1. 1 Maio | 2020 O jornal que tem o que falar...
COVID-19 E OS MAIS VULNERÁVEIS:
ESTAMOS NO MESMO BARCO?
O jornal que tem o que falar
Gas
Maio de 2020 - Edição 220 - Curitiba
Página 3
CANDIDO:
A HISTÓRIA DE UM
ATIVISTA DE MUI-
TAS CONQUISTAS
PARA O BAIRRO
SANTA CÂNDIDA
E REGIÃO NORTE
PÁGINA 5
2. 2 Maio | 2020 O jornal que tem o que falar...
MESMO EM ESTADO CRÍTICO, SIKÊRA JR DIZ QUE
A COVID-19 É INVENÇÃO PARA TIRAR DINHEIRO DO POVO
JORNAIS DE BAIRRO DE CURITIBA
CONDENAM FAKE NEWS E ELOGIAM O STF
O apresentador Sikêra Júnior, do
programa ‘Alerta Nacional’, da
Rede TV, desde que recebeu o di-
agnóstico que estava com Coro-
navírus encontra-se internado.
Dois dias antes do resultado, ele
tinha passado mal ao vivo em seu
programa.
A família negava a informação.
Sikêra recebeu várias críticas nes-
ta quarentena após minimizar a
doença e defender, em rede na-
cional, que as pessoas voltassem
a trabalhar, não sendo necessário
o isolamento social. No dia 17 de
Parte dos mais expressivos jornais de bairros de Curitiba firmaram um ofício parabenizando os ministros do Supremo Tribunal Federal pela luta contra os fake news
e sites que propagam ódio e mentiras.
O documento foi enviado ontem a todos os ministros do Supremo Tribunal Federal através dos emails dos ministros, além de cópia para autoridades do poder
Legislativo em Brasília, deputados federais e senadores.
Para os signatários é importante desmascarar aqueles que ameaçam a democracia e as liberdades democráticas, atuais alvos das investigações no STF.
Curitiba é a capital brasileira com o maior número de jornais de bairros na atualidade.
Leia a seguir a manifestação dos jornais de bairros que lutam publicamente contra as fake news e defendem os princípios constitucionais da República em defesa
da ordem e das liberdades democráticas:
Curitiba, 28 de maio de 2020
Exmo. Sr. Ministro Dias Toffoli
MD. Presidente do egrégio Superior Tribunal Federal
Brasília – DF
Congratulações aos Meritíssimos Ministros do Supremo Tribunal Federal
Os jornais comunitários de diversos bairros da cidade de Curitiba, abaixo-assinados, vem, respeitosamente, apresentar votos de congratulações aos Meritíssimos
Ministros do Supremo Tribunal Federal pela ação eficiente e enérgica contra a indústria do fake news, contra blogueiros e criminosos que ameaçam a democracia
e o estado democrático de direito em nosso país.
Apenas a verdade nos libertará.
Parabéns Senhores Ministros.
O Brasil é maior que as ameaças à liberdade de imprensa na figura da indústria de fake news que utiliza robôs no país e no exterior para alimentar com mentiras
milhões de contas de whatsapp, milhares de e-mails e dezenas de sites maliciosos.
Cordialmente,
Gazeta do Santa Cândida ; Jornal Água Verde ; Jornal da Rua XV de Novembro; Jornal da CIC - Cidade Industrial de Curitiba; Jornal Atos e Fotos; Jornal O Mora-
dor; Jornal Opinião Curitiba; Gazeta do Abranches; Jornal Centro Cívico; Folha do Batel; Jornal do Juvevê
Claudia Honorato é Comitê de Publicação da Ciência Cristã para o Chile.
maio, o apresentador surgiu com um
live usando um aparelho de oxigênio,
para respirar melhor em virtude do
comprometimento de seus pulmões.
