacia do Oceano Atlântico Formada palas sub bacias Forte Imbuí I, II e III, apresenta uma área total de 0,755km². Estas três sub bacias encontram-se em Área Militar, com praticamente 100% das suas condições naturais preservadas. 8.1.2. A bacia da Lagoa de Piratininga 17
  • 18. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ Área de 21,902km². 8.1.2.1. Sub bacias contribuintes da Lagoa de Piratininga: O Plano de Drenagem da Região Oceânica identifica 3 cursos hídricos principais, talvegues das sub bacias de mesmo nome: • Rio Arrozal; • Rio Jacaré e • Canal de Santo Antônio. Os talvegues das demais sub bacias são considerados valas ou valões: • Sub bacia do Jardim Imbuí; • Sub bacia do Fazendinha; • Sub bacia do Cafuba I; • Sub bacia do Cafubá II; • Sub bacia do Cafubá III; Tabela 8.1: Sub-bacias da Lagoa de Piratininga BACIA DA LAGOA DE PIRATININGA SUB-BACIAS ITEM NOME ÁREA – km² TALVEGUE- km 1 Sub-Bacia do Jardim Imbuí 0,248 0,686 2 Sub-Bacia do Fazendinha 1,988 3,181 3 Sub-Bacia do Cafubá I 2,112 1,321 4 Sub-Bacia do Cafubá II 0,264 1,116 5 Sub-Bacia do Cafubá III 0,352 1,489 6 Sub-Bacia do Rio Arrozal 2,114 3,162 7 Sub-Bacia do Rio Jacaré 5,675 5,884 8 Sub-Bacia do Córrego Santo Antônio 1,883 1,890 18
  • 19. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ Na orla norte da Lagoa de Piratininga foi construído pela Prefeitura um “canal de cintura” com o objetivo de evitar o lançamento de esgoto sanitário diretamente na lagoa, pois, até então, a região funcionava com o Sistema Unitário, onde as águas pluviais e o esgoto escoam pela mesma tubulação. 8.1.3. A bacia da Lagoa de Itaipu – Área de 25.673km². 8.1.3.1. Sub bacias contribuintes da Lagoa de Itaipu: Também com 3 cursos hídricos principais: • Rio João Mendes e suas 13 micro bacias (PDRO); • Rio da Vala e • Córrego dos Colibris. As demais sub bacias consideradas valas ou valões são: • Sub bacia do Campo Belo; • Sub bacia de Itacoatiara; • Sub bacia de Camboinhas I; • Sub bacia de Camboinhas II; • Sub bacia do Bairro Atlântico. 19
  • 20. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ Tabela 8.2: Sub-bacias da Lagoa de Itaipu BACIA DA LAGOA DE ITAIPU SUB BACIAS ITEM NOME ÁREA – km² Talvegue - km 1 Sub-Bacia do Rio da Vala 2,605 2,506 2 Sub-Bacia do Córrego dos Colibrís 1,862 2,530 3 Sub-Bacia do Campo Belo 0,782 0,833 4 Sub-Bacia de Itacoatiara 1,023 1,856 5 Sub-Bacia de Camboinhas I 0,894 0,782 6 Sub-Bacia de Camboinhas II 0,243 0,172 7 Sub-Bacia do Bairro Atlântico 0,419 0,250 8 Sub-Bacia do Rio João Mendes 12,944 7,263 Diferentemente da Lagoa de Piratininga, com sua margem ocupada, a Lagoa de Itaipu teve parte da sua área de banhado preservada, conforme podemos observar nas duas ilustrações a seguir: Ilustração 8.5: Lagoa de Itaipu Ilustração 8.6: Lagoa de Piratininga 20
  • 21. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ 9. BACIAS A SEREM DRENADAS Maiores detalhes sobre as bacias apresentadas estão no Plano de Drenagem da Região Oceânica – PDRO/2002 – SMU – PMN, parte integrante deste Termo de Referência. Serão contratados projetos de macro e micro drenagem para 5 das oito sub bacias contribuintes da Lagoa de Piratininga, atendendo a toda a região do Cafubá: 1. Sub bacia da Fazendinha; 2. Sub bacia do Cafubá I; 3. Sub bacia do Cafubá II; 4. Sub bacia do Cafubá III e 5. Sub bacia do Rio Arrozal. A Sub bacia do Rio Jacaré se mantém preservada à montante, sem causar danos à jusante, trecho onde se encontra a concentração urbana. O Córrego Santo Antônio encontra-se em obras para solução dos seus alagamentos. Na bacia da Lagoa de Itaipu as Sub bacias de Camboinhas I e II e do Bairro Atlântico, localizadas no Bairro de Camboinhas, encontram-se drenadas. Serão drenadas: • Sub bacia do Rio João Mendes e suas 13 micro bacias; • Sub bacia do Rio da Vala; • Sub bacia do Córrego dos Colibris; • Sub bacia do Campo Belo; • Sub bacia de Itacoatiara; 21
