1. CARTAS DECARTAS DE PAULOPAULO
AA TITO E FILEMONTITO E FILEMON
TODA A BÍBLIA EM UMTODA A BÍBLIA EM UM
ESTUDO 6 e 7
Tito 3.8
ESCOLA BÍBLICA VIRTUAL
CLASSE: A BÍBLIA EM UM ANO
PROFº: FRANCISCO TUDELA
PIBPENHA -SP
2. Penúltima carta de Paulo, escreveu-a de Nicópolis na
Macedônia (Tt 3.12), já livre da 1ª prisão em roma,
no ano 65 d.C.
3. Carta Pastoral
As cartas pastorais
tratam de conselhos
de Paulo a seus
filhos na fé, que
pastoreavam em
Éfeso (Timóteo) e na
Ilha de Creta (Tito).
Hoje são cartas úteis
a todos os pastores e
líderes espirituais.
4. Esmirna
Troas
Lesbos
Patmos
Corinto
ACAYA
MACEDONIA
Filipos
BITINIA Y
PONTO
---G
A
L A
C
I A
---
CAPADOCIA
ASIA
LISIA
Pátara
Perge
PANFILIA
Antioquía
De Pisidia
Iconio
Listra
Derbe
SIRIA
Tarso
Efeso
Tiatira
Laodicea
Colosas
Pérgamo
Filadelfia
Sardis
Antioquía
CILICIA
Creta
Creta é uma das maiores ilhas do Mar Mediterráneo, com 257
km de comprimento e 56 km de largura.
Cretenses que estiveram no Pentecostes em Jerusalém
ouviram o evangelho em sua própria lingua, o grego (At.2.11).
Tesalónica
Berea
Nicópolis
ILIRICO
(DALM
ACIA)
5. CONTEXTO
Nos tempos do NT a vida em Creta tinha se degradado,
chegado a um nível moral deplorável.
A má fama dos cretenses era proverbial.
Paulo, citando a este respeito o poeta cretence Epimênides
(600 aC), a quem chama de “profeta”, se expressa com
dureza inusitada em sua obra “Cretica”:
“Cretenses, sempre mentirosos, feras terríveis, ventres
preguiçosos” (1.12).
428 aC 399 aC 384 aC 300 aC 532 aC 287 aC
6. Epimênides
Era um dos poucos da sua época e região que criam em
apenas um deus e, segundo conta Diógenes Laertius,
quando houve a praga em Atenas fizeram-se muitos
holocaustos para "apaziguar a fúria dos deuses", que
passavam de 30 000, ou seja, tinham mais deuses em
estátuas nas ruas do que pessoas vivendo em Atenas.
Chamaram até sacerdotes egípcios e babilônicos para
resolver a praga, quando lembraram de Epimênides que
mostrou o erro de adorar deuses que não podem ajudar em
nada, e mandou que colocassem ovelhas no alto do
areópago que estas lhes mostrariam o local onde esse
Deus queria ser adorado.
As ovelhas desceram e andaram até um local onde não havia
nenhum tipo de idolatria, e ali artífices construíram um altar
e como não sabiam o "nome" desse deus, a mando de
Epimênides, talharam "o deus desconhecido" (como estácomo está
em At 17.22,23em At 17.22,23) e assim resolveram o problema da praga.
7. Quem era Tito
Crente de origem grega (Gl 2.3).
Convertido por Paulo. (1.4)
Não é mencionado no livro de Atos.
Auxiliou na oferta para os santos (1 Co 2.1-9;7.8-12;12.18) –
é mencionado 9 vezes na segunda carta aos Corintios.
Levou o relatório sobre a igreja em Corinto (2 Co 2.12,13; 7.5-
16) e a 2ª carta aos Corintios (2Co 8.16-24)
2Tm 4.10 Último relato sobre Tito: estava em Roma, na 2ª
prisão de Paulo, e de lá iria para a Dalmacia (hoje Croacia).
Tito estava familiarizado com os judaizantes, pois no ano 47
havia acompanhado Paulo e Barnabé ao Concilio de
Jerusalém onde esta heresia fora tema de discusão (Gl. 2.1).
8. PROPÓSITOS DA
CARTA:
1.5: "A razão de tê-lo deixado em Creta foi para que você
pusesse em ordem o que ainda faltava e constituísse
presbíteros em cada cidade, como eu o instruí.”
- Autorização e orientação para organizar a igreja e indicar
pastores;
- Autorização e orientação para enfrentar a oposição;
- Instruções a respeito da fé e da conduta cristã.
- Advertências a respeito dos falsos mestres;
- Informar a respeito dos seus planos para Tito.
Paulo enviou a carta por Zenas e Apolo, numa viagem que
incluía Creta no itinerário, a fim de entregá-la a Tito.