Mesmo com dificuldades para respi-
rar produziu um vídeo dizendo que
o Coronavírus é uma invenção para
sugar dinheiro público e cloroquina
salva. Sikéra Júnior ganhou noto-
riedade na mídia e nas redes sociais
após ter um vídeo viralizado na inter-
net, no qual ele saía de um caixão em
pleno programa de TV. Na época, ele
trabalhava em uma emissora de Ala-
goas.
Diretor: Adilson da Costa Moreira
CNPJ: 12.698.306/0001-42
Dep. comercial: Johana Choinski
E-mail: gazetasantacandida@gmail.com
Diagramação: Ulysses de Melo
Site: www.gazetasantacandida.blogspot.com
Fone: 41 99211-8943
Empresa: Adilson da Costa Moreira
Endereço: Rua Hilário Moro, 526,
Tin gui, Torre 05,ap 902
Tiragem: 10.000 exemplares
Colaborador: José Cândido
As matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião do jornal
EXPEDIENTE
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41 992-118943
3. 3 Maio | 2020 O jornal que tem o que falar...
DESEMBARQUE DE CAMINHÕES QUE FAZEM DESCARGA
DE MERCADORIAS PREJUDICAM MORADORES
No bairro Santa Cândida, mora-
dores da rua Ladislau Lupinski não
estão aguentando somente o pó,
também os estragos da calçada e
o barulho causado pelos camin-
hões que fazem o desembarque de
mercadorias em estacionamento de
mercado local. Segundo moradores
o Mercado usava o estacionamento
da loja de Material de Construção
que está desativado. Em pouco mais
de 2 meses caminhões grandes e de
pequeno porte chegam a estacionar
em frente a casa de morador difi-
cultando a entrada e saída de veícu-
los, outros manobram para entrar
no estacionamento invadindo a área
de pedestres. Em grande parte da
rua, moradores estão fazendo bar-
ricada de pedras para que as calça-
das não sejam danificadas. A área
de domínio do pedestre do lado do
estacionamento não esta regulam-
entada faltando a limitação de calça-
mento e meio fio.
“A perturbação tem dia que começa
as 6:30, com cheiro muito forte de
gás carbônico, barulho de motor do
caminhão e motor de refrigeração,
foram vezes que juntei o lixo que
jogam na lateral do estacionamen-
to. Por uma das vezes que fui lá le-
var o lixo deixado pelo condutores
do caminhão, a funcionária disse
que o gerente e proprietário estavam
em reunião e não poderiam falar
comigo, deixei o lixo, e o recado que
fossem conversar com moradores
vizinhos mas, não deram nem re-
sposta. Outro dia o sujeito entrou
em alta velocidade com o caminhão
e fez a manobra saindo da rua na
mesma velocidade que entrou, que,
se houvesse alguém atravessando a
via, teria sido atropelado’’, confirma
Denis em vídeo. “tenho protocolado
denuncias no 156, sobre esta bad-
erna e irregularidades e não tenho
respostas” conclui Denis Lunar-
don.
“Cheguei a sinalizar com uma bar-
ra de ferro e concreto na frente de
casa e também coloquei essa pedra
grande para impedir de estragar
minha calçada, foi por duas vezes
tive que arrumar os danos cau-
sados. Há momentos que levanta
muito pó, deveriam fazer calçada
do outro lado e fiscalizarem a para-
da dos caminhões, já não estou
aguentando; se parar um camin-
hão aqui na frente, ai, o bicho vai
pegar. Há caso de estacionarem e
ficarem conversando de madru-
gada perturbando o sossego nos-
so, foram muitos protocolos em
orgãos da prefeitura e nenhuma
resposta para resolver o problema’’,
diz Claudio Andrade.
“Como morador mais de 35 anos
aqui, digo que sempre buscamos por
melhorias, o muro do lado do esta-
cionamento precisa ser regularizado
em seu alinhamento, avançou onde
deveria ser calçada; tem horas que a
rua fica tomada de pó, é necessário
fazerem uma calçada. Tem camin-
hão que fecha a rua impede o mora-
dor sair com seu veiculo, eles esta-
cionam do outro lado da rua com
motor de refrigeração que fica liga-
do e incomodando a gente, ficam
esperando o Mercado abrir. Ali, ao
lado do estacionamento tem o pro-
jeto de uma rua e seria interessante
que concluíssem e, por ali fizessem
a entrada evitando de estacionarem
na rua’’, afirma Jovelino Meira.