  • 22. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ TABELA 9.1: QUADRO DAS SUB BACIAS – SITUAÇÃO DE DRENAGEM Rio Arrozal P I Rio Jacaré R Canal de Santo Antônio A Sub bacia do Jardim Imbuí T I Sub bacia do Fazendinha N Sub bacia do Cafuba I I Sub bacia do Cafubá I; N Sub bacia do Cafubá III G A Rio João Mendes e suas 13 micro bacias; Rio da Vala I Córrego dos Colibris T Sub bacia do Campo Belo A I Sub bacia de Itacoatiara P Sub bacia de Camboinhas I U Sub bacia de Camboinhas II Sub bacia do Bairro Atlântico LEGENDA A SEREM DRENADAS NESTA ETAPA PRESERVADA À MONTANTE EM OBRAS NÃO SOFRERÁ INTERVENÇÃO JÁ DRENADAS A Sub bacia do Rio João Mendes, pelas suas dimensões, foi dividida em 13 micro bacias. Na micro bacia da Rua 9 estão em fase final as obras de canalização do talvegue e construção da rede de micro drenagem (trecho). As demais serão alvo de projetos de drenagem. 22
  • 23. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ Tabela 9.2 : Microbacias do Rio João Mendes BACIA DA LAGOA DA ITAIPÚ SUB-BACIA DO RIO JOÃO MENDES MICROBACIAS ITEM NOME ÁREA – km² TALVEGUE - km 1 JARDIM FLUMINENSE 0,225 0,513 2 ENGENHO DO MATO I 2,497 2,711 3 ENGENHO DO MATO II 0,607 1,673 4 ENGENHO DO MATO III 0,458 1,328 5 ENGENHO DO MATO IV 0,085 0,460 6 ENGENHO DO MATO V 0,152 0,321 7 RIO JOÃO MENDES 3,505 7,263 8 TERRA NOVA 1,490 1,213 9 ARGEU FAZENDINHA 0,683 0,641 10 RUA 27 0,875 2,185 11 SOTER 0,947 0,996 12 VALE DAS ESMERALDAS 0,943 2,036 13 RUA 9 0,475 0,839 10. DISPOSIÇÕES GERAIS Os projetos básicos de macro e micro drenagem da Região Oceânica, tema deste do documento, deverão ser elaborado segundo as leis vigentes (federais, estaduais e municipais), as normas técnicas de engenharia e as especificações deste Termo de Referência, baseados nos princípios de segurança, acessibilidade, sustentabilidade, preservação e saúde ambiental como condições para uma melhor qualidade de vida e saúde da população. O princípio de adoção das bacias, sub bacias e micro bacias como unidades de planejamento deverá nortear os projetos, dando-lhes sustentabilidade, reduzindo custos e impactos no meio urbano. 23
  • 24. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ Soluções de contenção, retenção e amortecimento da velocidade de escoamento das águas deverão ser priorizadas, evitando-se acúmulo de águas em determinadas áreas. A formação ramificada que os meios hídricos da bacias hidrográficas apresentam não foi respeitada quando do parcelamento do solo na região, havendo ruas e construções que impedem o livre escoamento das águas pluviais. As construções irregulares por invasões da faixa de proteção dos cursos hídricos, tanto pela população carente como pelo imóveis regulares, com o objetivo de ampliarem seus quintais, também impedem a livre circulação dos cursos hídricos. As soluções para estas três situações - necessidade de construção de áreas de contenções e/ou retenções; liberação dos caminhos das águas e recuperação das faixas marginais dos cursos hídricos – exigirão desapropriações e demolições que deverão ser consideradas no Projeto Básico. O crescimento desordenado da região, com investimentos públicos espalhados espacialmente e atendendo a interesses locais e imediatos e investimentos privados pontuais, segundo a área de implantação do imóvel ou de determinado empreendimento, criou descontinuidades nas cotas de soleira de referência das vias, causando dificuldades para soluções superficiais de drenagem. Algumas das bacias a serem drenadas, principalmente as micro bacias do Rio João Mendes, apresentam poucas ruas pavimentadas, devendo o projetista apresentar projeto de pavimentação daquelas ruas onde a drenagem superficial é aconselhável. Nas soluções de drenagem que requeiram galerias, deverá ser considerada a pavimentação das vias com coberturas segundo sua importância viária e com greides que atendam a cota de soleira média atual, garantindo um meio fio com 13 a 17 cm de altura a partir da sarjeta. 24
