1. CURRÍCULO BÁSICO
ESCOLA ESTADUAL
Língua Inglesa – Ensino Fundamental – Anos finais
Língua Inglesa e Língua Espanhola – Ensino Médio
Volume único – Área de Linguagens e Códigos
– Língua Estrangeira Moderna
2.
3. CURRÍCULO BÁSICO
ESCOLA ESTADUAL
Língua Inglesa – Ensino Fundamental – Anos finais
Língua Inglesa e Língua Espanhola – Ensino Médio
Volume único – Área de Linguagens e Códigos
– Língua Estrangeira Moderna
Vitória
2011
4. NOVO CURRÍCULO ESCOLA ESTADUAL
ÁREA DE LINGUAGENS E CÓDIGOS -
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
GOVERNADOR
Renato Casagrande
VICE-GOVERNADOR
Givaldo Vieira
SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Klinger Marcos Barbosa Alves
ORGANIZAÇÃO
Subsecretaria de Educação Básica e Profissional
Adriana Sperandio
Gerência de Ensino Fundamental
Janine Mattar Pereira de Castro
Gerência de Ensino Médio
Leonara Margotto Tartaglia
COORDENAÇÃO GERAL
Rafaela Teixeira Possato de Barros
Subgerente de Desenvolvimento Curricular do Ensino Médio
Giselle Peres Zucolotto
Equipe de Ensino Médio
Johan Wolfgang Honorato
Equipe de Ensino Médio
5. PROFESSORES REFERÊNCIA DE Karla Silvia Ribeiro Rocha
LÍNGUA INGLESA Lenice Garcia de Freitas
Ana Carolina Justiniano Márcia Cristina Alves da Silva Evaldt
Clara Bremenkamp Herzog Marian Emilia Célia Ahnert
Everaldo Kurth Marines de Oliveira Mendes
Fernanda de Freitas Machado Pirovani Natália Aparecida dos Santos
Gislene Alves da Silva Ribeiro Patrícia Saibel
Ivone Lino de Barros Polyana Silva de Oliveira Almeida
Jaqueline Justo Garcia Roberta Entringer Ferraço das Neves
Jefferson Ferreira Ramos Rodrigo Frigerio Piva
Joelva Petri Rosiane Geralda batista
Laiandra Oliveira Deorce Moreira Barros Sandra Regina da Silva Matos
Lucas Batista Penna Sara de Amorim Mendonça Marchesini
Luciano dos Santos Cirilo Sônia Aparecida de Paula Santos
Luiz Claudio dos Santos Tania Brasil
Marcelo Luiz Gomes da Silva
Márcio Claudio dos Reis PROFESSORES ESPECIALISTAS DE
Marinéa Aparecida da Silva LÍNGUA ESPANHOLA
Pamela Pereira Felix Nogueira Ivan Almeida Rozario Junior
Priscila Caser de Assis Paulo Cesar de Jesus Mota
Priscila Pereira de Aquino
Rafaela Seidel Silva CONSULTORAS DE LÍNGUA
Rosangela Vargas Davel Pinto ESPANHOLA
Sérgio Belo Coutinho Carmelita Tavares Silva – Associação de
Simone Siqueira Leite Professores de Língua Espanhola
Valéria da Fonseca Ribeiro Martins Edenize Ponzo Peres - UFES
Vanessa Tiburtino Maria Mirtis Caser - UFES
Vivian Albuquerque Soares de Lima
EQUIPE DAS SUPERINTENDÊNCIAS
CONSULTORAS DE LÍNGUA INGLESA Aldaíres Souto França
Livia Fortes Silva Zenobio – Angela Maria dos Santos Mariano
Departamento de Línguas e Letras - UFES Cacilda Alves Felipe
Luciana Ferrari de Oliveira Fiorot – Cristina Lúcia de S. Curty
Departamento de Línguas e Letras - UFES Elias Campos Caetano
Luzinete Donato de Almeida
PROFESSORES REFERÊNCIA DE Madalena de Assis Torres
LÍNGUA ESPANHOLA Maria Aparecida do Nascimento Ferreira
Ana Karina Loreley Monteiro López Maria José dos Reis Pandolfi
Cristina Lúcia de Souza Curty Mônica Valéria Fernandes
Deuza Maria Fiorio de Jesus Macedo Pedro Paulino da Silva
Gisely Federic Fil Voch Regina Soares Laquini
Glória Neuza Vieira de Jesus Sueli Lopes Silva
Janilda Rodrigues Barbosa de Sá Wilmara Barbosa Ribeiro Rocha
Juan Carlos Vilchez Guerrero Zélio Bettero
Juliana Fardin de Miranda dos Santos
9. A Secretaria de Estado da Educação, no ano promover a melhoria da qualidade do ensino e
de 2009, concluiu o Currículo Básico Escola a inclusão social dos jovens capixabas. Tendo
Estadual, documento norteador produzido a partir como frente de ação a aprendizagem dos alunos,
de um trabalho elaborado com a participação vislumbra-se a consolidação do Currículo Básico
de educadores, entre professores referência, Escola Estadual por meio do aprimoramento dos
consultores e professores convidados. Esse período Conteúdos Básicos dos diversos componentes
de implementação entre os anos de 2009 e 2011 curriculares a fim de atender a dinâmica incessante
proporcionou aos educadores uma nova percepção da escola. É nesse contexto que apresentamos a
em relação à abordagem e à organização dos proposta para o ensino de Línguas Estrangeiras
conteúdos básicos das disciplinas, sendo possível Modernas do Currículo Básico Escola Estadual,
avaliar a aplicabilidade do proposto nos CBC – elaborada por professores da rede e parcerias
Conteúdos Básicos Comuns das disciplinas, num onde o professor encontrará ponderações acerca
processo de validação em que se corroboraram os da contribuição da disciplina na formação humana,
pontos fortes, e também se propuseram ajustes bem como os objetivos a serem alcançados a
pertinentes. partir de alternativas metodológicas propícias ao
desenvolvimento de competências e habilidades
Comprometida com o DIREITO DE APRENDER DOS dispostas nos CBC – Conteúdos Básicos Comuns.
ALUNOS, e considerando as diretrizes emanadas
do Ministério da Educação (MEC), a LEI 11.161/05, Entendemos que para a construção de uma
que orienta a oferta obrigatória da Língua proposta de ensino de Língua Estrangeira
Espanhola no currículo escolar, e as sugestões dos dessa natureza deve-se considerar o mundo
professores de inglês que trabalharam diretamente globalizado e tecnologicamente conectado no
na implantação no currículo, a Secretaria da qual estamos inseridos, exigindo, sobretudo,
Educação assume mais um desafio: elaborar um uma visão mais crítica e consciente do poder da
documento curricular que norteie o ensino das linguagem na construção de visões de mundo e
Línguas Estrangeiras modernas na rede estadual, das identidades. Nesse sentido, evidenciam-se
atendendo às especificidades regionais, e levando no presente documento os pressupostos teóricos
em consideração um projeto de abrangência que fundamentam o Currículo Básico Escola
nacional. Estadual, numa abordagem sociointeracionista
dos conteúdos sob a perspectiva dos novos
Dentre as metas da Secretaria, conforme letramentos, entendidos então como aquisição/
especificados no Plano Estratégico da Educação construção de conhecimentos de naturezas
Estadual 2011-2014, estão priorizados projetos e diversas, imprescindíveis ao desenvolvimento e à
ações capazes de superar fragilidades relacionadas prática de atitudes e valores mais democráticos,
à valorização das pessoas e, consequentemente, igualitários e construtivos à sociedade.