“Tanto barulho e o pó gera incomo-
do para nós eu tive maiores prob-
lemas quando manobravam camin-
hões aqui na frente de minha casa,
eles chegam a debochar da cara da
gente’’, diz a Senhora Sirlei Terez-
inha moradora a 26 anos nesta rua.
“De tudo temos feito para sermos
ouvido e acertado o problema, tanto
quemuitoscolocaramavisoparaque
não estacionem na frente de suas ca-
sas. Moro a 25 anos e nunca tivemos
esta rua tumultuada, esperamos que
a partir deste nosso depoimento eles
tomem providências” diz Gilberto
de Avila. Francisco Carlos de Avila
também confirma o incomodo que
eles tem enfrentado e pede que o
poder público e os órgãos técnicos
da prefeitura tomem providências
sem repetir as ocorrências.
Em contato com a Administração
do Mercado e, diante da falta de
tempo hábil nesta edição, estaremos
relatando a versão e os procedimen-
tos em edição de junho, assim como
dos orgãos da prefeitura.
5. 5 Maio | 2020 O jornal que tem o que falar...
CANDIDO: A HISTÓRIA DE UM ATIVISTA DE MUITAS CONQUIS-
TAS PARA O BAIRRO SANTA CÂNDIDA E REGIÃO NORTE
Num dia depois em que se comem-
orava, o dia da saúde, o ativista e
líder comunitário José Luiz Cândido
falece. Em 08 de abril no Hospital
de Campo Largo, internado alguns
dias com leptospirose, precisou de
diálise, mas seu coração não aguen-
tou. Um grande colaborador de pau-
ta e de entrega do Jornal Gazeta do
Santa Cândida. Atuava no Programa
do Leite das Crianças, PLC do Gov-
erno Estadual, no Jardim Aliança na
Escola Estadual Padre João Wislins-
ki, Jardim Aliança.
Um líder sem cargo político ou re-
muneração, que assumiu perante as
pessoas do bairro e, diante do poder
público a responsabilidade, o zelo e
o cuidado por todas as questões de
interesse comum, foi desta forma,
Candido sempre buscou algo melhor
pelo bairro. Em 1986 o bairro tinha
a cultura e o modelo de colônia po-
lonesa na região e, em novo ciclo de
mudança, acontecia o movimento
da Reforma Sanitária (Saúde como
garantia a todos os cidadãos), o país
estava na recém busca da partici-
pação popular, José Candido se de-
stacava ao repassar os problemas da
saúde e meio ambiente nos encon-
tros da comunidade e junto ao poder
público. Na época ele fazia o cadas-
tro para as ‘Compras Comunitárias’,
via Associação dos Moradores da
região, ajudou ao acesso das pessoas
(logo passou a ser compras em ôni-
bus adaptado), e anos depois, os Ar-
mazéns da Família organizada pela
Secretaria do Abastecimento.
Podemos dizer que um dos maiores
programas da prefeitura nasceu de
suas discussões e iniciativas, uma
delas foi o Cambio Verde, troca de
lixo reciclado por frutas e verduras;
a criação das ‘Ruas da Saúde e do
Lazer’, também teve sua enorme
contribuição que envolvia as secre-
tarias em exposição dos serviços e
orientações para o cidadão do bair-
ro“Nãodevemosesperarqueopod-
er público ou as pessoas façam por
nós, temos que participar e não só
reclamar, devemos ter responsabil-
idade pelas causas da comunidade
que é de todos os moradores”, dizia
ele. Foi um ativador nos encontros
locais de saúde para a efetivação do
SUS que passou fazer parte da Car-
ta Constitucional de 1988.
