1) O documento relata fatos históricos sobre o escoteiro Caio Vianna Martins, que faleceu aos 15 anos após prestar socorro a outros feridos em um acidente ferroviário em 1938.
2) Também descreve as diferentes seções do Grupo Escoteiro Olhos D'Água, incluindo as atividades realizadas em cada uma.
3) Relata eventos recentes do grupo como um rally de lobinhos e um jantar de arrecadação de fundos.
1. Jornal Escotismo
2ª Edição - Distribuição Gratuita
341°. Grupo Escoteiro Olhos D'Água
Rua Floriano Peixoto n°. 392 A – Centro
Reuniões: Sábados das 14:00 às 17:00 h.
Informações (17) 9707 8260
ge_olhosdagua@yahoo.com.br
Sejam todos bem-vindos a mais uma edição do nosso Jornal Escotismo, onde nosso
intuito é preservar e propagar o Escotismo a todos os que admiram e fazem parte desse
grandioso movimento no mundo.
Se você ainda não faz parte faça-nos uma visita!
Fatos que fazem a Nossa História
Caio Viana Martins:
"Um escoteiro caminha com suas próprias pernas"
Caio Vianna Martins nasceu em Matosinho em 13 de julho de 1923, Minas Gerais, arraial
que hoje virou cidade.
Aos seis anos seus pais o matricularam no Grupo Escolar Visconde do Rio das Velhas.
Mais tarde mudou-se com a família para Belo Horizonte. Matriculou-se aos oito anos no
Grupo Escolar Barão do Rio Branco onde estudou até o quarto ano primário. Estudou
também no colégio Arnaldo e Afonso Arinos, onde entrou para o Escotismo. O Grupo era
patrocinado pelo educandário. Isso aconteceu em 10 de setembro de 1937. Mais tarde Caio
se tornaria Monitor da Patrulha Lobo.
Na noite de 19 de dezembro de 1938 o escoteiro Caio Vianna Martins, aos 15 anos de
idade, estava com seu destino traçado, semelhante aos grandes heróis da história.
A Comissão Executiva do Grupo Escoteiro Afonso Arinos, do ginásio do mesmo nome, de
Belo Horizonte, ambos hoje inexistentes, organizou uma excursão técnica-cultural a São
Paulo. A delegação era formada por 25 membros.
A composição do trem noturno estava formada com 11 vagões, sendo o do meio, 1ª Classe,
ocupado pelos escoteiros. A viagem se desenrolava normalmente até que às 2:05 da
madrugada do dia 19 de dezembro entre as pequenas estações de Sítio e João Aires,
aconteceu o terrível desastre, quando se chocaram o trem noturno que descia, com o trem
cargueiro que subia. Muitos vagões descarrilaram, outros engavetaram e alguns se levantaram.
O vagão da frente ao ocupado pelos escoteiros saltou dos trilhos, atravessando para a direita, engavetando-se,
partindo-se e tombando sobre o barranco, comprimido para a frente pela pressão dos vagões restaurante e leito.
Os escoteiros que resistiram ao impacto das composições reuniram-se em um ponto à direita da estrada.
Nesse momento o grupo sentiu falta do Escoteiro Gerson Issa Satuf e do Lobinho Hélio Marcos. Na procura ambos
foram encontrados mortos.
Do vagão leito foram retirados colchões e cobertores, usados para abrigarem os sobreviventes. Para uma
cabine foram levados os feridos com maior gravidade. Alguns escoteiros trabalharam na confecção
de macas com lençóis e paus enquanto os demais, com as tábuas que foram retiradas dos vagões,
fizeram uma fogueira para iluminar o local, facilitando o trabalho de salvamento.
Os primeiros socorros chegaram somente às sete horas da manhã (cinco horas após o acidente)
Os passageiros feridos, inclusive alguns escoteiros, foram transportados para Barbacena.
No desastre morreram 40 pessoas.
O monitor Caio recebeu forte pancada na região lombar, sofrendo esmagamento das víceras
e hemorragia interna. Retirado do vagão pelos companheiros e recolhido ao vagão leito, Caio Martins
parecia dar sinais de estar melhor. Pouco depois quando seria levado para Barbacena e notando que um enfermeiro
se aproximava com a maca, ele olhou ao redor e viu que havia outros feridos mais necessitados.
Encarando o enfermeiro disse: "Não. Há muitos feridos aí. Deixe-me que irei só. Um Escoteiro caminha com as
próprias pernas".
