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Universidade Católica Portuguesa
                Porto, 22FEV2013
                      Vitor Alaiz,
           vitoralaiz@gmail.com



                                     1
Era uma vez…
…um docente,
amigo crítico, …

                   2
Avaliação?




             http://www.radiodramarevival.com/wp-
             content/uploads/2009/06/mblogoo.jpg
A bala de prata da eficácia educacional




                                                        Scheerens, 2004
          http://rickdunham.com/wp-content/uploads/2012/02/iStock_000011080836XSmall.jpg
-Ajuste de contas!!!
O RESISTENTE À
                               AVALIAÇÃO
                             (o mau da fita)



O AVALIADOR
   (o bom)




              http://tomstock.photoshelter.com/img/pixel.gif
Capítulo I



Projeto    Projeto
 Piloto   Qualidade    …
Europeu      XXI
• Ganhei alguma experiência,
• conheci alguns métodos,
• que me permitiram definir uma
  sequência de passos de organização da
  auto-avaliação da escola,
• Mas começando por algumas questões
  prévias dado que o problema nº 1 se
  revelou, nessa altura, o do take off, da
  descolagem
Por onde
começar?
           9
Questões
            prévias:
Onde queremos ir?
Quando queremos lá chegar?
Com quem?
Como?
                             10
Onde queremos
       chegar?

Várias alternativas se colocam:


    – Prestar contas a…
    – Melhorar a escola           11
Quando
   queremos
   chegar lá?
– Em Set 2013?
– Em Julho 2014?
                   12
Quanto
   tempo?
– Um ano lectivo?
– Dois anos?
                    13
Ao nível da:
           coordenação
           acção
           recepção


  Quem nos
acompanhará?             14
Como fazer?                                             Divulgar a avaliação


                                              Interpretar os resultados


                                       Tratar e analisar os dados


                            Recolher a informação

                     Referencializar

           Traçar o plano
                                              (Alaiz, Góis e Gonçalves, 2003, adaptado)


                                                                               15
Iniciar o processo
Equipa de Avaliação                         Como se faz? - 1
 • Mandato (duração, etc.)
 • Conteúdo da função


                     Grupo de Focagem


                                 Publicitação do
                                 processo de avaliação



   Iniciar                   Escolha de um amigo crítico
o processo - I                                                  16
Inventariar práticas de                   Como se faz? - 2
        avaliação

               Analisar:
               • campo de forças,
               • perspectivas dos stakeholders



                             Perfil da escola



    Iniciar
                         Questões de avaliação
o processo - II
                                                               17
Como se faz? - 3
     Seleccionar técnicas de
     recolha de informação



                        Planear (calendarizar, ..)
                         as tarefas de avaliação




           Traçar o plano
Iniciar o processo                                       18
Como se faz? - 4
        FONTES:
        • Normativas
        • Teóricas
                        PROCESSO:
                        • Participado
                        • múltiplos intervenientes:
                            • Direcção da Escola
                            • Assembleia de Escola
                            • Docentes
                             => Comunidade educativa


                        PRODUTO:
      Referencializar    Referente específico
                           • Dimensões, áreas
    Traçar o plano         • Indicadores + Descritores
                                                            19
Iniciar o processo
Como se faz? - 5

                          Rigor ético
                          • Respeito pelos      Rigor científico:
                          respondentes          • Validade e fiabilidade
                                                •Triangulação




                                 Tratar e analisar os dados

                          Recolher a informação
               Referencializar
         Traçar o plano
                                                                         20
Iniciar o processo
Como se faz? - 6




                                             Quem?    Como?