  • 25. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ As obras deverão prezar pela economicidade, considerando, principalmente, os seguintes requisitos: • Segurança; • Funcionalidade e adequação ao interesse público; • Economia na execução, conservação e operação; • Possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologia e matérias-primas existentes no local para execução, conservação e operação; • Facilidade na execução, conservação e operação, sem prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço; • Adoção das normas técnicas adequadas; • Redução dos impactos ambientais. Em anexo apresentamos um Glossário de soluções sustentáveis de drenagem que deverão se aplicadas preferencialmente à soluções convencionais. 11. ESCOPO DOS SERVIÇOS Projetos de drenagem envolvem três conceitos básicos; 1. Volume pluviométrico da bacia; 2. Velocidade de escoamento – dependente dos meios físico, biológico e antrópico; 3. Área disponível para circulação das águas. Os projetos de drenagem atuam sobre o segundo e o terceiro, permitindo o crescimento urbano sem áreas de alagamentos e enchentes, preservando o meio ambiente, os bens materiais públicos e privados e a paisagem urbana, indispensável para uma boa qualidade de vida. 11.1. ETAPAS DO PROJETO Envolve os seguintes itens principais: 25
  • 26. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ 1 ) Levantamento de dados; 2 ) Análise das características da área da bacia; 3 ) Estudos hidrológicos; 4 ) Concepção de alternativas; 5 ) Projeto hidráulico; 6 ) Documentação do projeto. 11.1.1. Levantamento de Dados - Neste item o projetista deverá reunir e sistematizar todos os dados e informações básicas que servirão de subsídio para elaboração do projeto, sejam eles já existentes ou sejam elementos novos obtidos através de levantamentos de campo: • Serviços Topográficos; • Estudos Geológicos-Geotécnicos – sondagens; • Relatório Fotográfico. 11.1.2. Análise das características da bacia - Esta análise tem por objetivo fornecer os elementos característicos da bacia que influem no regime de cheias da mesma, envolvendo aspectos geológicos, morfológicos, cobertura vegetal e tipo de ocupação existente e prevista. 11.1.3. Estudos hidrológicos - Os estudos hidrológicos têm por objetivo fornecer as vazões máximas a serem adotadas para projeto. 11.1.4. Concepção de alternativa - Neste item deverão ser desenvolvidas as idéias básicas de arranjos das obras consideradas possíveis. 11.1.5. Projeto Hidráulico - O projeto hidráulico das obras envolve o pré- dimensionamento das mesmas e a verificação de funcionamento do conjunto para as condições e critérios previamente estabelecidos, a análise de desempenho hidráulico e a avaliação custo benefício de cada alternativa. 26
  • 27. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ 11.1.6. Documentação do Projeto - A documentação de projeto compreende a sistematização, organização e apresentação de todos os elementos que deverão constituir a sua documentação em versão final. 12. SERVIÇOS, ETAPAS E PRODUTOS Os produtos de cada etapa serão submetidos à fiscalização, a ser indicada pela contratante, que, após aprovados, nortearão os procedimentos para elaboração das etapas seguintes. 12.1. PRIMEIRA ETAPA: LEVANTAMENTO DE DADOS Levantamento, análise e compilação de dados sobre as áreas a sofrerem intervenções: • Planta das bacias; • Características das faixa de implantação das obras; • Sistemas de drenagem existentes; • Interferências nos fluxos das águas; • Condições previstas de desenvolvimento futuro; • Cobertura vegetal e condições de ocupação da bacia atual e futura; • Características geológicas da bacia; • Características geotécnicas e do lençol freático da faixa de implantação das obras; • Informações sobre chuvas intensas na área da bacia; • Estudos anteriores; • Outras informações, segundo concepção adotada. Serviços topográficos, estudos geotécnicos e geológicos serão necessários para complementação dos dados preliminares, devido, principalmente, as diferenças geométricas entre os desenhos encontradas e a realidade, alterada por desvios e invasões dos cursos hídricos, principalmente. 27
