1. O documento descreve o período do Segundo Reinado no Brasil Imperial (1840-1889), marcado pelo crescimento da cafeicultura e da escravidão, assim como pelas tensões políticas que levariam à queda da monarquia;
2. A economia brasileira prosperou com o café, porém a sociedade permaneceu extremamente desigual, baseada na escravidão e no poder dos fazendeiros;
3. Conflitos políticos, como a Questão Religiosa de 1872 e a Questão Militar de 1883, som
2. 1. Cronologia do Império Brasileiro:
Primeiro
Reinado
Período
Regencial
Segundo
Reinado
1822 ------- 1831 ---------- 1840 -----------------------------------------------
1889
R
E
V
O
L
T
A
S
3. A organização política no início do Segundo
Reinado
O Ministério dos Irmãos e as “eleições do cacete”;
O revezamento entre os partidos Liberal e Conservador
no poder.
“Não há nada mais parecido com
um Saquarema (Conservador) do
que um Luzia (liberal).”
Charge onde Agostini satiriza a corrupção e as fraudes nas eleições
brasileiras durante o Segundo Império.
4. Parlamentarismo “às avessas” (1847)
Paralelo com o modelo clássico britânico;
“No Brasil, o rei reina, ri e rói.”
5. Revolução Praieira (Pernambuco, 1848)
“Quem viver em Pernambuco
Deve estar desenganado
Que há de ser Cavalcanti
Ou há de ser enganado.”
6. O controle do poder político pela aristocracia rural,
com destaque para os Cavalcanti – Albuquerque;
O monopólio comercial pelos portugueses;
Insatisfeitos com a situação, liberais radicais
pernambucanos, inspirados nas revoluções
europeias de 1848, conhecidas como “Primavera
dos Povos”, criam o Partido da Praia, tendo no
Jornal Diário Novo o veículo de difusão de suas
ideias;
7. Os praieiros divulgaram o Manifesto ao Mundo,
onde expuseram suas principais reivindicações:
Fim do voto censitário;
Liberdade de imprensa;
Garantia de trabalho para os brasileiros;
Extinção do poder Moderador e
do Senado Vitalício etc.
General Praieiro
Abreu e Lima
Pedro Ivo Veloso
Líder dos Praieiros
8. O movimento foi reprimido pelas forças
imperiais. Em 1851, o governo anistiou a todos.
Pedro Ivo, que havia fugido da prisão, morreu em
um navio que o levaria à Europa;
Essa foi a última revolta que ameaçou a unidade
territorial brasileira na época.
9. Economia e sociedade do Segundo Reinado
2. O café: a instalação da produção e as
transformações proporcionadas
A prosperidade econômica e a estabilidade social e
política;
Transporte ferroviário favorecido
pela produção cafeeira
São Paulo no final do século XIX
11. Tarifa Alves Branco (1844) – Protecionismo
alfandegário, impulsionando a industrialização;
O Bill Aberdeen (1845) – Permitia à marinha britânica
apreender navios negreiros em qualquer lugar do mundo,
tornando mais arriscado o tráfico negreiro.
A
RESPOSTA
INGLESA
12. Lei Eusébio de Queirós (1850) – Possibilitou a
transferência de capitais do tráfico negreiro para outros
setores economicamente produtivos;
Eusébio de Queirós Lord Aberdeen
A Lei de terras (1850)
Atendendo às pressões dos aristocratas ligados à cafeicultura,
o governo imperial restringiu a posse da terra à “compra”.
13. 3. O senador Nicolau Vergueiro e o sistema de
parceria (1847 - 1857)
Os primeiros imigrantes:
alemães, italianos, suíços e
belgas;
A revolta na fazenda de
Ibicaba - Liderados por
Thomas Davatz (líder
religioso da comunidade de
imigrantes) - fracasso do
sistema, levando o governo
imperial a subvencionar a
imigração.
14. Analogia entre as aristocracias cafeeiras do Vale do
Paraíba e do Oeste Paulista
Enquanto no Vale do Paraíba: escravos em larga
escala - técnicas agrícolas rudimentares
(queimadas do solo - não uso de adubos ou
fertilizantes;
No Oeste Paulista - mão-de-obra imigrante
europeia – mecanização - modernas técnicas
agrícolas - solo ideal: a “terra roxa”. Ali surgiram
os barões do café, com uma visão mais
empresarial e revolucionária que cafeicultores do
Vale do Paraíba.
19. A concorrência britânica - Tarifa Silva Ferraz
(1860) - reduziu as taxas de importação sobre
máquinas, ferramentas e ferragens-, e a postura
retrógrada da aristocracia rural brasileira
contrária aos benefícios que Mauá trazia para o
Brasil, levaram-no à falência, em 1883.
20. 1. Política externa:
1.1. A Questão Christie (1861 – 1863)
Desentendimentos desde a Tarifa Alves Branco
Naufrágio: Príncipe de Gales (Prince of Wales)
Diante dos episódios protagonizados pelo
imperador inglês William Christie, o rei belga
D. Leopoldo I, árbitro da questão, deu ganho de
causa ao Brasil;
A intransigência do embaixador britânico levou
ao rompimento diplomático, em 1863.