9
13. 1. IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA PARA A FORMAÇÃO HUMANA
As Orientações Curriculares para o Ensino Médio nas suas dimensões gramatical (e estrutural),
(Ministério da Educação, 2006, p. 33), atendendo discursiva (e pragmática), sociolinguística (e
ao artigo 35 da LDB/96, destacam, entre as cultural) e estratégica (não verbal), o que foi
finalidades do Ensino Médio,“o aprimoramento do concebido como Competência Comunicativa, no
educando como ser humano; sua formação ética; início dos anos 80, por Canale & Swain (Brown,
o desenvolvimento de sua autonomia intelectual 2000).
e de seu pensamento crítico; sua preparação para
o mundo do trabalho e o desenvolvimento de No entanto, pensar em aquisição de língua e
competências para continuar seu aprendizado”. linguagem somente nessa perspectiva nos parece
insuficiente, uma vez que a evolução das teorias
Como um dos componentes curriculares que e pesquisas em Linguística Aplicada (LA) indica
integram o conjunto de disciplinas, as Línguas que uma visão mais abrangente e socialmente
Estrangeiras (LEs) devem ter igual função. Por comprometida desse processo deve fundamentar
isso, além de ensinar um idioma estrangeiro, a sua prática e, por conseguinte, os currículos
escola busca, ao mesmo tempo, “cumprir outros voltados para o ensino de línguas. Sendo assim,
compromissos com os educandos, como, por o foco no desenvolvimento de competências que
exemplo, contribuir para a formação de indivíduos se desdobrem em habilidades específicas de uso
como parte de suas preocupações educacionais” e compreensão da língua estrangeira deve ser
(op. cit., p. 91). Com a consolidação de seus utilizado como meio de se alcançar um objetivo
conhecimentos, o estudante se prepara para maior do que somente a acumulação de estratégias
enfrentar os desafios de aprimorar o aparato social isoladas e conhecimentos compartimentalizados.
favorável que já existe e modificar a realidade que
o cerca, quer no âmbito social, quer no econômico, Ser proficiente em uma língua estrangeira
quer no político. ultrapassa a noção de saber comunicar-se nessa
língua. Em citação de VAN EK & TRIM (1984),
Sabemos que as LEs desempenham, na atualidade, as Orientações Curriculares para o Ensino
um papel preponderante nas interações sociais, Médio (Ministério da Educação, 2006, p.94)
profissionais e culturais que acontecem a cada fazem referência a esse fato, indicando que a
segundo. Falar e/ou ler e comunicar-se em LE são, aprendizagem de uma língua estrangeira faculta:
de fato, competências bastante exigidas para que
essas interações aconteçam e, por isso, o ensino “• estender o horizonte de comunicação do
de LE nas últimas décadas tem se preocupado aprendiz para além de sua comunidade linguística
com a aquisição da língua principalmente como restrita própria, ou seja, fazer com que ele
instrumento ou meio de comunicação, com enfoque entenda que há uma heterogeneidade no uso
13
14. de qualquer linguagem, heterogeneidade esta ou fora desses)”.
contextual, social, cultural e histórica. Com isso,
é importante fazer com que o aluno entenda que, Entendemos então que qualquer língua, materna
em determinados contextos (formais, informais, ou estrangeira, é adquirida por meio de interações
oficiais, religiosos, orais, escritos, etc.), em sócio-historicamente construídas, e que tais
determinados momentos históricos (no passado interações nos constroem ao mesmo tempo que,
longínquo, poucos anos atrás, no presente), em por meio delas, construímos e agimos no meio
outras comunidades (em seu próprio bairro, em onde estamos inseridos (Vygotsky, 1995; Bakhtin,
sua própria cidade, em seu país, como em outros 2004; Moita Lopes, 2002). Entendemos também
países), pessoas pertencentes a grupos diferentes que a palavra só terá sentido se quem a ouve
em contextos diferentes comunicam-se de formas compartilhar de conhecimentos e experiências
variadas e diferentes; com quem fala e se engajar de fato na interação.
Em outras palavras, o que se fala só fará sentido
• fazer com que o aprendiz entenda, com isso, que se quem ouve também fizer sentido do que é
há diversas maneiras de organizar, categorizar e dito. A comunicação é sempre via de mão dupla,
expressar a experiência humana e de realizar e não se pode pretender ensinar línguas sem
interações sociais por meio da linguagem. (Vale que a fala e o discurso sejam entendidos dessa
lembrar aqui que essas diferenças de linguagem forma. Portanto, o processo de aprender e ensinar
não são individuais nem aleatórias, e sim sociais línguas na atualidade deve prever que o mundo
e contextualmente determinadas; que não são globalizado e tecnologicamente conectado, do
fixas e estáveis, e podem mudar com o passar do qual somos parte, deve exigir uma relação mais
tempo.); crítica e consciente do poder da linguagem e das
LEs na construção de novas realidades.
• aguçar, assim, o nível de sensibilidade linguística
do aprendiz quanto às características das Línguas A rápida evolução das tecnologias de comunicação,
Estrangeiras em relação à sua língua materna e especialmente da internet, tem causado euforia e
em relação aos usos variados de uma língua na também preocupação para a área educacional,
comunicação cotidiana; uma vez que mudanças profundas na maneira de
interagir e de adquirir e produzir conhecimento
• desenvolver, com isso, a confiança do aprendiz, já acontecem e continuarão a acontecer. Tais
por meio de experiências bem-sucedidas no mudanças demandam novas pedagogias e,
uso de uma língua estrangeira, enfrentar os de acordo com Luke (2000), novas práticas de
desafios cotidianos e sociais de viver, adaptando- letramento emergem e devem ser objeto de estudo
se, conforme necessário, a usos diversos da e reflexão para educadores, para que os diversos
linguagem em ambientes diversos (sejam esses recursos disponíveis sejam usados da melhor
em sua própria comunidade, cidade, estado, país maneira possível. As práticas de letramento, e
14
15. não o ensino de habilidades comunicativas per e suas origens, e ainda ajudá-los a compreender o
se, devem ser hoje o foco principal do ensino de mundo visto pela tela do computador.
línguas, a fim de que os falantes de um idioma
estrangeiro se tornem aptos a exercer seus papéis Apesar do contato e do convívio com as diferenças,
de cidadãos conscientes e críticos do mundo em grande parte proporcionados pela internet,
globalizado. ainda há quem pense que a queda das fronteiras
geográficas (e culturais) daí resultantes são mais
Suarez-Orozco e Qin-Hillard (2004) debatem ameaçadoras do que construtivas para a formação
a questão da globalização de forma bastante do discurso e das identidades dos que ali interagem.
esclarecedora e realista, quando afirmam que o Tal visão fortalece o argumento de que é preciso
sistema educacional e suas práticas docentes e incentivar experiências e reflexões mais próximas
discentes devem corresponder às habilidades e às do dia a dia e do contexto sócio-histórico-cultural
competências que hoje são essenciais à formação dos aprendizes de língua estrangeira, equilibrando
de cidadãos conscientes e protagonistas, sugeridos tais práticas com instrução e experiências também
por Rojo (2009), os quais assumem os desafios, relativas à cultura da língua-alvo, considerando
as oportunidades e as consequências dessa nova que, na atualidade, o mundo é cada vez mais
ordem mundial. Ambos discutem ainda que a multicultural.
educação contemporânea deve preocupar-se com
a forma de lidar com novas habilidades cognitivas, Quanto à complexidade, “o domínio e a reprodução
com as razões interpessoais e com a sofisticação de regras e fatos devem dar lugar a um paradigma
cultural que os aprendizes já possuem, decorrentes em que a flexibilidade cognitiva e a agilidade
de suas complexas experiências multiculturais, sejam a ordem do dia” (Suarez-Orozco & Qin-
provenientes da utilização das novas tecnologias Hillard, 2004 p. 4). Para tanto, novas habilidades
prontamente disponíveis. e competências precisam ser adquiridas e
trabalhadas dentro de uma perspectiva ao mesmo
Esses mesmos autores nos alertam para o desafio tempo multicultural e colaborativa. Também
de sabermos lidar com destreza com as diferenças nos parecem mais complexas as novas formas
e a complexidade. Atualmente, desde muito cedo de leitura e interação em ambiente virtual; por
os aprendizes são incentivados a conviver com conseguinte, as novas habilidades e estratégias
as diferenças e com padrões culturais diversos, empregadas nessas práticas - assim como muitas
quando interagem por meio do computador e em outras necessárias ao uso eficiente da tecnologia -
suas relações mais frequentes dentro da escola, devem emergir e ser trabalhadas numa perspectiva
de suas comunidades e de seu círculo familiar. Daí mais didática e crítica, favorecendo a autonomia
a necessidade de se trabalhar com conhecimentos dos aprendizes.
de ordem global e também com os de natureza
local, a fim de não fazê-los perder suas referências Tais mudanças nas maneiras de ler, compreender
15
16. e fazer uso de textos, como também nas formas sobre o mundo, modificando-o por meio de suas
de interação disponíveis em ambiente virtual, não interações e de seu discurso. Portanto, entende-se
podem mais ser ignoradas por currículos nem por que o letramento é a aquisição de conhecimentos
práticas docentes. O papel do ensino de línguas e imprescindíveis para o desenvolvimento e a
do uso de linguagens diversas deve ser debatido prática de atitudes e valores mais democráticos,
e reafirmado na perspectiva dos letramentos. igualitários e construtivos à sociedade.