  • 28. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ Concomitantemente, soluções sustentáveis de drenagem que utilizam infiltrações no solo requerem sondagens para medição dos coeficientes de permeabilidade do solo. 12.2. SEGUNDA ETAPA: ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DAS BACIAS A Região Oceânica geograficamente localiza-se entre maciços e o mar, com as Lagoas de Itaipu e Piratininga ocupando grande parte da sua área plana, receptoras das grandes bacias hidrográficas da região. Encontramos bacias diversas quanto a morfologia e ocupação, principalmente as contribuintes do Rio João Mendes, exigindo estudos individuais. Neste sentido os tópicos básicos a serem considerados são: • Características morfológicas da bacia; • Características de ocupação e de cobertura vegetal; • Características geológicas e dos solos da bacia; • Avaliação das condições de permeabilidade regionais; • Ocupação atual e previsão futura. 12.3. TERCEIRA ETAPA: ESTUDOS HIDROLÓGICOS 12.3.1. Metodologia A metodologia a se utilizada no cálculos hidrológicos para determinação das vazões de projeto é classificada de acordo com as dimensões das bacias hidrográficas. Para bacias com área de até 2 km² poderá ser usado o “Método Racional Modificado” e para áreas superiores métodos que melhor representem as condições da bacia: Método do Diagrama Unitário ou triangular, Método de Vem Te Chow, Método de I Pai Wu, ou outro mais representativo. 12.3.2. Chuvas de projeto 28
  • 29. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ Na ausência de um Plano Diretor de Drenagem, que estabeleça índices pluviométricos para o conjunto das bacias do município, sugere-se a adoção das Equações de Chuvas Intensas definidas pelo Eng. Otto Pfafstetter no livro “Chuvas Intensas no Brasil” ou aquelas apresentadas pelo Departamento de Estrada de Rodagens – DER-RJ na publicação “Estudos de Chuvas no Estado do Rio de Janeiro”. 12.3.3. Períodos de recorrência Período de recorrência é o tempo, em anos, de repetição de uma determinada chuva de certa intensidade. É utilizado na determinação da vazão de projeto e no dimensionamento dos dispositivos de drenagem, sendo fixado em função dos seguintes itens: • Importância e segurança da obra; • Estudo benefício-custo, a partir da avaliação dos danos para vazões superiores à vazão de projeto, considerando danos a terceiros e custos de restauração; • Dinâmica de crescimento da cidade. Para os projetos da Região oceânica foram estabelecidos os seguintes tempos de recorrência: • Para dispositivos de micro drenagem – 10 anos; • Canais urbanos periféricos – 25 anos; • Canais em centros urbanos – 50 anos; • Canalizações da talvegues – 50 anos. De acordo com a fiscalização poderão ser definidos tempos diferentes, segundo desenvolvimento da bacia e tipo de dispositivo. 12.3.4. Taxas de impermeabilização Face as diferenças de uso, deverão ser calculadas por bacia, com previsão de ocupação segundo o tempo de recorrência do dispositivo. 12.3.5. Tempo de concentração 29
  • 30. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ Serão calculadas segundo as características das bacias, utilizando-se as equações de Kerby, Kirpich ou outra que melhor expresse as suas condições. 12.4. QUARTA ETAPA: CONCEPÇÃO DE ALTERNATIVAS Normalmente o arranjo em planta é imposto pelo próprio alinhamento do talvegue natural do curso d'água a canalizar. Entretanto, em termos de perfil longitudinal, diferentes configurações são possíveis, dependendo das restrições e interferências existentes. As velocidades máximas permissíveis também influem no arranjo das canalizações, condicionadas ao tipo de material de revestimento a ser utilizado e às declividades adotadas. Os tópicos básicos a serem apresentados são: • Traçado em planta; • Escolha do tipo de conduto a adotar e respectivas seções transversais; • Alternativas de arranjo em perfil longitudinal; • Custo e prazo de execução. 12.5. QUINTA PARTE: PROJETOS HIDRÁULICOS Definida a alternativa em conjunto com a fiscalização, o dimensionamento hidráulico deverá ser estimado com base na Fórmula de Manning, considerando um regime de escoamento permanente e uniforme, correspondendo a vazão, velocidade e altura d’água constantes. 12.6. SEXTA PARTE: DOCUMENTAÇÃO DO PROJETO O Capítulo 13 específica os documentos a serem emitidos em cada etapa do projeto. 13. DOCUMENTAÇÃO DO PROJETO Deverão ser apresentados conjuntos dos documentos solicitados neste Capítulo separadamente para todas as bacias drenadas. Ilustrados e com 30
