2. 1.2 Mecanismos de defesa
específicos/imunidade adquirida
Assenta nos linfócitos que são dirigidos de forma especifica
contra um determinado tipo de agente agressor.
Existem dois tipos de linfócitos:
Linfócitos B e linfócitos T.
3.
4. Os linfócitos B são responsáveis pela imunidade humoral –
mediada por anticorpos.
Os linfócitos T são responsáveis pela imunidade celular –
mediada por células.
5. Maturação dos linfócitos:
- Adquirem moléculas específicas – receptores de antigénios
(molécula que se encontra na superfície dos organismos
patogénicos que desencadeia uma resposta de um linfócitos) –
que permite reconhecê-los, tornando-se imunocompetentes.
- Adquirem capacidade de distinguir o que é próprio do que é
estranho ao organismo.
7. 1. Ligação do antigénio ao receptor existente à superfície
dos linfócitos e lhe é complementar.
Activação dos linfócitos
2. Clonagem – após serem activados os linfócitos
multiplicam-se originando dois grupos diferentes de
clones.
Plasmócitos
Células - Memória
8. Plasmócitos:
- Possuem um retículo endoplasmático muito desenvolvido
responsável pela síntese de anticorpos
Interagem com os antigénios
de modo a neutralizá-los.
Células-Memória:
- Não actuam durante a resposta mas permanecem vivas e
assim estão prontas para responder caso o organismo volte a
reconhecer o mesmo antigénio novamente.
9. Anticorpo
Cada molécula de anticorpo tem uma estrutura única que
permite com que ela se ligue especificamente a um antigénio.
Mas todos os anticorpos possuem a mesma estrutura geral,
sendo também conhecidos como imunoglobulinas.
11. São formados por:
Quatro cadeias polipeptídicas que se encontram ligadas por
pontes de dissulfito (duas cadeias longas, cadeias pesadas, e
duas cadeias curtas, cadeias leves);
Uma região constante que não só interage com outros
elementos do sistema imunitário como determina a classe a
que pertence a imunoglobulina;
Uma região variável na porção terminal das cadeias leves e
pesadas. Esta confere a especificidade que caracteriza os
anticorpos.
12.
13. Antigénio
- São constituídos por determinantes antigénicos ou építopos
onde se ligam os anticorpos. A um antigénio podem ligar-se
vários tipos de anticorpos diferentes, conforme os diferentes
tipos de determinantes antigénicos que possui.
14. Complexo Antigénio - Anticorpo
Formam-se quando as
imunoglobulinas e os
antigénios se ligam.
Este complexo vai conduzir à
destruição dos agentes
estranhos ao organismo.
15. Actuação dos anticorpos/ inactivação dos antigénios
Neutralização – ligação dos antigénios ao anticorpo.
Nos vírus: resulta da ligação das imunoglobulinas a moléculas
indispensáveis à infecção das células pelo mesmo.
Nas bactérias: cobrem a sua superfície até que sejam
eliminadas por células fagocitárias.
Aglutinação – Formação de complexos de grandes dimensões
que são posteriormente fagocitados por macrófagos.
Precipitação – difere da aglutinação apenas no facto de se
realizar com moléculas dissolvidas. Quando as
imunoglobulinas se ligam formam complexos insolúveis que
são fagocitados.
16. Activação do sistema complemento – após a activação da 1ª
proteína do complemento pelo complexo é iniciada a
activação sequencial das outras proteínas. Algumas dessas
proteínas conduzem à lise da célula uma vez que aumenta a
porosidade da sua membrana.
Estimulação da fagocitose – os macrófagos possuem
receptores capazes de identificar anticorpos ligados a
antigénios e são estimulados a realizar a fagocitose.
20. A imunidade celular, para além de ser importante no combate
a agentes infecciosos tem ainda um papel importante em:
Reconhecimento e eliminação de células cancerosas;
Rejeição de implantes;
Transplante de órgãos (antigénios diferentes).
21. Memória imunitária
A resposta imunitária primária traduz-se pelo aumento da produção
de anticorpos para um determinado antigénio até atingir um valor
máximo, começando de seguida a baixar gradualmente.
O primeiro contacto com o antigénio provoca a proliferação e
diferenciação de células efectoras (Linfócitos T auxiliares, Linfócitos T
citolíticos, Linfócitos T supressores) e de células-memória.
As células – memória são responsáveis pela resposta imunitária
secundária mais rápida, de maior intensidade e de duração mais
longa, dado que o antigénio específico é reconhecido e há maior
eficácia na proliferação de células efectoras para o seu combate e
produção de mais células – memória.
As células efectoras duram apenas alguns dias enquanto as células –
memória podem viver muito tempo, ou até toda a vida, armazenadas
no baço e nos gânglios linfáticos, ficando o organismo hospedeiro
imune a esse agente patogénico.
22.
23. Imunização
A imunização é definida como a aquisição de protecção
imunológica contra uma doença infecciosa. Prática que
tem como objectivo aumentar a resistência de um
indivíduo contra infecções.
A imunidade pode desenvolver-se naturalmente, ou pode
ser induzida. Esta pode ser induzida através de vacinas
(imunidade activa) ou através da administração directa de
anticorpos específicos (imunidade passiva).
24. Vacinas
Uma vacina é uma substância derivada, ou quimicamente semelhante, a
um agente infeccioso particular, causador de doença. Esta substância é
reconhecida pelo sistema imunitário do indivíduo vacinado e suscita da
parte deste uma resposta que o protege de uma doença associada ao
agente. A vacina, portanto, induz o sistema imunitário a reagir como se
tivesse realmente sido infectado pelo agente.
Não são 100% seguras
Actualmente, recorrendo á engenharia genética, é possível produzir
proteínas de alguns microrganismos que, por terem actividade antigénica,
funcionam como vacinas mais seguras.
Alem disso estão a ser desenvolvidos alimentos transgénicos capazes de
produzir moléculas que funcionam como vacinas.
25. Soros
Os soros promovem uma imunização passageira. Isto porque
os anticorpos contidos nos soros combatem as toxinas antes
que elas activem o sistema imunitário da pessoa; com o
tempo, o nível de anticorpos reduz-se no organismo até
desaparecer. O soro não estimula a produção de anticorpos, e
sua acção é preventiva, diferente da vacina que estimula a
produção de anticorpos pois é inoculado no anticorpo um
antigénio atenuado ou morto e sua acção é preventiva e
duradoura.
26.
27. 1.3 Desequilíbrios e Doenças
Resultam do rompimento do equilíbrio dos mecanismos de
regulação do funcionamento do sistema imunitário.
São traduzidos de forma mais violenta devido a uma
hipersensibilidade do sistema imunitário ou a
imunodeficiências.
28. Alergias
São respostas exageradas a determinados antigénios do
meio ambiente, alergénios, devido a uma
hipersensibilidade do sistema imunitário.
29.
30. Doenças Auto-Imunes
As doenças auto-imunes ocorrem quando o sistema imunitário
se torna hipersensível a antigénios específicos das suas
próprias células ou tecido.
Exemplos:
Diabetes insulino-dependente, esclerose múltipla, lupús,
artrite reumatóide.
31. Imunideficiência
Redução da capacidade imunitária para combater agentes
patogénicos
Inata Adquirida
(Ausência de (Destrói os linfócitos TH e
linfócitos B e T) macrófagos)
Sobrevive em condições Enfraquece o sistema imunitário
completamente esterilizadas Exemplos: SIDA