Este documento discute o conforto luminoso e sistemas de iluminação. Ele explica que o conforto é a interpretação subjetiva de estímulos físicos e define os objetivos da iluminação como visibilidade, segurança e ambientação. Também descreve sistemas de iluminação geral, localizada e de tarefa, e discute como a temperatura da luz afeta a percepção das cores.
3. Conforto Luminoso
Conforto é a interpretação
de estímulos objetivos,
físicos e facilmente
quantificáveis, por meio de
respostas fisiológicas
(sensações) e de emoções,
com caráter subjetivo e de
difícil avaliação
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4. Objetivos da Iluminação
1. Obter boas condições
de visão associadas à
visibilidade, segurança e
orientação dentro de
um determinado
ambiente.
“Luz da razão” (Fig. 4);
Associado com atividades
laborativas e produtivas.
2. Principal instrumento de
ambientação do espaço –
criação de efeitos
especiais com a própria luz
ou no destaque de objetos
e superfícies do próprio
espaço.
2. “Luz da emoção” (Fig. 5);
3. Associado com atividades
não laborativas, não
produtivas, de lazer, estar
e religiosas.
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6. Sistemas de Iluminação
Iluminação Geral:
Distribuição aprox.
regular das luminárias
pelo teto;
Iluminação horizontal de
um certo nível médio;
Uniformidade
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7. Sistemas de Iluminação
Iluminação Geral:
Vantagens:
Maior flexibilidade –
layout;
Desvantagens:
Não atende à
necessidades específicas
de locais que exigem
maiores níveis de
iluminância;
Em alguns casos geram
ofuscamento (pela visão
direta da fonte de luz).
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8. Sistemas de Iluminação
Iluminação localizada:
Concentra-se a luminária
em locais de principal
interesse (áreas restritas
de trabalho).
Asseguram iluminação
geral suficiente para
eliminar fortes
contrastes,
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9. Sistemas de Iluminação
Iluminação localizada:
Vantagens:
Maior economia de
energia;
Posicionamento (evitam
ofuscamento, sombras
indesejáveis e reflexões
veladoras);
Consideram necessidades
individuais.
Desvantagens:
Dificuldade para futura
mudança de layout
Normalmente exigem
complementação via
sistema geral.
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10. Sistemas de Iluminação
Iluminação de tarefa:
Luminárias próximas de
tarefa visual e do plano
de trabalho;
Iluminam uma área muito
pequena.
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11. Sistemas de Iluminação
Iluminação de tarefa:
Vantagens:
Maior economia de
energia;
Maior controle dos
efeitos luminotécnicos;
Desvantagens:
Deve ser complementada
por outro tipo de
iluminação;
Menor flexibilidade para
alteração da disposição
dos planos de trabalho.
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12. Radiação Solar e Luz
Uma fonte de radiação emite ondas eletromagnéticas com diferentes comprimentos
de onda. A radiação solar tem três espectros principais desta radiação: o infravermelho
- responsável pela sensação de calor - o espectro visível, ou luz, e o ultravioleta –
responsável pelo efeito higiênico da radiação (pois mata bactérias e fungos), pela
despigmentação de alguns tipos de tecidos, pelo bronzeamento da pele, etc
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13. Se perguntarmos para um leigo no assunto, como uma
criança, por exemplo, sobre o que mais atrai a sua atenção
em um filme de animação da Disney ou Dreamworks, ela
certamente responderá que são as cores.
Na verdade, o que torna as cores atraentes em um filme
qualquer é a iluminação utilizada nas cenas. Não importa
se o filme é uma animação como Madagascar ou um épico
de aventura como Indiana Jones, a iluminação é a chave
para o expectador ser atraído para dentro da fantasia
proposta no filme.
Mas se meu objetivo é obter cores atraentes, por que devo
me preocupar com a iluminação? Não basta simplesmente
usar cores bonitas?
A resposta para esta pergunta infelizmente é não.
O Fenômeno das Cores
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14. As cores não são nada mais que um fenômeno óptico provocado pela ação dos feixes de luz
sobre as células da retina que por sua vez é capaz de processar 3 frequências de luz que
correspondem respectivamente ao Vermelho, ao Verde e ao Azul. Em outras palavras, nossos
olhos funcionam pelo “sistema aditivo”, também conhecido como RGB.
Neste processo, o nosso cérebro pinta dinamicamente a cena que estamos vendo com base
nas frequências presentes nos feixes de luz recebidos pela retina.
A variação dos feixes de luz é provocado pela pigmentação encontrada nos objetos (como tinta
por exemplo ) que filtram a luz e devolvem para a retina as frequências da cor. Este processo
de filtragem é o “sistema subtrativo”, também conhecido como CMY.
