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Alberto de Oliveira
Alberto
de
Oliveira Biografia
• Antônio Mariano Alberto de Oliveira nasceu em Palmital de
Saquarema, Rio de Janeiro, em abril de 1857. Seus primeiros estudos
foram realizados em escola pública. Formou-se em Farmácia em
1884, frequentou o curso de Medicina, no qual conheceu Olavo Bilac,
porém, ambos abandonaram a faculdade. Alberto de Oliveira seguiu
sua carreira de farmacêutico e casou-se, em 1889, com Maria da
Glória Moreira, com quem teve um filho.
• Seu primeiro livro “Canções Românticas” é um compilado de poesias,
publicado em 1878, com propriedades ainda românticas, porém, com
indícios de temática parnasiana. O Parnasianismo esteve intrínseco
em suas obras a partir das novas publicações, o que o levou a ser
considerado o mestre desta estética literária. O estilo parnasiano
regozijava-se na estrutura descritiva e na exaltação da forma rígida
oriunda da Antiguidade Clássica no culto da “arte pela arte”.
• Exerceu cargos públicos e é um dos fundadores da Academia
Brasileira de Letras. Tinha amizade com Raimundo Correia e Olavo
Bilac e forma com eles a tríade brasileira do Parnasianismo. Foi
colaborador de diversos jornais no Rio de Janeiro: A Semana, Correio
da Manhã, Tribuna de Petrópolis, Diário do Rio de Janeiro.
Alberto
de
Oliveira
• O marco do reflexo das características parnasianas na obra de Alberto
de Oliveira está no seu segundo livro “Meridionais”, publicado em
1884. A partir dessa obra a temática parnasiana está cada vez mais
nítida em seus outros livros, como “Sonetos e Poemas” (1885).
O autor faleceu aos 19 de janeiro de 1937, em Niterói (RJ).
• Era um apaixonado bibliógrafo, e chegou a possuir uma das
bibliotecas mais escolhidas e valiosas de clássicos brasileiros e
portugueses, que doou à Academia Brasileira de Letras.
• Embora tenha vivido 80 anos de profundas transformações políticas,
econômicas e sociais, além de literárias, Alberto de Oliveira sempre
permaneceu fiel ao Parnasianismo e à margem dos acontecimentos
históricos
Alberto
de
Oliveira
• Foi professor de Português, Literatura e História no Rio de Janeiro e,
assim como Raimundo Correia, foi fundador da Academia Brasileira
de Letras. Dentre os parnasos, é considerado ortodoxo. Sua poesia é
classificada em três fases: contida (linguagem nobre, entretanto sem
arcaísmos), descritiva (descrição da natureza e de coisas antigas),
melancólica (saudosista e sentimentalista).
• Sua poesia, inicialmente, com laivos românticos, se firma como
parnasiana com Sonetos e Poemas.
• Alberto de Oliveira é considerado “O Príncipe dos Poetas Brasileiros”,
na verdade, ele ficou com este título, que antes havia sido de Olavo
Bilac.
Alberto
de
Oliveira
Tríade Parnasiana
Obras
• - Canções Românticas (1878)
- Meridionais (1884)
- Sonetos e Poemas (1885)
- Versos e Rimas (1895)
- Póstumas (1944)
- Poesias
• Características de suas obras
• - Perfeição formal
- Métrica rígida
- Linguagem rebuscada e trabalhada
• Alberto de Oliveira revela algumas características românticas, porém
estava longe dos excessos sentimentais do Romantismo.
Livro: Canções Românticas
Em seu primeiro livro, “Canções Românticas”, ainda estava preso aos traços
românticos, mas já aparecia vários traços parnasianos como : contenção
emocional, rigor formal e sobriedade no emprego de recursos expressivos.
Estranho mimo, aquele vaso! Vi-o
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.
Fino artista chinês, enamorado
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.
Mas, talvez por contraste à desventura -
Quem o sabe? - de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura;
Que arte, em pintá-la! A gente acaso vendo-a
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.
Vaso Chinês
Explicação
• Para começarmos a falar da poesia, podemos tomar como exemplo o soneto, um
dos mais clássicos tipos de poemas , ele é composto por 14 versos, composto por
dois quartetos e dois tercetos, vejamos como exemplo essa poesia.
• Poesia não se define, lê e identifica a magia e o amor com um vaso chinês... que
ele captou por seu amor, com sua visão de poeta. Ele transmite seu amor através
dos ramos vermelhos, como sangra seu coração apaixonado.
• Não se esquecendo de que o poema atrás é Parnasiano e sua principal
característica é a falta de temas ou ausência de comprometimento social, os
parnasianos acreditavam que a arte não deveria ter compromissos, o único e
verdadeiro compromisso é artístico, daí ser chamado arte pela arte. Essa
característica é tão extrema que os poemas desse período tratam de assuntos
considerados irrelevantes. Como a descrição de um vaso, um muro, ou qualquer
outro objeto.
