O artigo discute a importância do planejamento de longo prazo para um país atingir seus objetivos nacionais de progresso, soberania, paz social e integração. Defende que instituições como a Escola Superior de Guerra são cruciais para diagnosticar problemas e propor estratégias, e critica tentativas de enfraquecê-la. Também distingue conceitos como defesa nacional, segurança nacional e desenvolvimento nacional.
1. JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91 (GLSC)
Florianópolis - SC
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
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Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.098 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 30 de junho de 2016
Bloco 1 -Almanaque
Bloco 2 -IrMarcos Coimbra – Pensando o Longo Prazo
Bloco 3 -IrRui Jung Neto – 30ª Coluna do Rito Schröder (O Ir Friedrich Carl Franzke...)
Bloco 4 -IrAlfonso Rametta dos Santos Neto - As Virtudes Teologais Maçônicas: A Escada de
Bloco 5 -IrH. L. Haywood – A Maçonaria e o Sistema de Corporações – (O Ponto Dentro do Círculo)
Bloco 6 -IrMontesquieu – A Loja e o Templo - Dicotomias
Bloco 7 - Destaques JB – Breviário Maçônico & outros informes e versos do Irmão e Poeta
Raimundo Augusto Corado
2. JB News – Informativo nr. 2.098 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 30 de junho de 2016 Pág. 2/31
Livros de artigos nos Graus de
Aprendiz, Companheiro e Mestre
Publicados na Revista O PRUMO.
Durante o período de 1970 a 2015.
Pedidos: site http://www.gosc.org.br
Ou pelo telefone: (48) 3952-3300
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 182º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante)
Faltam 184 para terminar este ano bissexto
Dia do Caminhoneiro
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
LIVROS
3. JB News – Informativo nr. 2.098 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 30 de junho de 2016 Pág. 3/31
1793 - Teatro Nacional de São Carlos - Lisboa
1520 - Os espanhóis são expulsos de Tenochtitlán.
1559 - O Rei Henrique II de França é seriamente ferido durante uma justa contra Gabriel de
Montgomery.
1758 - Guerra dos Sete Anos: Começa a Batalha de Domstadtl.
1793 - Inauguração do Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa
1847 - Assinatura da Convenção de Gramido.
1860 - Ocorre o mais famoso debate sobre a Teoria da Evolução, na Universidade de Oxford,
entre Thomas Henry Huxley, o "buldogue de Darwin", e o bispo Samuel Wilberforce.
1908 - Uma explosão, provavelmente causada pela queda de um meteorito na Sibéria, provocou
tremores até o centro da Europa. É o evento de Tunguska.
1913 - A Sérvia e a Grécia se unem contra a Bulgária provocando a segunda Guerra Balcânica.
1934 - Na Noite das Facas Longas, Adolf Hitler manda matar vários membros do Partido Nazista,
identificados por ele como possíveis inimigos no futuro.
1936 - O Imperador Haile Selassie da Etiópia pede ajuda à Liga de Nações contra a invasão
de Mussolini.
1941 - Segunda Guerra Mundial: Operação Barbarossa - A Alemanha captura Lviv, na Ucrânia.
1960 - Congo consegue sua independência da Bélgica.
1971 - Três cosmonautas a bordo da nave soviética Soyuz 11 morrem depois de uma despressurização
na cápsula espacial.
1974 - O bailarino russo Mikhail Baryshnikov pede asilo ao Canadá durante uma turnê da
companhia Bolshoi.
1980 - O papa João Paulo II pisa em solo brasileiro pela primeira vez e visita uma cidade por dia ao
longo dos treze dias que passa no país.
1986 - Estreava na Rede Globo o programa infantil Xou da Xuxa.
1988 - Escândalo dos Cachirules: a Seleção Mexicana de Futebol é punida com 2 anos de suspensão por
inscrever jogadores com idade superior ao permitido em uma partida válida pelas eliminatórias
do Mundial Sub-20.
1997 - J.K. Rowling, escritora inglesa, lança o primeiro livro da série Harry Potter.
1998 - Joseph Estrada é empossado como décimo-terceiro presidente das Filipinas.
2002 - A Seleção Brasileira de Futebol sagra-se pentacampeã da Copa do Mundo de Futebol, ao
derrotar a Alemanha na final, por 2 a 0, em Yokohama, no Japão e morre omédium brasileiro Chico
Xavier aos 92 anos.
EVENTOS HISTÓRICOS (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki)
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
4. JB News – Informativo nr. 2.098 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 30 de junho de 2016 Pág. 4/31
2004 - A sonda espacial Cassini-Huygens é capturada pela órbita do planeta Saturno.
2008 - Primeiro centro de armazenamento subterrâneo de dióxido de carbono na Europa,
em Ketzin, Alemanha.
2010 - Nos Estados Unidos, a Metro-Goldwyn-Mayer entra em falência por conta de dívidas.
1882 Assume a presidência da Província de Santa Catarina o 3º vice Joaquim Augusto do Livramento, substituindo a
Ernesto Francisco de Lima Santos.
1886 Lei nr. 1109, desta data, criou a comarca de Blumenau.
1890 Inaugurada, nesta data, a Hospedaria dos Imigrantes, no continente fronteiro à capital catarinense, no local
denominado Saco do Padre Ignácio. Mais tarde, esse prédio foi destinado à Escola de Aprendizes e
Marinheiros.
1891 Assume o governo do Estado de Santa Catarina o vice-governador Gustavo Richard, substituindo a Lauro
Muller, que assumiu sua cadeira no Congresso Nacional.
1801 Rituais criados pelo Ir Ludwig Schröeder foram apresentados e
aprovados na Convenção de Hamburgo.
1822 Ata da 3ª Sessão do Grande Oriente Brasileiro, presidida por Gonçalves Ledo, consta a escolha dos nomes
das duas novas Lojas: União e Tranqüilidade e Esperança de Niterói e prestados os juramentos dos
Oficiais.
1893 Formado o Grande Oriente Unido pela fusão do Grande Oriente dos Beneditinos, de Saldanha Marinho,
com o Grande Oriente do Brasil, que só duraria até 14 de setembro do mesmo ano.
1893 Fundado o Grande Oriente do Rio Grande do Sul e o Supremo Conselho do Rio Grande do Sul do 4º ao
33º do REAA.
1929 O IrAlexander Fleming anuncia a descoberta da penicilina, o primeiro antibiótico.
1934 O IrAlexander Fleming anuncia a descoberta da penicilina, o primeiro antibiótico.
1934 Fundação da Loja João Braz nr. 116, de Trindade GO, pertencente do GOEG/GOB
1948 Fundação da Loja Acácia Cristalinense nr. 1233 de Cristalina/GO, pertencente ao GOEG/GOB
1991 Fundação da Grande Loja Regular de Portugal
1997 Fundação da Loja Hiram nr. 3059, de Rio Negro do GOB/SC, que trabalha no Rito Adonhiramita
1999 Fundação da Loja Acácia da Montanha nr. 3249 do Distrito Federal, GOB/DF
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
históricos de santa Catarina
Extraído de “Datas Históricas de Santa Catarina” do Jornalista Jali Meirinho e acervo pessoal
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O Irmão Marcos Coimbra é Secretário de Educação e Cultura do
SCRM – do GOB e MI da Loja Maçônica União e Tranquilidade nr.
2 do GOB/RJ, Economista e Professor, Membro do Conselho
Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e
Autor do livro Brasil Soberano
“Na minha página www.brasilsoberano.com.br existem cerca de hum
mil artigos de minha lavra , publicados nos últimos quinze anos.”
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
PENSANDO O LONGO PRAZO
Um país precisa de planejamento (racionalização do processo de tomada de decisões) para
poder atingir seus principais Objetivos Nacionais (ON): Progresso, Soberania, Paz Social,
Integração Nacional, Integridade do Patrimônio Nacional e Democracia. E, em especial, de um
planejamento a longo prazo, a fim de que o futuro do país e de nossos descendentes seja
satisfatório. Como afirmamos em artigo anterior, poucas Instituições debruçam-se sobre o estudo
do futuro. Uma delas é a Escola Superior de Guerra (ESG), a qual congrega civis e militares,
oriundos de todos os rincões do país, para diagnosticar os problemas existentes e propor as
políticas e estratégias adequadas para a consecução dos nossos objetivos.
Lamentavelmente, existem grupos e pessoas, atualmente com muito poder político,
interessados em eliminá-la, ou direta ou indiretamente. Acabar com a ESG foi tentado, mas não
foi felizmente concretizado. Procuraram então anulá-la, alterando seus objetivos, sua estrutura,
sua filosofia. As propostas anteriormente apresentadas ao Congresso para modificar a Lei de sua
criação, caso aprovadas, transformariam um dos poucos centros de altos estudos, apartidário, que
reflete, pensa, planeja e propõe rumos para o Brasil do futuro em mais uma fábrica produtora de
mestres e doutores, como tantas existentes no país. Apenas, voltada para a Defesa Nacional.