  • 31. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ informações que permitam a compreensão dos objetivos e das conclusões das diversas etapas do projeto, deverão ser apresentados relatórios preliminares em períodos definidos neste TR ou a critério da fiscalização. Deverão apresentar plantas, desenhos e ilustrações que representem os trabalhos desenvolvidos, utilizando as bases cartográficas disponíveis neste TR. Ao fim da primeira etapa (Levantamento de Dados) deverá ser emitido relatório indicando as fontes consultadas diferentes das apresentadas neste TR, os resultados dos levantamentos em campo e outras informações pertinentes aos projetos, a critério da fiscalização: Deverá ser apresentado a Fiscalização, com pelo menos 7 dias de antecedência, a programação de serviços topográficos e prospecções a serem feitas como complemento aos dados levantados. Após a segunda etapa (Análise das Características das Bacias) deverá ser apresentada a descrição das bacias, destacando-se suas características morfológicas, geológicas, de ocupação, cobertura vegetal, permeabilidade e outras características de interesse dos projetos, a critério da fiscalização. Utilizando as bases cartográficas apresentadas neste documento, deverá ser apresentado uma planta do percurso hídrico das bacias, indicando as interferências, as alterações de curso impostas pela urbanização ou qualquer trecho da bacia que requeira medidas especiais. A quarta etapa (Apresentação de Alternativas) deverá ser justificada pelos resultados alcançados nos Estudos Hidrológicos (terceira etapa), com indicação dos métodos utilizados e parâmetros considerados. Com aprovação da fiscalização quanto a escolha da alternativa, deverão ser elaborados os projetos hidráulicos, emitindo-se, ao final, relatório sucinto dos resultados alcançados, das metodologias e parâmetros utilizados e apresentação das Planilhas dos Cálculos Hidráulicos. 31
  • 32. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ Finalmente, como produto final, deverá ser apresentado um Plano de Trabalho (Relatório Técnico), com a seguinte configuração: • Apresentação; • Mapa de localização da bacia na RO; • Descrição da bacia hidrográfica; • Fatores considerados na definição do projeto; • Estudos Hidrológicos; • Apresentação das Alternativas; • Justificativas para a solução adotada; • Estudos Hidráulicos; • Resultados Finais; • Plantas e desenhos – ver 13.2 • Memória de Cálculo; • Orçamento tendo por base o Catálogo de Referência da Empresa • Estadual de obras Públicas (EMOP) – Data Base Jul/2011 • Cronograma Físico-Financeiro; • Ensaio Fotográfico e • Especificações Técnicas – ver 13.1 13.1. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS São normas e critérios estabelecidos para segurança dos operários e transeuntes durante as obras, para instalação do canteiro de obras e para as etapas de execução: movimentação de terra, demolições e aterros, carga e descarga, esgotamento, galerias, estruturas, fundações ou qualquer outra obra ou serviço inerente. Estas especificações deverão descrever o planejamento para as diversas etapas da obra, bem como especificar os deveres e obrigações da empresa responsável pela execução da obra (executora). Devem ser baseadas nas Normas da ABNT em suas mais recentes edições. As múltiplas soluções sustentáveis de drenagem serão aplicadas segundo as características da bacia, devendo ser especificadas nos projetos específicos. Apresentamos abaixo alguns dos principais itens a serem especificados, válidos para as soluções tradicionais de engenharia (manilhas e galerias) e, em parte, para as soluções sustentáveis: 32