Acompanhado dos amigos, seguiu andando, para a cidade. O esforço que fez, porém, foi muito grande. Ao
chegar ao hotel deu alguns passos para depois saírem golfadas de sangue de sua boca, em conseqüência da
hemorragia interna que sofreu. Levado para a Santa Casa veio a falecer às duas horas do dia 20 na presença de
seus pais.
Foi sepultado no cemitério de Bom Fim, zona norte de Belo Horizonte, junto do Escoteiro Gerson e do Lobinho
Hélio Marcos.
2. Uma jornada interstelar
No ultimo dia 17 de outubro ocorreu no Recinto de Exposições Prof. José
Sant'Anna o Rally de Lobinhos,
com o tema
“Uma Aventura no Espaço”.
Este evento contou com
a presença de Lobinhos
dos Grupos Escoteiros Manaim,
de São José do Rio Preto,
Cidade Feitiço de Catanduva,
Sol e Lua de Bebedouro
e os anfitriões do
Olhos d'Água de Olímpia.
Sob a batuta do
“Mochileiro das Galáxias”
o Chefe Wilker do G. E. Cidade Feitiço, os lobinhos partiram numa animada
viagem pelos planetas, onde aprenderam muito sobre a conservação do meio
ambiente, histórias e lendas ligadas a astronomia e muitas outras atividades
cheias de alegria e empolgação. Este evento faz parte do calendário oficial da
URB-SP e é realizado em nível distrital, sendo cada ano em um local e uma
temática diferente. Aproveitamos o ensejo para agradecer ao Prefeito Geninho
Zuliani e ao Secretário de Turismo, Esportes e Lazer Beto Puttini que não
mediram esforços para o êxito deste encontro
Chefia se aperfeiçoando...
Nos dias 19 e 20 de setembro os Chefes
Andréia, Bianca, Gilmar, Maria Jose, Roselene e
Ualan estiveram participando do Curso
Preliminar – Escotista e do Curso Técnico de
Programação.
Estes cursos visão o aperfeiçoamento teórico e prático, fazendo com que nossa chefia
se torne cada vez mais apta a trabalhar com nossos jovens. A formação de um chefe escoteiro
é dividida em três níveis, Preliminar, Básica e Avançada. Sendo que em todos eles a formação é
dividida em três etapas, o estudo domiciliar, onde os chefes devem cumprir um plano de leitura
estabelecido pela Comissão Nacional de Gestão de Adultos, o curso propriamente dito onde os
chefes passarão por aperfeiçoamento teórico e prático.
Também com a prática supervisionada onde o chefe é avaliado na sua vivência com a seção.
Em toda a sua trajetória o escotista é acompanhado por seu assessor pessoal de formação
o qual tem por função orientar e apoiar o Chefe.
Parabéns a todos, e esperamos em breve festejarmos juntos
o fechamento do nível.
3. Noite de Festa
No dia 26 de setembro de 2009 aconteceu
o “1° Jantar Italiano do Grupo Escoteiro
Olhos d'Água”. O evento contou com a
presença de aproximadamente 180
pessoas, e foi revestido de grande sucesso.
Nesta noite também foi apresentado aos
convidados nosso informativo “Jornal
Escotismo”, bem como prestamos uma
homenagem a um de nossos maiores amigos, o Senhor José Luiz
Tufanin.
O qual desde o principio de nossas atividades
não mede esforços para sempre nos receber
com o maior carinho lá no bairro Alegria,
assim sendo decidimos tornar o “Seu Zé”
membro honorário de nosso grupo, sendo
assim investido pelo Chefe Laércio
na presença de todos.
Aproveitamos o ensejo para agradecer a todos os voluntários que
trabalharam arduamente para o sucesso de nosso evento,
BRAVO, BRAVO, BRAVISSIMO!!!
4. Nossas Seções
Alcatéia Impisa
O Ramo Lobinho esta presente em nosso grupo desde sua fundação, é nele que encontramos a alcatéia
Impisa.
A Alcatéia é o ramo para as crianças de 07 a 10 anos de idade de ambos os sexos. O programa
educativo e as etapas do lobinho visam os primeiros ensinamentos para a vida no campo, vida em
equipe e desenvolvimento da liderança.
Na Alcatéia a criança aprende a se preparar para, quando tiver a idade certa, seguir para a Tropa
Escoteira.