Felizmente, resistimos e, se não conseguimos tudo aquilo desejado, evitamos o cenário mais
hostil.
Ora, segundo a antiga Doutrina da Escola Superior de Guerra, "Defesa Nacional é o
conjunto de atitudes, medidas e ações adotadas, com a utilização do Poder Nacional, para superar
as ameaças de origem interna ou externa, que se manifestem ou possam manifestar-se contra os
Objetivos Nacionais Permanentes". Já a "Segurança Nacional é a garantia relativa, para a Nação,
da conquista e manutenção dos seus Objetivos Permanentes, proporcionada pelo emprego do seu
Poder Nacional". Ou seja, é um conceito mais amplo, que abrange o anterior. Mas, hoje em dia, é
praticamente proibida de ser mencionada, graças a um feroz patrulhamento ideológico. É a
ditadura do “politicamente correto”.
O Desenvolvimento Nacional caracteriza-se pelo aperfeiçoamento do Homem, da Terra e
das Instituições, os chamados elementos básicos da nacionalidade, nas cinco expressões do Poder
2 – Pensando o Longo Prazo
Marcos Coimbra
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Nacional: política, econômica, psicossocial, militar e científica e tecnológica. Ele abrange não só a
expressão econômica do Poder Nacional, como também as outras quatro expressões do Poder.
A diferença entre os conceitos de crescimento econômico e desenvolvimento econômico é a
seguinte: o crescimento econômico caracteriza-se por um aumento quantitativo na produção de
bens e serviços, graças à atuação de um ou de dois fatores de produção preponderantes,
geralmente capital e tecnologia, expresso, por exemplo, pelo aumento do Produto Interno Bruto
(PIB). Já o desenvolvimento econômico é caracterizado por um aumento, não só quantitativo,
como também qualitativo, em função da participação harmônica de todos os fatores de produção,
consubstanciado por um processo de transformação social, com o progressivo deslocamento da
mão-de-obra do setor primário para o setor secundário e para o setor terciário, expresso, por
exemplo, pelo crescimento do PIB, com minimização das disparidades de renda.
Segurança e Desenvolvimento são processos que, caso sejam bem sucedidos, levarão o
Brasil a atingir os estados de Ordem e Progresso, não desejado por alguns tresloucados fanáticos
que apenas pensam em destruir ou então por maus brasileiros, traidores da Pátria, a soldo de
grupos ou nações estrangeiras. De fato, não existe Desenvolvimento sem a garantia de sua
continuidade, representada pela Segurança. E o Desenvolvimento contínuo permite minimizar as
razões de insegurança. Nos tempos atuais, as guerras, ou seja, conflitos bélicos são resultantes de
conflitos econômicos, psicossociais, científico-tecnológicos e políticos.
Os últimos 30 anos foram terríveis para o Brasil. Na falta de um planejamento próprio,
utilizamos propostas alienígenas, preparadas com competência, objetivando manter o país na triste
situação em que se encontra. O endividamento excessivo, o brutal processo de transferência de
renda do setor produtivo para o segmento financeiro, a privatização selvagem, o desarmamento do
cidadão honesto, a crescente destruição das Instituições Nacionais, o desmantelamento do Estado
com sua substituição por ONG's, a "balcanização" do país com a imposição externa de
demarcação de terras indígenas, o crescente desemprego, a diminuição progressiva da renda real
dos assalariados, pensionistas e aposentados, a corrupção desenfreada, a crueldade com que as
elites políticas tratam o povo, a extinção da classe média, e o pior, a desesperança, são
demonstrações claras da estratégia empregada pelos "donos do mundo" para impedir o Brasil de
atingir o patamar dos países desenvolvidos.
É dramático verificar que a nossa geração recebeu de nossos ascendentes uma Nação
próspera, em processo de desenvolvimento, soberana, com esperança no futuro e está passando
para nossos descendentes uma Nação estagnada, pobre, cada vez mais dependente, com grave
concentração de renda, sem futuro.
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
Página: www.brasilsoberano.com.br
7. JB News – Informativo nr. 2.098 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 30 de junho de 2016 Pág. 7/31
30ª Coluna do Rito Schröder – 30 de junho de 2016
O Rito Schröder, composto pelos Rituais das Lojas de Aprendiz (com a Loja de
Mesa e a Loja de Funeral), Companheiro e Mestre Maçom, é um Sistema de
Ensino maçônico adotado a partir de 29 de junho de 1801 por algumas das mais
antigas Lojas na Alemanha e, conforme o prefácio do Ritual de 1960 da Loja
ABSALOM: “... até em continentes distantes, onde maçons de origem germânica
operam de acordo com o Rito de Schröder... (que) ocupa uma posição de
destaque entre os ritos maçônicos por sua concordância com o Rito da Grande
Loja-Mãe, da Inglaterra (Londres, 1717), na eliminação de todos os aditamentos
inseridos no final do Século XVIII, no espírito de puro humanismo, presente em
seu cerimonial e no brilho da linguagem clássica do Alemão”.
No último dia de cada mês o JB News apresenta aos seus leitores esta coluna sob a coordenação do
Ven. Ir. Rui Jung Neto, ex-V.M. da Cinq. Ben. A.R.L.S. "Concordia et Humanitas" Nr. 56 - ao Or. de
Porto Alegre – GLMERGS, e membro do Colegiado Diretor do “Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir.
Gouveia”.
Na coluna deste mês continuamos a prestar homenagem aos Precursores e aos Grandes
Incentivadores do Rito Schröder no Brasil.
Boa leitura e até a nossa 31ª Coluna em julho de 2016!
O Ir. Friedrich Carl Franzke, Ex-V.M. (AStM)
Os Irmãos que compareceram ao IV Seminário do Rito Schröder, ao Oriente de
Florianópolis, SC, em novembro de 2013, tiveram a oportunidade de conhecer o Ir. Friedrich Carl
Franzke (Frântsque), que é membro Fundador do Colegiado Diretor do “Colégio de Estudos do Rito
Schröder de Santa Catarina”. Este Irmão está hoje com 80 anos, e foi o elemento chave nas
traduções do Colégio do material recebido da Alemanha até 2013. O Ir. Franzke decidiu
permanecer nos três primeiros Graus do Rito Escocês, Antigo & Aceito pois, quando em 1992, foi
convidado para fundar a Loja “Treue Freundschaft” (nome traduzido por: “Fiel Amizade”, fundada
em 03/09/1993) Nr. 52, passou a se dedicar inteiramente ao Rito Schröder. O saudoso Ir. Gouveia
e o Ir. Franzke se conheceram em 1996, quando da fundação da Loja Estrela Matutina, a primeira
Loja a Trabalhar em Português em Santa Catarina.
Como o saudoso Ir. Gert Odebrecht e o Ir. Franzke costumavam se reunir no escritório
do Ir. Gert para estudar o Ritual, a eles juntou-se o Ir. Gouveia e, fruto desta união, no ano de
1997 foi criado o “Colégio de Estudos do Rito Schröder de Santa Catarina”.
Em 1998* os três Irmãos participaram do Seminário de Porto Alegre e deram início ao
objetivo de um único Rito com um único Ritual, pois ali ficou decidido que o Colégio também
adotaria como base o Ritual de 1960 denominado “da Loja ABSALOM”, que havia sido traduzido em
1982 pelos saudosos Irmãos Kurt Max Hauser e Gerhardt Ludwig Richard Reeps da GLMERGS, e
que estava em uso em diversas Potências brasileiras.
Aqui se destacou a vital importância do Ir. Franzke que, de imediato, entrou em contado
com o Venerável Mestre da Loja Absalom Nr. 1 de Hamburgo. No ano seguinte foi à Alemanha e
3 –Rito Schröder – 30ª Coluna (O Ir. Friedrich Carl Franzke,
Ex-V.M. (AStM)) - Rui Jung Neto
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trouxe de lá o “pensamento da Loja Absalom”. Mas, ele não se contentou com isto e entrou em
contado com o Presidente da Comissão Ritualística do Rito Schröder da Grande Loja dos Maçons
Antigos, Livres e Aceitos da Alemanha - GL AFuAMvD, Obediência que abriga a Lojas Schröder
naquele país. Foi também ao Grão-Mestre Adjunto, depois Grão-Mestre desta Obediência. Não
fosse o Ir. Franzke tudo isto que estamos fazendo no Colégio não teria acontecido, pois os três
fundadores sempre dependeram muito de seu trabalho nas traduções. Assim aconteceu em relação
ao estudo do Ritual nas edições (alemãs) de 1801, 1816, 1853, 1960, 1992 e 2005. Este Ritual,
depois revisado em 2009, tem na Alemanha o mesmo objetivo do que está sendo feito aqui no
Brasil: um só Ritual para o Rito em todas as Lojas. Como ficamos a par de todos estes
acontecimentos? Pelo Ir. Franzke. Mas ele não gosta de aparecer. Só responde aos
questionamentos em relação aos Rituais em língua alemã. Isto levou o Ir. Gouveia a um curso sobre
a língua, pretendendo chegar ao nível de conhecimento do Ir. Franzke, o que seria muito difícil
pois, seu amigo viveu o Alemão durante toda a sua vida. A Loja do Ir. Franzke, a "Treue
Freundschaft" Nr. 52, trabalha em língua alemã e, para treinar a língua, os Irmãos estudam para
cada Trabalho (sessão) uma canção alemã e a cantam em Loja.
