DEDUÇÃO E INDUÇÃO
Um
argumento
dedu$vamente
válido
é
aquele
em
que
é
impossível
que
as
premissas
sejam
verdadeiras
e
a
conclusão
seja
falsa.
Um
argumento
indu$vamente
válido
é
DEDUÇÃO E INDUÇÃO
aquele
em
que
é
muito
improvável,
mas
não
impossível,
que
as
premissas
sejam
verdadeiras
e
a
conclusão
seja
falsa.
DEDUÇÃO E INDUÇÃO
Vejamos
um
exemplo
de
um
argumento
dedu$vamente
válido:
1. Se
temos
livre-‐arbítrio,
somos
responsáveis
pelo
que
fazemos.
Exemplo
de
argumento
2. Temos
livre-‐arbítrio.
dedu@vamente
válido
∴
Somos
responsáveis
pelo
que
fazemos
DEDUÇÃO E INDUÇÃO
Este
argumento
é
dedu$vamente
válido,
porque:
A
conclusão
segue
necessariamente
das
premissas:
É
uma
consequência
lógica
das
1. Se
temos
livre-‐arbítrio,
premissas.
somos
responsáveis
pelo
que
fazemos.
Se
as
premissas
forem
verdadeiras,
2. Temos
livre-‐arbítrio.
então
é
absolutamente
garan@do
que
a
conclusão
também
é
verdadeira.
∴
Somos
responsáveis
pelo
que
fazemos
DEDUÇÃO E INDUÇÃO
Um
argumento
dedu$vamente
válido
pode
ter
premissas
falsas
e/ou
conclusão
falsa.
Aquilo
que
não
pode
ter
é
premissas
verdadeiras
e
conclusão
falsa.
1. Se
temos
livre-‐arbítrio,
somos
responsáveis
Quando
estamos
perante
um
argumento
pelo
que
fazemos.
dedu$vamente
válido,
e
aceitamos
as
2. Temos
livre-‐arbítrio.
suas
premissas,
não
podemos,
portanto,
∴
Somos
responsáveis
rejeitar
a
sua
conclusão
pelo
que
fazemos
DEDUÇÃO E INDUÇÃO
Vejamos
agora
um
exemplo
de
um
argumento
indu$vamente
válido:
1. Os
cães
têm
coração
e
têm
rins.
2. Os
leões
têm
coração
e
têm
rins.
Exemplo
de
argumento
3. Os
cangurus
têm
coração
e
têm
rins.
indu$vamente
válido
4. Os
pombos
têm
coração
e
têm
rins.
5. Etc.
Logo,
todos
os
animais
que
têm
coração
também
têm
rins.
DEDUÇÃO E INDUÇÃO
Este
argumento
não
é
dedu$vamente
válido,
porque:
É
possível
que
as
suas
premissas
sejam
1. Os
cães
têm
coração
e
verdadeiras
e
que,
ainda
assim,
tenha
têm
rins.
uma
conclusão
falsa
2. Os
leões
têm
coração
e
Mesmo
que
todos
os
animais
com
têm
rins.
coração
observados
até
hoje
tenham
3. Os
cangurus
têm
rins,
isso
não
exclui
a
possibilidade
de
coração
e
têm
rins.
exis@rem
algures
animais
com
4. Os
pombos
têm
coração
mas
sem
rins.
coração
e
têm
rins.
5. Etc.
Logo,
todos
os
animais
que
têm
coração
também
têm
rins.
DEDUÇÃO E INDUÇÃO
Porém,
se
as
premissas
deste
argumento
forem
verdadeiras,
é
muito
improvável
que
a
respe@va
conclusão
seja
falsa.
1. Os
cães
têm
coração
e
É
por
esta
razão
que
este
argumento
é
têm
rins.
indu$vamente
válido.
2. Os
leões
têm
coração
e
têm
rins.
3. Os
cangurus
têm
O
símbolo
∴
só
se
usa
em
argumentos
coração
e
têm
rins.
dedu@vos
4. Os
pombos
têm
coração
e
têm
rins.
5. Etc.
Logo,
todos
os
animais
que
têm
coração
também
têm
rins.
DEDUÇÃO E INDUÇÃO
Num
argumento
dedu$vamente
válido
existe
uma
relação
de
implicação
entre
as
premissas
e
a
conclusão.
As
premissas
implicam
a
conclusão.
Duas
formas
de
as
premissas
apoiarem
a
conclusão.
Num
argumento
indu$vamente
válido
existe
uma
relação
de
confirmação
entre
as
premissas
e
a
conclusão.
As
premissas
confirmam
a
conclusão
com
uma
probabilidade
muito
elevada.
