1.
A FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES EM TIC:
QUE PERFIL DE FORMADOR?
TESE DE DOUTORAMENTO EM EDUCAÇÃO
Área de Especialização de Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação
ORIENTAÇÃO: PROFESSOR DOUTOR FERNANDO ALBUQUERQUE COSTA
Maria Helena dos Santos Vieira Felizardo
2 de dezembro de 2019
3.
Conjuntura de mudança
Acelerado desenvolvimento tecnológico
ERA DIGITAL
Necessidade de desenvolver novas
competências dos professores, para
utilização pedagógica das TIC
Introdução
Formação contínua de
professores na área das TIC
Formadores TIC
Necessidade de reparar os alunos
para o mundo atual (autonomia;
formação ao longo da vida…) Pardal Martins, 2005;
Kartensi & Rabi, 2008;
Moreira, Lima & Lopes, 2009;
Almeida & Valente, 2011;
Costa, 2004, 2009, 2010, 2012;
Felizardo & Costa, 2012;
Alves Santos & Freitas, 2017.
Integração curricular das TIC
Inovação de práticas pedagógicas
Dificuldades em preparar os
professores para os desafios
da integração curricular das
tecnologias digitais.
CONTEXTO E TEMÁTICA DO ESTUDO
4.
Que saberes e competências são essenciais ao formador da formação contínua de professores na
área das TIC para o exercício das funções que desempenham junto dos professores, no sentido
de os levar a uma utilização esclarecida, refletida e proficiente das tecnologias digitais, a fim de
melhorarem a sua prática pedagógica?
Que perfil de formador?
PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO
Introdução
5.
Introdução
• O que pensam os professores sobre as competências dos formadores e sobre a
qualidade da formação?
• O que pensam os formadores sobre a fc que tem sido desenvolvida na área das
TIC; sobre o papel que desempenham como formadores e sobre a formação que
lhes tem sido facultada?
• O que pensam os diretores de CFAE sobre a oferta de formação desenvolvida
pelos CFAE os constrangimentos à eficácia dessa e sobres as competências e a
formação que julgam ser necessárias aos formadores?
Quais os aspetos referentes a
conhecimentos e competências que
estes formadores devem possuir?
Para poderem apoiar os professores a desenvolverem as
suas competências no domínio da utilização pedagógica
das tecnologias digitais.
Auscultação dos
principais intervenientes
da fc de professores na
área das TIC.
OBJETIVOS /QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO
6.
Plurais; Diversificados; Diversos
Específicos; Teóricos; Práticos.
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES
Enquadramento teórico
DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL
FORMAÇÃO
CONTÍNUA
Marcelo, 1992;
Ponte, 1998;
Day, 2001;
Baptista, 201;
Oliveira, 2012.
Boyatzis,1982;
Le Boterf, 2003;;
Bilhim, 2006;;
Ceitil, 2006.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
DOS PROFESSORES
European Commision, (2013)
Supporting Teacher Competence Development
Conheci-
mentos Habilidades
Atitudes
COMPETÊNCIA
SABERES
PROFISSIONAIS
Tardif, 2002;
Perrenoud, 1999;
Timperley, 2011;
Gauthier, Bissonnettte & Richard, 2016.
Dewey, 1933;
Stenhouse, 1975;
Shön, 1987;
Imbernón, 1994;
Mialaret, 1995;
Ferreira, 2006;
Alarcão, 2007;
Herdeiro & Silva, 2008;
Roldão, 2011;
Alvarez, 2013;
Leite & Pinto, 2016.
7.
Desenvolver a
competência digital
dos professores
Enquadramento teórico
Contexto de
mudança
Era digital
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES
ICT Competency Standards for Teacher (ICT-CST), (UNESCO, 2018)
DigCompEdu , (Redecker, 2017 – Comissão Europeia)
Plano Tecnológico da Educação - PTE (2007)
Projeto Competências TIC – Estudo de Implementação. (Costa (Coord.), 2008 - GEPE)
Portugal INCoDe.2030 (2017)
Défice de ações relacionadas com a utilização das TIC
para fins pedagógicos.
(Pardal e Martins, 2005; Moreira et al., 2009; Almeida & Valente, 2011; Costa2004,
2009, 2012; Felizardo 2012; Felizardo & Costa 2012, 2014).