Infelizmente, o Ir. Franzke não deseja aprender a “linguagem do computador”, por isto,
que não existem no Grupo do Colégio as suas manifestações e, em 2013, depois de 15 anos de
trabalho no Colégio, decidiu “aposentar-se”, por isto passamos a nos referir como a ele como
“Membro Emérito” do Colegiado Diretor.
*Nota do Ir. Rui Jung: foi quando conheci e passei a me corresponder com os Irmãos Gert, Gouveia e Franzke, sendo
filiado ao Colégio de Estudos do Rito Schröder de SC.
Os Irmãos Franzke, Gouveia e Gert, fundadores do Colégio de Estudos, continuaram a se
reunir todas as quartas-feiras das 15h até às 18h. Nos últimos anos, as
reuniões aconteciam com muita saudade do Ir. Gert Odebrecht que foi
“desligado da Cadeia, transferindo-se prematuramente para o Oriente
Eterno”. Hoje, dos três queridos Irmãos, somente o Ir. Friedrich Carl
Franzke continua entre nós e, enquanto o Colégio existir juntamente
com os dois saudosos e queridos Fundadores no O.E., jamais serão
esquecidos.
Na foto ao lado vemos o nosso querido Ir. Franzke
(Frântsque), à direita do Venerabilíssimo Ir. Jens Oberheide, então
Grão-Mestre da Grande Loja dos Maçons Antigos, Livres e Aceitos da
Alemanha - GL AFuAMvD - à qual são filiadas as Lojas Alemãs do Rito
Schröder, em junho de 2002.
Texto original do Ir. Gouveia, revisado, editado e publicado pelo
Ir. Rui Jung Neto em homenagem aos IIr. Gert e Franzke em junho de 2016.
Com a saudação fraternal dos Irmãos Antonio Gouveia Medeiros, Gert Odebrecht (in memoriam);
Friedrich Carl Franzke (Emérito);
Ari de Souza Lima, Luiz Roberto Voelcker, João Paulo Deluque Rufatto e Rui Jung Neto
Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir. Gouveia - Colegiado Diretor
Site do Colégio: www.colegioschroder.org.br
Δ
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Ir Alfonso Rametta dos Santos Neto,
CIM- 39.148 - MI da Loja Maçônica 4 de Agosto 269
Rito de York Americano (GLMMG)
Montes Claros MG,
aardsn@gmail.com
As Virtudes Teologais Maçônicas:
A Escada de Jacó (Fé, Esperança e Caridade)
Em Maçonaria meus irmãos, para se falar das virtudes teologais de um maçom, a Fé, a Esperança e a
Caridade, temos que começar falando sobre a Escada de Jacó, e consequentemente sobre o Painel,
ou como é referida em alguns ritos, a tabua de delinear da Loja de Aprendiz, que mostra a escada e
também os símbolos que representam aquelas virtudes que são à base da maçonaria.
Jacó, filho de Isaac, neto de Abraão e mais tarde denominado Israel, é considerado um dos patriarcas
do povo judeu, e das 12 tribos de Israel. Jacó, após a morte do pai, foi aconselhado pela mãe no
sentido de procurar refúgio em Haran, para fugir da perseguição de seu irmão Esaú, e também
conseguir casamento. Narra a Bíblia que Jacó partindo de Bersabéia dirigia-se para Haran. Havendo
chegado a certo lugar quando o sol já tinha desaparecido, parou ali; tomou uma das pedras que se
achavam no lugar, colocou-a como travesseiro, e dormiu naquele sítio. Teve um sonho: viu uma
escada que tinha seus pés apoiados na terra e seu ápice tocando o céu, e os anjos de Deus desciam e
subiam por ela. Quando despertou, Jacó sentiu certo temor e descobriu que se encontrava em um
lugar santo, a porta do céu. Jacó pega a mesma pedra que lhe serviu de travesseiro e eleva-a no altar.
O altar, portanto, é a mesma pedra de onde partia a escada que sonhou Jacó, e assim representa o
nosso painel ou tábua de delinear da loja.
Essa Escada, considerada por alguns autores como sendo mística, simboliza para os Maçons a
Evolução e a Involução da Vida, evidenciada no perpétuo ciclo dos nascimentos e das mortes e,
conseqüente renovação natural dos seres e dos mundos. A Escada de Jacó está representada nas
Lojas no Painel ou tábua de delinear do grau de Aprendiz, significando as virtudes pelas quais o
Aprendiz deve iniciar seu aperfeiçoamento espiritual na Maçonaria. Seus degraus correspondem às
virtudes, em especial à Fé, à Esperança e a Caridade, que no Painel da Loja são representadas pela
Cruz, pela Âncora e pelo Cálice, ou o Graal. O uso da Escada de Jacó na galeria iconológica maçônica
é posterior a todos os demais símbolos que aparecem no painel ou tábua. Por outro lado, a Escada é
4 – As Virtudes Teologais Maçônicas: A Escada de Jacó (Fé,
Esperança e Caridade) - Alfonso Rametta dos Santoa Neto
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usada também como símbolo da Moral, representando o crescimento espiritual do homem na busca da
sua perfeição e do elo entre o céu e a terra, é muito antigo.
A Escada de Jacó e representada às vezes como degraus entalhados na encosta de uma montanha.
Ela está intimamente ligada à idéia da redenção ou aperfeiçoamento do ser. Isto explica sua conexão
com o Grau de Aprendiz. A Escada de Jacó nos templos maçônicos tem sua base apoiada no Livro da
Lei, e seu ápice alcança o céu, velado aos olhos profanos pelas nuvens da ignorância. Portanto, ao
vermos o painel ou tábua de delinear da Loja de Aprendiz, devemos lembrar imediatamente de duas
coisas: da Escada de Jacó, símbolo do ciclo evolutivo da vida e da ascensão virtuosa que o Maçom
deve almejar até a celestial plenitude, e que seus degraus representam as virtudes que o Maçom
precisa adquirir para atingir a perfeição, sendo que as principais delas são a Fé, a Esperança e a
Caridade, as Virtudes Teologais.
O que são então as Virtudes Teologais? São aquelas virtudes que nos levam a conhecer, amar e se
aproximar cada vez mais do divino, o Grande Arquiteto Do Universo (GADU). Existem outras virtudes,
também muito importante que nos levam a agir corretamente em tudo o que fazemos ou nos propomos
a fazer: são as virtudes cardeais, são chamadas assim porque elas nos orientam como os pontos
cardeais (Norte, Sul, Leste e o Oeste) o fazem na superfície da terrestre. Essas virtudes cardeais são a
Prudência, a Justiça, a Força e a Temperança. Das sete virtudes mencionadas, teologais e cardeais,
derivam muitas outras. Como Maçons, temos que ser homens providos de muita Fé, pois acreditamos
no Grande Arquiteto do Universo, criador dos mundos, e também acreditamos em nós mesmos e em
nossos Irmãos. Por isso a Fé é representada pela Cruz, na parte inferior da Escada, porque a Fé é a
base.