  • 33. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ ITEM OBRAS E SERVIÇOS ESPECIFICAÇÕES 1 CANTEIRO DE Croqui Setores instalados: oficina, Instalações de água e esgoto OBRAS refeitório etc. 2 REMANEJAMENTO Concessionárias Água e esgoto, energia, Responsabilidade de danos DE INTERFERÊNCIAS comunicação, gás etc. 3 TRANSITO E Sinalização Placas de alerta, luminosa. “pare e siga” etc. SEGURANÇA Tapume Tipos de material Sustentação e manutenção Fechamento de Vias e Passadiços e Travessias Material Acessos 4 SERVIÇOS Marcação das obras TOPOGRÁFICOS Estaqueamento Gabaritos Acompanhamento 5 MOVIMENTAÇÃO DE Escavação Classificação da Escavação Escavação em material de 1ª, TERRA Segundo o Tipo de Material 2 ª e 3 ª categorias Classificação da Escavação Escavação Comum Segundo a Natureza dos Materiais Escavação Submersa ou em Solos Saturados Escavação Confinada em Valas Escavação de Rocha a Fogo Escavação por Escarificação Execução das escavações Equipamentos e Plano de trabalho Áreas de Empréstimos Jazidas Controle das escavações 6 ATERROS Equipamentos – Apresentar relação à fiscalização COMPACTADOS Execução – Plano de Execução Procedimentos Gerais Controle Controle das Camadas Controle Tecnológico 7 TRANSPORTE, Transporte de Tipos Distâncias CARGA E DESCARGA equipamentos Jazidas e áreas de Distância empréstimo Local de “bota fora” Distância Local licenciado 33
  • 34. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ 8 ESCORAMENTO Estruturas de Cuidados Especiais Remoção de Escoramento Escoramento 9 ESGOTAMENTOS Bomba Submersa Rebaixamento de Lençol Drenagem Subterrânea Freático 10 GALERIAS CIRCULARES Características Normas ABNT Tipos Escavações e Reaproveitamento do Material substituto Reaterros material escavado Provas de Carga Normas e certificados Controle de Plano de execução - gabarito Execução Acompanhamento Metodologia 11 FUNDAÇÕES Normas ABNT Caracterização do Sondagens Terreno de Fundação Escavações e Plano de trabalho Reaterros Fundações Tipo de estaca Forma de cravação Profundas Provas de Carga Normas ABNT Controle de Diagramas de cravação Boletim de execução - NBR Execução 6122 Acompanhamento Acompanhamento quanto ao comportamento carga-recalque 12 ESTRUTURAS Concreto Armado Cimento Agregados, Água e aditivos Equipamentos, doagem e preparo Lançamento, adensamento, cura e proteção Controle de Qualidade e de execução do Concreto Controle de Resistência do Concreto Aceitação da Estrutura Acabamento Formas e Equipamento Escoramento Controle Armadura Aço para as Armaduras Equipamentos de Concretagem Colocação das Armaduras Amarradas Controle – Condições Gerais Juntas 34
  • 35. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ 13.2. PLANTAS E DESENHOS Além do material gráfico apresentado nas etapas intermediárias, a ser anexado a estas especificações, deverão ser apresentadas as plantas do projeto - tantas pranchas quanto forem necessárias para cobrir a bacia. A. Apresentação Geral: • Planta de situação (escala 1:5.000); • Planta da bacia (escala 1:5.000); • Perfil logitudinal do(s) curso(s) principal(is) (escala 1: 5.000); B. Planta de característica da ocupação e cobertura vegetal da bacia e tipos de solos (escala 1:5.000); C. Planta de caracterização da geologia central da bacia (escala 1:5.000); D. Desenhos cadastrais da faixa de influencia das obras que envolvem demolições e desapropriações. (escala 1:1.000); E. Desenhos de projeto: planta (escala 1:1.000); F. Desenhos de projeto: perfil (escala variável); G. Desenho(s) de seções transversais típicas (escala 1:500); H. Desenhos de estruturas e detalhes especiais (escala variável); 14. SERVIÇOS DE CAMPO Como complemento aos dados sobre as bacias hidrográficas de interesse dos projetos - anexados à este TR ou obtidos por outros meios – e como material dos relatórios parciais e final do projeto, serão necessários trabalhos topográficos, de sondagens e fotográficos. 14.1. SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS Serão realizados serviços topográficos para levantamento plani- altimétrico, para cadastramento das interferências com os dispositivos de drenagem projetados e com os cursos hídricos e para elaboração dos projetos geométricos das áreas e percursos dos cursos hídricos de macro drenagem (talvegues). 35