Esforços desenvolvidos não obtiveram o impacto
esperado ao nível da integração das tecnologias nas sala
de aula.
(Estrela, 2001; Costa, 2004, 2009; Peralta & Costa, 2007; Miranda, 2007; Costa e Viseu,
2008; Almeida & Valente, 2011; Alves, Santos & Freitas, 2017).
Coen, 2012; Felizardo, 2012 Santos e Carvalho, 2009; Gentil & Verdon, 2004; Peixoto
& Carvalho, 2014; Nogueira, Pessoa $ Galelo, 201; Abboud-Blanchard $ Emprin, 2009
FORMADORES DA ÁREA DAS TIC
• Falta formação especifica para o exercício desta função
• Utilização limitada das TIC em contexto pedagógico
• Dissociação entre dimensão técnica e dimensão pedagógica;
• Falta articulação teórica e metodológica (formação limitada à
apropriação técnica).
8.
Metodologia
NATUREZA DO ESTUDO
Propósito do estudo:
Aprofundar a reflexão sobre os aspetos nucleares à função do formador para uma atuação eficaz, no contexto
do desenvolvimento profissional contínuo dos professores na área das TIC, a partir das perspetivas dos seus
principais intervenientes.
Estudo 1
Professores
Inquérito por
questionário
Estudo 2
formadores
Entrevista em
grupo
Estudo 3
Diretores de
CFAE
Entrevistas
individuais
Métodos
Paradigma interpretativo
Técnicas predominantemente
qualitativas
Coutinho, 2011;
Creswell & Clark, 2017;
Lukas & Santiago, 2004;
Lessard-Hérbert, Goyette & Bout6in, 2005;
9.
ESTUDO 1
Auscultação dos professores
Instrumento: O questionário permitiu proceder a uma recolha de dados extensiva sobre a
perceção dos professores de todo o pais, dos vários níveis de ensino e grupos disciplinares.
Objetivo: identificar e caracterizar as perceções dos professores portugueses sobre a ação e as
competências dos formadores na área das TIC e a qualidade da formação efetuada nesta área
Estatística descritiva
Análise fatorial
1578
respostas válidas
Procedimentos: Formulário online enviado por e-mail, com pedido de colaboração aos diretores de
todas as escolas/agrupamentos do pais. Entre 15 de abril e 29 de maio de 2015
Tratamento de dados
Metodologia
10.
ESTUDO 2
Auscultação de formadores
Guião de entrevista:
Sete temas (tópicos de discussão),
desdobrados em questões
orientadoras
Procedimentos:
Dia 3 de dezembro de 2015,
Duração de 85 minutos
Escola Básica da Zona Centro
Objetivo: Recolher as perspetivas de formadores da formação continua de professores na área das TIC sobre a
formação desenvolvida pelos CFAE e o trabalho que desenvolvem junto dos professores como formadores.
Focus Group
Vantagem: fazer emergir a
trocas de opiniões, a partir das
interações dos participantes,
permitindo um nível de análise
mais profundo dos temas
explorados.
Participantes
6 formadores
experientes.
Tratamento dos dados:
Análise de conteúdo
Metodologia
11.
ESTUDO 3
Auscultação de Diretores de CFAE
Objetivo: Recolher as perspetivas de diretores de CFAE sobre a formação desenvolvida pelos CFAE ao
nível da formação continua de professores na área das TIC.
Procedimentos:
Por videoconferência (Skype)
Entre 14 de outubro e 12 de dezembro de 2016
Entre 35 e 90 minutos
Guião de entrevista:
Composto por 3 temas, num total de 11
questões
Entrevista Individual
Participantes
10 Diretores de
CFAE.
Tratamento dos dados:
Análise de conteúdo
Metodologia
12.