Ela é dividida em equipes denominadas matilhas, designadas cada uma com 4 a 6 crianças, nos quais
são realizadas atividades de primeiros socorros, economia, trabalhos manuais, vivência no campo e jogos, diferente do sistema
de patrulhas, adotada no Ramo Escoteiro ou Ramo Sênior.
O lobo é o animal símbolo de todas as matilhas, que se diferem numa mesmaAlcatéia pelas cores próprias dos lobos.
A matilha é liderada por um Lobinho ou Lobinha chamado de “Primo”, auxiliado pelo “Segundo”, escolhidos pelos
lobinhos de sua matilha e aceitos pelo Chefe da alcatéia. Antes de completar 11 anos de idade, o Lobinho é encaminhado para a
Tropa Escoteira, depois de uma cerimônia de passagem na qual se despede daAlcatéia.
Em nosso grupo a alcatéia se chama “Impisa”, o que em dialeto africano quer dizer “o lobo que nunca dorme”. Este foi
o apelido dado a Baden-Powell pelos ashantis devido sua grande astucia e especial habilidade em rastrear e tocaiar.
Nossa alcatéia hoje conta com 3 matilhas.
Ramo Escoteiro
Tropa Escoteira Mafeking
O Ramo Escoteiro é voltado aos jovens de 11 a 14 anos de idade, de ambos os sexos. O programa educativo
visa aumentar os conhecimentos e sua autoconfiança.
Na Tropa Escoteira o jovem aprende a conviver em equipe, a respeitar a natureza e muitas
outras coisas necessárias a essa faixa de idade.
A organização da Tropa Escoteira pode ser só de escoteiros, só de escoteiras ou mista. A tropa
é dividida em no máximo 4 patrulhas, que são equipes de 5 a 8 jovens.
Cada tropa é independente para fazer sua própria programação, como por exemplo, seus
próprios acampamentos.
Cada patrulha tem como símbolo e nome um animal, uma estrela ou uma constelação e todos
os seus membros devem conhecer suas principais características. Os fatos marcantes da vida da patrulha devem ser
indicados no bastão e na bandeirola que é carregado pelo seu monitor. Este é o responsável pela administração,
disciplina, treinamento, atividades e boa apresentação de sua patrulha e é ajudado pelo sub-monitor.
Antes de completar 15 anos de idade, o Escoteiro ou Escoteira é encaminhado para a Tropa Sênior ou Tropa
Guia, depois de uma cerimônia de passagem na qual se despede da antiga Tropa.
Nossa Tropa Escoteira leva o nome do entroncamento ferroviário defendido por BP em 1899, e foi lá que ele
teve sua primeira experiência com os jovens.
Contamos hoje com 3 patrulhas: Pantera, Falcão e Lobo.
Ramo Sênior
Tropa Sênior Aconcagua
ATropa Sênior/Guia é voltada aos jovens de 15 a 17 anos de idade de ambos os sexos.
O programa educativo visa oferecer maiores desafios e fazer com que os
jovens adquiram
novas habilidades para superar os obstáculos da vida.
A Tropa Sênior (masculina), Tropa Guia (feminina) ou Tropa Sênior Mista é
dividida em no máximo 4 patrulhas de 4 a 6 jovens.
Cada patrulha adota um nome característico, que pode ser o de algum
acidente geográfico bem conhecido pela patrulha ou de uma tribo indígena nacional.
Nos trabalhos e atividades que, por sua natureza, exijam interesses, habilidades ou
conhecimentos avançados, as patrulhas poderão ceder lugar a equipes de trabalho, integradas
por membros de diferentes patrulhas, cabendo a coordenação de cada equipe ao seu integrante
melhor qualificado.
Na Tropa Sênior/Guia os membros já têm uma maturidade suficiente para seguir seus próprios caminhos,
sendo auxiliados pelos chefes.
A Tropa Sênior/Guia normalmente é a que exige um maior esforço físico e um alto grau de conhecimento, o que
permite aos jovens evoluírem.
Todos que um dia passaram por esta fase sabem o valor dessa experiência e o quanto ela foi boa e importante para
seu crescimento pessoal.
Antes de completar 18 anos de idade, o sênior ou a guia é encaminhado para o Clã Pioneiro, depois de uma
cerimônia de passagem na qual se despede da Tropa.
Nossa primeira patrulha chamava-se “Agulhas Negras” hoje contamos com a patrulha Xavante.