SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 30
Descargar para leer sin conexión
1

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde

"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
ANATOMIA DO MESENTÉRIO

"
"
"
"
"
"
"
"
São Luís
2013

"
"
"
"
"
2

Amanda Laina Pereira Santos
Hugo Eduardo Azevedo Fialho

"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
ANATOMIA DO MESENTÉRIO

"

Relatório apresentado ao Centro de Ciências
Biológicas e da Saúde desta Universidade
Federal do Maranhão para obtenção de nota
no segundo módulo da disciplina de Anatomia
no terceiro período do curso de Medicina em
segundo semestre do 2013.

"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
""
"
"
"
"
"
"
"

Prof.º: Flávio Furtado de Farias

São Luís
2013
3

SUMÁRIO

"
"
1.INTRODUÇÃO……………………………………………………………………..……4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA…………………………………………………..…..5
2.1. ASPECTOS EMBRIOLÓGICOS DO MESENTÉRIO…………………………….5
2.2. DESCRIÇÃO ANATÔMICA………………………………….………………….…..7
2.3. ANATOMIA RADIOGRÁFICA……………………………………………………….9
2.4. ASPECTOS DE MEDICINA AMBULATORIAL……………………………….….12
2.5. ASPECTOS CIRÚRGICOS (ANATOMIA CIRÚRGICA)……….………….……15
2.6. INFECÇÕES E CÉLULAS NEOPLÁSICAS…….……………………….………17
2.7. DIAGRAMA…………………….…………………………………….……………..19
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS……………….….…………………………..…………22
ANEXOS………………………………………………………………….………………23
REFERÊNCIAS……………………………………………………..…………………..28

"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
4

INTRODUÇÃO

"
O mesentério corresponde a uma camada dupla de peritônio que suspende o
jejuno e o íleo da parede posterior do abdome. Ele é capaz de incluir duas camadas
de peritônio que ligam vários componentes em cavidades, sendo que, entre as duas
folhas de peritônio estão os vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos, o que
permite que as partes do intestino delgado se movam de forma relativamente livre
no interior da cavidade abdominopélvica.
A raiz do mesentério estende-se 15 cm da flexura duodenojejunal ao nível do
lado esquerdo da 2ª vértebra lombar, obliquamente (direção inferior direita) para a
junção ileocecal na fossa ilíaca direita ao nível da articulação sacro-ilíaca direita. A
raiz do mesentério atravessa a 2ª e a 3ª partes do duodeno, aorta abdominal, veia
cava inferior, ureter direito, músculo psoas maior direito e artéria gonadal direita.
O mesentério é derivado do mesentério dorsal embrionário, que é maior que o
ventral, o qual vai se tornando gradualmente outras partes do peritônio, sendo que a
maioria destas está associada ao fígado. O peritônio que fica nas paredes da
cavidade abdominopélvica (parietal) invagina em certas partes como um órgão
dentro dessa invaginação. Esse peritônio invaginado (visceral), muitas vezes não
engloba o órgão todo, mas apenas uma parte dele, o que corresponde à área nua,
através do qual o órgão transmite os vasos sanguíneos e nervos. Há casos em que
o órgão é invaginado distantemente, o que faz com que o peritônio visceral entre em
contato com a própria membrana, formando o mesentério do órgão.
A falta de suprimento sanguíneo para o mesentério causa isquemia
mesentérica. O mesentério apresenta duas faces, ambas cobertas pelo peritônio; o
peritônio na superfície direita ou superior é contínuo com a camada interna do
mesocólon transversal e com o peritônio que forma a camada interna do mesocólon
ascendente. O peritônio da superfície inferior é contínuo com o peritônio que forma a
camada interna do mesocólon descendente e mesocólon sigmoide. Em pessoas
com maior camada de panículo adiposo o mesentério é mais alongado, sendo que
este pode ser arrastado, o que predispõe para a presença de hérnia.

"
"
"
5

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

"
"
Aspectos Embriológicos do Mesentério

"
O mesentério é um ligamento em forma de leque que dá suporte ao jejuno e
ao íleo, sendo formado por tecido conjuntivo denso extraperioneal, vasos
sanguíneos, nervos, vasos e gânglios linfáticos, fazendo parte do peritônio, que em
sua fase embrionária é dividido em dois pelos mesentérios ventral e dorsal,
entretanto aquele desaparece gradualmente, deixando apenas a porção caudal do
intestino anterior. Nessa vertente cabe destacar que a fronteira intestinal do
mesentério é de cerca de seis metros e meio de comprimento.
O trato gastrintestinal começa como uma estrutura fechada, fixada com
mesentérios dorsal e ventral, formados por uma diferenciação da membrana serosa
do peritônio. No que tange à embriologia do Mesentério pode-se destacar que
primariamente o estômago surge como uma dilatação fusiforme na parte caudal do
intestino anterior, que cresce, aumentando ântero-dorsalmente. 02 semanas após
isso, a borda dorsal desenvolve-se mais que a borda ventral, o que faz com que seja
produzida a grande curvatura do estômago, e, quando adulto, o estômago faz uma
rotação no sentido horário em torno do seu eixo longitudinal.
O mesentério dorsal é responsável pela origem do omento maior, que é uma
evaginação dupla da camada dorsal do mesogástrico, localizado entre a artéria
gástrica esquerda e a artéria hepática comum; então na quinta semana de gestação,
o mesentério dorsal alonga-se para a porção inferior após a formação da bolsa
omental. Já o mesentério ventral é localizado na região acima do umbigo, a
formação do fígado é responsável por dividir o mesentério ventral em duas secções:
o omento menor e os três ligamentos peritoneais do fígado (falciforme, coronária e
triangular).
O estômago é sustentado na parte dorsal da cavidade abdominal pelo
mesentério dorsal ou mesogástrio dorsal, que é carregado para a parte a esquerda
durante a rotação do estômago e a formação de uma cavidade, chamada de bolsa
omental ou pequeno saco do peritônio. Este comunica-se com a cavidade peritoneal
principal ou grande saco peritoneal através do forame omental (epiploico).
6

Dessa forma, um mesentério ventral persiste apenas na região da
extremidade inferior do esôfago, do estômago e da porção superior do duodeno.
Esse mesentério prende o estômago e o duodeno ao fígado em formação e à
parede anterior. O fígado, a vesícula e o ducto biliar comum constituem um sistema
que se origina de um broto da parte mais caudal do intestino anterior no início da 4ª
semana de gestação. O divertículo hepático cresce para o interior do septo
transverso e, posteriormente, entre as camadas do mesentério ventral, onde
rapidamente aumenta e se divide em duas partes, uma cefálica que originará o
fígado, e suas células endodérmicas que formarão os cordões entrelaçados de
células hepáticas, que logo se organizam em uma série de placas ramificadas e
anastomóticas.
O baço, que é um órgão linfático, grande e vascularizado deriva de uma
massa de células mesenquimais localizada entre as camadas do mesentério dorsal
do estômago. Com relação ao intestino médio, à partir dele derivam o intestino
delgado, incluindo a maior parte do duodeno, o ceco, o apêndice vermiforme, o
cólon ascendente e a metade direita a dois terços do cólon transverso.
No início de sua formação, o intestino médio comunica-se amplamente com o
saco vitelínico, mas esta conexão passa a ser estreita como um pedúnculo. Ao se
alongar, o intestino médio forma uma alça do intestino médio em “U” que se projeta
dentro da parte proximal do cordão umbilical. Esta “hérnia” constitui uma migração
normal do intestino médio para o celoma extra-embrionário, que ocorre por falta de
espaço no abdome, provocada sobretudo pelos rins e pelo fígado, relativamente
volumosos.
No interior do cordão umbilical, a alça do intestino médio sofre uma rotação
em sentido anti-horário, observada do aspecto ventral do embrião, em torno do eixo
da artéria mesentérica superior. Isto leva o ramo cefálico da alça do intestino médio
para a direita e o ramo caudal para a esquerda. Durante a décima semana, os
intestinos retornam ao abdome, processo denominado “redução da hérnia do
intestino médio”. Ao retornarem, os intestinos continuam em rotação.
A diminuição do tamanho relativo do fígado e dos rins e o aumento da
cavidade abdominal são provavelmente fatores importantes relacionados com o
retorno do intestino médio ao abdome. Quando o cólon volta para a cavidade
7

abdominal, sua extremidade cecal sofre uma rotação para a direita e entra no
quadrante inferior direito do abdome.
O mesentério atua ainda na fixação dos intestinos, que O alongamento da
parte proximal do cólon dá origem à flexura hepática e ao cólon ascendente assume
sua posição final, o mesentério é pressionado contra a parede abdominal posterior e
desaparece gradativamente. As outras estruturas derivadas da alça do intestino
médio conservam os seus mesentérios.
O mesentério, portanto é de suma importância para o surgimento do omento
menor, que é formado pelo ligamento hepatogástrico (que vai do fígado à curvatura
menor do estômago) e pelo ligamento hepatoduodenal (que vai do fígado ao
duodeno); o ligamento falciforme (que vai do fígado à parede abdominal ventral) e
o peritônio visceral do fígado que cobre todo o fígado, com exceção da área nua,
que está em contato direto com o diafragma.

"
Descrição Anatômica

"
O peritônio é a maior membrana serosa do corpo, possuindo uma área de
superfície de cerca de 22.000 cm². Ele pode ser dividido em porções parietal, que é
apenas vagamente conectada com a parede do corpo, separada por uma camada
de tecido adiposo, a tela subserosa, na qual o peritônio visceral é bem preso aos
órgãos que abrange; e uma porção peritoneal visceral, que cobre as vísceras
abdominais e pélvicas, incluindo os mesentérios. A raiz do mesentério estende-se
desde o quadrante superior esquerdo, localizado na primeira ou segunda vértebra
lombar, às artérias ilíacas direitas, sendo condensado com o espaço retroperitoneal.
O lado direito do mesentério do intestino delgado é formado próximo à linha
média, em que o peritônio é levado pela artéria e veia mesentérica superior,
juntamente com suas ramificações. Continuando com o jejuno e íleo, o peritônio
cobre o lado posterior esquerdo do mesentério do intestino delgado; na porção
inferior do mesentério do intestino delgado, o peritônio cobre os segmentos
abdominais inferiores da aorta, veia cava inferior e seus respectivos ramos e
afluentes. No sexo masculino, o mesentério do colo sigmoide é formado pelo
peritônio, que se estende desde a articulação sacroilíaca esquerda diagonalmente
para a porção anterior do sacro.
8

Dessa forma, as artérias mesentérica superior e inferior juntamente com os
ramos do tronco celíaco representam o suprimento sanguíneo do peritônio parietal
da pelve. O mesentério do intestino delgado divide o compartimento infracólico em
uma porção supramesentérica (infracólica), compartimento infracólico esquerdo
(inframesentérico) e em cavidade pélvica.
No início do desenvolvimento, o fígado divide o mesentério ventral para o
ligamento falciforme anterior e o omento menor, posteriormente. Assim, o ligamento
falciforme representa o mesentério da veia umbilical esquerda; já o ligamento
hepatoduodenal poder ser considerado como o mesentério da tríade portal. Os
“restos” do mesentério ventral embrionário também formam os ligamentos
coronários.
Ao contrário do mesentério ventral, o mesentério dorsal primitivo persiste no
adulto; no compartimento supracólico forma-se o omento maior. Originalmente, o
mesentério dorsal estende-se a partir da borda dorsal do estômago para a linha
média do dorso (posterior) da parede do corpo. A porção média do mesentério dorsal
é interrompido pelo baço para formar um ligamento esplenorrenal posterior e um
ligamento gastroesplênico mais anterior. Juntos, eles formam o pedículo esplênico.
O mesentério do intestino delgado ainda faz parte do compartimento
infracólico, sendo que abaixo do plano do mesocólon transversal o divide
diagonalmente pela sua raiz, que limita também o espaço infracólico medial e
inferiormente.