                                    Divulgar a avaliação
                         Interpretar os resultados
                Tratar e analisar os dados
             Recolher a informação
          Referencializar
      Traçar o plano                                                          21
Iniciar o processo
Avaliação

  Divulgar a avaliação

Interpretar os resultados

Tratar e analisar os dados
                                  Decisão
 Recolher a informação

     Referencializar

     Traçar o plano

    Iniciar o processo
                             Plano de melhoria

                             Acção
                                                 22
QUALIDADE da AVALIAÇÃO

      Comunicar                                                               Planear
      a avaliação                                                            a avaliação


                     UTILIDADE                                EXEQUIBILIDADE




                        RIGOR                                 LEGITIMIDADE




                    Tratar                                                Recolher
                a informação                                            a informação



4MARÇO2005
                       Meta-avaliação
                       Avaliação das Organizações Escolares                                23
- O estado a que isto
           chegou…
Uma visão impressionista…

              Diversidade




     Espaço
                            Juventude
      vazio
                                   (Alaiz, 2009)   25
Resultados da auto-avaliação
 Em algumas escolas, grande empenhamento de
 alguns professores, incluindo diretores
   (e, por vezes, de alguns outros membros da comunidade educativa)

 Relatórios de boa qualidade técnica
 Mas,
 Reduzido impacto da auto-avaliação:
       Relatórios que ninguém lia;
       Inconsequência em termos de tomada de decisão;
       Rotinas organizacionais mantidas intactas;
       Frustração dos membros das equipas de auto-avaliação

                                                                       26
Do relatório de 2011 da IGE
- Resolver os dilemas,
ultrapassar os problemas
Resolver os dilemas,
      ultrapassar os problemas
Princípio


Meio


Fim
Princípio – 1º
1º

            ATITUDE

Princípio



              2º …
Atitudes diferentes, opostas:
É necessário avaliar a Escola?




  Não               Sim
É necessário avaliar a Escola?
           NÃO!!!
       Há muitas razões
    para não fazer avaliação
52
 razões
para não
  fazer
avaliação



            Segone, M.
            (Ed.). (2006).
            New Trends in
            Development
            Evaluation:
            Unicef-CEE-
            CIS/IPEN.
http://www.preval.info/programa/wp-content/uploads/2008/08/011-segone-evaluacion-democratica1.pdf
É necessário avaliar a Escola?



                Há interesses que
 SIM            legitimam ou
                exigem a avaliação
Necessidade de quem?
A que nível?   Exemplo   Designação

.

.

.
.
Necessidade de quem?
Nível           Exemplo       Designação
                OCDE? UE?
Internacional                 Macro 2 (mega)
                BM? UNESCO?
Necessidade de quem?
Nível           Exemplo       Designação
                OCDE? UE?
Internacional                 Macro 2 (mega)
                BM? UNESCO?
                Ministério?
Nacional                      Macro 1
                Governo?
Necessidade de quem?
Nível            Exemplo       Designação
                 OCDE? UE?
Internacional                 Macro 2 (mega)
                 BM? UNESCO?
                 Ministério?
Nacional                      Macro 1
                 Governo?
                 Escola?
Organizacional                Meso
                 Agrupamento?
Necessidade de quem?
Nível            Exemplo           Designação
                 OCDE? UE?
Internacional                      Macro 2 (mega)
                 BM? UNESCO?
                 Ministério?
Nacional                           Macro 1
                 Governo?
                 Escola?
Organizacional                     Meso
                 Agrupamento?
                 Professor? Pai?
Individual                         Micro
                 Autarca?
Princípio – 2º
REFERENCIAL
             MODELO


Princípio



            ATITUDE
MODELO ?
            Estruturados



Contingenciais
MODELO ?
              Origem
            empresarial


 Origem
académica
Duas concepções do objecto Escola,
     dois modelos de avaliação interna

Escola                 Escola
   = EMPRESA              = organização
                             específica

Modelos estruturados    Modelos contingenciais

  ISO, EFQM,            Projecto Piloto Europeu
                          Projecto Qualidade XXI
     CAF
                                                   58
Fontes do referencial
Nacionais:
    Objetivos gerais (Constituição, Lei de Bases,…)
    Objetivos específicos: Lei 31/2002
    Referencial da IGE

