Seminários do LabPC I: Design Computacional (Aula 03)
II Ciclo de Conferências Arte e Tecnologia
1. II Ciclo de Conferências Arte e Tecnologia
Isto não é (e nunca foi) um telefone?
Prof. Hugo Cristo, Msc. - Mestre em Psicologia pelo ppgp-ufes
Departamento de Desenho Industrial - car/ufes (em breve)
www.hugocristo.com.br / hugocristo@gmail.com / follow @hugocristo
3. Isto não é
(e nunca foi)
um telefone?
Robert Hooke: Telefone de cordel (séc XVII) // Dom Gauthley: sistema de propagação da voz por
tubos metálicos (1682) // Michael Faraday: vibrações em peças de ferro podem ser convertidas em
impulsos elétricos (1831) // Charles Wheatstone: transmissão de tons musicais por meio de hastes
metálicas // Samuel Morse: telégrafo (1844).
4. Isto não é
(e nunca foi)
um telefone?
Patente de Alexander Graham Bell (1876): “método e o aparelho para transmitir a voz e outros sons
telegraficamente [...] pelas variações da corrente elétrica, similares na forma às variações do ar, que
acompanham cada palavra pronunciada ou outros sons.”
5. Isto não é
(e nunca foi)
um telefone?
Patente do telephonio por Elisha Gray (1876): “1) o instrumento que transmites os sons; 2) os fios
condutores que vão a uma distância determinada; 3) o aparelho que recebe os sons transmitidos.”
6. Isto não é
(e nunca foi)
um telefone?
Chamadas realizadas principalmente por operadores em centrais telefônicas manuais até o início
do séc. XX // Padre brasileiro Landell de Moura: pioneiro na tranmissão de sinais telefônicos sem
fio em 1893, entre a Av. Paulista e o alto de Santana (8Km);
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10. Isto não é
(e nunca foi)
um telefone?
O Brasil adota em 1984 o modelo americano amps de telefonia celular analógica e o serviço torna-
se disponível no rj e bsb (1990), rs (1992), ba e sp (1993). O número de usuários brasileiros salta de
667 em 1990 para 157.501.813 em Maio/2009, atingindo uma proporção de 82,44 celulares para cada
100 habitantes. (Fonte: Teleco)
eua: 136.8 // Finlândia: 160.22 // Venezuela: 118,72 // Índia: 32.60 // China: 32.60 (Fonte: ITU)
11. Isto não é
(e nunca foi)
um telefone?
O que é Telefonia Celular: dispositivo (hardware) que somado a programas de computador (software),
estrutura física de transmissão e recepção de dados e serviços de atendimento e gestão, compõe a
chamada telefonia celular móvel.
12. Isto não é
(e nunca foi)
um telefone?
Definições sociais (Plant, 2001): na França, le portable ou le G; na Finlândia, kanny (extensão da
mão); Alemanha, handy (útil); Espanha, le movil; eua, cell phone; Árabes, telephone sayaar ou
makhmul (portáteis) ou telephone gowal (telefone pelo ar); Tailândia, moto; Japão, keitai denwa
(telefone de carregar) ou keitai e ke-tai; China, sho ji (máquina de mão) e dageda (big brother,
grande irmão).
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14. Telefone no carro (TV e cinema, anos 80) Motorola Dynatac (1983) Motorola Microtac (1989)
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16. Isto não é
(e nunca foi)
um telefone?
O celular no meio social: localização individualizada x geográfica // quebra da linearidade da
sucessão de papéis // enfraquecimento de laços estáticos e fortalecimento de redes descentralizadas
e dinâmicas // simultaneidade de espaços // intimidade tecnológica // celular como extensão do
corpo humano e do self.
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19. Isto não é
(e nunca foi)
um telefone?
O celular como objeto: exibição pública de celulares x projeção das identidades // homens e mulheres
exibem comportamentos distintos no uso conjunto do celular // “stagephoning”
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24. Isto não é
(e nunca foi)
um telefone?
O celular como mediador da comunicação: microcoordenação // hipercoordenação // remediação //
novas tecnologias e produção de subjetividades.
35. Afinal o que
pode ser
um celular?
Computação ubíqua (pervasive/ubiquitous computing, ubicomp): o processamento das informações
do dia-a-dia integrado aos objetos que usamos e atividades que desempenhamos. // Pesquisas em
ubicomp propoem dispositivos inteligentes que poderiam ser vestidos (wearables), embutidos no
ambiente, usados de forma transparente na interação com o meio etc.
36. Afinal o que
pode ser
um celular?
Everywhere design: o design integrado ao ambiente e às atividades do dia-a-dia deve lidar com
questões de privacidade/disponibilidade do sistema, transparência para o usuário, afastamento do
pc em direção a outros dispositivos. // Acontece na escala do corpo humano, da sala, do prédio, da
rua, do espaço público. // Já está presente em vários dispositivos que vão se comunicar cada vez com
maior intensidade e frequência.