O usuário moradores, líderes e
representação do bairro tiveram
a oportunidade de garantir a sua
participação de usuários da saúde
em 50% na formação do ClS), lut-
ou pela criação das comissões e
conselhos de saúde na formação
da saúde e na construção dos eq-
uipamentos de saúde; Tingui, Fer-
nando de Noronha, Abaeté, Santa
Efigênia, Barreirinha, Vl. Diana, Vl
Esperança, Pilarzinho, Cachoeira
dentre outros.
Foi com sua participação no con-
selho municipal de saúde; a criação
de diversas comissões: Ambiental,
comunicação e formação contin-
uada; Assistência, orçamento. Foi
eleito em Conferenciais distritais
com representação de Usuários
da Regional de saúde Boa Vista
no Conselho Municipal de Saúde.
Nunca perdia o hábito de estar con-
vidando as pessoas a participarem.
Quando o transito enfrentava o
caos no alto do Santa Cândida
precisou fazer o traçado novo, lá
fomos nós pela Liderança do Cân-
dido fortalecer a busca também da
construção da nova U.S, que tam-
bém estava em pauta. Enfim até
com intervenções de vereador na
negociação com a Mitra sobre o
terreno para a construção da Uni-
dade básica Santa Cândida, tudo
foi ajustado inclusive com o tran-
sito de veículos na avenida Paraná.
Quando havia a falta constante de
água pela Sanepar e o consumo de
água de poços pelos moradores do
bairro Santa Cândida e as causas
de doenças de veiculação hídrica,
Candido organizou em 1995, com
as demais lideranças o 1º encontro
do Meio Ambiente com o Tema:
“Saúde, meio ambiente e qualidade
de Vida”. Dentre as diversas autori-
dades o Secretário da Saúde, Carlos
Baracho elogiou o evento e, solic-
itou o tema que poderia ser da 3ª
Conferência Municipal de Saúde,
assim aconteceu.
Restaurante Popular também foi
uma de suas propostas, falava na
possibilidade do reaproveitamento
das sobras do Mercado Municipal e
do Ceasa para alimentar os mais ne-
cessitados, aconteceu pelo prefeito
Rafael Greca, achou por bem
fazer debaixo do Viaduto do Ca-
panema, o primeiro Restaurante
Popular do Brasil. Dentro desta
lógica batalhou para os cursos
de reaproveitamento alimentar
(como aproveitar os alimentos
de frutas e verduras) com a par-
ticipação da Secretaria do Abas-
tecimento que, até hoje oferecem
este curso. São inúmeras con-
quistas, em breve relataremos
mais. Foi incansável na con-
strução da Unidade de Saúde
Jardim Aliança (muitos poderão
acessar no Youtube as reuniões
da comissão de fiscalização das
obras junto à comunidade e as
visitas na obra). Estava lutando
para que a sede do CRAS fosse
construída no Jardim Aliança.
Nesse pequeno relato apenas
sou testemunha do seu trabalho,
aprendi muito, sou grato por ter
como amigo e parceiro de lutas.
“A Humanidade não chega até
onde os idealistas desejam em
cada perfeição; mas chega mais
longe do que teria chegado sem
seu esforço. O objetivo que que
escapa e transforma em estímu-
lo para perseguir cada sonho. O
pouco que muitos podem de-
pende do muito que alguns dese-
jam”. José Engenieros.
José Luiz Candido,
11/12/1950 - 08/04/2020
Por Adilson da Costa Moreira
6. 6 Maio | 2020 O jornal que tem o que falar...
COVID - 19 E OS MAIS VULNERÁVEIS:
ESTAMOS NO MESMO BARCO?
Nestes tempos de pandemia, tem-
se revelado que, em certo aspecto,
todas as pessoas encontram-se no
mesmo barco (locus), de modo
que cada qual – mesmo os mais
distantes – é impactado pelas
ações dos demais, e todos estão
suscetíveis a riscos de saúde. A
conduta do indivíduo que não re-
speita as normas sanitárias pode
interferir negativamente no seu
semelhante, por mais alheio que
este esteja daquele. Tudo e todos
estão conectados. Cada realidade
é parte de um todo indivisível e
revela-se apta a deflagrar as mais
contundentes sequências causais,
como alerta Fritjof Capra no livro
“A teia da vida”.