 Locais:
     Projeto educativo
Teóricas:
    Modelos: CIPP, McBeath, AVES, …
    Conceito de Escola                           59
CIPP        Stufflebeam

CONTEXTO


                          PRODUTO
           PROCESSO
  INPUT




                                    60
Utilidade do modelo CIPP


O modelo CIPP
  “é o esquema analítico mais
   adaptado para sistematizar a
  reflexão sobre os indicadores
          da educação”
                          (Scheerens, 2004: 95)
                                            61
62
63
Um modelo sistémico básico do
      funcionamento da escola
                 Contexto



inputs       Processos         outputs



              Nível escola
                               Scheerens, 2005
               Nível sala
                de aula
                                                 64
Auto-avaliação de escolas


Meio
Método ?
             Número

  Palavra,
   imagem
Método ?
           Medição

 Oralidade,
  escrita
Método: técnicas ?
                          Questionários,
                           indicadores,
                            estatísticas

  Observação, pesquisa documental,
    grupos de discussão, narrativas,
incidentes crít., descritores, metáforas
Medição: pressão internacional

           • Estratégia de Lisboa
  UE       • Objectivos educ (12v indicadores)



           • Education at a Glance,
OCDE       • PISA



           • Objectivos do Milénio
UNESCO     • EFA, Educação de Qualidade para todos
Medição: pressão internacional

 Banco    • Monitoramento e Avaliação
Mundial   • Projectos de apoio ao desenv

          • UNICEF
 ONU      •…

          • Projectos de desenvolv
 ONGs     •…
Medição: política educativa nacional

 Lei 31/2002, Avaliação
      externa (IGE)       •…

     Avaliação de
 Desempenho Docente
                          •…


    Metas dos TEIP,
Contratos de autonomia,   •…
    Programa 2015
Medição = reducionismo,
         a crítica dos teóricos
• Sociologia da Educação:
  – UK: Governing by numbers
  – França: Gouverner par les instruments
  – Portugal:
     • Paradigma contábil
     • Licínio Lima, A. J. Afonso, Univ. Minho
Método: alternativa à medição?


                     …

    Diálogo,
    narrativa
Método:
 Número

            Pluralismo
           metodológico

 Palavra
Auto-avaliação de escolas


Fim
Finalidade?
                   Eficácia

    Desenvolver:
pessoas + organização
Questão

            • Indicadores, metas
 Eficácia   • Ciclos de gestão



Desenvol-   • Comunicação
 vimento
Ciclos de auto-avaliação e
         melhoria

  Alguns exemplos
P            D
   Plan         Do
(Planejar)   (Executar)




   A            C
 Action        Check
(Corrigir)    (Checar)
Múltiplas Rampas de ciclo PDSA
http://www.riosalado.edu/intranet/marketing/pdca/spiralImproCycle.png
http://www.neirtec.org/products/evaluation_guide/neirtec_evalguide.pdf
Avaliação = Comunicação


 Relatório    Sumário
                            Folheto
             executivo
                           1 a 2 págs
 100 págs.   5 a 10 págs
Resolvidos os problemas…

                         AVALIAÇÃO
                             DE
                         QUALIDADE
Princípio   Meio   Fim        +
                          Melhoria
                          eficaz da
                           escola
- O ajuste de contas…
Acabar com a linearidade causal




                                  88
Copérnico: uma inspiração?




  Uma revolução coperniciana
Começar pelo fim…

               Que
              uso da
       Fim
             avaliação
                 ?
Acabar de vez com…

• … linearidade causal
• … modelo mecanicista de gestão
• … uniformidade da avaliação
• … paradigma positivista
Optar por…
• Paradigma da complexidade
  – (As escolas são organizações complexas,
    repletas de repetição, rotina, mas também
    de incerteza, imprevisibilidade, …)
• Causalidade complexa
• Modelo de gestão do caos
USO DA AVALIAÇÃO

