Rede de Atenção à Saúde como um modelo a ser implantado para uma prestação de serviços à saúde de qualidade, com equidade e com integralidade. Versa também sobre os motivos dessa mudança de paradigma.
2. INTRODUÇÃO
Redes de serviços de saúde
“construções sociais, portanto, é interessante entender como
isso ocorreu historicamente.”
Os desenhos de rede tecidos nos municípios brasileiros apresentam heranças
históricas da política pública do nosso país, que na década de 70, desenvolveu
um modelo centralizado e apoiado na divisão dos espaços que produzem cura
e nos que fazem prevenção.
duas redes foram construídas e instaladas nos municípios: uma do Ministério
da Previdência e outra do Ministéio da Saúde, sem que estes tivessem
participação na gestão e organização delas, tornando o município apenas
endereço das instituições de saúde (RIGHI, 2005, p. 75).
3. Rede de Atenção Integral á Saúde
Arranjos organizativos onde os serviços de saúde são
vinculados entre si em prol de objetivos comuns e mútua
cooperação.
Buscam garantir a integralidade do cuidado com equidade,
qualidade, de forma descentralizada e de forma
humanizada.
4. Rede de Atenção Integral á Saúde
Porta de Entrada e Base para sua Organização ?
UUBBSS
E, todo o planejamento deve ter como fundamento a
territorialização que permite a análise da situação do
território segue as premissas do SUS da descentralização.
5. Rede de Atenção Integral á Saúde
Sua constituição:
Deve levar em consideração instrumentos que
potencializem, combine e explore os múltiplos saberes e
práticas de cada um dos atores envolvidos
Não há expropriação de saberes
6. A SITUAÇÃO DEMOGRÁFICA DO PAÍS;
A SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA;
A SITUAÇÃO ECONÔMICA;
O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE
VOLTADO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS.
FONTE: MENDES (NO PRELO)
7. DIFERENÇAS ENTRE AS CONDIÇÕES
AGUDAS E AS CONDIÇÕES CRÔNICAS DE
SAÚDE
CONDIÇÕES AGUDAS
•DURAÇÃO LIMITADA
•MANIFESTAÇÃO ABRUPTA
•AUTOLIMITADAS
•DIAGNÓSTICO E
PROGNÓSTICO USUALMENTE
PRECISOS
•INTERVENÇÃO
USUALMENTE EFETIVA
•RESULTADO: A CURA
CONDIÇÕES CRÔNICAS
DURAÇÃO LONGA
MANIFESTAÇÃO GRADUAL
NÃO AUTOLIMITADAS
DIAGNÓSTICO E
PROGNÓSTICO USUALMENTE
INCERTOS
INTERVENÇÃO USUALMENTE
COM ALGUMA INCERTEZA
RESULTADO: O CUIDADO
FONTE: VON KORFF (1997); ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (2003)
8. FRAGMENTADO
COM CONCEPÇÃO HIERÁRQUICA
COM DESALINHAMENTO DOS INCENTIVOS
ECONÔMICOS
INEFICIÊNTE POR DESECONOMIA DE ESCALA
COM BAIXA QUALIDADE DOS SERVIÇOS
O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE VOLTADO ÀS
CONDIÇÕES AGUDAS
FONTE: MENDES (NO PRELO)
9. PROBLEMAS DA FRAGMENTAÇÃO DO
SISTEMA
• PEQUENA DIVERSIDADE DOS PONTOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
• DESORGANIZAÇÃO POR MEIO DE UM CONJUNTO DE PONTOS DE
ATENDIMENTO ISOLADOS
• INCOMUNICAÇÃO DOS PONTOS DE ATENÇÃO À SAÚDE: A CARÊNCIA
DE SISTEMAS LOGÍSTICOS
• SEM PRESTAÇÃO DE ATENÇÃO CONTÍNUA A POPULAÇÃO
• PRECARIEDADE DA FUNÇÃO DE COORDENAÇÃO DA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE
• A FRAGILIDADE DOS MECANISMOS DE GOVERNANÇA DE REDES DE
ATENÇÃO À SAÚDE
• HIERARQUIZAÇÃO COM RELAÇÃO DE ORDEM DE IMPORTÂNCIA
12. PROBLEMAS DA
HIERARQUIZAÇÃO
Estabelece erroneamente que a Atenção Primária à Saúde é
menos importante e complexa do que a Secundária e
Terciária;
Leva a desvalorização das ações da At. Primária à Saúde;
Leva a diferente distribuição de incentivos.