A virtude da Esperança, nos ensina a perseverar perante as adversidades e a nos mantermos firmes
em nossos ideais, quer sejam estes na vida maçônica ou vida profana, como a Âncora que a simboliza,
e que está no meio da escada, assim, todo aquele que for constante nas causas justas, superará todas
as dificuldades, alcançando êxito esperado. A virtude da Caridade tem aí um significado especial,
porque com a Cruz da Fé, e Âncora da Esperança, só atingimos a plenitude maçônica quando
pautamos nossas ações na Caridade, que também significa o Amor, pois a Caridade nada mais é do
que o amor ao nosso próximo, ao nosso irmão, que auxiliamos anonimamente através do Tronco de
Beneficência, em todas as sessões maçônicas. A Caridade é uma das mais brilhantes jóias com que,
muito justamente, se adorna a Sublime Ordem Maçônica. A maçonaria ensina que só é feliz de
verdade o homem que sente nascer em seu coração à semente da benevolência. Não cobiça e nem
inveja o próximo, não dá conta das palavras proferidas de forma vil e caluniosa, porque as
maledicências e a atitutide vingativa não acham abrigo em seu peito. Esquece as injúrias e calúnias, e
procura extingui-las do pensamento. Pois, tem sempre presente à sua consciência que somos todos
Irmãos, que devemos estar sempre prontos a auxiliar àqueles que reclamam nosso apoio e nossa
assistência; e que jamais devemos recusar nossa mão amiga, ao necessitado que nos recorra pedindo
socorro. Assim agem os maçons dentro das linhas da sublime ordem maçônica, recebendo um dia a
recompensa a que tiver direito, adquiridas pela doação do Amor e da Caridade. Assim sendo, a
Caridade tem sua representação emblemática na mão da generosidade dirigindo-se para a taça ou o
Cálice, formando o Graal, um dos símbolos presentes no painel ou tabua de delinear do Grau de
Aprendiz, no topo da Escada. Peço humildemente e de coração a todos os meus irmãos, mas
principalmente aos meus Irmãos Aprendizes que examinem com atenção minuciosa o Painel ou Tabua
de Delinear do grau de Aprendiz, e observem meus Irmãos, como é rica a gama simbológica existente
em nosso Templo e entre nossas colunas. É ela que nos ensina e forja as nossas mentes repetindo
silenciosamente através desses símbolos as lições que nos levarão um dia à Perfeição. Lembrem-se
daqueles degraus que temos que galgar obrigatoriamente no caminho do nosso desenvolvimento
maçônico, pessoal e espiritual. A Escada de Jacó representa simbolicamente com seus degraus, os
11. JB News – Informativo nr. 2.098 – Florianópolis (SC), quinta-feira, 30 de junho de 2016 Pág. 11/31
objetivos e méritos que galgamos não só através dos aumentos de salários, mas também através de
nossas atitudes e posicionamentos aqui na maçonaria e no mundo profano. Afirmemos com afinco e
convicção a nossa Fé, lutemos com garbo e desprendimento, tendo como principal ideal a Esperança
na vitória, enquanto colocamos em prática o Amor e a Caridade ao próximo e aos nossos irmãos que
são as Atitudes pelas quais um dia seremos julgados e lembrados quando chegar nossa hora de
prestar contas junto ao nosso Criador, o Grande Arquiteto Do Universo.
www.artedaleitura.com
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O Ponto Dentro do Círculo
https://opontodentrodocirculo.wordpress.com (Publicado e mantido pelo Ir Luiz Marcelo Viegas)
A Maçonaria e o Sistema de Corporações
Autor: H.L. Haywood
Tradução: José Filardo
I. A CORPORAÇÃO OU O SISTEMA DE CORPORAÇÕES EM GERAL
Quando os anglos e os saxões se radicaram na antiga Inglaterra (Bretanha como era então
chamada) primeiro eles mantiveram sua forma de organização militar, de modo que cada
assentamento era uma espécie de acampamento; mas com o passar do tempo, as aldeias tornaram-
se permanentes, uma forma civil de ordem social começou lentamente a evoluir.
O primeiro passo para isso foi a instituição do vínculo de parentesco, onde parentes de sangue
ficavam juntos para apoio e proteção, o indivíduo e sua família sendo mutuamente responsáveis.
Isso deu lugar, no decorrer do tempo, a associações voluntárias fundadas não na relação de
sangue, mas em laços comunitários, existentes para proteger o indivíduo contra o grupo, para
5 – A Maçonaria e o Sistema de Corporações - “O Ponto Dentro
do Círculo – H.L. Haywood – Tradução: José Filardo
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preservar a ordem no assentamento, e para uma variedade de propósitos semelhantes. Essas
associações descritas como “artificiais” em contraste com o vínculo “natural” de sangue, foram as
primeiras corporações da Inglaterra, em por isso não se pode dizer que alguém jamais descobriu”
ou “inventou” as corporações; elas cresceram a partir de condições naturais, em resposta à
necessidade social, assim como haviam surgido entre gregos e romanos séculos antes, os
primeiros chamando-a “thiassoi”, etc., e os últimos, “collegia”.
As autoridades mais confiáveis acreditam geralmente que é muito possível que possa ter havido
certa continuidade histórica entre as primeiras corporações da Inglaterra e oscollegia romanos,
mas os vestígios históricos do período são muito escassos para que possamos ter certeza sobre
esse ponto.
Se tal continuidade jamais existiu, foi mais provavelmente na Itália, onde os collegiaduraram mais
tempo, e que, como a maioria dos outros países europeus, havia um sistema de corporações
próprio.
A palavra “corporação” continua a ser um enigma na no que se refere à sua etimologia. Os
alemães do Norte tinham “Geld”, que significa dinheiro; os dinamarqueses, “Gilde”, uma festa
religiosa em honra do deus Odin; os anglo-saxões, “gild” da mesma raiz de ”rendimento” e
significando um pagamento fixo em dinheiro; os bretões têm “gouil”, uma festa ou feriado; e os
galeses “gmylad”, um festival.
Em épocas posteriores, quando as corporações se tornaram comuns em todos os lugares, os
alemães do Norte usavam a palavra “gild”; os alemães do Sul “Zunft”; os franceses “métier” e os
italianos “arte”. Na Inglaterra do século XVI, a palavra foi geralmente substituída por “empresa”,
“sociedade” ou “mister”, este último derivado do latim “ministerium” ou comércio, sem referência
a qualquer coisa misteriosa, sendo preservado em nosso uso até hoje, como quando se fala das
artes, partes e mistérios da Maçonaria.
As primeiras corporações, acredita-se, foram organizadas na Itália. Na França, elas eram muito
comuns antes de Carlos Magno, e são mencionadas pela primeira vez nasCarolingian
Capitularies de 779 e 789. Corporações comerciais e artesanais começaram a se tornar comuns na
França, Holanda, Noruega, Dinamarca e Suécia no século XI. As mais antigas ordenanças
conhecidas, como eram chamadas as leis escritas para o governo de uma corporação, ocorrem na
Inglaterra no século XI. O princípio da corporação provou ser tão bem sucedido e foi aplicada a
tantos usos que por volta dos séculos XII e XIII, tornou-se a característica marcante da vida social
e econômica da Europa.
Um dos usos mais comuns do início desse princípio estava no “frith”, ou paz, corporações que se
tornaram muito populares no Norte da Europa no século VI – os Vikings as organizavam então
para reprimir a pirataria – e na Inglaterra no século seguinte, onde elas eram mencionadas nas leis
de Ine. Estas eram associações voluntárias de homens organizados para defesa mútua, para
complementar leis defeituosas, e para policiar a comunidade em um período em que os governos
nacionais não eram conhecidos e, quando a autoridade da cidade era muito fraca.
Vimos este sistema em funcionamento em nossa própria terra, em condições pioneiras, como no
caso dos vigilantes, e ainda hoje, apesar de nossos mecanismos elaborados de aplicação da lei e
proteção dos cidadãos, homens impacientes em algumas comunidades se esforçam para fazer
cumprir a lei por métodos semelhantes.
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No decorrer do tempo, as corporações se multiplicaram até chegar a ser utilizadas para todos os
propósitos concebíveis, para companheirismo, para beber, para assegurar um enterro decente, para
o culto, para a caça, viagens, arte e atividade bancária; padres e frades organizados, marinheiros,
viajantes, pastores e lenhadores; havia corporações para homens, mulheres, crianças, para ricos e
para pobres, no país e na cidade. Funções atualmente desempenhadas pelo governo, exércitos,
escolas, lojas, fábricas, hospitais, sindicatos, e a maioria de outras formas inumeráveis em que a
organização social se diferencia, eram desempenhadas por corporações.
A corporação típica tinha orações pelos mortos; uma caixa comum para a eventual manutenção e
ajuda às viúvas e órfãos de membros falecidos; reuniões periódicas com banquetes; membros
admitidos sob um juramento, às vezes dois; multas administradas; portarias adotadas para a
regulamentação das suas próprias atividades; membros punidos por conduta inadequada, e
colaboração de muitas maneiras com a cidade ou governos nacionais.
A maior parte dessas sociedades era pequena, a maior já registrada era a Corporação Corpus
Christi em York, que se gabava, certa vez, de ter 15.000 membros. Às vezes, muitas corporações
em uma comunidade se consolidavam, mas nunca houve uma fusão em nível de país.