               SIMBÓLICO



INSTRUMENTAL               CONCEPTUAL




                USO DA
               AVALIAÇÃO
USO, DESUSO, ABUSO
USO, DESUSO, ABUSO
Identificação dos
utilizadores prioritários
         Profes

    …?            Pais



    Funcion   Alunos
The personal factor..
• “There are 5 key variables that
  are absolutely critical in
  evaluation use. ...”
          • (Patton, 2012, p.61)
The personal factor..
• “There are 5 key variables that
  are absolutely critical in
  evaluation use. They are, in order
  of importance: people, people,
  people, people, people.”
          • (Patton, 2012, p.61)
-Narrar as vitórias
ONG: Most Significant Change
Método ?
A mudança mais significativa…
Registar os aspetos positivos
• Histórias de sucesso:
  – De professores
  – De alunos (contadas pelos próprios…)
  – De pessoal auxiliar
  – …
• Estratégias que funcionam
Um instrumento?

• Uma folha A4 para cada professor
  contar uma história de sucesso

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  • 1. Universidade Católica Portuguesa Porto, 22FEV2013 Vitor Alaiz, vitoralaiz@gmail.com 1
  • 2. Era uma vez… …um docente, amigo crítico, … 2
  • 3. Avaliação? http://www.radiodramarevival.com/wp- content/uploads/2009/06/mblogoo.jpg
  • 4. A bala de prata da eficácia educacional Scheerens, 2004 http://rickdunham.com/wp-content/uploads/2012/02/iStock_000011080836XSmall.jpg
  • 6. O RESISTENTE À AVALIAÇÃO (o mau da fita) O AVALIADOR (o bom) http://tomstock.photoshelter.com/img/pixel.gif
  • 7. Capítulo I Projeto Projeto Piloto Qualidade … Europeu XXI
  • 8. • Ganhei alguma experiência, • conheci alguns métodos, • que me permitiram definir uma sequência de passos de organização da auto-avaliação da escola, • Mas começando por algumas questões prévias dado que o problema nº 1 se revelou, nessa altura, o do take off, da descolagem
  • 10. Questões prévias: Onde queremos ir? Quando queremos lá chegar? Com quem? Como? 10
  • 11. Onde queremos chegar? Várias alternativas se colocam: – Prestar contas a… – Melhorar a escola 11
  • 12. Quando queremos chegar lá? – Em Set 2013? – Em Julho 2014? 12
  • 13. Quanto tempo? – Um ano lectivo? – Dois anos? 13
  • 14. Ao nível da: coordenação acção recepção Quem nos acompanhará? 14
  • 15. Como fazer? Divulgar a avaliação Interpretar os resultados Tratar e analisar os dados Recolher a informação Referencializar Traçar o plano (Alaiz, Góis e Gonçalves, 2003, adaptado) 15 Iniciar o processo
  • 16. Equipa de Avaliação Como se faz? - 1 • Mandato (duração, etc.) • Conteúdo da função Grupo de Focagem Publicitação do processo de avaliação Iniciar Escolha de um amigo crítico o processo - I 16
  • 17. Inventariar práticas de Como se faz? - 2 avaliação Analisar: • campo de forças, • perspectivas dos stakeholders Perfil da escola Iniciar Questões de avaliação o processo - II 17
  • 18. Como se faz? - 3 Seleccionar técnicas de recolha de informação Planear (calendarizar, ..) as tarefas de avaliação Traçar o plano Iniciar o processo 18
  • 19. Como se faz? - 4 FONTES: • Normativas • Teóricas PROCESSO: • Participado • múltiplos intervenientes: • Direcção da Escola • Assembleia de Escola • Docentes => Comunidade educativa PRODUTO: Referencializar Referente específico • Dimensões, áreas Traçar o plano • Indicadores + Descritores 19 Iniciar o processo