Em outras palavras, a aprendizagem de línguas
deve proporcionar experiências mais críticas e Sendo assim, o ensino crítico de línguas
democráticas aos alunos, frente à nova ordem estrangeiras na perspectiva dos letramentos fará
mundial. uso de recursos de naturezas diversas que tenham
ligação imediata com a realidade dos sujeitos
O inglês e o espanhol ocupam hoje status e papel envolvidos no processo educativo. Tais práticas,
preponderantes na vida de qualquer indivíduo então, pressupõem a leitura e a interpretação
que almeje sucesso, ascensão profissional e de textos orais e escritos de forma que tais
acadêmica, e experiências multiculturais. Sendo textos sejam desconstruídos e reconstruídos
assim, essas línguas podem e devem proporcionar continuamente na interação entre quem fala/
vivências múltiplas e, para estar consciente escreve e quem ouve/lê. Mais do que isso, o
de tantas possibilidades, é imperativo que se ensino crítico de língua estrangeira deve almejar
desenvolvam práticas educacionais e curriculares o letramento crítico, que
dentro das perspectivas de letramento crítico,
letramento multicultural, letramento digital e “...não pode ser considerado um ‘instrumento’
letramento multissemiótico (SOARES, 1998; LUKE, neutro a ser usado nas práticas sociais quando
2000; COPE & KALANTZIS, 2000; KRESS, 2003; exigido, mas é essencialmente um conjunto de
SNYDER, 2008; ROJO, 2009). práticas socialmente construídas que envolvem
a leitura e a escrita, geradas por processos
Para tanto, é preciso compreender que o sociais mais amplos, e responsáveis por reforçar
letramento é mais do que o processo de ou questionar valores, tradições e formas de
alfabetização. Alfabetizar alguém implica distribuição de poder presentes nos contextos
ensinar um número ‘limitado’ de possibilidades sociais” (Soares, 1998, p. 94 – ênfase adicionada).
linguísticas – o alfabeto – e dele fazer sentido
do mundo. A partir das construções de sílabas, Segundo Rojo (2009), trabalhar a leitura e a
palavras, frases e parágrafos, o aprendiz se sente escrita de textos na contemporaneidade demanda
apto a ler o mundo, e de fato pode ser, mas não o desenvolvimento de letramentos variados,
se pode garantir que esse indivíduo será capaz como os multissemióticos, os multiculturais e
de compreender o outro e o universo a sua o crítico. O primeiro deles prevê a interação e
volta. Tampouco significa que conseguirá agir a produção de textos em modos variados, ou
16
17. seja, diferentes semioses (verbal, oral e escrita, e dispostos a aceitar e lidar com diferenças
visual e imagética, corporal, matemática, sonora, socioculturais. Sabemos que a aceitação das
etc.), características das linguagens e dos textos diferenças e da diversidade é uma forma de
atuais. Segundo Kress (2003), o trabalho com a atuação cidadã e democrática na sociedade e
multimodalidade faz a linguagem parecer e se fator primordial para a construção social de nossas
constituir como algo mais acessível e democrático, identidades por meio do discurso e das interações,
uma vez que o texto multimodal pode contribuir o que corrobora e legitima ainda mais a escolha
para uma melhor construção de sentido, já que dos eixos temáticos que sustentam a proposta
os participantes na interação poderão recorrer a curricular apresentada.
formas de linguagem diferentes para compreender
a mensagem proposta. E nada mais multimodal e Já o letramento crítico permite o trabalho com
multissemiótico atualmente do que a linguagem textos (tanto na forma de compreensão quanto
da internet, principal ferramenta usada nas na de produção) de maneira crítica, desvelando-se
interações virtuais, na educação formal e na o que está nas entrelinhas, na origem dos textos,
aquisição informal de conhecimentos. Quando se na motivação de quem os escreve e nas ideologias
lê um texto numa página da web, podemos tomar que subjazem a eles, de forma a se estabelecer
caminhos diversos durante nossa leitura, ao clicar um diálogo. Monte Mor (2007) nos alerta para
em ícones, banners, imagens, links para outras o fato de que nem mesmo nas universidades
páginas e textos, etc. Podemos também ouvir o brasileiras pode-se afirmar que práticas de leitura
texto que se lê (na língua estrangeira) em alguns e letramento crítico sejam desenvolvidas, pois as
sites jornalísticos e/ou educacionais. Ou seja, práticas observadas nesses contextos em pesquisa
a leitura de um texto on-line pode até começar desenvolvida pela autora apontam para a falta
num mesmo texto e/ou site para dois leitores de habilidades e hábitos de leitura crítica por
diferentes, mas nunca se sabe se ela terminará da parte dos alunos de cursos de Letras. Não deve
mesma maneira, quando tantas possibilidades se causar espanto, portanto, o fato de nas escolas
disponibilizam ou saltam aos nossos olhos. Enfim, públicas tais práticas também estarem aquém das
a leitura on-line é uma experiência que pode ser expectativas acadêmicas e sociais.
única para um leitor, mas nunca é a mesma feita
por diferentes leitores. Contudo, é possível perceber e fazer uso de
práticas de letramento críticas na educação
O letramento multicultural, por sua vez, engloba pautada em qualquer um dos tipos de letramentos
a compreensão e a inclusão de fatores culturais descritos acima, uma vez que o trabalho dentro
globais e locais, da cultura canônica e das massas, dessas perspectivas educativas exige não somente
da elite e da periferia, dentro e fora da escola, um olhar ou uma leitura crítica, mas, acima de
de modo a permitir a formação de cidadãos tudo, uma atitude cidadã e comprometida com o
éticos, democráticos e críticos, sem preconceitos bem comum, com o futuro das sociedades, com
17
18. o meio ambiente, com a paz mundial, com a interesses da coletividade e do bem comum; e
cordialidade, com o respeito e com muitos outros 4. A aprendizagem como direito de aprender,
valores positivos e construtivos. O letramento desaprender, construir-se e construir o mundo, ser
crítico também traz novas possibilidades de não criativo, dialogar e interagir. Novamente, justifica-
aceitação e reprodução dos cânones culturais se o desenvolvimento de um ensino de LEs como
(SNYDER, 2008), uma vez que vai encorajar práticas de letramento, uma vez que os princípios
questionamentos sobre a cultura dominante, que norteiam a proposta institucional de trabalho
pouco questionada por ter vindo das camadas aqui apresentada estão em consonância com
superiores, que há tempos dominam a ciência, o que acreditamos ser o caminho para uma
a política, a filosofia e as artes e, sobretudo, aprendizagem crítica da língua estrangeira e,
possibilita o desenvolvimento de consciência e consequentemente, para uma formação plena a
atitudes críticas, que por sua vez, devem levar os partir do que se estuda na escola.
aprendizes a atuarem na transformação de suas
realidades (CERVETTI, PARDALES & DAMICO, Retomando a base comum de todas as áreas de
2001). conhecimento do currículo em questão, notamos
como eixos estruturantes a formação para o
Seguindo nessa linha de currículo, pensamento trabalho, a educação para a emancipação, o
e ensino crítico, o aprendizado de línguas uso da ciência e a compreensão da cultura para
estrangeiras modernas deve estar diretamente o desenvolvimento da cidadania. Mais uma vez
ligado e fundamentado em valores de cidadania nota-se a semelhança com questões e temas
e sustentabilidade, questões tão presentes e abordados pelas práticas de letramentos descritas
debatidas na sociedade atualmente. Como já acima. Também podemos ressaltar a consonância
foi explicitado na introdução desta proposta entre a proposta aqui apresentada e aquela
curricular – base comum do Currículo Básico publicada pelo Ministério da Educação, em 2006,
da Escola Estadual –, o ensino desenvolvido intitulada Orientações Curriculares Nacionais para
na escola pública estadual deve ser norteado o Ensino Médio (OCN-EM), em que o ensino de
por valores que cultivem: 1. A valorização e a línguas estrangeiras também é fundamentado
afirmação da vida em todas as suas manifestações, pelas teorias de letramentos, o que deve colaborar
envolvendo reflexões sobre responsabilidade na legitimação e na implementação de ambas
social, consciência de si e do outro e formação as propostas curriculares em seus contextos de
ética, solidária e comprometida com valores aplicação.