O Fenômeno das Cores (2)
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15. Neste processo, os feixes de luz, possuindo uma “frequência pura” são filtrados pelos mais
diversos pigmentos e massas presentes nos objetos da cena que estamos vendo e em seguida
devolvidos para nossa retina filtrados em frequências diferentes. A retina, por sua vez, envia
para o cérebro as coordenadas corretas para que possa ser efetuada a coloração da cena.
Estas frequências de luz são chamadas de “temperatura da luz” ou “temperatura das cores”.
Para entender melhor a necessidade de uma boa iluminação precisamos conhecer um pouco
sobre a “temperatura das cores”, que é um conceito largamente utilizado pelas empresas
cinematográficas.
O Fenômeno das Cores (2)
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16. Sensibilidade do Olho Humano
O olho humano possui diferentes sensibilidades para a luz. Durante o dia, nossa
maior percepção se dá para o comprimento de onda de 550 nm, correspondente às
cores amarelo- esverdeadas. Já durante a noite, para o de 510 nm, correspondente
às cores verdes azuladas.
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17. Luz e Cores
Da mesma forma que surgem
diferenças na visualização das
cores ao longo do dia
(diferenças da luz do sol ao
meio-dia e no crepúsculo), as
fontes de luz artificiais também
apresentam diferentes
resultados.
As lâmpadas incandescentes,
por exemplo, tendem a
reproduzir com maior
fidelidade as cores vermelha e
amarela do que as cores verde
e azul, aparentando ter uma
luz mais “quente”.
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18. Temperatura da Luz
O homem bacana da foto chama-se
William Thomson. Ele foi um físico-
matemático britânico que viveu no século
XIX e é considerado o líder das ciências
físicas do seu tempo.
Suas façanhas foram tão importantes que
ele foi elevado a Barão em 1892,
passando a ser conhecido mundialmente
como Barão Kelvin.
Entre as contribuições de Thomson, a
mais importante é a que nos interessa.
Ele desenvolveu a escala Kelvin que serve
para medir a temperatura absoluta da luz
(onde o Zero Absoluto, ou Zero Kelvin é
definido como 0 K, que equivale a -273,15
graus Celsius). O “Kelvin”, ou “K” é uma
“unidade de medida” e sendo assim não
utiliza os prefixos “grau” ou “graus”.
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19. Temperatura da Luz (2)
Tudo o que é aquecido produz
energia e com base nisso,
Thomson descobriu que ao
aquecer um objeto qualquer até
atingir a medida de 973,3 K (
equivalente a 700 graus Celsius )
a energia produzida começa a
emitir uma luz vermelha escura.
A frequência desta luz vai
variando de cor conforme a
intensidade da energia,
formando uma matiz de cores
que definem a temperatura da
luz.
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20. Temperatura da Luz (3)
A frequência desta luz vai
variando de cor conforme a
intensidade da energia,
formando uma matiz de
cores que definem a
temperatura da luz.
Essas variações são
chamadas de “espectro
visível da luz”, ou
simplesmente de “cores
espectrais da luz”.
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21. Impacto da Escala Kevin
Tipos diferentes de luz podem mudar totalmente a
coloração da cena, criando ambientes diferenciados.
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22. Impacto da Escala Kevin (2)
A temperatura das cores tem importância fundamental
tanto na criação de ilustrações como na animação.
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23. Usando a escala Kelvin para medir a temperatura da luz em
ambientes reais, encontraremos diferenças bruscas de
temperatura na comparação entre ambientes interiores (dentro
de casa) e exteriores. Isso acontece por diversos fatores como
rebatimentos de luz, reflexos, efeitos atmosféricos, etc.
Como uma solução para este inconveniente, usamos a média de
variação para chegar a um resultado mais preciso.
Por exemplo, os ambientes exteriores em um dia comum variam
entre 4500 K e 6200 K, sendo assim, usamos a média desta
variação que seria 5600 K.
Também os ambientes interiores com luz incandescente, variam
entre 2800 K e 3400 K, sendo a média de 3200 K. Com luz
fluorescente, os interiores podem variar entre 4000 K e 7000 K,
sendo a média de 4300 K.
Impacto da Escala Kevin (3)
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24. Impacto da Escala Kevin (3)
Usando a escala Kelvin para medir a
temperatura da luz em ambientes reais,
encontraremos diferenças bruscas de
temperatura na comparação entre
ambientes interiores (dentro de casa) e
exteriores. Isso acontece por diversos
fatores como rebatimentos de luz,
reflexos, efeitos atmosféricos, etc.
Como uma solução para este
inconveniente, usamos a média de
variação para chegar a um resultado mais
preciso.
Por exemplo, os ambientes exteriores
em um dia comum variam entre 4500 K e
6200 K, sendo assim, usamos a média
desta variação que seria 5600
K. Também os ambientes interiores com
luz incandescente, variam entre 2800 K e
3400 K, sendo a média de 3200 K. Com
luz fluorescente, os interiores podem
variar entre 4000 K e 7000 K, sendo a
média de 4300 K.