Da cidade de Londres há registro de uma corporação em 1130; de dezoito em 1180, e de 110 em
1422. Na época de Eduardo III, existiam listadas mais de 40.000 corporações religiosas e
comerciais na Inglaterra; o censo de 1389 mostrava 909 só em Norfolk. Esta proliferação sofreu
seu primeiro sério revés durante a Reforma, quando Henrique VIII destruiu todas as corporações
religiosas; ela morreu rapidamente com o advento do sistema capitalista, e chegou a um ponto
morto, exceto em alguns casos sem importância, no século passado. A França as proibiu em 1789-
1791, a Espanha e Portugal em 1833-1840, a Áustria e a Alemanha em 1859-1860; a Itália em
1864; a Escócia, onde o desenvolvimento seguiu as linhas Continentais, em 1846, e a Inglaterra
em 1835.
Em seu auge, o sistema de corporações esteve intimamente ligado à igreja, tão intimamente que
alguns escritores creditam à igreja a sua origem; quase todas as corporações tinham seu santo
padroeiro, diante de cuja imagem era mantida uma vela acesa, e muitos separavam quantias em
dinheiro para sustentar um sacerdote, para a manutenção de uma capela e para missas, capelas,
escolas e caridades da igreja.
Muitas vezes, uma corporação tinha seu próprio capelão, e um número muito grande, como já
referimos, eram dedicadas exclusivamente a fins religiosos; essas irmandades religiosas foram
suprimidas na Inglaterra em 1547, e outras corporações foram, ao mesmo tempo, proibidas de dar
dinheiro às igrejas. Um grande número das fraternidades católicas existentes hoje são
descendentes diretos das antigas corporações religiosas.
Em parte como resultado de sua aliança com a igreja, muitas corporações, de outra forma
dedicadas a atividades puramente seculares participavam de desfiles e em peças de moralidade,
mistério e milagre, os precursores do nosso drama moderno. Essas peças eram encenadas em
carroças puxadas em uma “procissão” de um ponto de exibição a outro através da cidade, e
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sempre era um dia de emoção quando eles eram mostrados, e grandes multidões se reuniam. As
despesas eram divididas entre as corporações e as peças distribuídas, como em Norwich, onde os
vendedores de seda, tecidos e artigos masculinos apresentaram a criação do mundo; os vendeiros
o Paraíso, os ferreiros, a luta entre Davi e Golias, ou como em Hereford, o luveiros encenaram
Adão e Eva, os carpinteiros, O Barco de Noé, e os alfaiates, os três reis, etc.
É de se registar que, em alguns casos as peças eram assumidas por corporações de pedreiros. Eu
sou de opinião que o drama de nosso Terceiro Grau pode muito provavelmente ter sido
originalmente uma peça de mistério antiga, que pode ter encontrado seu caminho até nós através
de alguma corporação de maçons que nela participaram.
Costumava ser moda dizer que a corporação da corporação e a corporação da cidade eram
idênticas, ou que a primeira gradualmente se metamorfoseou na segunda, uma que teve ampla
circulação por Brentano; essa ideia foi abandonada. Houve sempre uma ligação estreita entre o
governo municipal e governo da corporação, mas os dois sempre foram distintos, exceto
possivelmente em dois ou três casos desprezíveis.
Em muitos casos, um homem tinha que ser membro de uma corporação antes que ele pudesse se
tornar um cidadão, mas as ordenanças da corporação eram sempre subordinadas à autoridade da
cidade. A maneira em que as corporações se governam será descrita mais tarde.
É um fato notável e digno de nota para nós maçons, que muitas corporações aceitavam homens
que não estavam de modo algum envolvidos na arte como patronos ou como um meio de
proporcionar uma homenagem ou algum privilégio especial. “De fato”, escreve um dos melhores
autoridades, E. Lipson, “os membros de muitas companhias de Londres frequentemente chegavam
a ter apenas uma ligação muito tênue com o negócio da companhia à qual estavam ligados”, um
fato que torna mais fácil compreender como não operativos passaram a ser admitidos nas
corporações ou lojas Maçônicas. “Eles incluíam na sua composição”, escreve outra autoridade, “a
maioria dos homens ricos da nação, e os grandes [corporações] salões existentes agora na cidade
de Londres atestam os orgulhosos nomes com os quais eles são tão generosamente decorados dos
homens que fizeram da Inglaterra o que ela era, os homens que construíram o seu comércio,
ganharam sua fortuna e arriscaram suas vidas e fortunas para estender a supremacia comercial da
Inglaterra, eram poderosos nas corporações.
Henrique IV, Henrique VI, Henrique VIII eram membros de corporações, assim como Edward III,
que pertencia a uma corporação de armeiros. Não há, portanto, nada de extraordinário no fato de
que Elias Ashmole e outros dignitários do seu tempo tenham procurado a adesão entre os maçons
operativos.
Com o comércio, o elemento essencial da vida urbana é o ofício. A forma como foi compreendido
na Idade Média, como se regulou o seu exercício e as suas condições, mereceu reter
particularmente a atenção da nossa época, que vê no sistema corporativo uma solução possível
para o problema do trabalho. Mas o único tipo de corporação realmente interessante é a
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corporação medieval, tomada no sentido lato de confraria ou associação de ofício, logo alterada
sob pressão da burguesia.
A forma como foi compreendido na Idade Média, como se regulou o seu exercício e as suas
condições, mereceu reter particularmente a atenção da nossa época, que vê no sistema corporativo
uma solução possível para o problema do trabalho.
Mas o único tipo de corporação realmente interessante é a corporação medieval, tomada no
sentido lato de confraria ou associação de ofício, logo alterada sob pressão da burguesia.
II. AS CORPORAÇÕES MERCANTIS
O sistema de corporações, em geral, teve dois períodos de grande desenvolvimento; o primeiro
deles culminou com as corporações mercantis, como eram chamadas as associações formadas em
todas as cidades (exceto umas poucas, entre os quais Londres) com a finalidade de gerenciar e
controlar o comércio e os negócios. Tal corporação incluía todos aqueles envolvidos em um
determinado tipo de comércio, incluindo assalariados, assim como proprietários, e o objetivo era
permitir que os comerciantes mantivessem o monopólio de, e uma organização eficiente de toda a
comercialização em uma determinada comunidade. Estas organizações cresceram aceleradamente
e se tornaram poderosas e na época eram os pais adotivos de comércio inglês; mais de 100 cidades
na Inglaterra e setenta na Irlanda e País de Gales as tinham. Eles atingiram seu apogeu no século
XII, começaram a desaparecer no século XIV, e foram quase totalmente substituídas por
corporações profissionais no século XV.
As corporações mercantis se envolviam em tantas atividades, algumas privadas, outras públicas
alguns, que é impossível descrevê-las na íntegra; entre as mais importantes das suas funções
estava o controle de importação e exportação de mercadorias; a limitação do número permitido em
qualquer comércio; a regulamentação dos preços e salários, e a inspeção e normalização de
mercadorias. Cada membro tinha de pagar “scot” e “lot”, como eram chamados os impostos
gerais, e prestar juramento de obedecer aos governantes e às ordenanças, bem como contribuir
com suas anuidades. Como recompensa por sua participação, ele tinha o privilégio de
compartilhar em transações comerciais e em negócios, e recebia um “status” muito cobiçado na
comunidade. Se ele caísse doente, era cuidado; sua família era cuidada no caso de sua morte; no
desemprego, ele era ajudado a encontrar uma posição, e ele estava protegido contra brigas e
relações injustas.
A corporação era governada por um alderman (ancião) e seus associados, dois ou quatro; ela tinha
sua própria tesouraria; passava suas próprias resoluções; podia multar ou punir de outra forma os
seus membros; e em alguns casos, tinha seu próprio tribunal. Em reuniões periódicas – chamadas
“discursos da manhã” – os irmãos passavam ou revisavam resoluções, admitiam novos membros,
festejavam e elegiam oficiais.
À medida que a indústria se desenvolveu no âmbito e complexidade, tornou-se cada vez mais
difícil para essas corporações mercantis manter seus monopólios; gradualmente um novo sistema
cresceu para substituir o antigo, conhecido como corporações profissionais, onde não o comércio,
mas um ofício era a unidade, havia uma luta entre o sistema novo e o antigo, mas o antigo
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finalmente cedeu o lugar e no século XV, cessou de existir. As corporações profissionais não
eram, como tem sido alegado com frequência, uma evolução das corporações mercantis, pois não
havia ligação orgânica entre elas; elas eram em geral dois desenvolvimentos bastante distintos e
separados do princípio da corporação devido às mudanças econômicas.