cidadãos; 2. O reconhecimento da diversidade
na formação humana, diversidade esta inerente Ainda sobre a base comum do currículo escolar
a contextos culturais e vivenciada por meio de proposto pela SEDU, vemos os conteúdos
interações e do acesso e da troca de informações; relacionados ao ensino de línguas estrangeiras e
3. A educação como bem público atendendo aos de todas as outras áreas de conhecimento como
18
19. desdobramentos de competências e habilidades pluralidade culturais. Além disso, é consenso que,
pautadas nas noções e teorias apresentadas acima, com o conhecimento de uma língua estrangeira,
a saber: os letramentos, os princípios norteadores adquirem-se novas possibilidades de percepção da
e os eixos estruturantes presentes no referido língua materna, enriquecendo-se as relações entre
texto. No entanto, para fins de esclarecimento, os sujeitos produtores do discurso. E, como não
achamos pertinente pontuar que a noção de se pode ignorar as condições de vida de grande
competências subjacente a esse currículo é a parte dos nossos jovens, há que se registrar a
de Perrenoud (2000), que as define como a importância de se ter mais confiança na hora de
mobilização de saberes de diversas naturezas para apresentar-se para pleitear um lugar no mundo do
se resolverem problemas e lidar com situações trabalho.
corriqueiras. Mais ainda, como a capacidade de
agir em situações previstas ou não, com rapidez O estudo da língua espanhola, assim, poderá
e eficiência, articulando conhecimentos tácitos contribuir para a formação científica e cultural dos
e científicos a experiências de vida e laborais. jovens, à medida que possibilita o aumento da
Nesse sentido, as habilidades específicas podem capacidade de organização de ideias, da busca de
ser usadas na mobilização dos saberes referidos suas escolhas e da clareza de suas oportunidades
acima e, portanto, a noção de habilidade pode ser ou do repensar da sua realidade de forma crítica
abarcada pelo termo competência, mas o inverso e reflexiva. Dessa maneira, o ensino de língua
não se aplicaria. espanhola concorre para o desenvolvimento das
capacidades cognitivas, afetivas, culturais e sociais
1.1 ESPECIFICIDADES DO ENSINO DA do aluno em formação.
LÍNGUA ESPANHOLA
Nesse processo, para que se alcancem essas
As razões para o ensino de Línguas Estrangeiras, expectativas, é desejável a compreensão de
elencadas anteriormente, fazem concluir que a toda a área de linguagens e códigos de maneira
obrigatoriedade da oferta do idioma Espanhol interdisciplinar e contextualizada.
no Ensino Médio, por meio da Lei 11.161/2005,
cria uma oportunidade importante para os jovens 1.2 ESPECIFICIDADES DO ENSINO DA
estudantes, possibilitando-lhes o conhecimento LÍNGUA INGLESA
de uma nova língua e os consequentes benefícios
por ela proporcionados, tais como a apreensão A aprendizagem de língua inglesa também
de novas realidades e modos de ver o mundo e é comumente associada à aprendizagem da
acesso à diversidade cultural (história, costumes, cultura de língua inglesa e, portanto, da cultura
crenças, música, literatura, cinema, teatro e anglo-saxônica em suas mais diversas formas
danças dos diferentes povos de fala hispânica), de expressão, e até mesmo de colonização, uma
o que promove o respeito a essa diversidade e vez que os Estados Unidos e a Inglaterra, países
19
20. mais frequentemente associados ao idioma inglês, geográficas (Leffa, 2002). Além disso, é a língua
ocupam um lugar privilegiado na economia e mais ensinada e a mais usada para comunicação
na política mundial, sendo então ‘acusados’ em organizações internacionais e em mais de
de fortalecer a hegemonia capitalista, branca, 70% das publicações científicas (idem). Também
heterossexual, educada e culta, ‘impostas’ pela é comum referir-se à língua inglesa como Língua
exposição de valores e atitudes por meio de mídias Multicultural, uma vez que esta tem naturalmente
diversas, entre as quais se destacam a televisão, incorporado características de outras culturas e,
o cinema, a música popular (pop music) e a por isso, se mostra tolerante à diversidade (idem).
internet. Muito dessa atitude de culto às culturas Destacamos aqui o papel das novas tecnologias
da língua inglesa também se deve ao fato de o de informação na globalização do idioma inglês,
enfoque comunicativo (abordagem de ensino mais processo decorrente do fenômeno já mencionado.
popularmente adotada em cursos de idiomas,
que acabou influenciando também o trabalho
nas salas de aula da escola regular) preconizar o
ensino da cultura para fins de ‘identificação’ com
o falante nativo, o que, em tese, deveria favorecer
a aprendizagem de aspectos fonológicos e
discursivos referentes à língua-alvo, uma vez que
certa empatia daria lugar aos vários fenômenos
psicológicos que atrapalhariam o processo de
aquisição (Moita Lopes, 1996). Entretanto, a
crença de que falar como um nativo seria a
melhor maneira de se comunicar com ele e com o
mundo já parece também ter caído por terra com
a crescente globalização do idioma inglês.
O fenômeno da globalização não poderia ter
deixado de influenciar o ensino e a aprendizagem
de inglês, uma vez que essa é a língua usada
na comunicação entre povos e culturas que
se considerem adeptos ou até vítimas desse
processo, tendo inclusive adquirido status de
língua franca e/ou língua global. Nos dias de hoje,
há mais falantes não nativos do que nativos da
língua inglesa, sendo ela falada por mais de um
bilhão de pessoas, sem restrições de fronteiras
20
21. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA - LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
O ensino de línguas estrangeiras recupera, a partir e educacional, de acordo com as demandas
da LDB (1996), dos PCNs (1999) e das Orientações contextuais das esferas local e global de ensino
Curriculares Nacionais (2006), sua importância e aprendizagem;
no conjunto das disciplinas, contribuindo para
a formação integral do aluno. Entende-se que a • Conscientizar os alunos sobre os benefícios que
definição dos objetivos para o ensino de LE nas podem ser conquistados ao se aprender uma LE,
escolas do Espírito Santo deve ter em perspectiva em especial no que respeita ao acesso à cultura, à
os aspectos apontados nos documentos oficiais, ciência e ao trabalho;
tais como as OCN-EM (2006) e os PCNs (1999).
• Conscientizar os alunos sobre a importância das
É de fundamental importância a definição de LEs no mundo globalizado e sem fronteiras;
objetivos que possibilitem ao aluno interagir
com distintas culturas e posicionar-se como • Formar cidadãos capazes de exercer cidadania
cidadão em um mundo cujas fronteiras estão plena e protagonista;
sendo redefinidas principalmente pela velocidade
das novas formas de comunicação. E, sob essa • Incentivar a reflexão acerca de valores e
perspectiva, compreende-se que o ensino de LE conhecimentos globais x locais, bem como da
deve oportunizar todo o aparato de habilidades aceitação das diferenças e da formação de
sobre as quais se discorreu até aqui. identidades;
Questões como o meio onde vive o aluno, seu • Reforçar o debate e a consciência crítica sobre
entorno, a cultura local, os grandes desafios da cidadania, trabalho, cultura, sustentabilidade e
atualidade, as polêmicas que a mídia veicula meio ambiente por meio de tarefas comunicativas
diariamente devem ser contempladas como na língua-alvo;
objetivos de curto e médio prazos, além daqueles
já previstos nos planejamentos. Os objetivos • Promover a aprendizagem crítica de LE de forma
apresentados a seguir podem e devem ser revistos a desenvolver a autonomia e a colaboração, aliadas
sempre que o professor vislumbrar possibilidades ao uso eficiente das tecnologias, especialmente
de enriquecimento e ganho pedagógico para seus da internet;
alunos. Sendo assim, o ensino de LE na escola
pública estadual deverá: • Trabalhar a LE nas suas manifestações orais
e escritas sob a forma de gêneros textuais
• Desenvolver competências e habilidades representativos das linguagens e práticas sociais
relevantes de natureza linguística, sociocultural dos alunos da escola pública.
21
22. 3. PRINCIPAIS ALTERNATIVAS METODOLÓGICAS
Como foi ressaltado anteriormente, o ensino de no mundo e das relações de poder existentes ao
LE hoje não pode mais ficar limitado à aquisição seu redor. A ideia é que ele questione seus valores,
de habilidades comunicativas (escrita, leitura, sua condição e que se torne um cidadão mais
compreensão oral e produção oral) com o intuito tolerante à diversidade no mundo de hoje.
de apenas formar falantes fluentes na língua. É
preciso que esse falante possua a capacidade A diversidade, por sua vez, é outro ponto de
de agir no mundo globalizado em que vive de interesse do letramento crítico. O aprendiz, ao
maneira crítica para que ele seja capaz de lidar com estar inserido num ensino de LE como prática
tantas informações e oportunidades que surgem de letramento, deve estar exposto a diversas
principalmente com a abundância de tecnologias variedades linguísticas, que lhe possibilitarão
disponíveis. Daí a necessidade de entender o entender que cada variedade tem seu papel
ensino de LE como prática de letramento, mais em sua própria comunidade de fala. Ele deve
uma vez. perceber que não existe uma variedade melhor
do que a outra, mas que existe uma variedade
Entretanto, de maneira alguma entendemos mais adequada para certos tipos de ações no
aqui que devemos abandonar a abordagem mundo. Não se trata aqui apenas da diversidade
comunicativa (Communicative Language linguística, mas também da diversidade cultural
Teaching), bastante difundida entre as na qual a LE está inserida.
instituições de ensino de línguas estrangeiras.