  • 20. Como se faz? - 5 Rigor ético • Respeito pelos Rigor científico: respondentes • Validade e fiabilidade •Triangulação Tratar e analisar os dados Recolher a informação Referencializar Traçar o plano 20 Iniciar o processo
  • 21. Como se faz? - 6 Quem? Como? Divulgar a avaliação Interpretar os resultados Tratar e analisar os dados Recolher a informação Referencializar Traçar o plano 21 Iniciar o processo
  • 22. Avaliação Divulgar a avaliação Interpretar os resultados Tratar e analisar os dados Decisão Recolher a informação Referencializar Traçar o plano Iniciar o processo Plano de melhoria Acção 22
  • 23. QUALIDADE da AVALIAÇÃO Comunicar Planear a avaliação a avaliação UTILIDADE EXEQUIBILIDADE RIGOR LEGITIMIDADE Tratar Recolher a informação a informação 4MARÇO2005 Meta-avaliação Avaliação das Organizações Escolares 23
  • 24. - O estado a que isto chegou…
  • 25. Uma visão impressionista… Diversidade Espaço Juventude vazio (Alaiz, 2009) 25
  • 26. Resultados da auto-avaliação  Em algumas escolas, grande empenhamento de alguns professores, incluindo diretores  (e, por vezes, de alguns outros membros da comunidade educativa)  Relatórios de boa qualidade técnica  Mas,  Reduzido impacto da auto-avaliação:  Relatórios que ninguém lia;  Inconsequência em termos de tomada de decisão;  Rotinas organizacionais mantidas intactas;  Frustração dos membros das equipas de auto-avaliação 26
  • 27. Do relatório de 2011 da IGE
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34. - Resolver os dilemas, ultrapassar os problemas
  • 35. Resolver os dilemas, ultrapassar os problemas Princípio Meio Fim
  • 37. ATITUDE Princípio 2º …
  • 38. Atitudes diferentes, opostas: É necessário avaliar a Escola? Não Sim
  • 39. É necessário avaliar a Escola? NÃO!!! Há muitas razões para não fazer avaliação
  • 40. 52 razões para não fazer avaliação Segone, M. (Ed.). (2006). New Trends in Development Evaluation: Unicef-CEE- CIS/IPEN.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 46.
  • 47.
  • 48. É necessário avaliar a Escola? Há interesses que SIM legitimam ou exigem a avaliação
  • 49. Necessidade de quem? A que nível? Exemplo Designação . . . .
  • 50. Necessidade de quem? Nível Exemplo Designação OCDE? UE? Internacional Macro 2 (mega) BM? UNESCO?
  • 51. Necessidade de quem? Nível Exemplo Designação OCDE? UE? Internacional Macro 2 (mega) BM? UNESCO? Ministério? Nacional Macro 1 Governo?
  • 52. Necessidade de quem? Nível Exemplo Designação OCDE? UE? Internacional Macro 2 (mega) BM? UNESCO? Ministério? Nacional Macro 1 Governo? Escola? Organizacional Meso Agrupamento?
  • 53. Necessidade de quem? Nível Exemplo Designação OCDE? UE? Internacional Macro 2 (mega) BM? UNESCO? Ministério? Nacional Macro 1 Governo? Escola? Organizacional Meso Agrupamento? Professor? Pai? Individual Micro Autarca?
  • 55. REFERENCIAL MODELO Princípio ATITUDE
  • 56. MODELO ? Estruturados Contingenciais
  • 57. MODELO ? Origem empresarial Origem académica
  • 58. Duas concepções do objecto Escola, dois modelos de avaliação interna Escola Escola = EMPRESA = organização específica Modelos estruturados Modelos contingenciais ISO, EFQM, Projecto Piloto Europeu Projecto Qualidade XXI CAF 58
  • 59. Fontes do referencial Nacionais: Objetivos gerais (Constituição, Lei de Bases,…) Objetivos específicos: Lei 31/2002 Referencial da IGE Locais: Projeto educativo Teóricas: Modelos: CIPP, McBeath, AVES, … Conceito de Escola 59
  • 60. CIPP Stufflebeam CONTEXTO PRODUTO PROCESSO INPUT 60