Apesar disso, o vírus não afeta a
todos os tripulantes da embar-
cação de idêntico modo. Há pes-
soas inseridas em grupos de risco
da doença, expostas a determina-
dos fatores especiais que as tornam
mais propensas ao contágio ou a
complicações de saúde. Autori-
dades médicas têm advertido que
idosos e portadores de doenças
crônicas formam o grupo de risco
da covid-19 e apresentam maiores
chances de agravamento de saúde
em caso de contágio.
Há, porém, que se enxergar além
das comorbidades clínicas, visto
que circunstâncias sociais negati-
vas também ampliam a probabi-
lidade de complicações diante da
covid-19. É preciso, pois, recon-
hecê-las. Aqueles que se encon-
tram marginalizados, isto é, à
margem dos benefícios produzi-
dos pela sociedade, correm riscos
redobrados de morte.
A ausência de saneamento básico,
de moradia apropriada, de alimen-
tação adequada e de itens elemen-
tares de higiene – como água, sab-
onete, energia elétrica etc. – deixa
absolutamente desamparada ex-
pressiva parcela da população em-
pobrecida em face do novo Coro-
navírus e bloqueia-lhe o acesso a
condições mínimas do necessário
isolamento social. Isso sem contar
os trabalhadores que, por falta de
opção, aglomeram-se no transporte
público.
A escandalosa desigualdade social
brasileira contribui decisivamente
para o incremento no número de
mortes. Bairros periféricos e de
menor índice de desenvolvimento
humano são os que proporciona-
lmente ostentam os maiores índi-
ces de letalidade. Na cidade de São
Paulo, por exemplo, a mortalidade
da covid-19 em tais regiões é até
dez vezes maior que nas demais.
Igualmente, a cor da pele é fator de
risco para a doença e seu desenlace
fatal, em função do racismo estru-
tural. Na cidade de São Paulo, a
título de ilustração, dados indicam
que pretos têm 62% mais chances de
morrer por covid-19 do que brancos,
enquanto os pardos têm risco 23%
superior, de acordo com análise feita
pelo Observatório Covid-19 e pelo
município de São Paulo.
Assim, mesmo estando todas as pes-
soas expostas ao ainda desconheci-
do e perigoso vírus, algumas sofrem
mais os seus efeitos negativos, de
modo que não é possível pensar no
enfrentamento à doença sem se le-
var em consideração os fatores soci-
ais e raciais de determinados grupos
sociais, sob pena de aderir-se a um
“darwinismo social” perversamente
camuflado, a eliminar os mais vul-
neráveis.
Por isso, o Ministério Público do
Paraná tem requisitado ao poder pú-
blico a implementação dos direitos
humanos sociais – assistência social,
alimentação, moradia, educação em
saúde etc. –, sobretudo nos locais de
maior vulnerabilidade social, como
comunidades tradicionais, aldeias
indígenas, regiões com concentração
de migrantes e pessoas em situ-
ação de rua, bairros periféricos,
ocupações informais e bairros
rurais, entre outros. Em dias de
aguda crise social, é importante
recordar as palavras do genial
Charles Chaplin, para quem
“neste mundo, há espaço para
todos, e a terra, que é boa e rica,
pode prover todas as nossas ne-
cessidades”.
Ana Carolina Pinto Franceschi ,
Promotora de Justiça e coorde-
nadora do Núcleo de Promoção
dos Direitos da População em
Situação de Rua (Núcleo POP
Rua) do Caop de Proteção aos
Direitos Humanos
Olympio de Sá Sotto Maior Neto,
Procurador de Justiça e coorde-
nador do Centro de Apoio Op-
eracional das Promotorias de
Justiça (Caop) de Proteção aos
Direitos Humanos
Rafael Osvaldo Machado Moura,
Promotor de Justiça do Caop de
Proteção aos Direitos Humanos
7. 7 Maio | 2020 O jornal que tem o que falar...