ESTUDO 1 Perceção dos professores
Resultados
Quadro síntese da perceção dos professores DT / D C / CT S/O
D1 - Perfil de competências do formador
F1: Conhecimentos disciplinares, didáticos e transversais 13,9% 83,9% 3,3%
F2: Competências metodológicas inerentes à função de formador 24,0% 72,1% 4,1%
F3: Competência reflexiva teórico-prática 25,6% 65,9% 6,8%
D2 - Avaliação da formação
F1: Contributos da formação p/ a Integração das TIC e para a inovação 28,2% 68,1% 3,5%
F2: Qualidade da formação efetuada 25,0% 70,0% 5,0%
• Perceção bastante positiva sobre as
competências dos formadores,
sobretudo as competências referentes
aos fator 1 – conhecimentos
disciplinares, didáticos e transversais;
• Perceção bastante positiva sobre a
formação desenvolvida pelos CFAE,
com algumas questões menos
consensuais.
Item 30 - 45,5% concordância / 7,6% S/O.
[A fc em TIC não responde às necessidades reais]
Item 22, - 88,3% concordância / 1,2% S/O
[A fc em TIC estimula a inovação de práticas pedagógicas]
13.
ESTUDO 2
Perceção dos formadores
Resultados
Ideias claras
Propósito da FC em TIC
Constrangimentos à ITIC
Papel do formador e dos CFAE
Ideias pouco claras
Estatuto do formador
Formação de formadores
Ideias contraditórias
Entre as competências que
julgam necessárias aos
professores (ao nível das
atitudes) e o trabalho que
desenvolvem com foco na
competência técnica.
14.
ESTUDO 3
Perceção dos Diretores de CFAE
Resultados
Constrangimento à integração das TIC
PROFESSORES
competências e atitudes
Foco da formação TIC
Componente didático-
pedagógica
Componente
técnica
SOBRE OS FORMADORES
- Revelam uma visão positiva do
desempenho dos formadores;
- Valorizam as competências pessoais e
interpessoais;
- Revelam pouca/nenhuma reflexão
sobre o estatuto e formação dos
formadores;
- Têm pouca/nenhuma intervenção no
recrutamento de formadores;
- Os formadores disponíveis
condicionam a oferta de formação.
15.
Conclusões
Síntese conclusiva – Perspetivas dicotómicas
No entanto, parece não ir ao encontro das
suas reais necessidades, nem das escolas, nem
dos seus projetos educativos e do trabalho
que desenvolvem em sala de aula.
A formação desenvolvida tem muita qualidade,
os formadores são muito competentes.
A formação contribui para a integração das TIC
e para a inovação em sala de aula.
Professores Formadores
O formadores consideram que as
competências mais necessárias aos
professores são do âmbito das atitudes.
No entanto, as competências sobre as quais
focam a formação que desenvolvem são do
âmbito da competência técnica.
16.
Conclusões
Diretores
CFAE
Professores
Formadores
Síntese conclusiva – Pontos convergentes/divergentes
Perceção positiva do trabalho desenvolvido pelos CFAE e
pelos formadores TIC
Descontextualização da formação face às necessidades das
escolas e professores
Professores Formadores e
diretores
Competências mais relevantes
dos formadores
Conhecimentos Atitudes
Maior constrangimento à Integração das TIC
Competências e atitudes dos professores
17.
Conclusões
QUE PERFIL DE FORMADOR?
Para gerir a complexidade inerente a todo
o processo de formação e desenvolvimento
profissional dos professores,
o formador
Intervir ao nível do processo de
diagnóstico de necessidades
Desenvolver práticas de
diferenciação pedagógica
Promover práticas de trabalho
colaborativo e de reflexão
sistemática
Líder
Pioneiro
(Redecker, 2017, p.30)
Identificar e ultrapassar
problemas, de modo a que a sua
ação produza mudanças
Ir ao encontro das reais
necessidades de cada formando
(técnicas ou metodológicas)
Melhorar a qualidade e a
eficácia da formação que
desenvolve
Prof. Doutor Feliciano Veiga Prof. Doutor Bento Silva Profª Doutora Margarida Lucas Prof. Doutor Luís Tinoca Profª Doutora Joana Vieira Prof. Doutor Fernando Costa
Esta investigação insere-se no contexto da formação contínua de professores na área das TIC.
Começaremos por fazer uma introdução para contextualizar o estudo; depois destacaremos alguns aspetos relevantes do enquadramento teórico. Seguidamente abordaremos sucintamente a metodologia adotada. Depois faremos uma síntese dos principais resultados obtidos e finalmente as conclusões.