Queremos, sim, fazer uso de várias características Como afirmamos anteriormente, não podemos
dessa abordagem e agrupá-las às teorias do mais conceber que o ensino da língua estrangeira
Letramento Crítico. Acreditamos ser essa união esteja diretamente ligado ao conhecimento de
de procedimentos, teorias e abordagens a uma cultura apenas. É importante que o aprendiz
metodologia a ser utilizada nas salas de aula de conheça diversas culturas, para que, então, esteja
línguas estrangeiras nas escolas. apto a questionar seus próprios valores e, assim,
possa valorizar sua própria cultura. De acordo com
Uma das características da abordagem Mattos & Valerio (2010, p. 142), “só a percepção
comunicativa é o fato de o aprendiz ser colocado de outros valores, não como desvios, mas como
no centro do processo de ensino-aprendizagem, próprios de nossas culturas, pode nos dar melhor
para que ele se torne um falante eficiente na língua noção da heterogeneidade presente em nossa
(Mattos & Valério, 2010). No caso do Letramento própria identidade”. Na abordagem comunicativa,
Crítico, o aprendiz também é o protagonista do seu expor o aprendiz à diversidade linguística e cultural
aprendizado, mas lhe são dadas oportunidades de é de grande relevância. Por outro lado, está
questionamentos a respeito do seu papel social distante da abordagem comunicativa a concepção
22
23. de que outras variedades linguísticas e culturais apresentado em sua realidade. Daí a necessidade
que não as dominantes sejam consideradas de o professor trabalhar com textos autênticos
‘desvios’. Mais uma vez, essas duas teorias estão (orais ou escritos) para que a realidade não
caminhando juntas. seja manipulada em decorrência de objetivos
didáticos. O letramento crítico só será realizado
Não poderíamos falar de diversidade linguística no processo de ensino-aprendizagem se essa
e de adequação da linguagem em determinadas autenticidade for mantida, com suas ideologias
comunidades de fala sem pensar no conceito e relações de poder intactas, para que a leitura
de gêneros textuais (SWALES, 1990). O ensino seja, de fato, real e relevante. Além disso, os textos
de uma LE deve proporcionar ao aprendiz a precisam ser apresentados em suas múltiplas
vivência de diversos tipos de textos, nos seus mais modalidades. Não podemos mais ignorar que há
variados contextos, com níveis de formalidade e outras formas de textos que não o tradicional,
com propósitos diversos. Dessa forma, o aprendiz escrito em papel. Ao trabalharmos com textos
vivenciará a heterogeneidade linguístico- multimodais, disponibilizamos ao aprendiz outras
cultural compatível com a diversidade do mundo formas de linguagens (imagética, corporal, etc.),
globalizado de hoje. que facilitarão o seu processo de interação e
compreensão. Vale lembrar que os textos lidos
Outra questão bastante priorizada na abordagem por usuários da Internet já se apresentam dessa
comunicativa é o uso quase exclusivo da língua- forma, e essa ferramenta precisa fazer parte do
alvo na sala de aula. Acredita-se que quanto cotidiano pedagógico das escolas.
mais insumo o aprendiz receber na língua-alvo,
mais competente comunicativamente ele será. Ou Por fim, gostaríamos de ressaltar aqui a
seja, quanto mais LE ao seu redor, melhor será importância de se ensinar a LE por meio de
sua compreensão e sua produção (oral e escrita) projetos de ensino que se vinculem aos eixos
na língua-alvo. Acreditamos, sim, que a língua- temáticos sugeridos por este currículo, bem
alvo deva ser utilizada ao máximo, no processo como outros temas de interesse dos alunos
de ensino/aprendizagem da LE, e que deva ser e que sejam relevantes educacionalmente. O
o meio de comunicação para que as práticas uso de projetos interdisciplinares de ensino
de letramento sejam ‘executadas’ nas aulas de propicia um processo de ensino-aprendizagem
língua estrangeira. No entanto, o seu uso pode ser contextualizado e centrado num tema, e não em
flexibilizado para possibilitar interações que levem um item gramatical selecionado. Segundo Antunes
o aprendiz a entender as mensagens de textos (2003), projetos de ensino podem até substituir
orais ou escritos de maneira mais crítica. disciplinas convencionais por possuírem natureza
interdisciplinar, ou seja, quando trabalhando com
Para que o aprendiz seja capaz de ler o mundo projetos, aprendizes e professores se engajam em
de maneira crítica, esse ‘mundo’ precisa ser-lhe questões relevantes ao cotidiano dentro e fora
23
24. da escola, buscando conhecimento e respostas, Em segundo lugar, temos a proximidade entre
ressignificando suas experiências com a língua e a Língua Espanhola e a Língua Portuguesa. São
com o mundo a partir de suas descobertas. muitos os estudos que concluem que o aprendiz
baseia-se em sua língua materna para aprender
Além disso, os projetos possibilitam o uso da LE a estrangeira e, dessa forma, a semelhança
de maneira eficiente e significativa; favorecem entre ambas pode agilizar as etapas iniciais da
a socialização dos alunos entre si e dos alunos aprendizagem. Por outro lado, é importante
entre seus professores; favorecem a motivação e que as diferenças sejam realçadas, a fim de se
o desenvolvimento da autonomia dos aprendizes; evitarem as transferências indevidas de regras de
possibilitam o uso de estratégias diversas, uma língua para a outra.
especialmente as de pesquisa e investigação, e
oportunizam aos aprendizes opções de temas a Devido a isso, o(a) professor(a) de Espanhol pode
serem trabalhados, bem como a ação dos alunos e deve empregar estratégias de ensino distintas
no mundo de forma mais direta e concreta. Em das utilizadas no ensino de outras línguas. Uma
resumo, a escolha por projetos de ensino pode delas, recomendada por vários autores, é chamar
pautar-se em muitas ou todas essas características, a atenção dos alunos para os contrastes entre o
mas não se pode deixar de pensar que projetos Português e o Espanhol, ou seja, adotar o enfoque
interdisciplinares ou, de qualquer outra natureza, da Análise Contrastiva, que consiste na explicitação,
dependem de planejamento cuidadoso e flexível. para o aprendiz, das diferenças e semelhanças
gramaticais entre as duas línguas, levando-o a
3.1 ESPECIFICIDADES DO ENSINO DA fixá-las e eliminando etapas desnecessárias no
LÍNGUA ESPANHOLA processo de ensino-aprendizagem da Língua
Espanhola. Dessa forma, estruturas linguísticas
Especificamente com relação ao ensino da Língua muito parecidas com as da Língua portuguesa não
Espanhola é preciso chamar a atenção para precisarão ser excessivamente trabalhadas, mas os
algumas questões. Em primeiro lugar, é importante professores deverão estabelecer uma comparação
atentar para a variação linguística presente no entre as duas línguas. Por outro lado, deverá ser
mundo hispânico e para o fato de que nenhuma dedicada uma maior atenção à oralidade, como a
variedade do espanhol é melhor que a outra. pronúncia dos fonemas espanhóis, bem como as
Dessa forma, cabe ao(à) professor(a) escolher estruturas que apresentem distinções importantes
aquela com a qual tenha mais afinidade ou sobre nos dois sistemas linguísticos.
a qual tenha maior domínio, não descuidando, no
entanto, das inúmeras diferenças existentes em
cada variedade. Vale ressaltar ainda a importância
de não se tratar como pitoresco ou exótico o que
são características linguísticas.
24
25. 4. CONTEÚDOS BÁSICOS EM COMUM
4.1 LÍNGUA INGLESA
5ª Série – Ensino Fundamental
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS
• Desenvolver a competência • Compreender/interpretar textos Eixo Linguagem
comunicativa na Língua-Alvo (LA) orais e escritos numa concepção • Compreensão e produção oral e
utilizando-a em tarefas interativas, interacionista e crítica a fim de escrita de gêneros textuais diversificados;
tendo em vista as situações de aprimorar suas próprias produções.