9. Estrutura da Carta
Introdução 1.1-4 (Paulo em geral se apresenta como servo
de Jesus, nesta carta como servo de Deus)
Tito deve apontar anciãos com as qualificações certas – 1.5-9
Heresia que ameaçava os cretenses – 1.10-16
Exortações sobre a responsabilidade da vida cristã:
Vida cristã no lar e nos círculos domésticos – 2.1-15
Vida cristã na sociedade – 3.1-8
Como tratar os hereges – 3.9-11
Solicitações de ordem pessoal – 3.12-15
10. Versículo chave:
“Em tudo seja você mesmo um
exemplo para eles, fazendo boas
obras. Em seu ensino mostre
integridade e seriedade” ( Tt 2.7)
12. PRESBÍTERO
Presbytes significa “idoso” e traz a conotação de autoridade.
Na antiga Esparta o corpo regente era chamado de gerousia
(que vem de geron “homem idoso”) e havia o senatus
Romano (que vem de senex).
Sabedoria e autoridade eram relacionadas à idade.
Os presbíteros também eram chamados “bispos” e lhes era
designado o trabalho de pastorear o rebanho de Deus
(compare com 1.5-7 e At 20.17 e 28).
Os termos bispo, ancião, pastor e presbítero são
equivalentes: significam aquele que preside.
13. Deus pesa o espírito. Será?
1.6,7 O caráter do pastor.
1.10 Líderes que não aceitam a direção doutrinária do pastor,
ficam de lá para cá, entrando e saindo de uma igreja para
outra assim que ouvem o que não queriam.
Paulo diz que esta insubordinação é pecaminosa.
1.11 Pastores que demonstram interesse financeiro doentio.
1.15 Ao fazer algo descaradamente errado diz que o fez com
bom coração, que o que vale é a intenção, e se justifica “Para
os puros, todas as coisas são puras”, isto é, “você é que tem
a mente suja e vê maldade nisso”, não é o ensino deste
versículo.
O contexto trata do legalismo judáico acrescido de praticas
acéticas (proibições e regras limitantes) e que Paulo critica.
14. JESUS CRISTO É DEUS!
2.2-10 A força do evangelho está no comportamento
diferente, o que chama a atenção.
2.12,13 Quem vive sem Deus tem um uma única lei para
atingir seus objetivos pessoais e egocêntricos, a lei de levar
vantagem, diferente de quem está disposto a abrir mão em
favor de um bem maior (o amor ao próximo).
2.13 Para aqueles que afirmam que Jesus Cristo não é Deus,
ou têm alguma dúvida, nesta passagem Paulo declara:
JESUS CRISTO É DEUS.
3.3,5 Éramos de um jeito e há uma renovação.
A mudança de comportamento não uma questão de
resolução pessoal (I can), mas pela ação do Espírito Santo.
15. OS PLANOS FUTUROS DE PAULO
3.12 Enviará um novo obreiro para auxiliar e chama Tito para
encontrá-lo em Nicópolis.
A importância desta carta está na insistência de Paulo em
que a graça e o “fazer o bem” (as boas obras) são
inseparáveis, desde que não se confundam as boas-obras
com as observâncias religiosas, com o intuito de obter graça.
17. Filemom
Escrita da prisão em
Roma, no ano 60/61 d.C.
É a 10ª carta de Paulo.
Única carta pessoal,
falando a respeito do
escravo Onésimo.
É a menor de Paulo, com
25 versículos.
18. Circunstâncias em que a carta foi escrita
O apóstolo, já velho (vs 9, com aprox. 50 anos),
está preso em Roma junto com Epafras, membro
da igreja. (23; Col. 4.12))
Timóteo (1) e outros colaboradores (24) estão em
Roma e o visitam.
19. DESTINATÁRIO
Filemom era um cristão gentio em Colossos (Co 4.9)
em cuja casa a igreja se reunia.
Quando Paulo enviou a carta aos Colossenses
incluiu esta carta pessoal para Filemom.
Mesmo que ela trate de algo pessoal, o caso de
Filemom com seu servo Onésimo, esta carta mostra
como a conversão a Cristo muda as relações
interpessoais.
É também dirigida a Áfia, Arquipo e “à igreja que se
reúne com você em sua casa”(2).
Tíquico é o portador da carta e de Onésimo. Col 4.7
a 9.
20. História e pano de fundo da carta
Filemom era dono de terras e de escravos.
Havia se convertido durante o ministério de Paulo.
Onésimo (significa “útil”), seu escravo, roubou e fugiu.
Fora para Roma (populosa, com 1 milhão de habitantes,
60% de escravos, lugar ideal para se esconder), mas
acabou preso e na mesma cela de Paulo.
Ouviu o evangelho e se converteu.
Áfia era provavelmente a esposa de Filemom. (Col 4.17)
Árquipo um mestre na igreja.
21. História e propósito da carta
Onésimo, um escravo fugido, agora cristão, devia
voltar para Filemom, mas isso seria bem difícil.
A prática era marca-los com um F (fugitivus) na testa
com ferro quente ou crucifica-los, como exemplo.
Paulo então escreve para Filemon a fim de:
1.Informá-lo que seu escravo estava salvo.
2.Pedir-lhe que perdoasse Onésimo.
3.Pedir-lhe que lhe preparasse hospedagem.
22. Tema da Carta a Filemom
Vemos nesta carta a doutrina da imputação:
Pagamento de uma dívida no lugar de outro.