III. CORPORAÇÕES DE OFICIO
O objetivo principal da corporação de ofício foi estabelecer um sistema completo de controle
industrial sobre todos os que estavam associados no exercício de uma vocação comum. A
corporação mercantil, trabalhando normalmente nas cidades menores, organizou toda uma
indústria; as corporações de ofício, surgindo por toda parte, de Londres até quase toda aldeia,
organizava cada parte separada de cada indústria, ou vocação, como uma entidade independente.
Por exemplo, onde a corporação mercantil tinha organizado o negócio de couro como um todo, as
corporações de ofício a dividiram em especialidades, de modo que os curtidores, fabricantes de
selas, fabricantes de arreios, fabricantes de freio, fabricantes de calçados, fabricantes de chinelo,
fabricantes de botas, etc., tinham cada um deles a sua própria fraternidade.
Este elevado grau de especialização foi estendido às artes, aos interesses sociais, recreativos e
educação; ele foi estendido até mesmo à religião, de modo que em uma igreja podia haver uma
corporação de padres, de músicos, de cantores, de atores em autos de mistério, e uma corporação
para cuidar do altar, além de cuidar para que ele estivesse devidamente ornado com panos ricos e
suas velas sempre acesas.
As corporações dedicadas inteiramente a algum ofício realizavam um número surpreendente de
funções e se tornaram um pouco uma pequena família para cada membro, onde ele encontrava o
seu convívio social, sua escola, sua empresa, seu hospital, sua saúde e seguro de vida, proteção
contra inimigos, escritório de empregos, um tribunal perante o qual era responsável por sua
conduta, e leis e decretos para controlar seu comportamento. O velho debate entre escritores
maçônicos quanto a se as corporações maçônicas medievais operativas tinha qualquer elemento
“especulativo” parece estar singularmente fora de propósito; cada corporação estava cheia de
elementos “especulativos”, até mesmo os motoristas de suínos e pastores de ovelhas, que, como o
resto tinha os seus santos padroeiros, suas festas religiosas e queimavam uma vela no altar.
“Muitas escolas livres de gramática eram fundadas e mantidas pelas corporações”, escreve Lipson,
em seu excelente História Econômica “que constituíam uma das principais fontes de educação na
Idade Média; e uma corporação, a de Corpus Christi em Cambridge, perpetuou sua memória
fundando o famoso colégio que ainda leva seu nome. Desta forma, as corporações contribuíram
para a disseminação da aprendizagem, e os esforços voluntários de artesãos ajudaram a manter
acesa a chama do conhecimento”. Ele poderia ter acrescentado muitos outros exemplos. O Reitor
Colet entregou a uma corporação a gestão se sua escola de St. Paul. William Shakespeare garantiu
seu “pouco latim e menos grego” em uma escola de corporação em Stratford-on-Avon.
Muitos autores descreveram corporações de ofício como “os sindicatos da Idade Média”, mas isto
é muito impreciso. Conforme Sidney e Beatrice Webb disseram tão claramente em sua magnífica
História dos Sindicatos, não havia qualquer ligação entre as duas, e apenas uma semelhança
superficial. A corporação de ofício era um corpo semipúblico, muitas vezes tão entrelaçado com o
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governo municipal que escritores eruditos confundiam as duas; ela controlava o comércio não
apenas no interesse dos trabalhadores, mas no de todos, incluindo o público; a filiação nelas era
obrigatória, e assim reconhecida pelas leis locais e nacionais; suas fileiras incluíam empregadores,
bem como empregados, e estes dois grupos não entravam em conflito até bem mais tarde, com a
ascensão das corporações de jornaleiros; ela aceitava como membro só homens treinados, todos os
outros, servos, etc., eram deixados de fora e considerados “profanos”; ela era uma instituição
puramente local, com um território limitado pelas fronteiras da comunidade; e além da
regulamentação dos salários, horários de trabalho e condições gerais de comércio, ela era também
contratada, conforme descrito acima, em muitas atividades de caráter puramente social, e não
relacionadas com o comércio em si.
À frente da corporação típica estavam os vigilantes, dois ou quatro, geralmente eleitos pela
assembleia, mas algumas vezes nomeado pelo prefeito, com mandato de um ano, cuja missão era
supervisionar o trabalho realizado pelo ofício e zelar para que certos padrões fossem mantidos. A
assembleia geral se reunia uma vez por ano, mas às vezes quatro vezes, e a intervalos
estabelecidos. A corporação muitas vezes tinham seu próprio tribunal e os membros eram
admitidos sob juramento. A participação geral era dividida em três graus de mestres, jornaleiros
(companheiro) e aprendizes, mas qualquer jornaleiro podia se tornar um mestre, de modo que, até
onde a habilidade era considerada, havia somente duas classes. Mulheres eram admitidas em
muitas corporações e autorizadas a tomar aprendizes e contratar diaristas.
A característica mais admirável em todo o sistema era que a instituição chamada aprendizagem,
que era um método para treinar jovens na sua vocação que desde então nunca foi superado e
muitas vezes nem igualado. Um menino era “adotado” ou contratado, por algum mestre por
período de anos, que em épocas anteriores podia durar de um a dez anos, mas em 1563 era em
toda parte (na Inglaterra) fixado em sete anos. O mestre fornecia cama e comida, treinamento
técnico, às vezes um salário pequeno, às vezes escolaridade, supervisionava sua conduta e,
geralmente, ficava com o menino in loco parentis; o garoto, por sua vez, era obrigado a não ser
cativo, de boa compleição física, um fiel operário e atento ao bem-estar de seu mestre.
O início deste sistema foi mapeado até 1260; ele se tornou uma parte vital de todo o sistema
econômico no século XIII. Os aprendizes eram normalmente registrados junto às autoridades da
cidade ou recebiam um status reconhecido na comunidade. Os termos e as experiências de sua
posição passaram para o discurso popular, permanecendo em uso até os dias atuais, coloriram todo
o pensamento social, e muitas vezes foram celebrados na literatura, como no Wilhelm Meister de
Goethe.
O costume da aprendizagem, como o leitor já terá percebido, permanece arraigado em nosso
próprio sistema maçônico para nos lembrar de que um candidato aos nossos “mistérios”precisa
tanto de treinamento quanto o jovem dos tempos antigos, que batia à porta de uma corporação; se
nossos estadistas e governantes viessem a compreender a Maçonaria como deveriam, e suas
possibilidades no mundo, a reconstituição do sistema de aprendizagem em nossa Fraternidade, e
uma utilização mais completa e inteligente da mesma, seria uma das suas primeiras preocupações.
Esperar que um homem se torne capaz de compreender ou praticar a Maçonaria sem uma
preparação adequada é tão absurdo agora como era quando as corporações maçônicas se
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dedicavam à arquitetura e às artes de construção. Nós não somos chamados para criar tecidos de
madeira e pedra no céu, mas a nossa é uma tarefa ainda mais difícil, pois é nosso dever construir a
masculinidade e reorganizar todo o mundo nas formas de fraternidade, com certeza um alto
chamado, que exige operários qualificados e exigentes!
O tempo de seu contrato concluído, o aprendiz se formava nas fileiras dos jornaleiros, tornando-se
assim um companheiro de ofício, ou seja, com direito às suas liberdades e privilégios em
igualdade de condições com os demais. Essa passagem para um grau superior era sinalizada por
uma prova de sua habilidade, uma “obra-prima” em muitos casos, ou um exame diante dos
vigilantes. (Os vigilantes eram conhecidos como “diáconos” na Escócia, onde alguma de nossa
nomenclatura maçônica tem origem.) Na Europa, o jovem jornaleiro saia em uma “viagem”, a fim
de ver algo do mundo e das práticas de sua arte em outros lugares, mas esse costume assentou pé
na Inglaterra; em geral (em alguns casos, obrigatoriamente) um jornaleiro (às vezes
chamado yoeman, “jovem”) empregava-se com algum mestre para dois ou três anos por salários e,
em seguida, com um pouco de seu próprio dinheiro, criava sua própria oficina, contratava
jornaleiros, adotava aprendizes e se tornava um mestre.
No decorrer do tempo, os mestres, sendo a classe abastada, tenderam a se arrogar mais e mais
poder e adotar legislação em seus próprios interesses, e os jornaleiros, como o seu número
aumentasse, aprenderam a se combinar para proteger seus próprios interesses, especialmente
depois que uma classe assalariada permanente se desenvolveu. Em torno destes jornaleiros
começaram a se formar corporações próprias, muitas vezes, apesar das autoridades, uma coisa que
se tornou bastante comum no século XV. No continente, especialmente nos centros industriais e
na Alemanha, este conflito entre mestres e homens muitas vezes irromperam em batalhas campais
com muito derramamento de sangue (a família Médici emergiu de uma confusão desse tipo pelo
controle de Florença), mas na Inglaterra a luta era mais tranquila. Até o século XVI, corporações
de jornaleiros eram bastante submissas e contentes em permanecer subordinadas aos mestres que
se tornaram mais e mais oligárquicos.