• Funções comunicativas da
comunicação e as condições de
• Identificar a função comunicativa linguagem, inclusive a linguagem de
produção oral e escrita.
do texto oral e escrito valendo-se de sala de aula;
• Conhecer as estratégias de análise crítica. • Marcadores do discurso;
compreensão e produção de textos • Estratégias de leitura;
orais e escritos de diferentes gêneros. • Identificar em textos orais e escritos
o propósito e o ponto de vista do • Estratégias de produção textual
• Reconhecer as diferentes formas autor, buscando compreender o oral e escrita;
de linguagem e seus vários modos de funcionamento sociopragmático que • Estratégias de compreensão auditiva;
veiculação, quais sejam: redes sociais, subjaz a toda produção textual. • Estratégias de tradução.
hypertexto, multimeios (vídeos,
música, televisão, cinema), linguagem • Compreender e produzir textos Eixo Conhecimento
corporal, gestual, imagens, e outros. utilizando recursos não verbais, tendo Linguístico
em vista as condições de produção
• Analisar criticamente textos orais e sob as quais se está escrevendo. • Funções dos elementos
escritos, considerando as condições semânticos no contexto (sinônimos,
de produção dos diferentes gêneros • Produzir, revisar e reescrever textos collocations, conjuntos lexicais,
textuais, bem como seu efeito na vida coesos e coerentes, de gêneros expressões idiomáticas, entre outros);
do aluno em sua comunidade, na textuais variados, tendo em vista o
sociedade e no mundo. contexto e as condições da produção • Funções dos elementos morfológicos
oral e escrita (O que? Por quê? Para (processos de formação de palavras,
• Refletir acerca do global x local quê? Para quem? e Como? sufixos, prefixos, entre outros);
e relativizar questões e temas,
• Interagir com textos autênticos • Funções dos elementos fonético-
trazendo-os para sua realidade.
e atuais em diferentes registros fonológicos (sons, tonicidade,
• Ampliar o conhecimento da Língua linguísticos, uma vez que estes entonação, entre outros);
Materna (LM) a partir das possíveis apresentam traços de identidade
• Funções dos elementos sintáticos
relações entre esta e a Língua cultural.
e articuladores do discurso no
Estrangeira (LE).
contexto (conjunções, pronomes,
advérbios, entre outros).
25
26. COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS
• Valorizar a sua própria cultura a • Interagir, por meio da língua Conteúdos específicos
partir do conhecimento de LE como estrangeira, em diferentes contextos, sugeridos:
expressão multicultural nas variadas tendo em vista as condições de • Uso comunicativo do presente
formas de manifestação cultural, a produção oral - o que se fala; para (simples e contínuo);
fim de ampliar sua visão de mundo. que se fala; por que se fala; para
• Uso comunicativo dos determinantes
quem se fala; e como se fala.
• Aproveitar os conhecimentos (artigos, demonstrativos e possessivos);
adquiridos em LE na constituição • Identificar e utilizar palavras e • Uso comunicativo das preposições
de sua identidade, promovendo a expressões próprias da linguagem de lugar;
convivência com as diferenças, o oral, observando a pronúncia e • Uso comunicativo das palavras
exercício pleno da cidadania e da a entonação de acordo com os interrogativas;
preservação do meio ambiente, contextos de produção e uso da LA.
• Uso comunicativo do imperativo.
visando à transformação de sua
realidade. • Conhecer e empregar as
Eixo Cultura, Sociedade e
estratégias de retextualização na
Educação
• Reconhecer as tecnologias tradução para a construção de
disponíveis como ferramentas para a sentidos na comunicação. Primeiros contatos com a
aquisição, construção e produção de língua estrangeira e sua
conhecimentos. • Identificar e fazer uso adequado importância no dia a dia
dos elementos articuladores do • Conscientização sobre as diferentes
discurso. línguas estrangeiras existentes no
Espírito Santo, no Brasil e no mundo;
• Identificar os elementos
a importância do estudo da língua
morfológicos na estrutura do texto.
inglesa no mundo globalizado;
• Identificar e utilizar relação entre fusos horários em
adequadamente os tempos verbais diferentes lugares do mundo; estudo
da língua-alvo no processo de com mapas; estrangeirismos.
compreensão e produção oral
Valorizando o ambiente
e escrita de gêneros textuais
familiar
diversificados.
• Denominação do espaço familiar
• Retextualizar períodos orais ou (morada e mobília); apresentação de
escritos no processo de compreensão informações pessoais; apresentação
e produção oral e escrita de gêneros dos membros da família e
textuais diversificados. características físicas.
• Utilizar, de forma crítica, as O ambiente escolar
redes sociais, os dicionários e as • Denominação de objetos presentes
enciclopédias impressas e virtuais. na sala de aula; comunicação na
sala de aula (comandos, instruções);
denominação do espaço físico da
escola e dos profissionais que nela
atuam; identificação de ambientes
públicos e suas localidades.
26
27. 6ª Série – Ensino Fundamental
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS
• Desenvolver a competência • Compreender/interpretar textos Eixo Linguagem
comunicativa na Língua-Alvo (LA) orais e escritos numa concepção
• Compreensão e produção oral
utilizando-a em tarefas interativas, interacionista e crítica a fim de
e escrita de gêneros textuais
tendo em vista as situações de aprimorar suas próprias produções.
diversificados.
comunicação e as condições de
produção oral e escrita. • Identificar a função comunicativa • Funções comunicativas da
do texto oral e escrito valendo-se de linguagem, inclusive a linguagem de
• Conhecer as estratégias de análise crítica. sala de aula.
compreensão e produção de textos • Marcadores do discurso;
orais e escritos de diferentes • Identificar em textos orais e escritos
o propósito e o ponto de vista do • Estratégias de leitura;
gêneros.
autor, buscando compreender o • Estratégias de produção textual
• Reconhecer as diferentes formas funcionamento sociopragmático que oral e escrita;
de linguagem e seus vários modos subjaz a toda produção textual. • Estratégias de compreensão
de veiculação, quais sejam: redes auditiva;
sociais, hypertexto, multimeios • Compreender e produzir textos
(vídeos, música, televisão, cinema), utilizando recursos não verbais, tendo • Estratégias de tradução.
linguagem corporal, gestual, em vista as condições de produção
imagens, e outros. sob as quais se está escrevendo. Eixo Conhecimento
Linguístico
• Analisar criticamente textos orais e • Produzir, revisar e reescrever textos • Funções dos elementos
escritos, considerando as condições coesos e coerentes, de gêneros semânticos no contexto (sinônimos,
de produção dos diferentes gêneros textuais variados, tendo em vista o
textuais, bem como seu efeito na contexto e as condições da produção collocations, conjuntos lexicais,
expressões idiomáticas, entre outros);
vida do aluno em sua comunidade, oral e escrita (O que? Por quê? Para
na sociedade e no mundo. quê? Para quem? e Como? • Funções dos elementos
• Interagir com textos autênticos morfológicos (processos de formação
• Refletir acerca do global x local de palavras, sufixos, prefixos, entre
e relativizar questões e temas, e atuais em diferentes registros
linguísticos, uma vez que estes outros);
trazendo-os para sua realidade.
apresentam traços de identidade • Funções dos elementos fonético-
• Ampliar o conhecimento da Língua cultural. fonológicos (sons, tonicidade,
Materna (LM) a partir das possíveis entonação, entre outros);
relações entre esta e a Língua • Interagir, por meio da língua
Estrangeira (LE). estrangeira, em diferentes contextos, • Funções dos elementos sintáticos e
tendo em vista as condições de articuladores do discurso no contexto
• Valorizar a sua própria cultura a produção oral - o que se fala; para (conjunções, pronomes, advérbios,
partir do conhecimento de LE como que se fala; por que se fala; para entre outros).
expressão multicultural nas variadas quem se fala; e como se fala.
formas de manifestação cultural, a
fim de ampliar sua visão de mundo.
27
28. COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS
• Aproveitar os conhecimentos • Identificar e utilizar palavras e Conteúdos específicos
adquiridos em LE na constituição expressões próprias da linguagem sugeridos:
de sua identidade, promovendo a oral, observando a pronúncia e
convivência com as diferenças, o a entonação de acordo com os • Uso comunicativo de verbos
exercício pleno da cidadania e da contextos de produção e uso da LA. modais;
preservação do meio ambiente, • Uso comunicativo do presente
visando à transformação de sua • Conhecer e empregar as contínuo e do presente simples;
realidade. estratégias de retextualização na
• Uso comunicativo dos
tradução para a construção de
quantificadores.
