Slide sobre o adolescente portador de doença crônica apresentado por um grupo de graduandos para a disciplina de Saúde do Adolescente do curso de Enfermagem da Faculdade Maurício de Nassau - Campus Aliança. Lucas Fontes. http://NoCaminhoDaEnfermagem.blogspot.com.br/
3. O ADOLESCENTE PORTADOR
DE DOENÇA CRÔNICA
Considera-se doença
crônica aquela que tem
um curso longo,
podendo ser incurável,
deixando sequelas e
impondo limitações às
funções do indivíduo,
requerendo adaptação.
O adolescente tem seu
cotidiano modificado,
com limitações, devido
aos sinais e sintomas
da doença acabam
sendo submetidos a
hospitalizações para
exames e tratamento à
medida que a doença
progride.
4. Existem três fases na
história da doença
crônica: fase da crise,
fase crônica e fase
terminal.
A doença crônica
impõe modificações na
vida do adolescente e
sua família, exigindo
readaptações frente à
nova situação e
estratégias para o
enfrentamento.
O ADOLESCENTE PORTADOR
DE DOENÇA CRÔNICA
5. Como jovens portadores
de doenças crônicas
descrevem os padrões
comunicativos habituais
ocorridos nas consultas
médicas?
Como os padrões
comunicativos
identificados na pergunta
anterior interferem na
adesão ao tratamento?
Como esses jovens
percebem a sua
condição existencial
de portadores de uma
doença incurável?
O ADOLESCENTE PORTADOR
DE DOENÇA CRÔNICA
6. A doença para o
adolescente constitui-
se num caminho difícil
e imprevisível.
O primeiro impacto
surge quando recebem
o diagnóstico, e
constatam que têm
uma doença. A
lembrança dessa
época provoca neles
sentimentos de tristeza
e angústia.
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DE DOENÇA CRÔNICA
7. “Fiquei assim
agoniada, quando uma
pessoa tá doente fica”.
“(...) é difícil ficar
doente, assim numa
cama. Ah! ficar doente
não é bom né, sente
fraqueza, tontura...”.
“Fui pra Rondonópolis
fazer exame, não deu
nada, fui pra Cuiabá, fiz
um exame, aí deu
colite (...) não
melhorou, aí fui pra
Guiratinga, fiquei lá
seis dias, não
melhorou, aí vim pra
Cuiabá”.
O ADOLESCENTE PORTADOR
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8. É na fase da crise, os
adolescentes
aprendem a lidar com
os sintomas,
procedimentos
diagnósticos e
terapêuticos, para,
assim, reorganizarem
suas vidas.
Frente a
hospitalizações
frequentes, o
adolescente passa,
então, a se familiarizar
com os
procedimentos, nomes
dos medicamentos,
apropriando-se de um
vocabulário técnico.
O ADOLESCENTE PORTADOR
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9. Para alguns
adolescentes, sua
doença advém do fato
de ser congênita, e
esse modelo de
explicação denomina-
se endógeno, ou seja,
a doença tem origem
dentro do organismo,
fazendo parte do
próprio interior do
sujeito.
“(...) não sei do que
peguei né, às vezes
acho que nasci com
ela, só pode ser”.
“A minha mãe acha
que é desde que eu
nasci, porque, quando
eu chorava, arroxeava
a boca...”.
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10. O adolescente
compreende a
necessidade do
tratamento e as
hospitalizações, mas
gostariam de estar em
casa, realizando
atividades cotidianas.
“É porque eu não fico
mais em casa ... (onde
você fica mais tempo?)
No hospital”.
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11. Para o adolescente, o
hospital tem uma
característica dual: um
ambiente de tristeza e
de cura.
“Ah, pra melhorar né,
tem remédio na hora
certa (...) E pra salvar a
vida da gente”.
“É responsabilidade do
hospital cuidar, a gente
sair bem, sem doença
nenhuma, sair curada”.
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12. Estando
hospitalizados,
precisam se ajustar às
rotinas do hospital
causadoras de
desconforto, como:
medicações,
verificação de sinais
vitais, observações,
luzes acesas e crianças
que choram nas
enfermarias.
“Eu estava dormindo
bem tranquilo, aí ele
chegou (o médico) e
falou “acorda”. Aí eu
fiquei assim com sono,
me deu raiva, passa
muito cedo, fica
acordando a gente”.
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13. É através da boa (ou
não) comunicação com
o profissional, que o
adolescente tende a
aderir ao tratamento de
sua patologia.
A adesão é definida
como uma colaboração
ativa entre o paciente e
seu médico, num
trabalho cooperativo,
para alcançar sucesso
terapêutico.
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14. Os programas educativos estão entre estratégias
mais utilizadas para melhorar a adesão ao
tratamento.