"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
9

Anatomia Radiográfica

"
No que tange à radiografia do mesentério cabe primeiramente evidenciar um
desenho esquemático da sua estrutura:

"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
Encontrado em: http://en.wikipedia.org/wiki/Mesentery - Acesso 22/11/2013 às 15:40

"

Esse desenho esquematiza uma radiografia de abdome, em que a linha
vermelha corresponde aos limites do mesentério, a partir disso é possível perceber
que o mesentério do intestino delgado ocupa uma grande parte da cavidade
peritoneal, de forma que suspende o intestino delgado. O espaço subperitoneal do
mesentério do intestino delgado é contínuo com a superfície nua do cólon
ascendente e mesocólon transverso. As folhas do mesentério do intestino delgado
continuam como peritônio posterior, que se sobrepõe à parede abdominal posterior;
o tecido conjuntivo desse mesentério funde-se com o tecido subperitoneal do
retroperitônio.
Com isso pode-se exibir algumas imagens relacionadas com patologias
associadas ao mesentério, como uma caso de pseudomixoma peritoneal, em que há
10

uma compressão do mesentério, resultando em um mesentério hiperdenso, com
formação de calcificações.
Pseudomixoma
peritoneal

"
"
"
"
"

Encontrado em: http://www.radiologyassistant.nl/en/p4a6c7bba1ef26/peritoneum-and-mesentery-partii-pathology.html 21/11/2013 às 13:24

"

Pode-se evidenciar também o cisto mesentérico, que é o nome designado
para qualquer lesão no mesentério, e geralmente é um linfangioma.
Linfangioma


"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"

Encontrado em http://www.radiologyassistant.nl/en/p4a6c7bba1ef26/peritoneum-and-mesentery-partii-pathology.html 21/11/2013 às 13:40

"
"
"
"
"
"
"
"
"
11

Há também casos de fibromatose mesentérica, em que ocorre um processo
proliferativo benigno.
Fibromatose mesentérica


"
"
"
"
"
"

Encontrado em http://www.radiologyassistant.nl/en/p4a6c7bba1ef26/peritoneum-and-mesentery-part-iipathology.html 21/11/2013 às 14:30

A esclerose mesentérica também pode ser citada como uma patologia que
acomete a região do mesentério, sendo que é representada por lesões dificultosas.
Esclerose

"
"
"
"
"
"
Encontrado em http://www.radiologyassistant.nl/en/p4a6c7bba1ef26/peritoneum-and-mesentery-partii-pathology.html 21/11/2013 às 14:30

"

Também ocorre como caso de radiografia anatômica do mesentério de forma
patológica o mesotelioma maligno, em que há um processo caseoso do mesentério,
sendo representado por casos avançados de caseose nas estruturas intraperitoneais.
12

Mesotelioma

"
"
"
"
"
"
"
Encontrado em http://www.radiologyassistant.nl/en/p4a6c7bba1ef26/peritoneum-and-mesentery-partii-pathology.html 21/11/2013 às 14:25.

"

Aspectos de Medicina Ambulatorial

"
Apesar do envolvimento do mesentério com diversas patologias associadas
ao trato gastrointestinal, seu envolvimento em Medicina ambulatorial é escasso e
pois subutlizado. Em artigo publicado no Annals of Surgery, o anatomista George
Monks foi o primeiro a propor e assim descrever a dobra pélvica do mesentério,
caracterizada como dobra do mesentério que desce para a pelve e que pode ser
palpada eficazmente quando da existência de uma incisura no abdômen inferior e
que se constitui um guia valioso na tentativa de alcançar a fossa abdominal
esquerda (MONKS, 1903). Essa mesma dobra pélvica do mesentério tem utilidade
outra quando de incisura no ilíaco direito, de forma que a junção ileocecal pode ser
tocada pelo dedo indicador ao entrar na pelve, quando se torna curva superiormente
a essa dobra pélvica do mesentério (MONKS, 1903).
Essas manobras, no entanto, apresentam relativa dificuldade de utilização em
indivíduos que não apresentem exposição da cavidade abdomino-pélvica, de forma
que seu emprego em Medicina ambulatorial é deveras limitado (PORTO, 2009).
Ainda assim, indivíduos que porventura apresentem traumas que exponham a
cavidade abdomino-pélvica e que assim possibilitem rápido mecanismo de
desregulação pressórica podem ter essas estruturas anatômicas prontamente
avaliadas antes de seguimento para outra especialidade médica ou ala hospitalar
(PORTO, 2009).
13

As manobras são válidas em exposição da cavidade abdomino-pélvica pela (I)
localização do mesentério junto à parede abdominal posterior e por (II) sua natureza
tecidual semirrígida em sua porção proximal - definida como o segmento que vai da
raiz do mesentério e à alguma linha indefinida, chamada base da porção distal,
donde se inicia a porção distal, e que corresponde a dois terços ou três quartos do
mesentério - e provavelmente em sua porção distal - definida como o segmento que
vai da base da porção distal até o intestino -, de forma que o principal determinante
no curso do intestino, ainda mais que a peristalse, pressão de outras vísceras,
distensão por gases ou outros conteúdos (MONKS, 1903; MOORE, 2010). Essa
responsabilidade filogenética atribuída ao mesentério o associa frequentemente a
vólvulos do colo sigmoide, quando ocorre a rotação e a torção da alça móvel do colo
sigmoide e há obstrução da luz do colo descendente e de qualquer parte do colo
sigmoide proximal ao segmento torcido, com constipação e isquemia e
eventualmente isquemia, impactação fecal e necrose quando do não tratamento e
cujo diagnóstico pode ser possível com a utilização de exames com simples ou
duplo contraste (MOORE, 2010)
A maioria das patologias associadas ao mesentério é pois dependente de
adequados estudos de imaginologia diagnóstica - onde resguarda a importância de
sua anatomia radiográfica, da análise de tomografia computadorizada, da
arteriografia de artérias mesentéricas superior e inferior, de exames com simples ou
duplo contraste, de angiografia mesentérica, ultrassonografia e ressonância
magnética - e de dados semiotécnicos que apontem para o mesentério como causa
(PORTO, 2009). A íntima associação do mesentério com o arco arterial do intestino
delgado e com o arco justacólico do intestino grosso corrobora a importância da
tomografia computadorizada, da arteriografia de exames de simples e duplo
contraste, de angiografia mesentérica, de ultrassonografia e ressonância magnética
para a investigação do mesentério, a depender da principal suspeita clínica
(GREENWALD, 1998; MOORE, 2010). Assim, a origem do arco arterial do intestino
delgado é atribuída às artérias jejunais e artérias ileais, originadas da artéria
mesentérica superior e que originam os vasos retos ou artérias retas que penetram
no parênquima do intestino delgado (MOORE, 2010). Similarmente, a origem do
primeiro segmento do arco justacólico do intestino grosso é atribuída à artéria
ileocólica, à artéria apendicular e à artéria cólica direita, originadas da artéria
14

mesentérica superior e que originam o primeira segmento da artéria marginal, que
então emite ramos que penetram diretamente no parênquima do intestino grosso;
ainda, a origem do segundo segmento do arco justacólico do intestino grosso é
atribuída à artéria cólica esquerda, artéria sigmoidea superior e artérias sigmoideas,
originadas da artéria mesentérica inferior e que originam o segundo segmento da
artéria marginal (MOORE, 2010). Em caminho inverso está a rede venosa,
associada a uma extensa malha linfática com linfonodos (MOORE, 2010).
Entre as vasculopatias mesentéricas a de maior importância é a isquemia
mesentérica, que abarca a isquemia mesentérica aguda - sem sinais físicos
aparente e que pode ser causada por embolia arterial, trombose arterial, trombose
venosa e ainda não oclusão, tendo pior prognóstico ao aumento do calibre do vaso
sanguíneo, sendo pois necessária rápida intervenção após radiologia, arteriografia
eco-doppler e angiorressonância -, a isquemia mesentérica crônica - caracterizada
por dor abdominal pós-prandial, perda de peso e aversão à comida, estando
associada a outras vasculopatias e que é diagnosticada com arteriografia e com
eco-doppler - e ainda a colite isquêmica - diagnosticada por avaliação endoscópica -,
todas de comprometimento arteriovenoso (ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE
MEDICINA, 1997; GREENWALD, 1998; VIRGINI-MAGALHÃES, 2009). Outrossim,
uma série de outras vasculopatias atingem o mesentério, como a doença
venooclusiva inflamatória mesentérica, de comprometimento venoso e cujas
manifestações clínicas similares aos de neoplasias do trato gastrointestinal, a
exemplo da enterorragia, e diagnosticada por tomografia computadorizada (VIRGINIMAGALHÃES, 2009).
Sabe-se também a associação intrínseca do mesentério com o tecido
adiposo, de forma que sua extensa malha linfática com linfonodos escorre micelas
derivadas da absorção de lipídeos, de forma que essa absorção errática ou ainda
uma absorção excessiva pode ocasionar adipomegalia patológica localizada ao
mesentério (MOREIRA, 2001). Nessa modalidade, a paniculite mesentérica é a de
maior importância clínica, sendo caracterizada pelo espessamento fibroadiposo do
mesentério com inflamação predominante sobre a fibrose, sendo diagnosticada por
estudos baritados, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância
magnética (MOREIRA, 2001). Ainda relevante, a lipodistrofia mesentérica é
caracterizada como espessamento fibroadiposo do mesentério onde há necrose de
15

gordura, sendo diagnóstico diferencial da paniculite mesentérica e justificativa da
utilização de conhecimentos patológicos em anatomia patológica para a investigação
do mesentério (MOREIRA, 2001). Nesse mesmo limbo estão a mesenterite retrátil também chamada de mesenterite lipoesclerótica, esclerose subperitoneal multifocal
e lipodistrofia isolada do mesentério e lipodistrofia isolada do mesentério -, a
mesenterite esclerosante, manifestações mesentéricas da doença de WeberChristian e lipogranuloma mesentérico - também chamado de paniculite nodular
mesentérica, paniculite não supurativa nodular e paniculite não supurativa nodular
febril relapsa -, além de paniculite mesentérica, lipodistrofia mesentérica e adenite
mesentérica (DASKALOGIANNAKI, 2000; FUJIYOSHI, 1997; KRONTHAL, 1991;
LINS, 2008; PATEL, 1999; SABATÉ, 1999).