Em sessão remota dia 20 de maio,
a Câmara Municipal de Curitiba
com 36 votos aprovou o projeto
de lei do vereador Mestre Pop. O
projeto pede atualização e a nor-
matização das caçambas na ci-
dade, com a proposta de melhorar
sua visibilidade e evitar acidentes (
São muitos, principalmente moto-
ciclistas). A alteração dos disposi-
tivos da lei municipal 9.380/1998,
referente ao transporte de resid-
uos. Em todo o texto, substirui o
termo sinalização “reflexiva” por
“refletiva”.
No artigo 1º, a proposição de-
termina o cadastro das empresas
junto à Secretaria Municipal da
Defesa Social e Trânsito (SMDT,
antiga Setran), ao invés da Urbs. É
mantido o cadastro junto às secre-
tarias do Meio Ambiente e Urban-
ismo e ao Instituto de Pesquisas e
Planejamento Urbano de Curitiba
( Ippuc).
No artigo 10, o projeto obriga a
afixação dos refletivos “na parte
frontal, nas laterais e traseira da
caçamba, a partir de 50 (cinquen-
ta) centímetros abaixo da borda
superior, nas laterais, e a partir
de 10 (dez) centímetros abaixo
da borda na parte traseira e fron-
tal, alternando as cores vermelha
e branca, dispostos horizontal-
mente e distribuídos de modo
uniforme, num total de 3 (três)
refletivos em cada lateral e 4 (qua-
tro) refletivos na parte traseira e
frontal, permitindo sua rápida
visualização diurna e noturna a
pelo menos 60 (sessenta) metros
de distância”. Na redação vigente,
a sinalização deve estar a partir de
30 centímetros abaixo da borda supe-
rior, nas laterais.
Diversos vereadores alertaram à fiscal-
ização da lei, devido às empresas sem
cadastro junto à Prefeitura de Curitiba
e ao descarte irregular de caliça – le-
vando ao assoreamento de córregos e
rios, por exemplo.
Se sancionada pelo prefeito, as
novas regras entrarão em vig-
or 120 dias após a publicação
no Diário Oficial do Município
(DOM).
Câmara Municipal de Curitiba.
MAIOR VISIBILIDADE DAS CAÇAMBAS DE EN-
TULHOS E FISCALIZAÇÃO DAS IRREGULARES
DESCARTE INCORRETO DE LIXO VERDE
MORADOR PODERÁ SER MULTADO
A prefeitura de Almirante Taman-
daré por muitas vezes tem sido
chamada para desobstruir a calha
do rio que margeia a Avenida Rafa-
ela, jardim Rafaela.
Moradores que moram mais abaixo
até a rua Rio da Barra enfrentam
transtornos pelo entupimento e
transbordamentos levando as águas
por cima da rua.
São muitos os danos causado neste
rio, que, da parte mais acima da
Rua Ver. Wadislau Bugalski é canal-
izado, na orla onde tem a falta da
mata ciliar está rompendo suas bei-
radas, além da construção do muro
da Lavanderia que, avançou a mar-
gem de proteção. No muro há a tre-
padeira “Unha de gato’’ quando cai
na margem do rio ‘’entope’’ o curso
de água na manilha da Travessa Rio
Ouro Fino.
Além de ser um desperdício de uma
matéria orgânica preciosa, a gestão
inadequada dos restos da arbor-
ização urbana custa caro para os
municípios. Surge também a neces-
sidade de áreas extensas para arma-
zenar os dejetos, como os famosos
lixões e aterros sanitário. O cidadão
pode acondicionar o lixo em caçam-
bas de empresas especializadas
em coleta e dar o destino final.
Há moradores programando a
entrega do troféu ‘’PORCAL-
HÃO’’ aos desavisados que serão
registrados com testemunhas e
vídeos. Cidadania, também é a
preservação do meio ambiente e
respeito com a comunidade.