Em muitas das grandes cidades, os mestres garantiram todo o controle em suas próprias mãos e,
gradualmente, com o advento do capitalismo moderno e da fabricação, todo o sistema de
corporações gradualmente deu origem ao nacionalismo, todo o sistema de corporações
desmoronou tranquilamente faleceu. Algumas das sociedades artesanais ainda sobreviveram até a
segunda metade do século XVIII, mas seus privilégios foram formalmente e finalmente abolidos
pelo parlamento em 1835.
O estudo das corporações maçônicas medievais das quais evoluiu a Maçonaria, ou pelo menos
com as quais ela tem pelo menos certa continuidade histórica, deve ser reservada para outro
capítulo, pois exige mais espaço reservado do que está disponível aqui. No presente contexto, não
é necessário chamar a atenção do leitor maçônico para o fato de que qualquer que possa ter sido
essa conexão histórica e em que medida o nossa ordem moderna tenha um débito para com o
antigo sistema corporativo, a Maçonaria era em seu início uma peça daquele sistema e herdou
muitas coisas dele, de modo que é quase impossível compreender nossa Fraternidade atual
separada das corporações de ofício antigas, onde aprendizes, companheiros e mestres unidos de
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um lado, trabalhavam e viviam juntos em fraternidade a fim de que a palavra pudesse ser servida e
se habilitando a ganhar um salário de mestre e se aperfeiçoar em seu mistério.
Autor: H.L. Haywood
Tradução: José Filardo
LIVROS CONSULTADOS NA PREPARAÇÃO DESTE ARTIGO
A. Abram, English Life and Manners in Later Middle Ages. J. DeW. Addison. Arts and Crafts in Middle
Ages. Ars. Quatuor Coronatorum, II, 159; II, 165; V, 125; IX, 28; XV, 153; XV, 197. F. Armitage, The
Guilds of England. W. J. Ashley, An Introduction to English Economic History. E. Bain, Merchant and
Craft Gilds. L. Brentano On the History and Development of Gilds. H.M. Chadwick, Studies of Anglo-
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Introduction to Economic History. A.S. Green, Town Life in the Fifteenth Century J.R. Green, Short
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Religion and Ethics, Vol. VI. W.C. Hazlitt, Livery Companies of City of London. K. Hegel, Stadte und
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Government. J.M. Lambert, Two Thousand Years of Gild Life. Lethaby, Medieval Art. E. Lipson,
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Meaning of National Guilds. George Renard, Guilds in the Middle Ages. J.E.T. Rogers, Economic
Interpretation of History. H.G. Selfridge, Romance of Commerce. L.T. Smith, York Mystery Plays. T.
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Municipal History. G. Unwin, Gilds and Companies of England. L.Vibert, Story of the Craft. P.
Vinagradoff, Edtr., Oxford Studies in Social and Legal History. A.E. Waite, New Encyclopedia of
Freemasonry. Ward, Freemasonry and the Ancient Gods. S. and B. Webb,History of Trade Unionism. H.
Zimmern
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Ir Montesquieu, M∴M∴
Loja Salvador Allende - GOL
Lisboa – Portugal
A Loja e o Templo- Dicotomias
Ao decidir-me por este traçado, tive como principal preocupação esclarecer a dicotomia que é
repetidamente feita entre Loja e Templo Maçónicos, e que, como é referido por René Désaguliers, na sua
obra “Les Trois Grands Peliers de la Franc-Maçonerie”, é de tal forma que, atravessa graus e ritos.
Por isso, meus queridos irmãos, apesar deste tema já ter sido tratado por partes de alguns dos principais
autores maçónicos de referência, como Jules Boucher, Irene Mainguy, Patrick Négrier e René Désaguliers,
entre outros, pretendo com este meu trabalho, contribuir para o esclarecimento desta matéria,
esclarecendo que este meu contributo, é resultado da conjugação da doutrina defendida por várias
autoridades nesta matéria, em especial pelos que citei.
É da natureza humana encontrar um lugar ao qual possamos pertencer e sentir-nos úteis, mas é de vital
importância que, também nos agrupemos espiritualmente, e nos ajudemos uns aos outros.
A principal distinção que deve desde logo fazer-se entre Templo e Loja, é a de que, o “Templo” é o local de
reunião, a “Loja”, a corporação maçónica. Por isso, no final de uma sessão, a Loja é considerada fechada,
mas o Templo, continua aberto, inclusivamente para outras Lojas.
Quando os irmãos se reúnem, agrupam-se como Loja, sendo por isso errado, dizer que se estão a reunir
numa Loja. Embora os seus membros possam de facto estar reunidos numa estrutura a que chamam de
“Loja”, são os membros que são considerados a Loja, e não o edifício onde se encontram. Aliás, as primeiras
lojas reuniam-se em tabernas e em lugares públicos.
A Loja, é assim formada pelo conjunto de membros, e possui a representatividade jurídica perante os
diversos órgãos de nossa sociedade, podendo fazer-se representar socialmente no mundo profano,
participando e promovendo eventos.
6 – A Loja e o Templo - Dicotomias
Montesquieu
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Loja Maçónica é pois, MM∴QQ∴IIr∴ o retiro silencioso dos homens de boa vontade, onde se congregam os
espíritos honrados, para elaborarem a redenção dos povos, e o progresso da humanidade, em todas as suas
manifestações, sendo por isso considerada como o esteio da maçonaria.
Loja, simboliza o mundo ou o universo. Numa Loja maçónica reúnem-se Homens jovens e maduros, todos
convergindo espontaneamente à volta de um ideal comum, como que atraídos por afinidades, tal como a
agulha de uma bússola, apontando para o Norte.
Em Loja esquecem-se as preocupações, calam-se os receios, perdoam-se as ofensas, as injúrias, as afrontas,
consolam-se os sofrimentos, educam-se os caracteres e aviva-se a inteligência, as esperanças e cultiva-se o
espírito. Em Loja caminha-se sem curvas, dedicam-se recordações a grandes feitos, derrama-se uma lágrima
por todo o prazer legítimo, envia-se um prémio ou um aplauso a toda ação que seja nobre.
Na Loja, as discrepâncias, os contrastes, as oposições, as divergências de opiniões ou de interesses, os
conflitos - quando existem - servirão para esclarecer e engrandecer. Nela estão presentes Irmãos que,
mesmo na divergência, se apoiam e nas lutas se solidarizam.
Na Loja sonhamos juntos. Ali devem plantar-se sorrisos e haverá sempre lugar para a alegria.
Ela é um refúgio, é um ninho que aconchega e onde vamos em busca da paz da alma. É a escola misteriosa
que conduz aos céus sem nuvens e em toda a grandeza íntima.
A Loja é o mundo. O Maçon é o Homem em toda a sua plenitude: a família, a honra, a ciência, a liberdade;
todas as grandes conceções, todos os amores e todas as esperanças. Trabalha-se sob a inspiração da
consciência coletiva da humanidade; ou, melhor ainda, trabalha-se de acordo com o princípio que orienta
para o Progresso, para a Evolução do Mundo e da Humanidade.
Em Loja, almejamos criar um mundo que seja próspero, onde nos reconhecemos uns aos outros como
iguais; onde cooperamos e partilhamos momentos de mágoa, pesar, aflição, mas também os de glória, de
ações extraordinárias, e de grandes serviços prestados à humanidade.
Os maçons são Homens com aspirações, como quaisquer outros, que se realizam através da compreensão,
da tolerância, da prática das virtudes; homens que chegaram à conclusão de que a FRATERNIDADE ENTRE OS
HOMENS começa com o HOMEM NA FRATERNIDADE.
As Lojas de primeiros graus de maçonaria são chamadas de “lojas de S. João”, tal como esta a que
pertencem MM∴QQ∴IIr∴ .
Determinado que foi o conceito e o alcance de Loja, vejamos agora MM∴QQ∴IIr∴ o que a distingue
do Templo.
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O Templo maçónico é o local onde os obreiros Maçons se reúnem periodicamente para realizar os seus
trabalhos. O edifício/estrutura utilizada para funcionamento das Lojas, ao abrigo das chuvas, do frio, do
calor, e a coberto dos profanos. É o local de reunião pacífica e feliz, onde homens livres e de bons costumes
se reúnem em Loja, despidos de títulos e honrarias, decididos a promover boas causas. É o lugar onde o
Maçon comparece para, junto com os seus irmãos “recarregar” as suas baterias, refazer as suas energias,
alimentar-se de afeto e encontrar acolhimento, onde se liberta das asperezas do mundo profano, que são
deixadas de lado, e há um verdadeiro revigoramento moral e intelectual vivido na sua plenitude.