"
Aspectos Cirúrgicos (Anatomia Cirúrgica)

"
A primeira descrição de anatomia cirúrgica do mesentério foi realizada
também pelo anatomista George Monks e publicada em artigo no Annals of Surgery
(MONKS, 1903). Em anatomia cirúrgica, o mesentério é rotineiramente descrito
através de seu tamanho; sua morfologia real e sua classificação em duas porções, a
partir de estudos in situ; sua disposição na cavidade abdominal; e sua influência no
curso do intestino (PETROIANU, 1999).
O tamanho do mesentério é comumente aferido a partir da evisceração obtida
por incisão da linha média do abdômen, de forma que deve haver extensão
bimanual máxima do mesentério e utilização unimanual de régua cirúrgica desde a
parede abdominal posterior até a extremidade mesentérica ligada ao intestino para
obtenção de valor numérico (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999), conforme anexo 4.
Considerando-se essa técnica, sabe-se que o tamanho do mesentério gradualmente
aumenta do término do duodeno até algum segmento jejunal entre 1,2m e 1,5m
após o início do intestino delgado, sendo esse o ponto onde o mesentério atinge seu
valor máximo, embora se saiba que esse valor máximo possa ser encontrado
anterior a esse segmento; em seguida o tamanho do mesentério é abruptamente
diminuído (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999). Desconsiderando-se as
extremidades superior e inferior do mesentério, o valor médio de tamanho do
mesentério está entre 13cm e 18cm; já o valor médio do tamanho para as
16

extremidades superior e inferior do mesentério está entre 11,5cm e 20,5cm - esses
dados são atualmente contestados por parte da comunidade acadêmica que afirma
que o tamanho do mesentério varia constantemente, mas que cujo valor médio está
entre 20cm e 22,8cm (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999). O emprego dessa
mesma técnica mostra que mesentérios muito extensos súpero-inferiormente
apresentam grande tamanho e que mesentérios poucos extensos súperoinferiormente apresentam pequeno tamanho, embora haja muitas exceções já
descritas (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999).
O mesentério é uma estrutura semirrígida cuja raiz tem cerca de 15,25cm de
tamanho, e cuja borda livre, que se estende da extremidade superior do intestino à
extremidade inferior do intestino, apresenta cerca de 6,4m a 7,01m de extensão
súpero-inferior, ao passo que a distância da raiz do mesentério à sua borda livre
comumente não se estende por mais de 18cm, de forma que essa borda livre tem
cerca de 2,75cm de tamanho (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999). Para a
demonstração desses valores numéricos é necessária evisceração obtida por
incisão da linha média do abdômen e subsequente introdução de fio de cobre no
lúmen intestinal, de forma a obter uma estrutura lequeforme, conforme anexo 5, em
que se observa a disposição alternada do intestino notadamente na extremidade
inferior do íleo, quando a porção plana ou porção proximal do mesentério dá lugar à
porção ondulada ou porção distal do mesentério (MONKS, 1903; PETROIANU,
1999). Essa mesma técnica é capaz de fornecer o valor médio de 4,16m para a
extensão súpero-inferior do mesentério (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999).
A disposição do mesentério na cavidade abdominal e sua influência no curso
do intestino são descrições de anatomia cirúrgica que são estritamente
correlacionáveis, de forma que a tendência do mesentério em assumir curvas ou
dobras repetidamente o faz ser o principal fator determinante no curso do intestino,
tendo influência sobretudo em pequenos segmentos do intestino delgado, onde o
curva em um circuito único (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999). Para estudo da
disposição do mesentério na cavidade abdominal é comum a incisão da linha média
do abdômen, clampeamento das extremidades superior e inferior do intestino e
remoção desse intestino e de seu mesentério para subsequente ligação da raiz do
mesentério a algum em barra vertical, conforme anexo 6; aqui, com ou sem inflação
induzida por água ou gás observam-se as curvas ou dobras do mesentério
17

associadas a curvas ou dobras do intestino (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999).
Em continuidade, pode-se obter um segmento de íleo qualquer ligado ao seu
respectivo mesentério e um segmento de jejuno qualquer ligado ao seu respectivo
mesentério; nesse caso, a primeira peça fresca é caracterizada por sua disposição
muito curva, ao passo que a segunda peça fresca é caracterizada pouco curva
(MONKS, 1903; PETROIANU, 1999). Em contrapartida, se forem removidos esses
mesentérios ter-se-á que tanto a primeira peça fresca quanto a segunda peça fresca
estão levemente curvas, o que comprova que as dobras e curvas do mesentério são
mais nítidas no íleo que no jejuno (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999). Para tanto,
há de se considerar que as linhas de tração do mesentério são retas, mas dispostas
concentricamente, de forma a poder assumir até curvas sigmoideas (MONKS, 1903;
PETROIANU, 1999).

"
"
Infecções e Células Neoplásicas

"
A maioria das inflamações que acometem o mesentério são
adiporrelacionadas, de forma que as mais comuns são a mesenterite retrátil também chamada de mesenterite lipoesclerótica, esclerose subperitoneal multifocal
e lipodistrofia isolada do mesentério e lipodistrofia isolada do mesentério -, a
mesenterite esclerosante, manifestações mesentéricas da doença de WeberChristian e lipogranuloma mesentérico - também chamado de paniculite nodular
mesentérica, paniculite não supurativa nodular e paniculite não supurativa nodular
febril relapsa -, além de paniculite mesentérica, lipodistrofia mesentérica e adenite
mesentérica (DASKALOGIANNAKI, 2000; FUJIYOSHI, 1997; KRONTHAL, 1991;
LINS, 2008; PATEL, 1999; SABATÉ, 1999). A mesenterite retrátil é uma doença
idiopática caracterizada pelo comprometimento do tecido adiposo do mesentério
pelo surgimento de bandas fibrosas que envolvem as alças intestinais, com
subsequente comprometimento arteriovenoso e isquemia tecidual, cuja
sintomatologia geralmente inexiste e cujo diagnóstico imagiológico é acidental; ainda
assim, quando da existência da sintomatologia tem-se abdominalgia, perda de
massa ponderal e alterações do trânsito gastrointestinal por suboclusão intestinal; é
comumente diagnosticada por tomografia computadorizada e por PET-CT, além de
18

biópsia cirúrgica - essas duas últimas para diagnóstico diferencial de neoplasias
(LINS, 2008).
A mesenterite esclerosante corresponde a uma forma mais grave de
mesenterite retrátil, com fibrose mais acentuada e diversificada do tecido adiposo do
mesentério e cujas manifestações clínicas englobam emagrecimento, abdominalgia,
obstrução intestinal e ainda massas abdominais palpáveis e ascite; é comumente
diagnosticada por tomografia computadorizada e por PET-CT, além de biópsia
excisional ou percutânea para diagnóstico diferencial de neoplasias (FERREIRA,
2009). Já a doença de Weber-Christian é descrita como paniculite nodular não
supurativa, recidivante e febril, de etiologia desconhecida e que é extensível a
regiões extra-mesentéricas, assim conferindo um pior prognóstico ao seu portador; é
comumente diagnosticada por tomografia computadorizada e por sua manifestação
sintomatológica típica (OLIVEIRA, 2010).
Já o lipogranuloma mesentérico manifesta-se pelo aparecimento de um único
ou múltiplos erupções dolorosas ou não, resultantes de processo inflamatório
instalado no panículo adiposo mesentérico e que é extensível a regiões extramesentéricas, onde admite denominação equivalente possível; é comumente
diagnosticada por tomografia computadorizada e ainda por manifestações
eventualmente cutâneas (NATIONAL ORGANIZATION FOR RARE DISORDERS,
2012). A paniculite mesentérica é caracterizada pelo espessamento fibroadiposo do
mesentério com inflamação predominante sobre a fibrose, sendo diagnosticada por
estudos baritados, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância
magnética associados às recorrentes abdominalgias, sendo o mesentério portador
de paniculite mesentérica comumente denominado mesentério nebuloso por seu
aspecto em tomografia computadorizada, utilizado para seu diagnóstico (MOREIRA,
2001; AHUALLI, 2007).
Ainda relevante, a lipodistrofia mesentérica é caracterizada como
espessamento fibroadiposo do mesentério onde há necrose de gordura; é
comumente diagnosticada por tomografia computadorizada (MOREIRA, 2001). Por
fim, a adenite mesentérica é diagnóstico diferencial da apendicite aguda e
corresponde ao infante de ao menos três linfonodos mesentéricos por infecção
bacteriana pertinente e cuja manifestação sintomatológica passa por febre,
19

abdominalgia, vômito e diarreia é comumente diagnosticada por tomografia
computadorizada e ultrassonografia (FRAZÃO, 2013).
Os cistos mesentéricos são neoplasias abdominais subnotificados
majoritariamente benignos e de bom prognóstico quando da realização de técnicas
adequadas de ressecação, de forma que mesmo sua eventual malignidade é
acompanhada de alta taxa de cura; os cistos mesentéricos são diagnosticados por
tomografia computadorizada (LEME, 2005). O mesentério está também associado a
tumores do estroma gastrointestinal (GIST, do inglês GastroIntestinal Stromal
Tumors), quando pode chegar a dimensões entre 10cm e 27cm e rapidamente
tornar-se calcificado, além de apresentar margens bem definidas, contornos
lobulados e áreas de baixa atenuação central; o diagnóstico é realizado por
tomografia computadorizada ou ainda pela expressão de CD117, um receptor do
fator de crescimento tirosinoquinase (MACEDO, 2007). Ainda, linfoma não Hodgkins
mesentérico pode ser diagnosticado por tomografia computadorizada ou por
ultrassom, em que o aparecimento do sinal de sanduíche - onde cada um das
metades do pão de sanduíche é um confluente de linfonodos mesentéricos maximiza as chances de diagnóstico certo (ELLERMEIER, 2013; SALEMIS, 2009).

"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
20

Diagrama

"

"

"
Neste diagrama evidencia-se um corte sagital da cavidade abdominopélvica
em que F refere-se ao fígado, S refere-se ao estômago, CT refere-se ao cólon
transverso do intestino grosso, D refere-se ao duodeno, MID refere-se ao mesentério
do intestino delgado e ID refere-se ao intestino delgado. Observa-se, portanto, as
inter-relações anatômicas entre os órgãos abdominopélvicos e ainda a associação
mais íntima do mesentério com o intestino delgado que quando comparado com a
21

relação entre o mesentério e intestino grosso, de forma que há ligação direta entre a
raiz do mesentério e sua respectiva borda livre com o intestino delgado.

"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
22

CONSIDERAÇÕES FINAIS

"
O mesentério é uma estrutura anatômica cuja responsabilidade filogenética e
vínculo com grande quantidade de patologias o faz ser um órgão importante em
estudo de anatomia, embora esteja em subinteresse. A riqueza de recursos
imagiológicos, como tomografia computadorizada, ultrassonografia e PET-CT, além
de recursos anatomopatológicos, são extensamente utilizados para diagnóstico
diferencial em mesentério, de forma que a compreensão dessa panorama é de
interesse para alunos de graduação em Medicina.
A associação do mesentério com abundante rede arteriovenosa, malha
linfática e ainda com estruturas nervosas faz do mesentério um hot spot de
eventuais instalações patológicas. Dessa forma, as diversas manifestações
sintomatológicas de isquemia mesentérica, paniculites de etiologias diversificadas e
ainda alguns tipos de neoplasias intestinais estão vinculadas ao mesentério, de
forma que sua subutilização ambulatorial resguarda enorme importância em
anatomia cirúrgica.