Assim como Paulo estava disposto a pagar o preço para
salvar o desobediente Onésimo, da mesma forma Jesus
pagou o preço na cruz para salvar seus filhos desobedientes.
Plaqueta de identificação que os
romanos colocavam em seus escravos.
O texto informa que o fugitivo deveria
ser devolvido ao seu senhor
23. Estrutura da Carta
●
Saudação (1-3)
●
Recomendação de Filemom (4-7)
●
Paulo pede em favor de Onésimo (8-21)
●
Os planos e as saudações de Paulo (22-25)
24. Versículo chave:
“ … , não já como escravo, antes,
mais do que escravo, como irmão
amado, …” (Fm15-16)
26. Dois temas são desenvolvidos na carta:
1) A necessidade do perdão,
2) A aplicação dos valores cristãos à realidade social
(especificamente, ao problema da escravidão).
A expressão da espiritualidade cristã é exercida ao
perdoar: esta é a essência do apelo a Filemom.
O evangelho reconcilia pessoas, não apenas
judeus (como Paulo) e gentios (como Filemom), mas
também escravos (fugitivo como Onésimo) e
senhores (como Filemon), tornando todos irmãos.
Esta carta é considerada um “testemunho do que se
entende por justiça Cristã”
Ótica do mundo
Ótica do cristão
PERDOARPERDOAR
27. A NECESSIDADE DE PERDOAR
Paulo pede explicitamente que se perdoe um crime
merecedor de punição (o crime de Onésimo: fugir e, talvez,
roubar – 18)
“Ele [Onésimo], antes lhe era inútil, mas agora é útil, tanto
para você como para mim.” (11),
As relações mudaram: a utilidade de Onésimo para a Igreja
era, agora, maior do que para o próprio Filemom (estava
sendo uma benção para os outros).
Perdoar seu escravo fugitivo era prestar um serviço à Igreja.
Para que nada faça com que Filemom recuse aceitar
Onésimo de volta, Paulo se oferece para pagar pelo dano
que cometera (18-19), não se sabe como pagaria, pois está
preso, em todo caso dá o exemplo, assumindo a dívida.
28. Lutero: “O que Cristo fez a nosso favor diante de
Deus o Pai, Paulo faz a favor de Onésimo diante
de Filemom”.
O ensino da carta supera a questão da escravatura.
Onésimo significa “proveitoso”.
Cristo torna o homem útil aos outros.
Inácio (bispo de Antioquia 68 a 100 dC), a caminho
de Roma para ser morto como mártir, escreveu à
igreja de Éfeso:
“Em nome de Deus, portanto, eu recebi sua
numerosa congregação na pessoa de Onésimo,
seu bispo no mundo, um homem cujo amor está
além das palavras. Minha oração é que você ame
no Espírito de Jesus Cristo e todos sejam como
ele. Bendito é aquele que lhes permite ter um
bispo desses. Vocês o mereceram!”
O evangelho faz coisas como essa!
29. A QUESTÃO DA ESCRAVIDÃO
Quanto à questão da escravidão, Paulo não propõe uma
subversão desta instituição característica do período.
O cristianismo, ao que parece, não deveria alterar os
modelos sociais vigentes.
Uma mudança interior de atitude era o que se requeria.
Esta mudança interior em Filemom seria mais importante do
qualquer mudança na própria instituição da escravidão.
Quando nos relacionamos como crentes em Jesus nos
tornamos iguais, sem preconceito social, econômico, de
raça, de religião e de cultura. Gl 3.28
Todas as classes sociais deixam de existir em Cristo.
Todos somos iguais perante Deus.
30. Toda a Bíblia em um ano: De Colossenses a Apocalipse; Dusilek, Darci; 6ª Ed.
Rio de Janeiro; Ed. Horizonal, 2005
Manual Bíblico SBB; trad. Noronha, Lailah; São Paulo; Ed. Sociedade Bíblica do
Brasil; 2008
Textos Bíblicos extraídos: Bíblia Sagrada Nova Versão Internacional; São
Paulo; Ed. Vida; 2001
MacDonald, Willian, Comentário Bíblico Popular, São Paulo, Ed. Mundo Cristão,
1ª edição, 2008
BRUCCE, F. F. Comentário Bíblico NVI. São Paulo, Ed. Vida, 1ª edição, 2008
Igreja Batista Cidade Universitária
Reflexões extraídas da World Wide Web
Programa ROTA 66 – Sayão, Luiz – Rádio transmundial
30
32. Contexto - 1
Paulo saiu da prisão em Roma, foi para Creta, Éfeso e
Macedônia.
Tito ficou em Creta para organizar as igrejas até que Tíquico ou
Artemas asumissem o trabalho (3.12)
As igrejas sofriam ataques de :
●
Visitantes judaizantes confundiam lei e graça ao ensinar que
todos os cristãos, judeus e gentios, estavam obrigados a guardar
a lei Mosaica.
●
Cristãos ignorantes que abusavam da graça de Deus
transformando-a em licenciosidade.