Alberto de Oliveira, poeta parnasiano brasileiro

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Alberto de Oliveira, poeta parnasiano brasileiro

  • 2. Alberto de Oliveira Biografia • Antônio Mariano Alberto de Oliveira nasceu em Palmital de Saquarema, Rio de Janeiro, em abril de 1857. Seus primeiros estudos foram realizados em escola pública. Formou-se em Farmácia em 1884, frequentou o curso de Medicina, no qual conheceu Olavo Bilac, porém, ambos abandonaram a faculdade. Alberto de Oliveira seguiu sua carreira de farmacêutico e casou-se, em 1889, com Maria da Glória Moreira, com quem teve um filho.
  • 3. • Seu primeiro livro “Canções Românticas” é um compilado de poesias, publicado em 1878, com propriedades ainda românticas, porém, com indícios de temática parnasiana. O Parnasianismo esteve intrínseco em suas obras a partir das novas publicações, o que o levou a ser considerado o mestre desta estética literária. O estilo parnasiano regozijava-se na estrutura descritiva e na exaltação da forma rígida oriunda da Antiguidade Clássica no culto da “arte pela arte”. • Exerceu cargos públicos e é um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Tinha amizade com Raimundo Correia e Olavo Bilac e forma com eles a tríade brasileira do Parnasianismo. Foi colaborador de diversos jornais no Rio de Janeiro: A Semana, Correio da Manhã, Tribuna de Petrópolis, Diário do Rio de Janeiro. Alberto de Oliveira
  • 4. • O marco do reflexo das características parnasianas na obra de Alberto de Oliveira está no seu segundo livro “Meridionais”, publicado em 1884. A partir dessa obra a temática parnasiana está cada vez mais nítida em seus outros livros, como “Sonetos e Poemas” (1885). O autor faleceu aos 19 de janeiro de 1937, em Niterói (RJ). • Era um apaixonado bibliógrafo, e chegou a possuir uma das bibliotecas mais escolhidas e valiosas de clássicos brasileiros e portugueses, que doou à Academia Brasileira de Letras. • Embora tenha vivido 80 anos de profundas transformações políticas, econômicas e sociais, além de literárias, Alberto de Oliveira sempre permaneceu fiel ao Parnasianismo e à margem dos acontecimentos históricos Alberto de Oliveira
  • 5. • Foi professor de Português, Literatura e História no Rio de Janeiro e, assim como Raimundo Correia, foi fundador da Academia Brasileira de Letras. Dentre os parnasos, é considerado ortodoxo. Sua poesia é classificada em três fases: contida (linguagem nobre, entretanto sem arcaísmos), descritiva (descrição da natureza e de coisas antigas), melancólica (saudosista e sentimentalista). • Sua poesia, inicialmente, com laivos românticos, se firma como parnasiana com Sonetos e Poemas. • Alberto de Oliveira é considerado “O Príncipe dos Poetas Brasileiros”, na verdade, ele ficou com este título, que antes havia sido de Olavo Bilac. Alberto de Oliveira
  • 7. Obras • - Canções Românticas (1878) - Meridionais (1884) - Sonetos e Poemas (1885) - Versos e Rimas (1895) - Póstumas (1944) - Poesias
  • 8. • Características de suas obras • - Perfeição formal - Métrica rígida - Linguagem rebuscada e trabalhada • Alberto de Oliveira revela algumas características românticas, porém estava longe dos excessos sentimentais do Romantismo.
  • 9. Livro: Canções Românticas Em seu primeiro livro, “Canções Românticas”, ainda estava preso aos traços românticos, mas já aparecia vários traços parnasianos como : contenção emocional, rigor formal e sobriedade no emprego de recursos expressivos.
  • 10. Estranho mimo, aquele vaso! Vi-o Casualmente, uma vez, de um perfumado Contador sobre o mármor luzidio, Entre um leque e o começo de um bordado. Fino artista chinês, enamorado Nele pusera o coração doentio Em rubras flores de um sutil lavrado, Na tinta ardente, de um calor sombrio. Mas, talvez por contraste à desventura - Quem o sabe? - de um velho mandarim Também lá estava a singular figura; Que arte, em pintá-la! A gente acaso vendo-a Sentia um não sei quê com aquele chim De olhos cortados à feição de amêndoa. Vaso Chinês
  • 11. Explicação • Para começarmos a falar da poesia, podemos tomar como exemplo o soneto, um dos mais clássicos tipos de poemas , ele é composto por 14 versos, composto por dois quartetos e dois tercetos, vejamos como exemplo essa poesia. • Poesia não se define, lê e identifica a magia e o amor com um vaso chinês... que ele captou por seu amor, com sua visão de poeta. Ele transmite seu amor através dos ramos vermelhos, como sangra seu coração apaixonado. • Não se esquecendo de que o poema atrás é Parnasiano e sua principal característica é a falta de temas ou ausência de comprometimento social, os parnasianos acreditavam que a arte não deveria ter compromissos, o único e verdadeiro compromisso é artístico, daí ser chamado arte pela arte. Essa característica é tão extrema que os poemas desse período tratam de assuntos considerados irrelevantes. Como a descrição de um vaso, um muro, ou qualquer outro objeto.