"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
23

"

"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"

"
"
ANEXOS"
24

"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
Anexo 1. Corte sagital da cavidade abdominopélvica evidenciando a cavidade
preenchida pelo peritônio.

"
Anexo 2. Corte coronal da cavidade abdominopélvica evidenciando o mesentério.

"
25

"
"
Anexo 6. Formação embriológica do mesentério.
26

"
Anexo 4. Técnica de anatomia cirúrgica para demonstração de tamanho de
mesentério (MONKS, 1903).

"
Anexo 5. Técnica de anatomia cirúrgica para demonstração de morfologia do mesentério
(MONKS, 1903)."
27

"
Anexo 6. Técnica de anatomia cirúrgica para demonstração da disposição do mesentério na
cavidade abdominal (MONKS, 1903)."

"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
"
28

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

"
AHUALLI, Jorge et al. Mesenterio Nebuloso: Hallazgos por Tomografía
C o m p u t a d a . D i s p o n í v e l e m : < h t t p : / / w w w. s c i e l o . o r g . a r / s c i e l o . p h p ?
pid=S1852-99922008000100008&script=sci_arttext>. Acesso em: 23 nov 2013;

"
ELLERMEIER, Anna; ELLERMEIER, Chad; GRAND, David. ‘The Sandwich Sign’:
Mesenteric Lymphoma. Disponível em: <https://www.rimed.org/rimedicaljournal/
2013-08/2013-08-27-images-mesenteric-lymphoma.pdf>. Acesso em: 24 nov 2013;

"
FERREIRA, Margarida et al. Doença Venooclusiva Inflamatória Mesentérica –
Causa Rara de Isquemia Intestinal. Disponível em: <http://
w w w . s c i e l o . o c e s . m c t e s . p t / s c i e l o . p h p ?
pid=S087281782010000100005&script=sci_arttext>. Acesso em: 23 nov 2013;

"
FERREIRA, Margarida et al. Mesenterite Esclerosante. Disponível em: <http://
www.actamedicaportuguesa.com/pdf/2009-22/6/855-860.pdf>. Acesso em: 23 nov
2013;

"
FRAZÃO, Arthur. Adenite Mesentérica. Disponível em: <http://www.tuasaude.com/
adenite-mesenterica/>. Acesso em: 23 nov 2013;

"
GREENWALD, DA; BRANDT LJ. Colonic Ischemia. Disponível em: <http://
www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9754772>. Acesso em: 23 nov 2013;

"
LEME, Pedro et al. Cisto Mesentérico: Tratamento Operatório. Disponível em:
<http://www.fcmscsp.edu.br/files/vlm50n2_5.pdf>. Acesso em: 23 nov 2013;

"
LINS, Sérgio. Mesenterite Retrátil. Disponível em: http://
www.clinicaimagem.com.br/index.php?cmd=banco-de conhecimentos&id=53>.
Acesso em: 23 nov 2013;

"
29

MACEDO, Leonardo et al. Tumores do Estroma Gastrintestinal: Achados
Clínicos, Radiológicos e Antomopatológicos. Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?pid=s010039842007000300004&script=sci_arttext>.
Acesso em: 23 nov 2013;

"
MONKS, George. Studies in the Surgical Anatomy of the Small Intestine and Its
Mesentery. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1426024/
>. Acesso em: 23 nov 2013;

"
MOORE, Keith; DALLEY, Arthur; AGUR, Anne. Anatomia Orientada para a Clínica.
6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010;

"
MOREIRA, Luiza. Mesenteric Panniculitis: Computed Tomography Aspects.
Disponível em: <http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=1955>. Acesso em: 24
nov 2013;

"
NATIONAL ORGANIZATION FOR RARE DISORDERS. Idiopathic Nodular
Panniculitis. Disponível em: <http://www.webmd.com/skin-problems-and-treatments/
panniculitis-idiopathic-nodular>. Acesso em: 23 nov 2013;

"
OLIVEIRA, Anabela et al. Doença de Weber-Christian - Paniculite Sistêmica de
Origem Desconhecida. Disponível em: <http://www.actamedicaportuguesa.com/pdf/
2010-23/6/1113-1118.pdf>. Acesso em: 23 nov 2013;

"
PETROIANU, Andy. Anatomia Cirúrgica. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1999;

"
PORTO, Celmo. Semiologia Médica. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan,
2009;

"
30

SALEMIS, NS et al. Diffuse Large B Cell Lymphoma of the Mesentery: An
Unusual Presentation and Review of the Literature. Disponível em: <http://
www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19937400>. Acesso em: 23 nov 2013;

"
VIRGINI-MAGALHÃES, Carlos; MAYALL, Monica. Isquemia Mesentérica.
Disponível em: <http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=171>. Acesso em:
23 nov 2013.

"
"
"
"
"
"
"
"
"

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Ossos, músculos e ligamentos do tórax, abdome e pelve
Ossos, músculos e ligamentos do tórax, abdome e pelveOssos, músculos e ligamentos do tórax, abdome e pelve
Ossos, músculos e ligamentos do tórax, abdome e pelveCaio Maximino
 
Anatomia cardíaca
Anatomia cardíacaAnatomia cardíaca
Anatomia cardíacaresenfe2013
 
Órgãos infra diafragmáticos do sistema digestório
Órgãos infra diafragmáticos  do sistema digestórioÓrgãos infra diafragmáticos  do sistema digestório
Órgãos infra diafragmáticos do sistema digestórioPaulo Eduardo Gonçalves
 
Semiologia 05 semiologia abdominal aplicada
Semiologia 05   semiologia abdominal aplicadaSemiologia 05   semiologia abdominal aplicada
Semiologia 05 semiologia abdominal aplicadaJucie Vasconcelos
 
Anatomia- parede abdominal
Anatomia- parede abdominalAnatomia- parede abdominal
Anatomia- parede abdominalDanielly Aguiar
 
Hepatoesplenomegalia
Hepatoesplenomegalia Hepatoesplenomegalia
Hepatoesplenomegalia pauloalambert
 
Vascularização das paredes do abdómen
Vascularização das paredes do abdómenVascularização das paredes do abdómen
Vascularização das paredes do abdómenFilipe Nóbrega
 
Anatomia Cirúrgica da Região Inguinal
Anatomia Cirúrgica da Região InguinalAnatomia Cirúrgica da Região Inguinal
Anatomia Cirúrgica da Região InguinalOzimo Gama
 
Sistema digestivo[1]
Sistema digestivo[1]Sistema digestivo[1]
Sistema digestivo[1]Eunice Palma
 
AULA 3-ANATOMIA SISTEMA TEGUMENTAR-ANTONIO INACIO FERRAZ
AULA 3-ANATOMIA SISTEMA TEGUMENTAR-ANTONIO INACIO FERRAZAULA 3-ANATOMIA SISTEMA TEGUMENTAR-ANTONIO INACIO FERRAZ
AULA 3-ANATOMIA SISTEMA TEGUMENTAR-ANTONIO INACIO FERRAZANTONIO INACIO FERRAZ
 
Revisão pescoço odonto (1)
Revisão  pescoço odonto (1)Revisão  pescoço odonto (1)
Revisão pescoço odonto (1)Karen Costa
 

La actualidad más candente (20)

Ossos, músculos e ligamentos do tórax, abdome e pelve
Ossos, músculos e ligamentos do tórax, abdome e pelveOssos, músculos e ligamentos do tórax, abdome e pelve
Ossos, músculos e ligamentos do tórax, abdome e pelve
 
Anatomia cardíaca
Anatomia cardíacaAnatomia cardíaca
Anatomia cardíaca
 
Órgãos infra diafragmáticos do sistema digestório
Órgãos infra diafragmáticos  do sistema digestórioÓrgãos infra diafragmáticos  do sistema digestório
Órgãos infra diafragmáticos do sistema digestório
 
Semiologia 05 semiologia abdominal aplicada
Semiologia 05   semiologia abdominal aplicadaSemiologia 05   semiologia abdominal aplicada
Semiologia 05 semiologia abdominal aplicada
 
Ascite
AsciteAscite
Ascite
 
Anatomia- parede abdominal
Anatomia- parede abdominalAnatomia- parede abdominal
Anatomia- parede abdominal
 
Sistema digestório
Sistema digestórioSistema digestório
Sistema digestório
 
Hepatoesplenomegalia
Hepatoesplenomegalia Hepatoesplenomegalia
Hepatoesplenomegalia
 
Vascularização das paredes do abdómen
Vascularização das paredes do abdómenVascularização das paredes do abdómen
Vascularização das paredes do abdómen
 
Anatomia Cirúrgica da Região Inguinal
Anatomia Cirúrgica da Região InguinalAnatomia Cirúrgica da Região Inguinal
Anatomia Cirúrgica da Região Inguinal
 
03 sistema articular
03   sistema articular03   sistema articular
03 sistema articular
 
Sistema digestivo[1]
Sistema digestivo[1]Sistema digestivo[1]
Sistema digestivo[1]
 
Slide apendicectomia.
Slide apendicectomia.Slide apendicectomia.
Slide apendicectomia.
 
Laringe ligamento vocal
Laringe   ligamento vocal Laringe   ligamento vocal
Laringe ligamento vocal
 
AULA 3-ANATOMIA SISTEMA TEGUMENTAR-ANTONIO INACIO FERRAZ
AULA 3-ANATOMIA SISTEMA TEGUMENTAR-ANTONIO INACIO FERRAZAULA 3-ANATOMIA SISTEMA TEGUMENTAR-ANTONIO INACIO FERRAZ
AULA 3-ANATOMIA SISTEMA TEGUMENTAR-ANTONIO INACIO FERRAZ
 
Lesoes elementares
Lesoes elementaresLesoes elementares
Lesoes elementares
 
Abdome agudo
Abdome agudoAbdome agudo
Abdome agudo
 
Sistema muscular
Sistema muscularSistema muscular
Sistema muscular
 
Revisão pescoço odonto (1)
Revisão  pescoço odonto (1)Revisão  pescoço odonto (1)
Revisão pescoço odonto (1)
 
Sistema Esqueletico
Sistema EsqueleticoSistema Esqueletico
Sistema Esqueletico
 

Destacado (6)

Mi presentación
Mi presentaciónMi presentación
Mi presentación
 
Introduction of Nicole Berx - STIMAC2013
Introduction of Nicole Berx - STIMAC2013Introduction of Nicole Berx - STIMAC2013
Introduction of Nicole Berx - STIMAC2013
 
Script
ScriptScript
Script
 
Cuchulainn
CuchulainnCuchulainn
Cuchulainn
 
nuances newsletter - December 2013
nuances newsletter - December 2013nuances newsletter - December 2013
nuances newsletter - December 2013
 
Présentation webtvprod 2014
Présentation webtvprod 2014Présentation webtvprod 2014
Présentation webtvprod 2014
 

Similar a Anatomia do mesentério: estrutura e função

Anatomia do sistema digestorio
Anatomia do sistema digestorioAnatomia do sistema digestorio
Anatomia do sistema digestorioNetto Lacerda
 
Medresumos 2016 omf - digestório
Medresumos 2016   omf - digestórioMedresumos 2016   omf - digestório
Medresumos 2016 omf - digestórioJucie Vasconcelos
 
