3. MapadoVOTO Digital
Muitos especialistas apontam para importantes pon-
tos em diferentes organizações, que possam gerar
uma crise. Vários escritores abordam o tema, todos
com propriedade, mas no mais agudo momento de
um governo ou de empresas, ao se depararem com
o delicado intempérie, é que se faz necessário um co-
nhecimento mais aprofundado de como deve-se traba-
lhar mediante o alto impacto negativo que causa uma
crise, que via de regra, acontecerá em 98% dos ca-
sos de políticos e um grande maioria de empresas. Se
você ainda não se deparou com uma, prepare-se para
quando ela vier.
Gestão de Crise
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4. 4
O Globo - Rio. Foi exonerado o empregado da Goo-
gle responsável por divulgar a notícia do aumento de
10% dado a todos os funcionários da empresa. Con-
forme já noticiado aqui, a intenção do aumento salarial
foi elevar o moral da empresa, que andava meio caído
diante de alguns pedidos de demissão de funcionários
gradua- dos. No entanto, se tinha de fato havido algum
reforço no moral, ele logo foi por água abaixo com a
exoneração do trabalhador que divulgou o memoran-
do até um tanto exageradamente positivo.
Primeiro Case
Analistas comentaram que seria quase impossível
manter secreto um memorando interno enviado
a todos os 23.300 funcionários de uma empresa,
especialmente se o texto do dito documento pare-
cesse encorajar a divulgação indireta de uma im-
pressão positiva para o público geral. A Google
não foi além de uma simples carta. Não imaginou
os desdobramentos, porque focou na solução ime-
diata do descontentamento dos seus funcionários
que gerava uma certa pressão.
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O diretor-geral da revista Caros Amigos, Wagner
Nabuco, chamou hoje 11 de março de 2013 a equipe
de redação e anunciou que a empresa está demitin-
do todos os trabalhadores que se encontravam em
greve desde sexta-feira, dia 08/03, alegando “que-
bra de confiança”.
Respostas dos funcionários
A greve é um instrumento legal, previsto na Consti-
tuição brasileira e direito de todos os trabalhadores.
Foi adotada como medida para tentar melhorar as
condições de trabalho na revista e foi precedida por
uma série de incansáveis diálogos por parte desta
equipe.
Segundo Case
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São vários os motivos que acabam por gerar um mo-
mento de crise, em que toda empresa pode passar.
Mas também, a figura pública atrelada as instituições
ou organizações governamentais, estão mais expos-
tas ainda a conviver com tal situação, porque vivem
sob os olhares e avaliação da opinião pública em atos
e respostas oferecido em grande escala pela mídia.
Elementos da crise
São quatro os elementos cruciais que envolvem a
instalação de uma crise de proporções considerá-
veis:
1 – Ameaça à organização
2 – Elemento surpresa
3 – Decisão de curto prazo
4 – Necessidade de mudança
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Crise é personalizada
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As crises que envolvem a figura política, são e sem-
pre envolverão uma pessoa. No cenário político, não
há uma crise punindo ou cobrando, se não houver
um personagem principal diretamente responsável.
Apenas par exemplificar, de forma muito rápida e
neutralizante, as últimas manifestações saíram do
preço dos transportes, do colo do prefeito, depois
do governador e foram se alocar na Presidente da
República. Que se viu obrigada
a utilizar, depois da instalação de um comitê gestor
de crise, um plano de comunicação na tentativa de
minimizar os efeitos, mas nem de longe resolvê-los.
Por que?
Porque nenhuma crise tem solução. Se administra,
tentando diminuir sua intensidade e impacto.
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O exemplo mais preciso deste momento desde a
ocorrência da crise até os cuidados de minimizar
seus efeitos, se assim podemos dizer, são os grá-
ficos de cauda longa como exemplificado na figura.
Em curto espaço de tempo o fato ganha alto im- pac-
to e, posteriormente, dilui-se em maior espaço de
tempo com menor relevância.
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As crises em cenários políticos ameaçam três variá-
veis distintas:
Qualquer fator que veementemente ameaçar um
dos três pilares de sustentação do ambiente politico,
colocando o personagem em risco, estará instalada
a crise. Há também um setor específico de estra-
tégias de comunicação, prevendo, e minimizando a
chegada do fato gerador do conteúdo que se trans-
formará no olho do furacão.