13. Construção de redes: da hierarquia à
conectividade
HOSPITAL
HOSPITAL/DIA
CENTRO DE
ENFERMAGEM
ATENÇÃO
DOMICILIAR
AMBULATÓRIO
ESPECIALIZADO
UNIDADE
BÁSICA DE
SAÚDE
UNIDADE
DE
GESTÃO
FONTE: MENDES (NO PRELO)
SADT SAF
14. É A ORGANIZAÇÃO HORIZONTAL DE SERVIÇOS
DE SAÚDE, COM O CENTRO DE COMUNICAÇÃO
NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE, QUE
PERMITE PRESTAR UMA ASSISTÊNCIA
CONTÍNUA A DETERMINADA POPULAÇÃO - NO
TEMPO CERTO, NO LUGAR CERTO, COM O
CUSTO CERTO E COM A QUALIDADE CERTA - E
QUE SE RESPONSABILIZA PELOS RESULTADOS
SANITÁRIOS E ECONÔMICOS RELATIVOS A ESSA
POPULAÇÃO
FONTE: MENDES (NO PRELO)
15. Deste modo:
É de suma importância a articulação e integração com a
Vigilância em Saúde pois:
•O processo de trabalho tem que ser condizente com o local;
•O local, a comunidade, é o espaço da construção da
intersetorialidade e do planejamento para as ações que visem a
qualidade de vida;
•Base da UBS onde temos ACS, ESF e NASF tornando possível a
construção de um Projeto Terapêutico Singular e as Linhas de
Cuidado.
16. Silva, Magalhães Junior, 2008, p. 81, diz: “malha que
interconecta e integra os estabelecimentos e serviços de
saúde de determinado território, organizando-os
sistemicamente para que os diferentes níveis e densidades
tecnológicas de atenção estejam articulados e adequados para
o atendimento ao usuário e para a promoção da saúde”.
Assim: a Atenção Básica deve ser a área estruturante do
sistema de saúde local, sendo a porta de entrada da população
ao sistema.
17. Tecnologias leve/das relações:
autonomização,vínculo, acolhimento, gestão como
forma de governar processos de trabalho;
Tecnologia leve-dura: saberes estruturados: clínica
médica, psicanalítica, epidemiologia;
Tecnologias duras: equipamentos, máquinas, normas,
estruturas organizacionais. (Merhy, 1997)
18. a definição do espaço territorial e da população de abrangência;
a identificação das ações e serviços de diversas características e
diferentes densidades tecnológicas integrados e articulados;
fluxo que oriente os usuários a caminharem na rede, com ferramentas
que possibilite identificar o usuário e prontuário que seja possível
acessar em qualquer ponto do sistema;
sistemas de regulação com normas e protocolos que orientem o
acesso, definam competências, responsabilidades e coordenação dos
processos de decisão, segundo os mesmos autores.
(SILVA, MAGALHÃES JUNIOR, 2008)
19. pelo aumento das doenças crônicas;
Envelhecimento da população;
pela possibilidade da integralidade e vínculo;
pelos gastos crescentes com o adoecimento.
(SILVA, MAGALHÃES JUNIOR, 2008)
21. Aspectos relacionais:
comunicação;
comunicação;
questões éticas e morais;
questões éticas e morais;
características pessoais e profissionais;
características pessoais e profissionais;
falha na linha de cuidado;
processo de trabalho;
atendimento fragmentado;
decisão pessoal dos gestores;
relacionamento interpessoal.
falha na linha de cuidado;
processo de trabalho;
atendimento fragmentado;
decisão pessoal dos gestores;
relacionamento interpessoal.