Paredes do abdome
Paredes do abdomeParedes do abdome
Paredes do abdomePilar Pires
 
Organogénese das vísceras abdominais
Organogénese das vísceras abdominaisOrganogénese das vísceras abdominais
Organogénese das vísceras abdominaisAna Gomes
 
Anatomia do Sistema Digestório Humano
Anatomia do Sistema Digestório HumanoAnatomia do Sistema Digestório Humano
Anatomia do Sistema Digestório HumanoEgberto Neto
 
VIII Sistema Digestório
VIII Sistema DigestórioVIII Sistema Digestório
VIII Sistema DigestórioBolivar Motta
 
VII Sistemas Genitais A
VII Sistemas Genitais AVII Sistemas Genitais A
VII Sistemas Genitais ABolivar Motta
 
VII Sistemas Genitais B
VII Sistemas Genitais BVII Sistemas Genitais B
VII Sistemas Genitais BBolivar Motta
 
obstrução intestinal alta
obstrução intestinal altaobstrução intestinal alta
obstrução intestinal altaDenise Sulzer
 
Modulo dor-abdominal-resumo-medicina
Modulo dor-abdominal-resumo-medicinaModulo dor-abdominal-resumo-medicina
Modulo dor-abdominal-resumo-medicinaAmanda Freitas
 
Assistência Gastrointestinal e Endócrina em Terapia Intensiva
Assistência Gastrointestinal e Endócrina em Terapia IntensivaAssistência Gastrointestinal e Endócrina em Terapia Intensiva
Assistência Gastrointestinal e Endócrina em Terapia IntensivaWellington Moreira Ribeiro
 
Rins,Ureteres,Bexiga, Ap. Reprodutor Mas. E Fem.
Rins,Ureteres,Bexiga, Ap. Reprodutor Mas. E Fem.Rins,Ureteres,Bexiga, Ap. Reprodutor Mas. E Fem.
Rins,Ureteres,Bexiga, Ap. Reprodutor Mas. E Fem.kazumialexandre
 
A ANATOMIA DOS SISTEMAS REPRODUTORES MASC E FEM
A ANATOMIA DOS SISTEMAS REPRODUTORES MASC E FEMA ANATOMIA DOS SISTEMAS REPRODUTORES MASC E FEM
A ANATOMIA DOS SISTEMAS REPRODUTORES MASC E FEMMayara de Souza
 

Similar a Anatomia do mesentério: estrutura e função (20)

Anatomia do sistema digestorio
Anatomia do sistema digestorioAnatomia do sistema digestorio
Anatomia do sistema digestorio
 
Medresumos 2016 omf - digestório
Medresumos 2016   omf - digestórioMedresumos 2016   omf - digestório
Medresumos 2016 omf - digestório
 
Paredes do abdome
Paredes do abdomeParedes do abdome
Paredes do abdome
 
Embrio-Digestório.pptx
Embrio-Digestório.pptxEmbrio-Digestório.pptx
Embrio-Digestório.pptx
 
Organogénese das vísceras abdominais
Organogénese das vísceras abdominaisOrganogénese das vísceras abdominais
Organogénese das vísceras abdominais
 
Anatomia do Sistema Digestório Humano
Anatomia do Sistema Digestório HumanoAnatomia do Sistema Digestório Humano
Anatomia do Sistema Digestório Humano
 
VIII Sistema Digestório
VIII Sistema DigestórioVIII Sistema Digestório
VIII Sistema Digestório
 
Fígado, vias biliares e intestino delgado.
Fígado, vias biliares e intestino delgado.Fígado, vias biliares e intestino delgado.
Fígado, vias biliares e intestino delgado.
 
Anatomia do Abdome
Anatomia do AbdomeAnatomia do Abdome
Anatomia do Abdome
 
VII Sistemas Genitais A
VII Sistemas Genitais AVII Sistemas Genitais A
VII Sistemas Genitais A
 
VII Sistemas Genitais B
VII Sistemas Genitais BVII Sistemas Genitais B
VII Sistemas Genitais B
 
Sistema DigestóRio
Sistema DigestóRioSistema DigestóRio
Sistema DigestóRio
 
obstrução intestinal alta
obstrução intestinal altaobstrução intestinal alta
obstrução intestinal alta
 
Abdomen
AbdomenAbdomen
Abdomen
 
Modulo dor-abdominal-resumo-medicina
Modulo dor-abdominal-resumo-medicinaModulo dor-abdominal-resumo-medicina
Modulo dor-abdominal-resumo-medicina
 
Ultrassom do Retroperitônio e Peritônio
Ultrassom do Retroperitônio e PeritônioUltrassom do Retroperitônio e Peritônio
Ultrassom do Retroperitônio e Peritônio
 
Mama Anatomia.doc
Mama Anatomia.docMama Anatomia.doc
Mama Anatomia.doc
 
Assistência Gastrointestinal e Endócrina em Terapia Intensiva
Assistência Gastrointestinal e Endócrina em Terapia IntensivaAssistência Gastrointestinal e Endócrina em Terapia Intensiva
Assistência Gastrointestinal e Endócrina em Terapia Intensiva
 
Rins,Ureteres,Bexiga, Ap. Reprodutor Mas. E Fem.
Rins,Ureteres,Bexiga, Ap. Reprodutor Mas. E Fem.Rins,Ureteres,Bexiga, Ap. Reprodutor Mas. E Fem.
Rins,Ureteres,Bexiga, Ap. Reprodutor Mas. E Fem.
 
A ANATOMIA DOS SISTEMAS REPRODUTORES MASC E FEM
A ANATOMIA DOS SISTEMAS REPRODUTORES MASC E FEMA ANATOMIA DOS SISTEMAS REPRODUTORES MASC E FEM
A ANATOMIA DOS SISTEMAS REPRODUTORES MASC E FEM
 

Último

v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbyasminlarissa371
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptxpamelacastro71
 
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mim
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mimJunto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mim
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mimWashingtonSampaio5
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileirosMary Alvarenga
 
atividades diversas 1° ano alfabetização
atividades diversas 1° ano alfabetizaçãoatividades diversas 1° ano alfabetização
atividades diversas 1° ano alfabetizaçãodanielagracia9
 
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptx
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptxSlides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptx
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzparte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzAlexandrePereira818171
 
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terraSistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terraBiblioteca UCS
 
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...nexocan937
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdfDemetrio Ccesa Rayme
 
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaFernanda Ledesma
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxDeyvidBriel
 
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptxErivaldoLima15
 
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptx
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptxPOETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptx
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptxJMTCS
 
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZAAVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZAEdioFnaf
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.HildegardeAngel
 
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdfTIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdfmarialuciadasilva17
 
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptAlineSilvaPotuk
 
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTREVACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTREIVONETETAVARESRAMOS
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
 
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mim
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mimJunto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mim
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mim
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
 
atividades diversas 1° ano alfabetização
atividades diversas 1° ano alfabetizaçãoatividades diversas 1° ano alfabetização
atividades diversas 1° ano alfabetização
 
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptx
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptxSlides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptx
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptx
 
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzparte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
 
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terraSistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
 
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
 
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
 
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
 
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptx
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptxPOETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptx
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptx
 
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZAAVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
 
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdfTIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
 
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
 
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTREVACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
 