A crise do Império (1850 – 1889)
21. D. Pedro II saudado
pela multidão, no
Rio de Janeiro,
durante a Questão
Christie.
Baía de Guanabara,
cuja defesa foi
reforçada após a
Questão Christie.
22. 1.2. Guerra do Paraguai (1864 – 1870)
A construção do Paraguai desde José Gaspar de
Francia até Francisco Solano López (1811 – 1870)
23. Paralelo comparativo entre o Brasil e o Paraguai antes
do conflito;
Os interesses imperialistas britânicos motivaram a
formação da Tríplice Aliança;
Produtos industrializados ingleses invadem o mundo durante o séc. XIX
26. Consequências
- A indústria paraguaia entrou em profunda decadência
- comprador dos produtos ingleses – contraiu
empréstimo – Dívida com o Brasil (Vargas) – Perdeu
terras para a Argentina, Brasil e Uruguai. Não houve
um tratado de paz que envolvesse todos.
- O Uruguai - continuou submisso ao imperialismo
inglês
- A Argentina não reconheceu a independência do
Paraguai, tal fato só ocorreu em 1876 por ocasião da
Conferência de Buenos Aires, que estabeleceu a paz.
- Brasil: crise financeira - precisou tomar empréstimo
com a Inglaterra em vários momentos.
27. O movimento abolicionista
As pressões britânicas - resultado das
transformações do capitalismo internacional.
Política Interna
28. Os diversos setores sociais e profissionais que
se dedicaram à causa abolicionista:
Castro Alves
Poesias contra a
escravidão
Chico da Matilde
O Dragão do Mar
Joaquim Nabuco
Um dos fundadores da
Academia Brasileira de
Letras
Raul Pompéia
Jornalista José do Patrocínio
Guarda Negra
Luís Gama
Jornalista e Advogado
Provisionado
29. 2.1. As leis abolicionistas e suas contradições:
Lei Eusébio de queirós (1850) – Aboliu o tráfico
externo, mas incentivou o tráfico interprovincial;
Desembarque no Rio de Janeiro de escravos
provenientes do Nordeste
30. Lei do Ventre Livre ou Rio Branco (1871) –
declarava livres todos os filhos de escravas
nascidas a partir de sua publicação. No entanto, os
mesmos ficariam a serviço do senhor até a
Maioridade.
Visconde do Rio Branco
31. Lei dos Sexagenários ou Saraiva-Cotegipe (1885)
– libertava todos os escravos maiores de 65
anos. No entanto, serviu muito mais aos
proprietários do que aos escravos,
especificamente.
32. Charge satirizando a disputa entre abolicionistas e
escravocratas durante as últimas décadas do séc.
XIX.
Barão e Visconde
de Mauá, um dos
pioneiros na
defesa do
trabalho
assalariado
no Brasil
33. Lei Áurea (13 de maio de 1888) – aboliu a
escravidão no Brasil, mas não assegurou a
cidadania aos ex-escravos, que tornaram-se
vítimas da discriminação racial, fenômeno que
se manifesta até os nossos dias.
Os republicanos do 13
de maio: senhores de
engenho do Nordeste
e cafeicultores do Vale
do Paraíba (todos
escravocratas)
34. A Questão republicana (1870-1873)
O Manifesto Republicano (1870) e a Convenção
de Itu (1873).
Outros fatos que somaram-se à questão
abolicionista contribuindo para a queda da
Monarquia.
35. Questão Religiosa (1872)
A Bula Syllabus (1864) do papa Pio IX proibiu
clérigos de se envolverem na Maçonaria sob
pena de excomunhão;
Papa Pio IX
O controle da Igreja brasileira pelo Estado através
do “Padroado” e do “Beneplácito”;
A punição aos bispos de Belém e de Olinda e o
rompimento da Igreja com o governo monárquico
(1874).
36. A influência da filosofia
positivista sobre os militares
e a Proclamação da
República, em 15 de
novembro de 1889.Marechal
Deodoro Sena Madureira
Questão Militar (1883)
Antônio de Sena Madureira - se opôs ao Projeto de Lei
que obrigava a contribuição ao montepio dos militares
(1883) – Homenageou o jangadeiro Francisco José do
Nascimento (o Dragão do Mar).
Deodoro da Fonseca – Recusou-se a cumprir a
proibição imposta aos militares: não poderiam se
manifestar através da imprensa.
Clube Militar – solicitaram a não obrigação do Exército de
caçar escravos fugidos.
37. Final da tarde de 15 de novembro de 1889, momento
histórico da transição da Monarquia para a República.
38. Ilha Fiscal. Neste local realizou-se, dia 9 de novembro de
1889, o último baile imperial, em homenagem à marinha
chilena. Na semana seguinte a Monarquia era deposta pelos
militares.