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Nucleo de comunicação
Minutos depois da instalação de uma crise, o que se
aciona após o comitê gestor é o núcleo de comuni-
cação que possui duas funções básicas iniciais:
A primeira é a comunicação interna, o que na maioria
das vezes, os rumores não direcionados e falas não
homogêneas pelo pessoal interno, ou mais próximo
do político, causa graves distorções quando ventila-
dos pela imprensa em forma de especulação. As-
sim, após uma ampla abordagem com alto grau de
esclarecimento para a equipe interna, trabalha-se a
comunicação externa como exemplifico abaixo:
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Plano de comunicação interna
O trabalho dessa pessoa é cuidar da segurança de todos
os funcionários e colaboradores, incluindo clientes, ven-
dedores, vizinhos e líderes da comunidade. Se uma cri-
se acontecer, como um incêndio ou um tiroteio em uma
escola, o diretor de comunicações internas trabalha com
a polícia e com oficiais de emergência para passar as
informações essenciais a todos os envolvidos, como fun-
cionários, equipes, professores, alunos e familiares. No
caso de uma figura pública, assessores diretos, ministros
ou secretaries de governo, devem municiar-se das mais
importantes informações e passar aos colaboradores do
gabinete, que transmitirão aos demais escalões e decidi-
rão o que deve ser levado a mídia em primeiro instante.
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Plano de comunicação externa
As relações com a mídia são uma das responsabilida-
des principais das relações públicas, então, esse tra-
ba- lho ficaria com o membro da equipe que possui
mais experiência nesse setor.
É importante cultivar um relacionamento aberto e de con-
fiança entre a empresa ou o político com os repór- teres
que fazem sua cobertura. Isso é feito por meio do envio
de histórias, ideias e comentários de especialistas para os
repórteres em todos os momentos, não apenas durante
as crises, para que as pautas possam serem melhor ava-
liadas além de estreitar o relacionamento com a imprensa.
Declaração oficial
Primeiramente se posta no site ou blog, a versão oficial
dos fatos que direciona o trabalho da mídia nas pergun-
tas em uma entrevista coletiva. Se empresa o porta-
-voz, se político, o próprio.
Eles devem estar preparados, com temas de discus-
sões determinados, para responderem às perguntas
difíceis que provavelmente aparecerão durante a en-
tre- vista. Palavras chaves e frases de impacto devem
fazer parte do material passado antes da entrevista.
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Mobilização sem veículos
de comunicação
No Brasil Junho de 2013, foi a primeira vez que se
mobilizou uma gigantesca massa, indo as ruas sem
a utilização dos veículos de comunicação tradicio-
nais, ou seja, jornais, rádio e TVs, ficaram a parte da
intensificação dos grupos que se reuniam indistinta-
mente, em bairros, cidades grandes e pequenas, ca-
pitais e até em rodovias. Como? Pela internet. Nas
redes sociais mais precisa- mente. Foram estas as
fomentadoras do agrupamento de milhões de jovens
pelo país e os tradicionais veículos apenas retrata-
vam o que ninguém quase acreditava que poderia
estar atingindo tais proporções.
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Hierarquia
Ainda vale lembrar que a característica de muitos e
muitos participarem por engajamento sem um orga-
nograma definido de funções, hierarquia e poder de
decisão (veja o poder sendo necessário até na busca
pelo poder) a horizontalização promovida pela redes
sociais, não avançam no fator preponderante que são
as soluções a serem aplicadas pós manifestações.
Em seu artigo de 25 de junho de 2013, Martha Gabriel
exemplifica a necessidade de chegar a algum lugar e
não apenas mostrar números.
“As características fundamentais das redes, resultaram em
uma horizontalização inquestionável de poder. No entanto,
se por um lado as estruturas de rede favorecem a distribui-
ção de poder, por outro,
as Redes horizontais apresentam um grau de complexida-
de maior para sua gestão, pois todos têm inicialmente, e
teoricamente, o mesmo poder. Nesses sistemas, a única
forma de se chegar a decisões que agreguem valor a to-
dos é por meio da negociação. Assim, a nova configuração
horizontal de poder é muito mais complexa do que as es-
truturas hierárquicas verticais”, diz a escritora.
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Deste ponto em diante, é mediar, negociar, propor ca-
minhos alternativos e se postar de forma a todos en-
tender que há uma vontade do político governante, en-
contrar a melhor e mais próxima solução frente ao que
vem sendo aclamado nas ruas. Existe uma momento
em que tudo deve ser mensurado, reavaliado e quiçá
abolido. O momento mais claro
é aquele em que o clamor popular intensificado por
uma multidão nas ruas, chacoalha as estruturas do
Poder.
“De estabilidade econômica ao povo que ele lhe retri-
buirá com a estabilidade política”.
Fonte:
NewsPlace.org
Midia G. Comunicação
O Globo
Blog de Caros Amigos
Martha Gabriel.com