Anatomia do mesentério: estrutura e função

  • 1. 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO Centro de Ciências Biológicas e da Saúde " " " " " " " " " " " " " ANATOMIA DO MESENTÉRIO " " " " " " " " São Luís 2013 " " " " "
  • 2. 2 Amanda Laina Pereira Santos Hugo Eduardo Azevedo Fialho " " " " " " " " " " " " ANATOMIA DO MESENTÉRIO " Relatório apresentado ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde desta Universidade Federal do Maranhão para obtenção de nota no segundo módulo da disciplina de Anatomia no terceiro período do curso de Medicina em segundo semestre do 2013. " " " " " " " " " " "" " " " " " " " Prof.º: Flávio Furtado de Farias São Luís 2013
  • 3. 3 SUMÁRIO " " 1.INTRODUÇÃO……………………………………………………………………..……4 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA…………………………………………………..…..5 2.1. ASPECTOS EMBRIOLÓGICOS DO MESENTÉRIO…………………………….5 2.2. DESCRIÇÃO ANATÔMICA………………………………….………………….…..7 2.3. ANATOMIA RADIOGRÁFICA……………………………………………………….9 2.4. ASPECTOS DE MEDICINA AMBULATORIAL……………………………….….12 2.5. ASPECTOS CIRÚRGICOS (ANATOMIA CIRÚRGICA)……….………….……15 2.6. INFECÇÕES E CÉLULAS NEOPLÁSICAS…….……………………….………17 2.7. DIAGRAMA…………………….…………………………………….……………..19 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS……………….….…………………………..…………22 ANEXOS………………………………………………………………….………………23 REFERÊNCIAS……………………………………………………..…………………..28 " " " " " " " " " " " " " " " "
  • 4. 4 INTRODUÇÃO " O mesentério corresponde a uma camada dupla de peritônio que suspende o jejuno e o íleo da parede posterior do abdome. Ele é capaz de incluir duas camadas de peritônio que ligam vários componentes em cavidades, sendo que, entre as duas folhas de peritônio estão os vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos, o que permite que as partes do intestino delgado se movam de forma relativamente livre no interior da cavidade abdominopélvica. A raiz do mesentério estende-se 15 cm da flexura duodenojejunal ao nível do lado esquerdo da 2ª vértebra lombar, obliquamente (direção inferior direita) para a junção ileocecal na fossa ilíaca direita ao nível da articulação sacro-ilíaca direita. A raiz do mesentério atravessa a 2ª e a 3ª partes do duodeno, aorta abdominal, veia cava inferior, ureter direito, músculo psoas maior direito e artéria gonadal direita. O mesentério é derivado do mesentério dorsal embrionário, que é maior que o ventral, o qual vai se tornando gradualmente outras partes do peritônio, sendo que a maioria destas está associada ao fígado. O peritônio que fica nas paredes da cavidade abdominopélvica (parietal) invagina em certas partes como um órgão dentro dessa invaginação. Esse peritônio invaginado (visceral), muitas vezes não engloba o órgão todo, mas apenas uma parte dele, o que corresponde à área nua, através do qual o órgão transmite os vasos sanguíneos e nervos. Há casos em que o órgão é invaginado distantemente, o que faz com que o peritônio visceral entre em contato com a própria membrana, formando o mesentério do órgão. A falta de suprimento sanguíneo para o mesentério causa isquemia mesentérica. O mesentério apresenta duas faces, ambas cobertas pelo peritônio; o peritônio na superfície direita ou superior é contínuo com a camada interna do mesocólon transversal e com o peritônio que forma a camada interna do mesocólon ascendente. O peritônio da superfície inferior é contínuo com o peritônio que forma a camada interna do mesocólon descendente e mesocólon sigmoide. Em pessoas com maior camada de panículo adiposo o mesentério é mais alongado, sendo que este pode ser arrastado, o que predispõe para a presença de hérnia. " " "
  • 5. 5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA " " Aspectos Embriológicos do Mesentério " O mesentério é um ligamento em forma de leque que dá suporte ao jejuno e ao íleo, sendo formado por tecido conjuntivo denso extraperioneal, vasos sanguíneos, nervos, vasos e gânglios linfáticos, fazendo parte do peritônio, que em sua fase embrionária é dividido em dois pelos mesentérios ventral e dorsal, entretanto aquele desaparece gradualmente, deixando apenas a porção caudal do intestino anterior. Nessa vertente cabe destacar que a fronteira intestinal do mesentério é de cerca de seis metros e meio de comprimento. O trato gastrintestinal começa como uma estrutura fechada, fixada com mesentérios dorsal e ventral, formados por uma diferenciação da membrana serosa do peritônio. No que tange à embriologia do Mesentério pode-se destacar que primariamente o estômago surge como uma dilatação fusiforme na parte caudal do intestino anterior, que cresce, aumentando ântero-dorsalmente. 02 semanas após isso, a borda dorsal desenvolve-se mais que a borda ventral, o que faz com que seja produzida a grande curvatura do estômago, e, quando adulto, o estômago faz uma rotação no sentido horário em torno do seu eixo longitudinal. O mesentério dorsal é responsável pela origem do omento maior, que é uma evaginação dupla da camada dorsal do mesogástrico, localizado entre a artéria gástrica esquerda e a artéria hepática comum; então na quinta semana de gestação, o mesentério dorsal alonga-se para a porção inferior após a formação da bolsa omental. Já o mesentério ventral é localizado na região acima do umbigo, a formação do fígado é responsável por dividir o mesentério ventral em duas secções: o omento menor e os três ligamentos peritoneais do fígado (falciforme, coronária e triangular). O estômago é sustentado na parte dorsal da cavidade abdominal pelo mesentério dorsal ou mesogástrio dorsal, que é carregado para a parte a esquerda durante a rotação do estômago e a formação de uma cavidade, chamada de bolsa omental ou pequeno saco do peritônio. Este comunica-se com a cavidade peritoneal principal ou grande saco peritoneal através do forame omental (epiploico).
  • 6. 6 Dessa forma, um mesentério ventral persiste apenas na região da extremidade inferior do esôfago, do estômago e da porção superior do duodeno. Esse mesentério prende o estômago e o duodeno ao fígado em formação e à parede anterior. O fígado, a vesícula e o ducto biliar comum constituem um sistema que se origina de um broto da parte mais caudal do intestino anterior no início da 4ª semana de gestação. O divertículo hepático cresce para o interior do septo transverso e, posteriormente, entre as camadas do mesentério ventral, onde rapidamente aumenta e se divide em duas partes, uma cefálica que originará o fígado, e suas células endodérmicas que formarão os cordões entrelaçados de células hepáticas, que logo se organizam em uma série de placas ramificadas e anastomóticas. O baço, que é um órgão linfático, grande e vascularizado deriva de uma massa de células mesenquimais localizada entre as camadas do mesentério dorsal do estômago. Com relação ao intestino médio, à partir dele derivam o intestino delgado, incluindo a maior parte do duodeno, o ceco, o apêndice vermiforme, o cólon ascendente e a metade direita a dois terços do cólon transverso. No início de sua formação, o intestino médio comunica-se amplamente com o saco vitelínico, mas esta conexão passa a ser estreita como um pedúnculo. Ao se alongar, o intestino médio forma uma alça do intestino médio em “U” que se projeta dentro da parte proximal do cordão umbilical. Esta “hérnia” constitui uma migração normal do intestino médio para o celoma extra-embrionário, que ocorre por falta de espaço no abdome, provocada sobretudo pelos rins e pelo fígado, relativamente volumosos. No interior do cordão umbilical, a alça do intestino médio sofre uma rotação em sentido anti-horário, observada do aspecto ventral do embrião, em torno do eixo da artéria mesentérica superior. Isto leva o ramo cefálico da alça do intestino médio para a direita e o ramo caudal para a esquerda. Durante a décima semana, os intestinos retornam ao abdome, processo denominado “redução da hérnia do intestino médio”. Ao retornarem, os intestinos continuam em rotação. A diminuição do tamanho relativo do fígado e dos rins e o aumento da cavidade abdominal são provavelmente fatores importantes relacionados com o retorno do intestino médio ao abdome. Quando o cólon volta para a cavidade
  • 7. 7 abdominal, sua extremidade cecal sofre uma rotação para a direita e entra no quadrante inferior direito do abdome. O mesentério atua ainda na fixação dos intestinos, que O alongamento da parte proximal do cólon dá origem à flexura hepática e ao cólon ascendente assume sua posição final, o mesentério é pressionado contra a parede abdominal posterior e desaparece gradativamente. As outras estruturas derivadas da alça do intestino médio conservam os seus mesentérios. O mesentério, portanto é de suma importância para o surgimento do omento menor, que é formado pelo ligamento hepatogástrico (que vai do fígado à curvatura menor do estômago) e pelo ligamento hepatoduodenal (que vai do fígado ao duodeno); o ligamento falciforme (que vai do fígado à parede abdominal ventral) e o peritônio visceral do fígado que cobre todo o fígado, com exceção da área nua, que está em contato direto com o diafragma. " Descrição Anatômica " O peritônio é a maior membrana serosa do corpo, possuindo uma área de superfície de cerca de 22.000 cm². Ele pode ser dividido em porções parietal, que é apenas vagamente conectada com a parede do corpo, separada por uma camada de tecido adiposo, a tela subserosa, na qual o peritônio visceral é bem preso aos órgãos que abrange; e uma porção peritoneal visceral, que cobre as vísceras abdominais e pélvicas, incluindo os mesentérios. A raiz do mesentério estende-se desde o quadrante superior esquerdo, localizado na primeira ou segunda vértebra lombar, às artérias ilíacas direitas, sendo condensado com o espaço retroperitoneal. O lado direito do mesentério do intestino delgado é formado próximo à linha média, em que o peritônio é levado pela artéria e veia mesentérica superior, juntamente com suas ramificações. Continuando com o jejuno e íleo, o peritônio cobre o lado posterior esquerdo do mesentério do intestino delgado; na porção inferior do mesentério do intestino delgado, o peritônio cobre os segmentos abdominais inferiores da aorta, veia cava inferior e seus respectivos ramos e afluentes. No sexo masculino, o mesentério do colo sigmoide é formado pelo peritônio, que se estende desde a articulação sacroilíaca esquerda diagonalmente para a porção anterior do sacro.
  • 8. 8 Dessa forma, as artérias mesentérica superior e inferior juntamente com os ramos do tronco celíaco representam o suprimento sanguíneo do peritônio parietal da pelve. O mesentério do intestino delgado divide o compartimento infracólico em uma porção supramesentérica (infracólica), compartimento infracólico esquerdo (inframesentérico) e em cavidade pélvica. No início do desenvolvimento, o fígado divide o mesentério ventral para o ligamento falciforme anterior e o omento menor, posteriormente. Assim, o ligamento falciforme representa o mesentério da veia umbilical esquerda; já o ligamento hepatoduodenal poder ser considerado como o mesentério da tríade portal. Os “restos” do mesentério ventral embrionário também formam os ligamentos coronários. Ao contrário do mesentério ventral, o mesentério dorsal primitivo persiste no adulto; no compartimento supracólico forma-se o omento maior. Originalmente, o mesentério dorsal estende-se a partir da borda dorsal do estômago para a linha média do dorso (posterior) da parede do corpo. A porção média do mesentério dorsal é interrompido pelo baço para formar um ligamento esplenorrenal posterior e um ligamento gastroesplênico mais anterior. Juntos, eles formam o pedículo esplênico. O mesentério do intestino delgado ainda faz parte do compartimento infracólico, sendo que abaixo do plano do mesocólon transversal o divide diagonalmente pela sua raiz, que limita também o espaço infracólico medial e inferiormente. " " " " " " " " " " "
  • 9. 9 Anatomia Radiográfica " No que tange à radiografia do mesentério cabe primeiramente evidenciar um desenho esquemático da sua estrutura: " " " " " " " " " " " " " " " Encontrado em: http://en.wikipedia.org/wiki/Mesentery - Acesso 22/11/2013 às 15:40 " Esse desenho esquematiza uma radiografia de abdome, em que a linha vermelha corresponde aos limites do mesentério, a partir disso é possível perceber que o mesentério do intestino delgado ocupa uma grande parte da cavidade peritoneal, de forma que suspende o intestino delgado. O espaço subperitoneal do mesentério do intestino delgado é contínuo com a superfície nua do cólon ascendente e mesocólon transverso. As folhas do mesentério do intestino delgado continuam como peritônio posterior, que se sobrepõe à parede abdominal posterior; o tecido conjuntivo desse mesentério funde-se com o tecido subperitoneal do retroperitônio. Com isso pode-se exibir algumas imagens relacionadas com patologias associadas ao mesentério, como uma caso de pseudomixoma peritoneal, em que há