FORMA E CONTEÚDO
Vejamos
dois
argumentos
dedu@vamente
válidos:
1. Se
temos
livre-‐arbítrio,
somos
responsáveis
pelo
que
fazemos.
2. Temos
livre-‐arbítrio.
FORMA E CONTEÚDO
∴
Somos
responsáveis
pelo
que
fazemos
1. Se
João
bebeu,
teve
um
acidente.
2. João
bebeu.
∴
João
teve
um
acidente.
1. Se
temos
livre-‐
arbítrio,
somos
FORMA E CONTEÚDO
responsáveis
pelo
que
fazemos.
No
que
respeita
ao
conteúdo,
estes
2. Temos
livre-‐ argumentos
em
nada
se
assemelham:
arbítrio.
1. Um
fala
do
livre
arbítrio
e
da
responsabilidade
pelas
nossas
ações;
∴
Somos
2. O
outro
refere-‐se
às
consequências
responsáveis
pelo
que
da
bebida
sobre
a
condução.
fazemos
1. Se
João
bebeu,
teve
um
acidente.
Embora
o
conteúdo
seja
diferente,
ambos
apresentam
a
mesma
forma
2. João
bebeu.
lógica:
∴
João
teve
um
Se
P,
então
Q.
acidente.
P.
∴
Q.
FORMA E CONTEÚDO
Vejamos
agora
outros
dois
argumentos
dedu@vamente
válidos:
1. Todas
as
ações
são
acontecimentos.
2. Todos
os
acontecimentos
são
causados
(têm
uma
causa).
FORMA E CONTEÚDO
∴
Todas
as
ações
são
causadas
1. Todos
os
alentejanos
são
portugueses.
2. Todos
os
portugueses
são
europeus.
∴
Todos
os
alentejanos
são
europeus.
1. Todas
as
ações
são
acontecimentos.
FORMA E CONTEÚDO
2. Todos
os
acontecimentos
são
Uma
vez
mais,
estamos
perante
causados
(têm
uma
argumentos
que
diferem
totalmente
no
causa).
conteúdo,
mas
têm
a
mesma
forma
∴
Todas
as
ações
são
lógica:
causadas
1. Todos
os
1. Todos
os
A
são
B.
alentejanos
são
portugueses.
2. Todos
os
B
são
C.
2. Todos
os
∴
Todos
os
A
são
C.
portugueses
são
europeus.
∴
Todos
os
alentejanos
são
europeus.
FORMA E CONTEÚDO
Por
que
razão
é
importante
dis@nguir
o
A
forma
lógica
de
um
conteúdo
dos
argumentos
pela
sua
forma
argumento
é
a
sua
lógica?
estrutura
relevante
para
a
validade
dedu;va.
Porque
a
validade
dedu$va
de
um
argumento
depende
da
sua
forma
lógica
Para
determinar
se
um
argumento
é
dedu@vamente
válido,
podemos
ignorar
o
seu
conteúdo
e
examinar
apenas
a
sua
forma
11
LÓGICA FORMAL
Quando
cometemos
uma
falácia,
julgamos
A
lógica
formal
serve
para
dis@nguirmos
estar
a
raciocinar
a
argumentação
dedu@vamente
válida
da
corretamente,
mas
na
inválida,
consis@ndo
no
estudo
da
forma
verdade
estamos
a
lógica
dos
argumentos.
incorrer
num
erro
de
Uma
falácia
é
um
argumento
enganador.
raciocínio.
Muitas
falácias
são
argumentos
inválidos
que
podem
parecer-‐nos
válidos.
As
falácias
formais
são
aquelas
que
resultam
de
uma
confusão
entre
formas
dedu@vamente
válidas
e
formas
dedu@vamente
inválidas.
11
VALIDADE E VERDADE
A
validade
relaciona-‐se
com
a
verdade,
na
medida
em
que
um
argumento
válido
Só
um
argumento
no
é
aquele
em
que,
se
as
premissas
forem
seu
todo
pode
ser
verdadeiras,
a
conclusão
também
é
considerado
válido
ou
verdadeira.
inválido.
A
validade
e
a
invalidade
são
Um
argumento
não
tem
propriedades
dos
argumentos.
valor
de
verdade;
Só
as
proposições
(premissas
e
conclusão)
A
verdade
e
a
falsidade
são
propriedades
podem
ser
das
proposições.
consideradas
verdadeiras
ou
falsas.
ARGUMENTAÇÃO E LÓGICA FORMAL
Não
se
esqueça
de
fazer
os
exercícios
no
“moodle”.
JORGE BARBOSA >> 2012-2013 Filosofia