2. A Terra conta já com cerca de 4.600 Milhões de anos! E neste vasto período de tempo, a Terra e a Vida não pararam de se transformar! Hoje com o auxílio dos fósseis, das rochas e das paisagens geológicas, conhecemos cada vez melhor a longa história do nosso planeta azul e da nossa região.
3. A Terra é um planeta em transformação! Se no espaço de um ano ocorrem tantas variações no nosso Mundo, tais como: inundações, sismos, vulcões, tempestades, aluimentos de terras, alteração das praias, entre muitas outras, durante um intervalo de tempo tão grande ocorrerão muitas mais. Estas modificações incessantes são devidas a fontes de energia que podem ser externas (Sol)e/ou internas (radioactividade natural das rochas), e condicionam tudo o que existe à superfície do planeta azul - as rochas da litosfera, as águas da hidrosfera, os gases da atmosfera e os seres vivos da biosfera. A maior parte destas transformações desapareceu sem deixar rasto. Contudo, algumas vezes ficaram preservadas e são testemunhos do passado, funcionando como documentos históricos que nos ajudam a reconstituir o passado do nosso planeta. Mas então…
6. As rochas constituem o “livro” onde se escreve a história da Terra; os fósseis são as “palavras”, muitas vezes frases incompletas, e, por isso, é fundamental saber interpretá-las. TrilobiteDalmanitessocialis, Ordovícico.Local: Buçaco.
7. A Ciência que estuda os fósseis é a Paleontologia [nome que deriva do grego palaios (antigo)+ontos (ser)+logos (tratado)]. Esta ciência estuda os organismos que viveram no passado da Terra sob todos os aspectos. Procura especialmente conhecer as relações entre os seres vivos, entre estes e o meio ambiente, e a sua ordem no tempo.
8. A Paleontologia pretende conhecer do modo mais completo possível os seres vivos que antecederam os actuais: o seu modo de vida, as condições ambientais e bióticas nas quais se desenvolveram, as causas da morte ou da sua extinção, e as possíveis relações evolutivas entre eles.
9. Fósseis (do latim fossilis) são os restos materiais de antigos organismos ou as manifestações da sua actividade, que ficaram preservados nas rochas em que se depositaram.
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11. manifestações de actividadesão de dois tipos: a)vestígios orgânicos, como estruturas reprodutoras (ovos, sementes, esporos, pólenes, etc.), excrementos e restos de construções orgânicas; b)rastos, como pegadas ou impressões de outras partes do corpo (dentadas, por exemplo), pistas, galerias abertas em rochas, esqueletos ou troncos, etc.
12. Para queservemosfósseis? Os fósseis são muito importantes para saberes e entenderes a vida das gerações passadas. Através das camadas das rochas podemos saber mais ou menos a idade da Terra e dos seres vivos.
13. Como se formam os fósseis? De um modo geral, os organismos são completamente destruídos após a morte e num determinado espaço de tempo, processo este que se designa por decomposição. Estes são decompostos pela acção combinada de: organismos decompositores (geralmente microorganismos); agentes físicos (alterações de pressão e temperatura) e agentes químicos (dissoluções, oxidações, entre outros).
14. Por vezes, os restos orgânicos ficam rapidamente envolvidos num material protector que os preserva do contacto com a atmosfera, da água e da acção dos decompositores. Este processo é raro (acontece em menos de 1% das situações), complexo e geralmente só as partes duras (troncos, conchas, carapaças, ossos e dentes) fossilizam. A fossilização é um processo muito lento e complexo!