  • 10. 10 uma compressão do mesentério, resultando em um mesentério hiperdenso, com formação de calcificações. Pseudomixoma peritoneal " " " " " Encontrado em: http://www.radiologyassistant.nl/en/p4a6c7bba1ef26/peritoneum-and-mesentery-partii-pathology.html 21/11/2013 às 13:24 " Pode-se evidenciar também o cisto mesentérico, que é o nome designado para qualquer lesão no mesentério, e geralmente é um linfangioma. Linfangioma
 " " " " " " " " " " " " " " " Encontrado em http://www.radiologyassistant.nl/en/p4a6c7bba1ef26/peritoneum-and-mesentery-partii-pathology.html 21/11/2013 às 13:40 " " " " " " " " "
  • 11. 11 Há também casos de fibromatose mesentérica, em que ocorre um processo proliferativo benigno. Fibromatose mesentérica
 " " " " " " Encontrado em http://www.radiologyassistant.nl/en/p4a6c7bba1ef26/peritoneum-and-mesentery-part-iipathology.html 21/11/2013 às 14:30 A esclerose mesentérica também pode ser citada como uma patologia que acomete a região do mesentério, sendo que é representada por lesões dificultosas. Esclerose " " " " " " Encontrado em http://www.radiologyassistant.nl/en/p4a6c7bba1ef26/peritoneum-and-mesentery-partii-pathology.html 21/11/2013 às 14:30 " Também ocorre como caso de radiografia anatômica do mesentério de forma patológica o mesotelioma maligno, em que há um processo caseoso do mesentério, sendo representado por casos avançados de caseose nas estruturas intraperitoneais.
  • 12. 12 Mesotelioma " " " " " " " Encontrado em http://www.radiologyassistant.nl/en/p4a6c7bba1ef26/peritoneum-and-mesentery-partii-pathology.html 21/11/2013 às 14:25. " Aspectos de Medicina Ambulatorial " Apesar do envolvimento do mesentério com diversas patologias associadas ao trato gastrointestinal, seu envolvimento em Medicina ambulatorial é escasso e pois subutlizado. Em artigo publicado no Annals of Surgery, o anatomista George Monks foi o primeiro a propor e assim descrever a dobra pélvica do mesentério, caracterizada como dobra do mesentério que desce para a pelve e que pode ser palpada eficazmente quando da existência de uma incisura no abdômen inferior e que se constitui um guia valioso na tentativa de alcançar a fossa abdominal esquerda (MONKS, 1903). Essa mesma dobra pélvica do mesentério tem utilidade outra quando de incisura no ilíaco direito, de forma que a junção ileocecal pode ser tocada pelo dedo indicador ao entrar na pelve, quando se torna curva superiormente a essa dobra pélvica do mesentério (MONKS, 1903). Essas manobras, no entanto, apresentam relativa dificuldade de utilização em indivíduos que não apresentem exposição da cavidade abdomino-pélvica, de forma que seu emprego em Medicina ambulatorial é deveras limitado (PORTO, 2009). Ainda assim, indivíduos que porventura apresentem traumas que exponham a cavidade abdomino-pélvica e que assim possibilitem rápido mecanismo de desregulação pressórica podem ter essas estruturas anatômicas prontamente avaliadas antes de seguimento para outra especialidade médica ou ala hospitalar (PORTO, 2009).
  • 13. 13 As manobras são válidas em exposição da cavidade abdomino-pélvica pela (I) localização do mesentério junto à parede abdominal posterior e por (II) sua natureza tecidual semirrígida em sua porção proximal - definida como o segmento que vai da raiz do mesentério e à alguma linha indefinida, chamada base da porção distal, donde se inicia a porção distal, e que corresponde a dois terços ou três quartos do mesentério - e provavelmente em sua porção distal - definida como o segmento que vai da base da porção distal até o intestino -, de forma que o principal determinante no curso do intestino, ainda mais que a peristalse, pressão de outras vísceras, distensão por gases ou outros conteúdos (MONKS, 1903; MOORE, 2010). Essa responsabilidade filogenética atribuída ao mesentério o associa frequentemente a vólvulos do colo sigmoide, quando ocorre a rotação e a torção da alça móvel do colo sigmoide e há obstrução da luz do colo descendente e de qualquer parte do colo sigmoide proximal ao segmento torcido, com constipação e isquemia e eventualmente isquemia, impactação fecal e necrose quando do não tratamento e cujo diagnóstico pode ser possível com a utilização de exames com simples ou duplo contraste (MOORE, 2010) A maioria das patologias associadas ao mesentério é pois dependente de adequados estudos de imaginologia diagnóstica - onde resguarda a importância de sua anatomia radiográfica, da análise de tomografia computadorizada, da arteriografia de artérias mesentéricas superior e inferior, de exames com simples ou duplo contraste, de angiografia mesentérica, ultrassonografia e ressonância magnética - e de dados semiotécnicos que apontem para o mesentério como causa (PORTO, 2009). A íntima associação do mesentério com o arco arterial do intestino delgado e com o arco justacólico do intestino grosso corrobora a importância da tomografia computadorizada, da arteriografia de exames de simples e duplo contraste, de angiografia mesentérica, de ultrassonografia e ressonância magnética para a investigação do mesentério, a depender da principal suspeita clínica (GREENWALD, 1998; MOORE, 2010). Assim, a origem do arco arterial do intestino delgado é atribuída às artérias jejunais e artérias ileais, originadas da artéria mesentérica superior e que originam os vasos retos ou artérias retas que penetram no parênquima do intestino delgado (MOORE, 2010). Similarmente, a origem do primeiro segmento do arco justacólico do intestino grosso é atribuída à artéria ileocólica, à artéria apendicular e à artéria cólica direita, originadas da artéria
  • 14. 14 mesentérica superior e que originam o primeira segmento da artéria marginal, que então emite ramos que penetram diretamente no parênquima do intestino grosso; ainda, a origem do segundo segmento do arco justacólico do intestino grosso é atribuída à artéria cólica esquerda, artéria sigmoidea superior e artérias sigmoideas, originadas da artéria mesentérica inferior e que originam o segundo segmento da artéria marginal (MOORE, 2010). Em caminho inverso está a rede venosa, associada a uma extensa malha linfática com linfonodos (MOORE, 2010). Entre as vasculopatias mesentéricas a de maior importância é a isquemia mesentérica, que abarca a isquemia mesentérica aguda - sem sinais físicos aparente e que pode ser causada por embolia arterial, trombose arterial, trombose venosa e ainda não oclusão, tendo pior prognóstico ao aumento do calibre do vaso sanguíneo, sendo pois necessária rápida intervenção após radiologia, arteriografia eco-doppler e angiorressonância -, a isquemia mesentérica crônica - caracterizada por dor abdominal pós-prandial, perda de peso e aversão à comida, estando associada a outras vasculopatias e que é diagnosticada com arteriografia e com eco-doppler - e ainda a colite isquêmica - diagnosticada por avaliação endoscópica -, todas de comprometimento arteriovenoso (ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE MEDICINA, 1997; GREENWALD, 1998; VIRGINI-MAGALHÃES, 2009). Outrossim, uma série de outras vasculopatias atingem o mesentério, como a doença venooclusiva inflamatória mesentérica, de comprometimento venoso e cujas manifestações clínicas similares aos de neoplasias do trato gastrointestinal, a exemplo da enterorragia, e diagnosticada por tomografia computadorizada (VIRGINIMAGALHÃES, 2009). Sabe-se também a associação intrínseca do mesentério com o tecido adiposo, de forma que sua extensa malha linfática com linfonodos escorre micelas derivadas da absorção de lipídeos, de forma que essa absorção errática ou ainda uma absorção excessiva pode ocasionar adipomegalia patológica localizada ao mesentério (MOREIRA, 2001). Nessa modalidade, a paniculite mesentérica é a de maior importância clínica, sendo caracterizada pelo espessamento fibroadiposo do mesentério com inflamação predominante sobre a fibrose, sendo diagnosticada por estudos baritados, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética (MOREIRA, 2001). Ainda relevante, a lipodistrofia mesentérica é caracterizada como espessamento fibroadiposo do mesentério onde há necrose de
  • 15. 15 gordura, sendo diagnóstico diferencial da paniculite mesentérica e justificativa da utilização de conhecimentos patológicos em anatomia patológica para a investigação do mesentério (MOREIRA, 2001). Nesse mesmo limbo estão a mesenterite retrátil também chamada de mesenterite lipoesclerótica, esclerose subperitoneal multifocal e lipodistrofia isolada do mesentério e lipodistrofia isolada do mesentério -, a mesenterite esclerosante, manifestações mesentéricas da doença de WeberChristian e lipogranuloma mesentérico - também chamado de paniculite nodular mesentérica, paniculite não supurativa nodular e paniculite não supurativa nodular febril relapsa -, além de paniculite mesentérica, lipodistrofia mesentérica e adenite mesentérica (DASKALOGIANNAKI, 2000; FUJIYOSHI, 1997; KRONTHAL, 1991; LINS, 2008; PATEL, 1999; SABATÉ, 1999). " Aspectos Cirúrgicos (Anatomia Cirúrgica) " A primeira descrição de anatomia cirúrgica do mesentério foi realizada também pelo anatomista George Monks e publicada em artigo no Annals of Surgery (MONKS, 1903). Em anatomia cirúrgica, o mesentério é rotineiramente descrito através de seu tamanho; sua morfologia real e sua classificação em duas porções, a partir de estudos in situ; sua disposição na cavidade abdominal; e sua influência no curso do intestino (PETROIANU, 1999). O tamanho do mesentério é comumente aferido a partir da evisceração obtida por incisão da linha média do abdômen, de forma que deve haver extensão bimanual máxima do mesentério e utilização unimanual de régua cirúrgica desde a parede abdominal posterior até a extremidade mesentérica ligada ao intestino para obtenção de valor numérico (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999), conforme anexo 4. Considerando-se essa técnica, sabe-se que o tamanho do mesentério gradualmente aumenta do término do duodeno até algum segmento jejunal entre 1,2m e 1,5m após o início do intestino delgado, sendo esse o ponto onde o mesentério atinge seu valor máximo, embora se saiba que esse valor máximo possa ser encontrado anterior a esse segmento; em seguida o tamanho do mesentério é abruptamente diminuído (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999). Desconsiderando-se as extremidades superior e inferior do mesentério, o valor médio de tamanho do mesentério está entre 13cm e 18cm; já o valor médio do tamanho para as
  • 16. 16 extremidades superior e inferior do mesentério está entre 11,5cm e 20,5cm - esses dados são atualmente contestados por parte da comunidade acadêmica que afirma que o tamanho do mesentério varia constantemente, mas que cujo valor médio está entre 20cm e 22,8cm (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999). O emprego dessa mesma técnica mostra que mesentérios muito extensos súpero-inferiormente apresentam grande tamanho e que mesentérios poucos extensos súperoinferiormente apresentam pequeno tamanho, embora haja muitas exceções já descritas (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999). O mesentério é uma estrutura semirrígida cuja raiz tem cerca de 15,25cm de tamanho, e cuja borda livre, que se estende da extremidade superior do intestino à extremidade inferior do intestino, apresenta cerca de 6,4m a 7,01m de extensão súpero-inferior, ao passo que a distância da raiz do mesentério à sua borda livre comumente não se estende por mais de 18cm, de forma que essa borda livre tem cerca de 2,75cm de tamanho (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999). Para a demonstração desses valores numéricos é necessária evisceração obtida por incisão da linha média do abdômen e subsequente introdução de fio de cobre no lúmen intestinal, de forma a obter uma estrutura lequeforme, conforme anexo 5, em que se observa a disposição alternada do intestino notadamente na extremidade inferior do íleo, quando a porção plana ou porção proximal do mesentério dá lugar à porção ondulada ou porção distal do mesentério (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999). Essa mesma técnica é capaz de fornecer o valor médio de 4,16m para a extensão súpero-inferior do mesentério (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999). A disposição do mesentério na cavidade abdominal e sua influência no curso do intestino são descrições de anatomia cirúrgica que são estritamente correlacionáveis, de forma que a tendência do mesentério em assumir curvas ou dobras repetidamente o faz ser o principal fator determinante no curso do intestino, tendo influência sobretudo em pequenos segmentos do intestino delgado, onde o curva em um circuito único (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999). Para estudo da disposição do mesentério na cavidade abdominal é comum a incisão da linha média do abdômen, clampeamento das extremidades superior e inferior do intestino e remoção desse intestino e de seu mesentério para subsequente ligação da raiz do mesentério a algum em barra vertical, conforme anexo 6; aqui, com ou sem inflação induzida por água ou gás observam-se as curvas ou dobras do mesentério