  • 36. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ Com 7 dias de antecedência, deverá ser enviada à Fiscalização a programação dos serviços topográficos a serem realizados, com justificativa, objetivo, equipe e equipamentos a serem utilizados. Os resultados destes trabalhos serão apresentados nos relatórios intermediários e final, segundo meios especificados neste TR. 14.2. SONDAGENS Também com o mesmo grau de detalhamento anterior, deverá ser entregue à Fiscalização, com 7 dias de antecedência programação dos serviços de sondagens a serem realizados. Os resultados finais serão: • Memorial descritivo do método utilizado e do desenvolvimento dos trabalhos; • Planta de localização dos furos, com cotas de boca de furo em relação à RN predefinido; • Memorial descritivo das características do solo e • Perfil geológico do terreno. 14.2.1. Tipos de sondagem Estão consideradas sondagens feitas pelo método de percussão e por trado. Serão feitas basicamente sondagens de conhecimento do solo para instalação de dispositivos tradicionais de drenagem (aduelas, galerias, poços de visita etc.) e para teste de permeabilidade em projetos que utilizem a infiltração no solo como solução de drenagem. Devido as características geológicas e de ocupação do solo, os dispositivos de drenagem estarão em profundidades pequenas, sendo a sondagem com trado a mais recomendada. NOTA: A população da Região Oceânica, até o ano 2000, obtinha seu abastecimento de água através de poços individuais, com profundidades variando de acordo com a área, mas de uma maneira geral rasos e feitos à trado. Testes de permeabilidade do solo exigirão profundidades maiores exigindo, em alguns casos, sondagens com equipamentos de percussão. 36
  • 37. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ Pelas suas características, o uso da infiltração como solução de drenagem deverá ter prioridade nos projetos da Bacia de Itacoatiara, devendo ser consultada a Fiscalização quanto a existência de um poço profundo existente, já testado com sucesso em drenagem. 14.3. MATERIAL FOTOGRÁFICO Todas as etapas dos trabalhos de campo deverão ser documentadas fotograficamente. 15. ESTUDOS COMPLEMENTARES 15.1. ESTUDO DE DESOCUPAÇÃO DE ÁREAS COM IDENTIFICAÇÃO DAS REMOÇÕES NECESSÁRIAS Preliminarmente ao estudo deverão ser definidos critérios para identificação das áreas críticas de drenagem, as quais deverão ser desocupadas visando o adequado escoamento das águas. Para cada área crítica identificada deverá ser apresentado o estudo para desocupação elaborado a partir da coleta de informações em fontes secundárias (documentos técnicos, cartoriais, fiscais, etc) e de levantamento de campo, tendo como referência mapa cartográfico e topografia do local. Deverá ser identificada, para cada ocupação integrante da área crítica, a condição de ocupação e o tipo de edificação, conforme explicitado abaixo. Considerando a diversidade dessas, os dados deverão ser organizados de forma a favorecer a tomada de decisão para ações futuras. Condição de ocupação: Refere-se à legalidade da ocupação. Genericamente identifica-se: a) Ocupação detentora de título de propriedade ou posse, que desencadeará processo de desapropriação; b) Ocupação informal, que poderá desencadear três tipos de procedimentos com vistas à desocupação: 1) substituição da edificação por unidade equivalente (unidade de realocação) construída pelo Poder Público em local próximo, 2) aquisição assistida, na qual o morador procura uma nova edificação e procede à sua aquisição com participação do Poder Público, 3) a indenização referente à benfeitoria. 37