Numa conjuntura de mudança, em que o desenvolvimento das tecnologias tem vindo a provocar alterações sociais, na forma como as pessoas acedem à informação, como comunicam, como se relacionam, como trabalham e tb como aprendem, a escola deve formar alunos autónomos, capazes de lidar com estas mudanças, com as incertezas do futuro e capazes de serem flexíveis e de aprender ao longo de toda a vida, sendo a competência digital fundamental. No entanto, para que a tecnologias entrem na sala de aula, é necessário que os professores desenvolvam novas competências para que possam implementar metodologias que integrem essas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem, à semelhança do que acontece no mundo fora da escola, em que a tecnologia faz parte do dia-a-dia. Neste contexto, a formação contínua pode ser decisiva, como um investimento necessário no desenvolvimento pessoal e profissional dos professores. No entanto, na área das TIC existe consenso dos autores de que a formação não tem sido eficaz de promover a integração das TIC em sala de aula.
Assim, da muitas variáveis que podem influenciar a formação continua de professores na área das TIC, centrámo-nos no formador, por considerarmos que este pode ter um papel preponderante no desenvolvimento profissional contínuo dos professores. Que Perfil de formador?
[E porque tb, na sequência de estudo anterior, em que tivemos a oportunidade de caraterizar os formadores na área das TIC, ligados aos CFAE, constatamos que esses formadores não tinham uma formação especifica para o exercício desta função, questionámo-nos sobre o perfil do formador….]
Para aprofundar a nossa reflexão sobre o papel dos formadores e inferir aspetos nucleares à função desses profissionais, equacionámos como estratégia a auscultação dos principais intervenientes da formação continua de professores - Professores, Formadores e diretores de CFAE. Esta estratégia teve como propósito obter diferentes pontos de vista. 1 – o que pesam os professores sobre… (i) as competências dos formadores; (ii) a qualidade da formação efetuada pelos CFAE na área das TIC. 2 – o que pensam os formadores sobre… (i) a formação contínua de professores desenvolvida na área das TIC: (ii) o papel que desempenham, como formadores, junto dos professores em formação; (iii) a formação que lhes tem sido facultada como formadores nesta área; (iv) as competências que julgam ser necessárias para o exercício das suas funções. 3 - o que pensam os diretores de CFAE sobre a formação desenvolvida, nomeadamente sobre: (i)) os constrangimentos à eficácia da formação desenvolvida na área das TIC; (ii) as condicionantes relacionadas com os formadores TIC, na oferta de formação desenvolvida nesta área; (iii) as competências e a formação que julgam ser necessárias aos formadores para o exercício das suas funções. …
Para fazer o enquadramento teórico deste estudo, considerámos importante compreender, em primeiro lugar, os aspetos fundamentais do desenvolvimento profissional dos professores, Relativamente ao conceito de competência, constatamos que tem sofrido várias desenvolvimentos e influências ao longo do tempo. Que existem várias abordagens e denominações, dependendo dos autores. No entanto existem pontos comuns. Os autores agrupam as competências pelas suas caraterísticas. A Comissão Europeia agrupa as competências especificas dos professores em 3 conjuntos: Conhecimentos, habilidades e atitudes. Parece-nos importantes destacar que as competências se concretizam na ação, dependem do contexto e é a capacidade de combinar e coordenar as várias competências que permite um desempenho superior. As competências, quando atribuídas aos professores tornam-se complexas, pois os saberes profissionais dos professores são específicos, plurais, diversificados; teóricos; práticos – São saberes disciplinares, curriculares, experiência da ação pedagógica (Tardif). São construídos, relacionados e mobilizados, de acordo com as exigências da atividade profissional. Alguns autores apontam algumas fragilidades/dificuldades dos professores ao nível da reflexão, da articulação teoria-prática e do trabalho colaborativo. Registar estas fragilidades pareceu-nos importante, na medida em que existe consenso dos autores de que a reflexão tem um papel fundamental na prática docente e que é nela que assenta a articulação entre a teoria e a prática (Roldão). Timperley/Alvarez afirmam mesmo que os conhecimentos adquiridos na formação inicial são insuficientes / superficiais. Deste modo, parece-nos que a formação contínua pode ser muito importante para colmatar lacunas da formação inicial e contribuir para o DP dos professores.