  • 17. 17 associadas a curvas ou dobras do intestino (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999). Em continuidade, pode-se obter um segmento de íleo qualquer ligado ao seu respectivo mesentério e um segmento de jejuno qualquer ligado ao seu respectivo mesentério; nesse caso, a primeira peça fresca é caracterizada por sua disposição muito curva, ao passo que a segunda peça fresca é caracterizada pouco curva (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999). Em contrapartida, se forem removidos esses mesentérios ter-se-á que tanto a primeira peça fresca quanto a segunda peça fresca estão levemente curvas, o que comprova que as dobras e curvas do mesentério são mais nítidas no íleo que no jejuno (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999). Para tanto, há de se considerar que as linhas de tração do mesentério são retas, mas dispostas concentricamente, de forma a poder assumir até curvas sigmoideas (MONKS, 1903; PETROIANU, 1999). " " Infecções e Células Neoplásicas " A maioria das inflamações que acometem o mesentério são adiporrelacionadas, de forma que as mais comuns são a mesenterite retrátil também chamada de mesenterite lipoesclerótica, esclerose subperitoneal multifocal e lipodistrofia isolada do mesentério e lipodistrofia isolada do mesentério -, a mesenterite esclerosante, manifestações mesentéricas da doença de WeberChristian e lipogranuloma mesentérico - também chamado de paniculite nodular mesentérica, paniculite não supurativa nodular e paniculite não supurativa nodular febril relapsa -, além de paniculite mesentérica, lipodistrofia mesentérica e adenite mesentérica (DASKALOGIANNAKI, 2000; FUJIYOSHI, 1997; KRONTHAL, 1991; LINS, 2008; PATEL, 1999; SABATÉ, 1999). A mesenterite retrátil é uma doença idiopática caracterizada pelo comprometimento do tecido adiposo do mesentério pelo surgimento de bandas fibrosas que envolvem as alças intestinais, com subsequente comprometimento arteriovenoso e isquemia tecidual, cuja sintomatologia geralmente inexiste e cujo diagnóstico imagiológico é acidental; ainda assim, quando da existência da sintomatologia tem-se abdominalgia, perda de massa ponderal e alterações do trânsito gastrointestinal por suboclusão intestinal; é comumente diagnosticada por tomografia computadorizada e por PET-CT, além de
  • 18. 18 biópsia cirúrgica - essas duas últimas para diagnóstico diferencial de neoplasias (LINS, 2008). A mesenterite esclerosante corresponde a uma forma mais grave de mesenterite retrátil, com fibrose mais acentuada e diversificada do tecido adiposo do mesentério e cujas manifestações clínicas englobam emagrecimento, abdominalgia, obstrução intestinal e ainda massas abdominais palpáveis e ascite; é comumente diagnosticada por tomografia computadorizada e por PET-CT, além de biópsia excisional ou percutânea para diagnóstico diferencial de neoplasias (FERREIRA, 2009). Já a doença de Weber-Christian é descrita como paniculite nodular não supurativa, recidivante e febril, de etiologia desconhecida e que é extensível a regiões extra-mesentéricas, assim conferindo um pior prognóstico ao seu portador; é comumente diagnosticada por tomografia computadorizada e por sua manifestação sintomatológica típica (OLIVEIRA, 2010). Já o lipogranuloma mesentérico manifesta-se pelo aparecimento de um único ou múltiplos erupções dolorosas ou não, resultantes de processo inflamatório instalado no panículo adiposo mesentérico e que é extensível a regiões extramesentéricas, onde admite denominação equivalente possível; é comumente diagnosticada por tomografia computadorizada e ainda por manifestações eventualmente cutâneas (NATIONAL ORGANIZATION FOR RARE DISORDERS, 2012). A paniculite mesentérica é caracterizada pelo espessamento fibroadiposo do mesentério com inflamação predominante sobre a fibrose, sendo diagnosticada por estudos baritados, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética associados às recorrentes abdominalgias, sendo o mesentério portador de paniculite mesentérica comumente denominado mesentério nebuloso por seu aspecto em tomografia computadorizada, utilizado para seu diagnóstico (MOREIRA, 2001; AHUALLI, 2007). Ainda relevante, a lipodistrofia mesentérica é caracterizada como espessamento fibroadiposo do mesentério onde há necrose de gordura; é comumente diagnosticada por tomografia computadorizada (MOREIRA, 2001). Por fim, a adenite mesentérica é diagnóstico diferencial da apendicite aguda e corresponde ao infante de ao menos três linfonodos mesentéricos por infecção bacteriana pertinente e cuja manifestação sintomatológica passa por febre,
  • 19. 19 abdominalgia, vômito e diarreia é comumente diagnosticada por tomografia computadorizada e ultrassonografia (FRAZÃO, 2013). Os cistos mesentéricos são neoplasias abdominais subnotificados majoritariamente benignos e de bom prognóstico quando da realização de técnicas adequadas de ressecação, de forma que mesmo sua eventual malignidade é acompanhada de alta taxa de cura; os cistos mesentéricos são diagnosticados por tomografia computadorizada (LEME, 2005). O mesentério está também associado a tumores do estroma gastrointestinal (GIST, do inglês GastroIntestinal Stromal Tumors), quando pode chegar a dimensões entre 10cm e 27cm e rapidamente tornar-se calcificado, além de apresentar margens bem definidas, contornos lobulados e áreas de baixa atenuação central; o diagnóstico é realizado por tomografia computadorizada ou ainda pela expressão de CD117, um receptor do fator de crescimento tirosinoquinase (MACEDO, 2007). Ainda, linfoma não Hodgkins mesentérico pode ser diagnosticado por tomografia computadorizada ou por ultrassom, em que o aparecimento do sinal de sanduíche - onde cada um das metades do pão de sanduíche é um confluente de linfonodos mesentéricos maximiza as chances de diagnóstico certo (ELLERMEIER, 2013; SALEMIS, 2009). " " " " " " " " " " " " " " "
  • 20. 20 Diagrama " " " Neste diagrama evidencia-se um corte sagital da cavidade abdominopélvica em que F refere-se ao fígado, S refere-se ao estômago, CT refere-se ao cólon transverso do intestino grosso, D refere-se ao duodeno, MID refere-se ao mesentério do intestino delgado e ID refere-se ao intestino delgado. Observa-se, portanto, as inter-relações anatômicas entre os órgãos abdominopélvicos e ainda a associação mais íntima do mesentério com o intestino delgado que quando comparado com a
  • 21. 21 relação entre o mesentério e intestino grosso, de forma que há ligação direta entre a raiz do mesentério e sua respectiva borda livre com o intestino delgado. " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " "
  • 22. 22 CONSIDERAÇÕES FINAIS " O mesentério é uma estrutura anatômica cuja responsabilidade filogenética e vínculo com grande quantidade de patologias o faz ser um órgão importante em estudo de anatomia, embora esteja em subinteresse. A riqueza de recursos imagiológicos, como tomografia computadorizada, ultrassonografia e PET-CT, além de recursos anatomopatológicos, são extensamente utilizados para diagnóstico diferencial em mesentério, de forma que a compreensão dessa panorama é de interesse para alunos de graduação em Medicina. A associação do mesentério com abundante rede arteriovenosa, malha linfática e ainda com estruturas nervosas faz do mesentério um hot spot de eventuais instalações patológicas. Dessa forma, as diversas manifestações sintomatológicas de isquemia mesentérica, paniculites de etiologias diversificadas e ainda alguns tipos de neoplasias intestinais estão vinculadas ao mesentério, de forma que sua subutilização ambulatorial resguarda enorme importância em anatomia cirúrgica. " " " " " " " " " " " " " " " "
  • 24. 24 " " " " " " " " " " " " " " Anexo 1. Corte sagital da cavidade abdominopélvica evidenciando a cavidade preenchida pelo peritônio. " Anexo 2. Corte coronal da cavidade abdominopélvica evidenciando o mesentério. "
  • 25. 25 " " Anexo 6. Formação embriológica do mesentério.
  • 26. 26 " Anexo 4. Técnica de anatomia cirúrgica para demonstração de tamanho de mesentério (MONKS, 1903). " Anexo 5. Técnica de anatomia cirúrgica para demonstração de morfologia do mesentério (MONKS, 1903)."
  • 27. 27 " Anexo 6. Técnica de anatomia cirúrgica para demonstração da disposição do mesentério na cavidade abdominal (MONKS, 1903)." " " " " " " " " " " " " " " " " " "
  • 28. 28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS " AHUALLI, Jorge et al. Mesenterio Nebuloso: Hallazgos por Tomografía C o m p u t a d a . D i s p o n í v e l e m : < h t t p : / / w w w. s c i e l o . o r g . a r / s c i e l o . p h p ? pid=S1852-99922008000100008&script=sci_arttext>. Acesso em: 23 nov 2013; " ELLERMEIER, Anna; ELLERMEIER, Chad; GRAND, David. ‘The Sandwich Sign’: Mesenteric Lymphoma. Disponível em: <https://www.rimed.org/rimedicaljournal/ 2013-08/2013-08-27-images-mesenteric-lymphoma.pdf>. Acesso em: 24 nov 2013; " FERREIRA, Margarida et al. Doença Venooclusiva Inflamatória Mesentérica – Causa Rara de Isquemia Intestinal. Disponível em: <http:// w w w . s c i e l o . o c e s . m c t e s . p t / s c i e l o . p h p ? pid=S087281782010000100005&script=sci_arttext>. Acesso em: 23 nov 2013; " FERREIRA, Margarida et al. Mesenterite Esclerosante. Disponível em: <http:// www.actamedicaportuguesa.com/pdf/2009-22/6/855-860.pdf>. Acesso em: 23 nov 2013; " FRAZÃO, Arthur. Adenite Mesentérica. Disponível em: <http://www.tuasaude.com/ adenite-mesenterica/>. Acesso em: 23 nov 2013; " GREENWALD, DA; BRANDT LJ. Colonic Ischemia. Disponível em: <http:// www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9754772>. Acesso em: 23 nov 2013; " LEME, Pedro et al. Cisto Mesentérico: Tratamento Operatório. Disponível em: <http://www.fcmscsp.edu.br/files/vlm50n2_5.pdf>. Acesso em: 23 nov 2013; " LINS, Sérgio. Mesenterite Retrátil. Disponível em: http:// www.clinicaimagem.com.br/index.php?cmd=banco-de conhecimentos&id=53>. Acesso em: 23 nov 2013; "
  • 29. 29 MACEDO, Leonardo et al. Tumores do Estroma Gastrintestinal: Achados Clínicos, Radiológicos e Antomopatológicos. Disponível em: <http:// www.scielo.br/scielo.php?pid=s010039842007000300004&script=sci_arttext>. Acesso em: 23 nov 2013; " MONKS, George. Studies in the Surgical Anatomy of the Small Intestine and Its Mesentery. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1426024/ >. Acesso em: 23 nov 2013; " MOORE, Keith; DALLEY, Arthur; AGUR, Anne. Anatomia Orientada para a Clínica. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010; " MOREIRA, Luiza. Mesenteric Panniculitis: Computed Tomography Aspects. Disponível em: <http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=1955>. Acesso em: 24 nov 2013; " NATIONAL ORGANIZATION FOR RARE DISORDERS. Idiopathic Nodular Panniculitis. Disponível em: <http://www.webmd.com/skin-problems-and-treatments/ panniculitis-idiopathic-nodular>. Acesso em: 23 nov 2013; " OLIVEIRA, Anabela et al. Doença de Weber-Christian - Paniculite Sistêmica de Origem Desconhecida. Disponível em: <http://www.actamedicaportuguesa.com/pdf/ 2010-23/6/1113-1118.pdf>. Acesso em: 23 nov 2013; " PETROIANU, Andy. Anatomia Cirúrgica. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999; " PORTO, Celmo. Semiologia Médica. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009; "
  • 30. 30 SALEMIS, NS et al. Diffuse Large B Cell Lymphoma of the Mesentery: An Unusual Presentation and Review of the Literature. Disponível em: <http:// www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19937400>. Acesso em: 23 nov 2013; " VIRGINI-MAGALHÃES, Carlos; MAYALL, Monica. Isquemia Mesentérica. Disponível em: <http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=171>. Acesso em: 23 nov 2013. " " " " " " " " "