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25. Exemplos Reais de Temperatura
Temperatura = 1.200K (fogo).
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26. Exemplos Reais de Temperatura
Temperatura = 1.400K (vela).
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27. Exemplos Reais de Temperatura
Temperatura = 1.700K (vela).
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28. Exemplos Reais de Temperatura
Temperatura = 1.800K (vela - violino).
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29. Exemplos Reais de Temperatura
Temperatura = 2.700K (lâmpada incandescente 40W).
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30. Exemplos Reais de Temperatura
Temperatura = 3.000 K (lâmpada incandescente).
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31. Exemplos Reais de Temperatura
Temperatura = 4.000 K (lâmpada branca quente).
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32. Exemplos Reais de Temperatura
Temperatura = 4.700 K (lâmpada branca fria).
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33. Exemplos Reais de Temperatura
Temperatura = 6.000 K (lâmpada base de Mercúrio).
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34. Exemplos Reais de Temperatura
Temperatura = 6.500 K (lâmpada “Luz do Dia”).
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35. Exemplos Reais de Temperatura
Temperatura = 9.000 K (céu aberto).
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36. Exemplos Reais de Temperatura
Temperatura = 12.000 K (céu aberto).
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37. Exemplos Reais de Temperatura
Temperatura = 25.000 K (céu aberto, pólo norte).
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38. Índice IRC
A cor de um objeto é
determinada pela
reflexão de parte do
espectro de luz que
incide sobre ele. Isso
significa que uma boa
Reprodução de Cor está
diretamente ligada à
qualidade da luz
incidente, ou seja, à
distribuição equilibrada
das ondas constituintes
do seu espectro.
Reprodução de
Cor
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40. Tonalidade da Cor
Do ponto de vista psicológico,
quando dizemos que um sistema de
iluminação apresenta luz “quente”
não significa que a luz apresenta uma
maior temperatura de cor, mas sim
que a luz apresenta uma tonalidade
mais amarelada. Um exemplo deste
tipo de iluminação é a utilizada em
salas de estar, quartos ou locais onde
se deseja tornar um ambiente mais
aconchegante.
Da mesma forma, quanto mais alta
for a temperatura de cor, mais “fria”
será a luz (figs. 44 e 45). Um exemplo
deste tipo de iluminação é a utilizada
em escritórios, cozinhas ou locais em
que se deseja estimular ou realizar
alguma atividade laborativa.
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41. Tom da Cor x Luminância
Um dos requisitos para o conforto visual é a utilização da iluminação
para dar ao ambiente o aspecto desejado. Sensações de aconchego ou
estímulo podem ser provocadas quando se combinam a Tonalidade de
Cor correta da fonte de luz ao nível de Iluminância pretendido
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42. Tom da Cor x Luminância
Estudos subjetivos afirmam que para Iluminâncias mais elevadas são
requeridas lâmpadas de temperatura de cor mais elevada também.
Chegou- se a esta conclusão baseando-se na própria natureza, que ao
reduzir a luminosidade (crepúsculo), reduz também sua temperatura
de cor.
A ilusão de que a tonalidade de cor mais clara ilumina mais, leva ao
equívoco de que, com as “lâmpadas frias”, precisa- se de menos luz.
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43. a) Levantamento das atividades do local, de suas dimensões físicas, de
seu layout, dos materiais utilizados e das características da rede
elétrica no local (dados iniciais do projeto);
b) Determinação dos objetivos da iluminação e dos efeitos que se
pretende alcançar em função da(s) atividade(s) a ser(em) exercida(s)
no ambiente (definidos principalmente em função dos sistemas de
iluminação a serem adotados);
c) Escolha das lâmpadas (em função de todos os demais itens desta
relação);
d) Escolha das luminárias (em função de todos os demais itens desta
relação);
e) Análise dos Fatores de Influência na Qualidade da Iluminação
(relacionados, principalmente, à definição dos níveis de iluminância,
das relações de luminância–contrastes, do IRC e da Temperatura de
Cor);
Etapas Projeto Luminotécnico
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44. f) Cálculo da iluminação geral (Método das Eficiências);
g) Cálculo de controle;
h) Distribuição da luminária;
i) Definição dos pontos de iluminação;
j) Cálculo de iluminação dirigida;
k) Avaliação do consumo energético;
l) Avaliação de custos;
m) Cálculo de rentabilidade.
Etapas Projeto Luminotécnico
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45. Os principais aplicativos na área de luminotécnica são:
1 • RADIANCE : http://radsite.lbl.gov/radiance
2 • AGi32: http://www.agi32.com
3 • LUMEN DESIGN: http://www.lighting-technologies.com
4 • ECOTECT: http://www.squ1.com
5 • RELUX: http://www.relux.biz
6 • DIALUX: http://www.dial.de
7 • SOFTLUX: http://www.itaim.ind.br
Obs: os 4 primeiros são pagos. Os 3 últimos gratuitos.
Software
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