• Reconhecer as tecnologias sentidos e na comunicação.
disponíveis como ferramentas para a Eixo Cultura, Sociedade e
aquisição, construção e produção de • Identificar e fazer uso adequado Educação
conhecimentos. dos elementos articuladores do
discurso. Minha comunidade
• Identificar os elementos Denominação em língua inglesa
morfológicos na estrutura do texto. dos diferentes espaços comerciais
e comunitários que existem
• Identificar e utilizar na comunidade (igreja, escola,
adequadamente os tempos verbais supermercado ou venda, lojas,
da língua-alvo no processo de farmácia, feira, padaria, entre outros)
compreensão e produção oral e as interações nesses espaços.
e escrita de gêneros textuais
diversificados. Alimentação e hábitos
saudáveis
• Retextualizar períodos orais ou
escritos no processo de compreensão Denominação de diferentes alimentos
e produção oral e escrita de gêneros e seus preços; reflexão sobre diversas
textuais diversificados. opções na hora de realizar uma
compra; denominação de diferentes
• Utilizar, de forma crítica, as refeições; identificação de hábitos
redes sociais, os dicionários e as alimentares em diferentes culturas;
enciclopédias impressas e virtuais. relação entre hábitos alimentares e
práticas saudáveis.
Esporte, saúde e lazer
Investigação e identificação de
diferentes modalidades esportivas
na comunidade, no Brasil e no
mundo; reconhecimento dos esportes
paraolímpicos.
28
29. 7ª Série – Ensino Fundamental
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS
• Desenvolver a competência • Compreender/interpretar textos Eixo Linguagem
comunicativa na Língua-Alvo (LA) orais e escritos numa concepção
• Compreensão e produção oral
utilizando-a em tarefas interativas, interacionista e crítica a fim de
e escrita de gêneros textuais
tendo em vista as situações de aprimorar suas próprias produções.
diversificados.
comunicação e as condições de
produção oral e escrita. • Identificar a função comunicativa • Funções comunicativas da
do texto oral e escrito valendo-se de linguagem, inclusive a linguagem de
• Conhecer as estratégias de análise crítica. sala de aula;
compreensão e produção de textos • Marcadores do discurso;
orais e escritos de diferentes • Identificar em textos orais e escritos
o propósito e o ponto de vista do • Estratégias de leitura;
gêneros.
autor, buscando compreender o • Estratégias de produção textual
• Reconhecer as diferentes formas funcionamento sociopragmático que oral e escrita;
de linguagem e seus vários modos subjaz a toda produção textual. • Estratégias de compreensão
de veiculação, quais sejam: redes auditiva;
sociais, hypertexto, multimeios • Compreender e produzir textos
(vídeos, música, televisão, cinema), utilizando recursos não verbais, tendo • Estratégias de tradução.
linguagem corporal, gestual, em vista as condições de produção
Eixo Conhecimento
imagens, e outros. sob as quais se está escrevendo.
Linguístico
• Analisar criticamente textos orais e • Produzir, revisar e reescrever textos • Funções dos elementos
escritos, considerando as condições coesos e coerentes, de gêneros semânticos no contexto (sinônimos,
de produção dos diferentes gêneros textuais variados, tendo em vista o collocations, conjuntos lexicais,
textuais, bem como seu efeito na contexto e as condições da produção expressões idiomáticas, entre outros);
vida do aluno em sua comunidade, oral e escrita (O que? Por quê? Para
na sociedade e no mundo. quê? Para quem? e Como? • Funções dos elementos
morfológicos (processos de formação
• Refletir acerca do global x local • Interagir com textos autênticos de palavras, sufixos, prefixos, entre
e relativizar questões e temas, e atuais em diferentes registros outros);
trazendo-os para sua realidade. linguísticos, uma vez que estes
apresentam traços de identidade • Funções dos elementos fonético-
• Ampliar o conhecimento da Língua cultural. fonológicos (sons, tonicidade,
Materna (LM) a partir das possíveis entonação, entre outros);
relações entre esta e a Língua • Interagir, por meio da língua
Estrangeira (LE). estrangeira, em diferentes contextos, • Funções dos elementos sintáticos e
tendo em vista as condições de articuladores do discurso no contexto
• Valorizar a sua própria cultura a produção oral - o que se fala; para (conjunções, pronomes, advérbios,
partir do conhecimento de LE como que se fala; por que se fala; para entre outros).
expressão multicultural nas variadas quem se fala; e como se fala.
formas de manifestação cultural, a
fim de ampliar sua visão de mundo.
29
30. COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS
• Aproveitar os conhecimentos • Identificar e utilizar palavras e Conteúdos específicos
adquiridos em LE na constituição expressões próprias da linguagem sugeridos:
de sua identidade, promovendo a oral, observando a pronúncia e
convivência com as diferenças, o a entonação de acordo com os • Uso comunicativo das palavras
exercício pleno da cidadania e da contextos de produção e uso da LA. interrogativas;
preservação do meio ambiente, • Uso comunicativo dos tempos
visando à transformação de sua • Conhecer e empregar as verbais do presente;
realidade. estratégias de retextualização na
• Uso comunicativo dos tempos
tradução para a construção de
verbais do passado.
• Reconhecer as tecnologias sentidos e na comunicação.
disponíveis como ferramentas para a Eixo Cultura, Sociedade e
aquisição, construção e produção de • Identificar e fazer uso adequado Educação
conhecimentos. dos elementos articuladores do
discurso. Falando de si e conhecendo
o outro
• Identificar os elementos
morfológicos na estrutura do texto. Coleta de informações pessoais
(atividades de que gosto ou não
• Identificar e utilizar de realizar, lazer, estilo de música
adequadamente os tempos verbais favorito, leitura); identificação de
da língua-alvo no processo de dados pessoais (origem, idade,
compreensão e produção oral endereço, aniversário, telefone,
e escrita de gêneros textuais etc.); relatos de opiniões sobre
diversificados. determinados temas.
• Retextualizar períodos orais ou Comparando culturas e
escritos no processo de compreensão valorizando o Brasil
e produção oral e escrita de gêneros
textuais diversificados. Identificação de datas comemorativas
em culturas e países diferentes;
• Utilizar, de forma crítica, as leituras de mapas; identificação de
redes sociais, os dicionários e as países de língua inglesa; relação
enciclopédias impressas e virtuais. entre países, nacionalidades e
línguas.
Pessoas e fatos que
influenciaram o mundo
Identificação de grandes
personalidades que contribuíram
para melhorias sociais, políticas e
econômicas no mundo; identificação
dos movimentos sociais e culturais da
sociedade (movimentos étnico-raciais
e indígenas); cidadania e filantropia.
30
31. 8ª Série – Ensino Fundamental
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS
• Desenvolver a competência • Compreender/interpretar textos Eixo Linguagem
comunicativa na Língua-Alvo (LA) orais e escritos numa concepção
• Compreensão e produção oral
utilizando-a em tarefas interativas, interacionista e crítica a fim de
e escrita de gêneros textuais
tendo em vista as situações de aprimorar suas próprias produções.
diversificados;
comunicação e as condições de
produção oral e escrita. • Identificar a função comunicativa
• Funções comunicativas da
do texto oral e escrito valendo-se de
linguagem, inclusive a linguagem de
• Conhecer as estratégias de análise crítica.
sala de aula;
compreensão e produção de textos
orais e escritos de diferentes • Identificar em textos orais e
• Marcadores do discurso;
gêneros. escritos o propósito e o ponto
de vista do autor, buscando • Estratégias de leitura;
• Reconhecer as diferentes formas compreender o funcionamento
de linguagem e seus vários modos sociopragmático que subjaz a toda • Estratégias de produção textual
de veiculação, quais sejam: redes produção textual. oral e escrita;
sociais, hypertexto, multimeios
(vídeos, música, televisão, cinema), • Compreender e produzir textos • Estratégias de compreensão
linguagem corporal, gestual, utilizando recursos não verbais, auditiva;
imagens, e outros. tendo em vista as condições de
produção sob as quais se está • Estratégias de tradução.