  • 38. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ Tipo de edificação: Refere-se ao conjunto de características gerais da edificação, que deverão ser apresentadas individualmente e organizadas segundo classificação prévia, a ser elaborada, devendo para tal considerar, dentre outros, critérios adotados pelo IPTU. Deverão ser observadas, no mínimo, as seguintes características: uso, tipologia, material utilizado, área construída, gabarito, taxa de ocupação e estado de conservação. Deverão também ser considerados como ocupação os elementos edificados, como instalações e obras de arte, bem como partes de edificações, quando a linha demarcatória da área crítica de drenagem seccionar a edificação. Neste caso, essas edificações poderão ser objeto de desapropriação ou remoção parcial, com ressarcimento correspondente aos cômodos atingidos pela referida área. Para as obras de arte e demais elementos construídos, como pontes, escadas de acesso ou travessias, devem integrar o estudo e serem correlacionados ao(s) endereço(s) do(s) imóvel(is) onde se situam; O estudo deverá conter mapa geral representando e identificando as áreas a serem desocupadas. Para cada área deverá ser apresentado mapa georeferenciado contemplando as ocupações aí inseridas, com seus respectivos códigos. Complementando o mapa, deverão ser apresentadas fichas individuais contendo a representação gráfica da ocupação no lote com sua porção de área livre correspondente, discriminação das áreas, taxa de ocupação e demais informações que caracterizam a edificação. Por conta da variação de elementos a serem considerados e analisados é imprescindível que sejam também apresentadas planilhas que contemplem as diversas situações de desocupação, estratégia e tempo previstos para as ações decorrentes. 38
  • 39. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ LEGISLAÇÃO 1. Constituição Federal; 2. Lei do Saneamento – Lei 11.445/2007 3. Lei das Licitações - Lei 8.666 4. Constituição Estadual; 5. Lei Orgânica do Município; 6. Plano Diretor do Município – Lei 1157/92; 7. Plano Urbanístico da Região Oceânica –Lei 1.968/2002 8. Lei de Uso e Ocupação do Solo – Lei 1.470/95; 9. Lei de Parcelamento do Solo – Lei 1.468/95; 10. Lei de Alinhamento de Vias – Lei 1.595/97; 11. Demais Leis pertinentes ao objeto do projeto; 12. Leis Ambientais. BIBLIOGRAFIA 1. Tucci, C E M. Águas Urbanas. Porto Alegre.2003 2. Carta de Ottawa para la Promoción de la Salud – Conferencia Internacional sobre Promocion de la Salud, Ottawa, Canadá, noviembre de 1986. In: Promoción de la salud:una antología.Washington, D.C.:OPS, 1996; 3. Ministério da Saúde. Diretrizes de educação em saúde visando à promoção da saúde. Documento base - documento I. Brasília: FUNASA, 2006. 40p; 4. Brasil. Ministério do Meio Ambiente.Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável. Caderno de debate. Agenda 21 e Sustentabilidade das Cidades. Brasília (2003); 5. Souza e Freitas (2006),.... In: O saneamento na ótica de profissionais de saneamento – saúde – ambiente: promoção de saúde e prevenção de doenças. Engenharia sanitária e Ambiental vol. 13 nº 1. Rio de Janeiro Jan/Mar 2008. Artigo Técnico. Nobre,Cezarina Maria Nobre; Freitas,Carlos Machado de. INTERNET –SciELO – Scientifc Eletronic Library Online 39
  • 40. TERMO DE REFERÊNCIA – PROJETO EXECUTIVO REDE DE DRENAGEM – REGIÃO OCEÃNICA NITERÓI – RJ ANEXOS (MEIO DIGITAL 1.Plano de Drenagem da Região Oceânica Secretaria Municipal de Urbanismo Plano Urbanístico da Região Oceânica Agosto de 2002 a. Texto PDF b. Planta: Bacias da Região Oceânica e suas Sub divisões: • PDF – escala 1/17.500 • DWG – escala 1/35.000; 2. Drenagem Urbana Sustentável – Medidas Estruturais e Não Estruturais – Glossário (Fonte: site Ministério das Cidades); 3. Lotes e construções – DWG: • Base Águas de Niterói; • Base Secretaria Municipal de Fazenda. 40