NOTA: [começando por distinguir conceitos que são muitas vezes utilizados como sinónimos, como a formação contínua e desenvolvimento profissional} [O desenvolvimento profissional tem um sentido mais lato e abrangente do que a formação contínua. Existe no DP uma maior interligação com a prática, inclui as aprendizagens informais, para além das aprendizagens formais, tem uma natureza contínua ao contrário da formação contínua que é, geralmente, localizada no tempo e pontual. Também o papel do professor é diferente, sendo mais ativo no DP, sendo o professor responsável pela gestão dos seus conhecimentos.]
Alvarez e Imbernóm falam de alienação profissional dos professores, referindo que os conhecimentos teóricos dos professores nem sempre são suficientes para sustentar a reflexão sobre a prática (professores seriam remetidos à função de executores/gestores do currículo).
Quando falamos da competência no singular, referimo-nos, de uma forma ampla, à articulação e coordenação de conhecimentos, habilidades e atitudes que permitem o desempenho de uma função. Pode ser feito um juízo de valo – ser competente ou não ser competente.
No que diz respeito ao desenvolvimento profissional dos professores na área das TIC, o contexto de mudança decorrente do desenvolvimento da tecnologia e do seu uso, presente em todos os segmentos sociais traz enormes desafios para a educação, para escola e para os professores. A escola tem de se adaptar a mudanças cada vez mais rápidas que vão exigindo competências mais amplas. Para que a escola possa responder aos desafios da sociedade de hoje é preciso desenvolver a competência digital dos professores. A União Europeia tem desenvolvido esforços no sentido de contribuir para uma estratégia de desenvolvimento profissional dos professores, tendo emitido orientações e construindo referenciais. Em Portugal tb foram sendo desenvolvidos alguns esforços. Entre eles o Plano Tecnológico da Educação (PTE); O Projeto Competências TIC que deu origem ao sistema de formação e certificação de competências TIC para professores e não docentes. No entanto, os esforços desenvolvidos….. Relativamente aos formadores, sobre os quais nos debruçamos, em particular neste estudo, os autores referem…
A problemática em estudo é de uma grande complexidade, que se prende com as múltiplas condições que afetam o desenvolvimento profissional dos professores e os inúmeros fatores que influenciam a integração das TIC. Neste contexto a identificação dos aspetos nucleares da função do formador decorre de um processo de análise, a partir de perspetivas de diferentes intervenientes do desenvolvimento profissional dos professores. O primeiro estudo, a auscultação aos professores, enquadra-se numa matriz de cariz quantitativo devido ao instrumento selecionado – o inquérito por questionário [com vista a uma auscultação mais extensiva dos professores portugueses] Os dois estudos subsequentes, a auscultação aos formadores e diretores de CFAE são de cariz qualitativo [para um maior aprofundamento da temática em estudo}. - Esta investigação utiliza diferentes métodos, de acordo com os objetivos de cada fase da pesquisa, No entanto é predominantemente qualitativa, pelo que se enquadra num paradigma interpretativo, uma vez que é caraterizada pela subjetividade inerente à sua dimensão social, centrada nas ações humanas e significados atribuído pelos atores que auscultámos.
O primeiro estudo teve como objetivo
O Estudo 2 teve com o objetivo…
[Participantes – 6 formadores – grupo suficientemente pequeno para que todos pudessem partilhar as suas perceções sobre cada tópico/questão; suficientemente grande para fornecer diversidade de perceções Formadores de diferentes grupos disciplinares e diferentes níveis de ensino. Experientes, para apresentarem uma maior riqueza de vivências, maior maturidade e reflexão sobre as suas práticas.]
O estudo 3 teve como objetivo…
[A entrevista semiestruturada permitiu que todos os participantes respondessem a um conjunto de questões predefinidas, mantendo, no entanto, um elevado grau de flexibilidade, de modo a adaptar a entrevista a cada um dos participantes (incluindo a alteração da ordem das questões; viabilizar a comprovação e o esclarecimento de respostas); permitiu uniformizar a recolha de dados ao longo das várias entrevistas, dando espaço para o aprofundamento ou recuperação de informação relevante no decorrer das mesmas. Participantes – 10 diretores de CFAE de vários pontos do norte ao sul do país (representando de várias realidades do país (3 da região Norte, 4 da região centro e grande Lisboa, 3 da Região sul). Metade eram tb formadores TIC]
Relativamente aos resultados…
- Mais de metade dos profs inquiridos consideram que a formação não vai ao encontro das suas reais necessidades. - A Esmagadora a maioria considera qua a formação em TIC estimula a inovação de práticas pedagógicas.