15. De acordo com as condições do ser vivo e do meio, podem ocorrer diversos tipos de fossilização. Podemos classificar, simplificadamente, estes processos em três grupos:
16. Moldagem – o organismo imprime um molde nos sedimentos que o envolvem. As partes duras dos organismos acabam por desaparecer deixando nas rochas as suas marcas. Certos orgãos de pequena espessura, como folhas, podem fossilizar num tipo de moldagem chamado impressão. Impressão de folhas em sedimentos Molde interno de Gastrópode
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18. Mineralização - os materiais originais que compõem o ser vivo são substituídos, partícula a partícula, por substâncias minerais, mantendo as características do organismo. Trilobite fóssil denotando-se uma elevada perfeição Troncos de árvores mineralizados
19. Consiste no preenchimento das partes duras de um organismo por minerais transportados em solução nas águas subterrâneas e que precipitam, como a sílica e a calcite. Os minerais, devido a elevadas condições de pressão, acabam por cimentar e formar uma rocha.
20. Conservação (ou mumificação)- o material original do ser vivo conserva-se parcial ou totalmente. Ocorre quando o ser vivo é envolvido totalmente por uma substância (resina, gelo) que impede a sua decomposição. Garra de ave (Moa) com partes moles preservadas. A preservação ocorreu no interior de uma gruta com atmosfera seca e estéril. Mamute preservado em gelo descoberto na Sibéria. O gelo interrompe a actividade dos microorganismos decompositores e retarda a decomposição físico-química. Mosquito preservado em âmbar. O âmbar isola o organismo do contacto com o exterior.
21. Icnofósseis (marcas fósseis): pegadas, marcas de reptação, rastos, ninhos, fezes, que constituem evidências da actividade do ser vivo cuja marca não foi destruida. Abaixo vê-se uma pegada de um dinossáurio carnívoro (Terópode).
22. As trilobites eram artrópodes marinhos que viveram exclusivamente nos mares do Paleozóico. Extinguiram-se antes do aparecimento dos dinossauros. As Trilobites eram artrópodes, tal como os insectos, as aranhas, os caranguejos e as lagostas.
29. Os fósseis de Estromatólitos são os fósseis mais antigos que se conhecem. Tiveram origem em algas microscópicas e encontram-se em África do Sul e na Austrália, respectivamente com cerca de 3200 e 3600 milhões de anos.
30. As amonites eram moluscos que se extinguiram na mesma altura dos dinossauros. Chegavam a atingir um metro de diâmetro e a pesar até 100Kg. Alguns parentes mais próximos ainda vivem actualmente, como é o caso do Nautilus.
33. Os dinossauros surgiram em nosso planeta na Era Mesozóica, conhecida por isso como Era dos Grande Répteis. Esta era durou desde há 240 milhões até há 65 milhões de anos atrás. Os dinossauros surgiram há aproximadamente 220 milhões de anos, e dominaram o planeta durante toda a Era Mesozóica. Pesando, na maioria dos casos, toneladas, os enormes répteis alimentavam-se de carne, frutas, plantas e de insectos.
39. "Fóssil vivo" "Fóssil vivo" é uma expressão utilizada informalmente para qualificar organismos de grupos biológicos actuais que são morfologicamente muito similares a organismos dos quais há conhecimento apenas do registo fóssil. Frequentemente, os "fósseis vivos" pertencem a grupos biológicos que no passado geológico da Terra foram muito mais abundantes e diversificados que actualmente. Comparando as baratas de hoje com as do passado elas mudaram muito pouco
40. Ginkgobiloba, de origem chinesa, é uma árvore considerada um fóssil vivo. É símbolo de paz e longevidade, por ter sobrevivido as explosões atómicas no Japão.
41. Fósseis de Idade São os que tiveram uma ampla distribuição geográfica num curto espaço de tempo. Quando descobrimos um fóssil de idade... Permite-nos saber a idade da rocha em que se encontra. Ex: Trilobites, por terem vivido em curtos Períodos da Era Paleozóica, datam todos os terrenos onde se encontram, como sendo desses Períodos.
42. Fósseis de Fácies Permitem-nos caracterizar ou reconstituir ambientes passados. Ex: Rochas com Amonites, encontradas em zonas afastadas do mar, permitem concluir que estas se formaram em ambiente marinho.