• Analisar criticamente textos orais e escrevendo. Eixo Conhecimento
escritos, considerando as condições Linguístico
de produção dos diferentes gêneros • Produzir, revisar e reescrever
textuais, bem como seu efeito na textos coesos e coerentes, de • Funções dos elementos
vida do aluno em sua comunidade, gêneros textuais variados, tendo semânticos no contexto (sinônimos,
na sociedade e no mundo. em vista o contexto e as condições collocations, conjuntos lexicais,
da produção oral e escrita (O que? expressões idiomáticas, entre
• Refletir acerca do global x local Por quê? Para quê? Para quem? e outros);
e relativizar questões e temas, Como?
trazendo-os para sua realidade. • Funções dos elementos
• Interagir com textos autênticos morfológicos (processos de
• Ampliar o conhecimento da Língua e atuais em diferentes registros formação de palavras, sufixos,
Materna (LM) a partir das possíveis linguísticos, uma vez que estes prefixos, entre outros);
relações entre esta e a Língua apresentam traços de identidade
Estrangeira (LE). cultural. • Funções dos elementos fonético-
fonológicos (sons, tonicidade,
• Valorizar a sua própria cultura a • Interagir, por meio da língua entonação, entre outros);
partir do conhecimento de LE como estrangeira, em diferentes contextos,
expressão multicultural nas variadas tendo em vista as condições de • Funções dos elementos sintáticos
formas de manifestação cultural, a produção oral - o que se fala; para e articuladores do discurso no
fim de ampliar sua visão de mundo. que se fala; por que se fala ; para contexto (conjunções, pronomes,
quem se fala; e como se fala. advérbios, entre outros).
31
32. COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS
• Aproveitar os conhecimentos • Identificar e utilizar palavras e Conteúdos específicos
adquiridos em LE na constituição expressões próprias da linguagem sugeridos:
de sua identidade, promovendo a oral, observando a pronúncia e
convivência com as diferenças, o a entonação de acordo com os • Uso comunicativo do futuro
exercício pleno da cidadania e da contextos de produção e uso da LA. (simples, imediato e contínuo);
preservação do meio ambiente, • Uso comunicativo de would like,
visando à transformação de sua • Conhecer e empregar as
estratégias de retextualização na would prefer, would rather;
realidade.
tradução para a construção de • Uso comunicativo dos graus dos
• Reconhecer as tecnologias sentidos e na comunicação. adjetivos.
disponíveis como ferramentas para a
aquisição, construção e produção de • Identificar e fazer uso adequado Eixo Cultura, Sociedade e
conhecimentos. dos elementos articuladores do Educação
discurso.
Escola e carreira
• Identificar os elementos
morfológicos na estrutura do texto. Identificação e descrição de
trabalhos, profissões e ambientes
• Identificar e utilizar relacionados relevantes para os
adequadamente os tempos verbais alunos; reflexão sobre as condições
da língua alvo no processo de de trabalho na comunidade, no
compreensão e produção oral Brasil e no mundo.
e escrita de gêneros textuais
diversificados. Planejando o futuro
• Retextualizar períodos orais Planos para o futuro próximo;
ou escritos no processo de conhecimento e divulgação de
compreensão e produção oral programas culturais locais; reflexões
e escrita de gêneros textuais acerca do futuro; pensamentos
diversificados. sobre o mundo em que gostaria de
viver; sugestões de melhorias na
• Utilizar de forma crítica as própria comunidade.
redes sociais, os dicionários e as
enciclopédias impressas e virtuais. Comunicação e tecnologia
Identificação dos meios
tecnológicos de comunicação e
sua utilização para a aquisição de
conhecimentos de diversas áreas e
para comunicação com o mundo;
relações de comparação acerca
das vantagens e desvantagens
proporcionadas pela tecnologia nos
dias atuais.
32
33. 1º Ano – Ensino Médio
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS
• Ampliar a competência • Compreender/interpretar textos Eixo Linguagem
comunicativa na Língua-Alvo (LA) orais e escritos numa concepção
• Compreensão e produção oral
utilizando-a em tarefas interativas, interacionista e crítica a fim de
e escrita de gêneros textuais
tendo em vista as situações de aprimorar suas próprias produções.
diversificados;
comunicação e as condições de
produção oral e escrita. • Identificar a função comunicativa
• Funções comunicativas da
do texto oral e escrito valendo-se de
linguagem, inclusive a linguagem de
• Conhecer as estratégias de análise crítica.
sala de aula;
compreensão e produção de textos
orais e escritos de diferentes • Identificar em textos orais e escritos
• Marcadores do discurso;
gêneros. o propósito e o ponto de vista do
autor, buscando compreender o • Estratégias de leitura;
• Reconhecer as diferentes formas funcionamento sociopragmático que
de linguagem e seus vários modos subjaz a toda produção textual. • Estratégias de produção textual
de veiculação, quais sejam: redes oral e escrita;
sociais, hypertexto, multimeios • Compreender e produzir textos
(vídeos, música, televisão, cinema), utilizando recursos não verbais, tendo • Estratégias de compreensão
linguagem corporal, gestual, em vista as condições de produção auditiva;
imagens, e outros. sob as quais se está escrevendo.
• Estratégias de tradução.
• Analisar criticamente textos orais e • Produzir, revisar e reescrever textos
Eixo Conhecimento
escritos, considerando as condições coesos e coerentes, de gêneros Linguístico
de produção dos diferentes gêneros textuais variados, tendo em vista o
textuais, bem como seu efeito na contexto e as condições da produção • Funções dos elementos
vida do aluno em sua comunidade, oral e escrita (O que? Por quê? Para semânticos no contexto (sinônimos,
na sociedade e no mundo. quê? Para quem? e Como? collocations, conjuntos lexicais,
expressões idiomáticas, entre outros);
• Refletir acerca do global x local • Interagir com textos autênticos
e relativizar questões e temas, e atuais em diferentes registros • Funções dos elementos
trazendo-os para sua realidade. linguísticos, uma vez que estes morfológicos (processos de formação
apresentam traços de identidade de palavras, sufixos, prefixos, entre
• Ampliar o conhecimento da Língua cultural. outros);
Materna (LM) a partir das possíveis
relações entre esta e a Língua • Interagir, por meio da língua • Funções dos elementos fonético-
Estrangeira (LE). estrangeira, em diferentes contextos, fonológicos (sons, tonicidade,
tendo em vista as condições de entonação, entre outros);
• Valorizar a sua própria cultura a produção oral - o que se fala; para
partir do conhecimento de LE como que se fala; por que se fala; para • Funções dos elementos sintáticos e
expressão multicultural nas variadas quem se fala; e como se fala. articuladores do discurso no contexto
formas de manifestação cultural, a (conjunções, pronomes, advérbios,
fim de ampliar sua visão de mundo. entre outros).
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34. COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS
• Aproveitar os conhecimentos • Identificar e utilizar palavras e Conteúdos específicos
adquiridos em LE na constituição expressões próprias da linguagem sugeridos:
de sua identidade, promovendo a oral, observando a pronúncia e
convivência com as diferenças, o a entonação de acordo com os • Uso comunicativo dos vários tipos
exercício pleno da cidadania e da contextos de produção e uso da LA. de presente (simples, contínuo,
preservação do meio ambiente, perfeito);
visando à transformação de sua • Conhecer e empregar as
estratégias de retextualização na • Uso comunicativo do passado
realidade. simples;
tradução para a construção de
• Reconhecer as tecnologias sentidos e na comunicação. • Funções comunicativas de orações
disponíveis como ferramentas para a condicionais (real conditionals).
aquisição, construção e produção de • Identificar e fazer uso adequado
conhecimentos. dos elementos articuladores do Eixo Cultura, Sociedade e
discurso. Educação
• Identificar os elementos Inglês no mundo
morfológicos na estrutura do texto.
• Conscientização sobre a
• Identificar e utilizar importância do inglês como língua
adequadamente os tempos verbais franca no mundo globalizado;
da língua-alvo no processo de variantes linguísticas; inglês como
compreensão e produção oral língua multicultural.
e escrita de gêneros textuais
diversificados. Valores e voluntariado
• Retextualizar períodos orais ou • Reflexão sobre os tipos de
escritos no processo de compreensão trabalhos voluntários; reflexão e
e produção oral e escrita de gêneros reconhecimento da importância
textuais diversificados. da contribuição voluntária para a
formação cidadã; reflexão sobre
• Utilizar, de forma crítica, as como ideologias e valores implicam
redes sociais, os dicionários e as na formação de identidades.
enciclopédias impressas e virtuais.
Globalização e meio
ambiente
• Reflexões acerca de Ecologia;
identificação dos fenômenos
naturais, reconhecimento das
mudanças climáticas – aquecimento
global; reflexão sobre causa
e consequência dos impactos
ambientais.
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