NOTA: Da caracterização dos respondentes: a maioria são mulheres (74%) (25% homens) e que 60% têm mais de 45 anos. ]Nota: conhecimentos. São competências tradicionalmente consideradas mais importantes na função docentes (ou mais facilmente percecionadas). As competências dos outros fatores são mais subjetivas no espaço e tempo da formação ou menos valorizadas. Esta perceção dos professores pode revelar que estes possuem uma visão do seu papel ainda muito centrado na transmissão de conteúdos.] A perceção manifestada pelos professores resulta, naturalmente, do entendimento que cada um possui sobre os conceitos de integração curricular e de inovação pedagógica.
Ler slide
NOTA: Propósito – capacitação técnica dos professores, mas tb referem a indução de novas metodologias Constrangimentos – descontextualização da formação face ao trabalho desenvolvido nas escolas; frequência por falta de alternativas, heterogeneidade dos grupos de formandos; tempo da formação pós-laboral - dificultam o trabalho dos formadores. Estatuto - Identificam-se como professores da sua disciplina Formação - Identificam lacunas no recrutamento e formação de formadores. No entanto, valorizam a formação que advêm da experiência, consideram-se autodidatas. Competências dos profs - Atitudes – abertura, confiança, autoestima, ousadia, aceitar desafios, motivação, predisposição para a aprendizagem e autoaprendizagem. Necessidade – medo, insegurança (sem referência a competência técnica)
SLIDE
Sobre formadores: NOTA: Valorizam as competências pessoais e interpessoais dos formadores – capacidade de comunicar, ser assertivo, capaz de motivar e trabalhar em pares. Reconhecem a escassez de formação de formadores. Nunca pensaram muito nisso. Consideram que a formação de formadores deve ser da responsabilidade dos CFAE (tais como os formadores) -podendo haver articulação com a DGE e as Universidades. Referem tb a vantagem de haver formação internacional .
NOTA: Os profs não valorizam as TIC, nem as associam a mudança de metodologias (necessário mudança nas crenças e atitudes face ao processo de ensino aprendizagem) Não desenvolvem a competência técnica necessária como seria de esperar depois de toda a formação que tem frequentado. Falta de competências SOFT SKILLS (traços de personalidade) Necessidade de se articular e aprofundar os vários saberes necessário aos professores (que não se prendem apenas com o domínio da tecnologia)
SLIDE…
Ler slide
NOTA: Perceção positiva do trabalho desenvolvido pelos CFAE [ao longo das últimas décadas, desde que os CFAE surgiram no nosso país, na sequência do 1º regime jurídica da formação contínua de professores de educadores, o decreto-lei 249/92] NOTA: Parece haver uma falha no diagnóstico de necessidades - Diretores referem desfasamento entre o levantamento de necessidade e formação proposta pelas escolas e a formação onde se inscrevem os professores. NOTA: Os profs não valorizam as TIC, nem as associam a mudança de metodologias (necessário mudança nas crenças e atitudes face ao processo de ensino aprendizagem) Não desenvolvem a competência técnica necessária como seria de esperar depois de toda a formação que tem frequentado. Falta de competências SOFT SKILLS (traços de personalidade) Necessidade de se articular e aprofundar os vários saberes necessário aos professores (que não se prendem apenas com o domínio da tecnologia)
Ler slide + Os formadores devem ainda situar-se na escala mais elevada do modelo de progressão das competências digitais dos educadores, o que no Quadro comum para a competência digital (DIG COMP EDU) se situa nos níveis de proficiência mais elevada. O de líder e de pioneiro.
NOTA: [Os saberes dos formadores não se podem limitar aos saberes específicos das tecnologias, estes devem possuir saberes curriculares, disciplinares, didáticas, metodológicos, saberes de formação, sobre o desenvolvimento profissional dos professores].
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