Estes programas procuram informar sobre
características da doença e envolver no tratamento
tanto os jovens quanto seus familiares.
Uma efetiva comunicação interpessoal é essencial
para a saúde física e psicológica de qualquer
pessoa.
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15. A comunicação tem como funções: transmitir
mensagens, obter informações, deduzir novas
conclusões, reconstruir o passado, antecipar fatos
futuros, iniciar e modificar processos fisiológicos
dentro do corpo, e influenciar outras pessoas e
acontecimentos externos.
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16. Dentro do hospital, as
brincadeiras, o lazer, a
alegria e o respeito à
singularidade de cada
adolescente
estabelecem
condições favoráveis
para mudança desse
ambiente.
Muitos adolescentes
necessitam se
ausentar da escola, o
que acarreta atraso e
prejuízo ao seu
aprendizado, levando-
os a abandoná-la.
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17. As ausências frequentes à escola acabam por
desmotivar o adolescente, criando uma barreira no
relacionamento entre ele, os professores e as
demais crianças, dificultando, assim, seu
ajustamento escolar.
Os professores têm de participar do processo que
esses jovens vivenciam, considerando suas
necessidades e limitações
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DE DOENÇA CRÔNICA
18. Devido a sua condição, o adolescente com doença
crônica precisa de aprovação do grupo para a
construção e reafirmação de uma auto-imagem
positiva.
Surge o medo de não ser aceito pelo grupo.
“ninguém gosta de mim na escola (...) as meninas
... elas fica cochichando de mim, falando, eu odeio
isso (...) Ah, senti que não tinha mais ninguém.”
O ADOLESCENTE PORTADOR
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19. Não agrada ao adolescente comentários sobre sua
aparência física e problemas de saúde; desejam
ser vistos como pessoas “normais”, não com o
estigma de doente.
O estar doente é negativo e compreende ser
nocivo, indesejável e socialmente desvalorizado.
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DE DOENÇA CRÔNICA
20. A interação que os adolescentes estabelecem com
a equipe de saúde, pode modificar suas respostas
e auxiliá-los frente à situação da doença,
minimizando consequências negativas e tornando-
os resilientes diante das limitações e tratamento
que a doença impôs.
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DE DOENÇA CRÔNICA
21. Doença crônica, com altos percentuais de
insucessos terapêuticos e de recidivas, com sérias
repercussões orgânicas e psicológicas.
A chance do adolescente obeso permanecer obeso
na idade adulta é muito grande, aumentando a
morbimortalidade para diversas doenças.
O profissional deve identificar adolescentes com
predisposição à obesidade e tomar medidas
efetivas de controle.
OBESIDADE:
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22. DIABETES:
Doença crônica caracterizada pelo excesso de
glicose no sangue e produção deficiente de
insulina pelo pâncreas.
O Diabetes mellitus Tipo 1 (insulino-dependente)
desenvolve-se, com maior frequência em crianças
e adolescentes.
Os adolescentes com diabetes indicam algumas
dificuldades com a doença, como faltas à escola
para ir a consultas médicas, mas não consideraram
ter seu cotidiano modificado.
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23. CÂNCER:
No Brasil, entre as doenças crônicas, o câncer se
constitui na terceira maior causa de morte
infantojuvenil, perdendo somente para as mortes
violentas (acidentes, homicídios).
O diagnóstico da doença é visto pelas famílias como
uma catástrofe, provocando sentimentos de angústia e
incerteza.
É de fundamental importância que a Enfermagem
reconheça o seu papel na produção de conhecimento
na área oncológico-pediátrica-hebiátrica.
O ADOLESCENTE PORTADOR
DE DOENÇA CRÔNICA
24. REFERÊNCIAS
Vieira M.A., Lima R.A.G. Crianças e adolescentes com doença crônica:
convivendo com mudanças. Rev Latino-am Enfermagem 2002 julho-agosto;
10(4):552-60.
Oliveira V.Z., Gomes W.B., Comunicação médico-paciente e adesão ao
tratamento em adolescentes portadores de doenças orgânicas crônicas.
Estud. psicol. 2004, 9(3), 459-469
Anders J.C., Souza A.I.J., Crianças e adolescentes sobreviventes ao
câncer:desafios e possibilidades. Cienc. cuid. saude. 2009
jan/mar;8(1):131-7.
Escrivão, M.A.M.S. et al. Obesidade exógena na infância e na
adolescência. J Pediatr (Rio J) 2000;76(Supl.3):s305-s10.
Santos, J.R., Enumo, S.R.F., Adolescentes com Diabetes mellitus tipo 1:
seu cotidiano e enfrentamento da doença. Psicol. Reflex. Crit. 2003, vol.16,
n.2, pp. 411-425.