8. 8 Maio | 2020 O jornal que tem o que falar...
CURITIBA INVESTE R$ 687 MILHÕES
NESTE QUADRIMESTRE 2020
De janeiro a abril deste ano a Secre-
taria Municipal da Saúde de Curitiba
investiu R$ 687.834.163,67 nas ações
rotineiras da pasta e também no com-
bate e controle do novo Coronavírus.
“Curitiba é uma cidade responsável
e mesmo antes do vírus chegar aqui
em nossa cidade nós já trabalhávamos
na prevenção. E os investimentos na
saúde vão continuar. Afirmou o Pre-
feito Rafael Greca.
O balanço dos investimentos, dados
epidemiológicos e medidas adota-
das em relação à pandemia foram
detalhadas pela secretária munici-
pal da Saúde, Márcia Huçulak, nesta
terça-feira (26/5), durante audiência
virtual com vereadores da Câmara
Municipal de Curitiba.
A sessão remota conduzida pela
Comissão de Saúde, Bem-Estar Social
e Esporte da CMC contou ainda com
a participação de outros gestores da
Secretaria Municipal da Saúde.
Apenas para as ações de combate ao
novo Coronavírus Curitiba investiu
nesse período R$ 13.578.398,37, dos
R$ 105.763.453,26 previstos até 30 de
abril
“Desde janeiro, quando o vírus
começava a circular na Europa, a pri-
meira providência que tomamos foi
reforçar nossos almoxarifados com
EPIs (Equipamentos de Proteção Indi-
vidual). Nunca faltou EPIs para nossos
profissionais”, destacou a secretária.
Contratações e reorganização
No período, a Secretaria contratou 549
pessoas, de médicos a técnicos de en-
fermagem. Uma ampla reorganização
dos equipamentos também foi adotada
para atender o Plano de Contingência
e Combate ao Novo Coronavírus na
cidade.
Devido à pandemia e ao trabalho da
Central de Teleatendimento (3350-
9000), as Unidades Básicas e também
de Pronto Atendimento tiveram uma
queda de pacientes em relação ao mes-
mo período do ano passado.
“Reorganizamos todo o sistema para
proteger nossa população, implantando
já no início de março a Central do Coro-
navírus justamente para evitar aglom-
eração de pessoas nos equipamentos.
Separamos os atendimentos dos casos
respiratórios dos demais sem interromp-
er em momento algum o funcionamento
das unidades” destacou Márcia.
Em abril, o movimento nas UPAs caiu
cerca de 60% em relação ao mesmo mês
do ano passado. Parte desse atendimento
passou a ser acompanhado pela Central
de Teleaendimento.
Uma das medidas da Secretaria foi res-
ervar 11 unidades de saúde da cidade
como locais exclusivos para vacinação
de rotina.
A secretária também destacou a implan-
tação de uma unidade específica para
atendimento de profissionais da saúde
da Prefeitura em casos de sintomas da
covid-19. Além de consultas médicas, os
profissionais também são testados.
Estratégia exemplar
O diretor do Centro de Epidemiolo-
gia da Secretaria, Alcides Oliveira,
apresentou o painel da covid-19 na
cidade, com dados sobre testagem,
distribuição regional dos casos,
evolução dos casos entre outros da-
dos.
“Curitiba tem dado um belo exemp-
lo de estratégia, mas nada funciona
sem a participação da sociedade”,
disse o diretor.
Os casos de covid na cidade vêm
subindo de forma controlada, numa
média de 15% ao dia, metade da
média nacional. Com uma das taxas
mais baixas do país entre as maiores
capitais em incidência e em mortal-
idade pela covid, Curitiba seguirá
em alerta para decidir os próximos
passos.
“Temos um painel de indicadores
onde diariamente avaliamos a
evolução da pandemia na cidade,
e ele é que nos dirá se vamos dar
um passo à frente na volta das ativ-
idades ou se vamos dar um passo
atrás”, frisou a secretária.
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