  • 61. Utilidade do modelo CIPP O modelo CIPP “é o esquema analítico mais adaptado para sistematizar a reflexão sobre os indicadores da educação” (Scheerens, 2004: 95) 61
  • 62. 62
  • 63. 63
  • 64. Um modelo sistémico básico do funcionamento da escola Contexto inputs Processos outputs Nível escola Scheerens, 2005 Nível sala de aula 64
  • 66. Método ? Número Palavra, imagem
  • 67. Método ? Medição Oralidade, escrita
  • 68. Método: técnicas ? Questionários, indicadores, estatísticas Observação, pesquisa documental, grupos de discussão, narrativas, incidentes crít., descritores, metáforas
  • 69. Medição: pressão internacional • Estratégia de Lisboa UE • Objectivos educ (12v indicadores) • Education at a Glance, OCDE • PISA • Objectivos do Milénio UNESCO • EFA, Educação de Qualidade para todos
  • 70. Medição: pressão internacional Banco • Monitoramento e Avaliação Mundial • Projectos de apoio ao desenv • UNICEF ONU •… • Projectos de desenvolv ONGs •…
  • 71. Medição: política educativa nacional Lei 31/2002, Avaliação externa (IGE) •… Avaliação de Desempenho Docente •… Metas dos TEIP, Contratos de autonomia, •… Programa 2015
  • 72. Medição = reducionismo, a crítica dos teóricos • Sociologia da Educação: – UK: Governing by numbers – França: Gouverner par les instruments – Portugal: • Paradigma contábil • Licínio Lima, A. J. Afonso, Univ. Minho
  • 73. Método: alternativa à medição? … Diálogo, narrativa
  • 74. Método: Número Pluralismo metodológico Palavra
  • 76. Finalidade? Eficácia Desenvolver: pessoas + organização
  • 77. Questão • Indicadores, metas Eficácia • Ciclos de gestão Desenvol- • Comunicação vimento
  • 78. Ciclos de auto-avaliação e melhoria Alguns exemplos
  • 79. P D Plan Do (Planejar) (Executar) A C Action Check (Corrigir) (Checar)
  • 80. Múltiplas Rampas de ciclo PDSA
  • 83.
  • 84.
  • 85. Avaliação = Comunicação Relatório Sumário Folheto executivo 1 a 2 págs 100 págs. 5 a 10 págs
  • 86. Resolvidos os problemas… AVALIAÇÃO DE QUALIDADE Princípio Meio Fim + Melhoria eficaz da escola
  • 87. - O ajuste de contas…
  • 88. Acabar com a linearidade causal 88
  • 89. Copérnico: uma inspiração? Uma revolução coperniciana
  • 90. Começar pelo fim… Que uso da Fim avaliação ?
  • 91. Acabar de vez com… • … linearidade causal • … modelo mecanicista de gestão • … uniformidade da avaliação • … paradigma positivista
  • 92. Optar por… • Paradigma da complexidade – (As escolas são organizações complexas, repletas de repetição, rotina, mas também de incerteza, imprevisibilidade, …) • Causalidade complexa • Modelo de gestão do caos
  • 93. USO DA AVALIAÇÃO SIMBÓLICO INSTRUMENTAL CONCEPTUAL USO DA AVALIAÇÃO
  • 96. Identificação dos utilizadores prioritários Profes …? Pais Funcion Alunos
  • 97. The personal factor.. • “There are 5 key variables that are absolutely critical in evaluation use. ...” • (Patton, 2012, p.61)
  • 98. The personal factor.. • “There are 5 key variables that are absolutely critical in evaluation use. They are, in order of importance: people, people, people, people, people.” • (Patton, 2012, p.61)
  • 102. A mudança mais significativa…
  • 103. Registar os aspetos positivos • Histórias de sucesso: – De professores – De alunos (contadas pelos próprios…) – De pessoal auxiliar – … • Estratégias que funcionam
  • 104. Um instrumento? • Uma folha A4 para cada professor contar uma história de sucesso