O Templo simboliza o cosmos, e esse é o motivo pelo qual, as suas dimensões não podem ser definidas.
Como refere Jules Boucher, na sua obra “Simbólica Maçónica”, quando se pergunta a um Maçon a respeito
das dimensões do templo, ele deve responder: “seu comprimento vai do Ocidente ao Oriente, do Setentrião
ao Meio-Dia, e do Nadir ao Zénite”.
A contemplação do cosmos reproduzido no Templo através da abóbada celeste, dá uma grande quietude,
serenidade de espírito, e incita à meditação.
A importância do Templo nos trabalhos maçónicos está bem patente quando o Maçom o compara ao
próprio Homem, tal como ele, alvo de um progresso eternamente inacabado.
Por isso, MM∴QQ∴IIr∴, trabalhar na construção do Templo, significa, trabalhar para o bem e para o
progresso da Humanidade, na construção do Homem perfeito e ideal.
O Templo Maçónico é uma projeção simbólica e espiritual do Templo do rei Salomão, cuja construção é
referida pormenorizadamente na Bíblia Sagrada.
O primeiro dos cinco livros que formavam as Constituições de Anderson e que hoje têm um mero interesse
histórico, tratava da história lendária e fantástica da Maçonaria Operativa e Especulativa Inglesa. Ali já era
feita uma abordagem especial ao Templo de Salomão.
Aliás, já antes das Constituições de Anderson, no mais primitivo dos catecismos maçónicos – no “Manuscrito
Edinburgh Register House – de 1696, se encontravam referências a Templo e Loja.
Um Templo pode ser erguido em qualquer local onde os trabalhos possam ser realizados a coberto do olhar
profano. No passado, muitas sessões realizaram-se nos fundos de tabernas e de “casas de pasto”. A primeira
Grande Loja de Londres ergueu colunas na sala de uma taberna - a do “Ganso Grelhado”, e as primeiras lojas
em território português, efetuavam os seus trabalhos numa casa de pasto da Rua dos Remolares, ao Cais do
Sodré. O traçado do painel do grau no chão do respetivo recinto, era suficiente para, maçonicamente, os
trabalhos se desenvolverem.
Simbolicamente, o Templo deve ser instalado numa sala retangular, em que a maior dimensão deverá ser o
dobro da menor constituindo assim a designação de “quadrado oblongo”. O Templo é a realização material
do Quadro da Loja. Simbolicamente, ele é orientado como as igrejas: a entrada a Ocidente e a cadeira do
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venerável a Oriente, o lado direito voltado para Sul (Coluna do Sul) e o lado Esquerdo para o Norte (Coluna
do Norte), e deve ter uma antecâmara, para que a entrada não se faça diretamente do exterior.
No caso de haver um corredor, como no caso do Grande Oriente Lusitano, esse espaço designa-se de
“Passos Perdidos”.
Dentro do Templo e na zona designada de Oriente sentar-se-ão o Venerável, o Orador, o Secretário e os
OObr∴ de grau igual ou superior ao 18º e os Veneráveis visitantes, quando convidados pelo Venerável
Mestre. Na coluna Norte sentam-se os aprendizes e os mestres que assim o queiram, e na Coluna Sul,
aqueles que já receberam a luz, os companheiros e os mestres maçons.
O Oriente é delimitado por uma balaustrada cujo acesso se faz por meio de uma escada com um número de
degraus consoante o grau de trabalhos a que o Templo se destine.
Se o Templo se destinar a trabalhos do 1º grau a escada terá três degraus. Se for de Companheiro serão
cinco os degraus e se for para a reunião de Mestres, isto é, para a Câmara do Meio, então deverá possuir
sete degraus.
Também a decoração das paredes do Templo terão cores e símbolos dependentes do grau dos trabalhos
que aí se realizem.
No 1º grau as paredes serão vermelhas e o teto azul. No segundo grau as cores são as mesmas variando
apenas os símbolos que as ornamentam. No terceiro grau, ou de Mestre, os trabalhos realizam-se
em Templo sob a designação de Câmara do Meio. O Oriente chamar-se-á Dehbir (mansão da imortalidade) e
a restante área do Templo toma o nome de Hikal (asilo da Morte). As paredes serão pintadas ou forradas de
preto, com decoração própria, correspondente à liturgia do grau, toda ela fundamentada na lenda de Hiram.
Ao transformar-se em lugar de trabalho, o Templo toma a designação de oficina, com o uso de símbolos e
alegorias, de ferramentas de construção, com a finalidade de guiar o maçom no aperfeiçoamento moral e
espiritual, através de ensinamentos que nos foram legados de várias fraternidades antigas. A oficina é o
lugar da Força.
MM∴QQ∴IIr∴, feita esta exposição, para terminar, cumpre ainda referir que, para além desta dicotomia
entre Loja e Templo, outras se discutem em seu torno como: O Templo é oExterno, a Loja o Interno;
o Templo é o Físico, a Loja o Mental; o Templo é a Matéria, a Lojao Espírito.
Um dos maiores pensadores da Franco-Maçonaria, que se debruça sobre a dicotomia Interno e Externo, ou
seja, sobre o local onde está a Loja – se dentro, ou se fora do Templo, é o autor maçónico René Désaguliers,
que defende que a Loja não é o Templo, ela está a leste, antes do Templo, e consequentemente as duas
colunas encontram-se normalmente no exterior do Templo, quer dizer, no interior da Loja. A lógica
tradicional e histórica desta conclusão parece difícil de contornar. Deveríamos então, por rigor, e numa
ordem de coerência, proibir de modo absoluto dos nossos rituais e da nossa linguagem, um certo número de
frases correntes, tais como “o Templo está a coberto”, “cobrir o Templo”, dar entrada no Templo”. Seria
melhor dizer, “a Loja está aberta”, “cobrir a Loja”, “Dar entrada na Loja”.
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(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Loja Oriente
01.06.1998 Fritz Alt - 3194 Joinville
01.06.1993 Acquarivs - 2768 Florianópolis
03.06.1996 Luz Esotérica - 3050 Porto União
05.06.2001 Vigilantes da Verdade - 3398 Tubarão
08.06.1984 União E Trab. do Iguaçu-2243 Porto União
08.06.1987 União Mística - 2440 Videira
10.06.1910 Aurora Joinvilense - 4043 Joinville
14.06.1909 Renascer do Vale - 4007 Penha
20.06.2005 Luz de Correia Pinto - 3687 Lages
21.06.2010 Cavaleiros da Paz - 3948 São José
23/06/1930 Luz e Verdade III- 1066 Joinville
24.06.1997 São João Batista - 3061 São João Batista
24.06.2004 Acácia do Oriente - 3596 Joaçaba
29.06.2010 Ouroboros - 4093 Florianópolis
30.06.2003 Acácia de Imbituba 3506 Imbituba
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
Data Nome Oriente
03.06.2009 Elimar Baumgarten nr. 101 Timbó
06.06.1984 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau
06.06.1985 República Juliana nr. 40 Laguna
21.06.1994 Harmonia Brusquense nr. 61 Brusque
24.06.1911 Acácia Itajaiense nr. 01 Itajaí
24.06.1999 Luz nr. 72 Jaraguá do Sul
24.06.2002 Elos da Fraternidade nr. 84 Concórdia
24.06.2005 Amizade ao Cruzeiro do Sul II nr. 90 Joinville
24.06.2005 Cinzel nr. 89 Curitibanos
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de junho
7 – Destaques (Resenha Final)
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GOSC
https://www.gosc.org.br
Tolerância
‘’Quando olhamos nos olhos das pessoas e contemplamos sua
raridade, a tolerância se torna fácil. Percebemos que estamos
diante de seres que possuem dentro de si um complexo mosaico
de experiências. Tolerância é uma expressão do nosso respeito
por qualidade, por manter a vida excelente. Quando não há
tolerância as coisas se tornam comuns. Ficamos à margem
daquilo que não aceitamos e nossa face se torna severa.
Tolerância é dizer sim ao jogo e apreciá-lo.’’
José Aparecido dos Santos
TIM: 044-9846-3552
E-mail: aparecido14@gmail.com
Visite nosso site: www.ourolux.com.br
"Tudo o que somos é o resultado dos nossos pensamentos".
Data Nome da Loja Oriente
03/06/1985 Obreiros da Luz Lages
06/06/2003 Livres Pensadores Joaquim José Rodrigues Lages
07/06/2010 Livres Telúricos Maravilha
09/06/1975 Ordem e Progresso Brusque
14/06/1993 Tordesilhas Laguna
20/06/1979 Luz do Oriente Itajaí
21/06/1999 João de Deus São Francisco Do Sul
26/06/2001 Jacques DeMolay Itajaí
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JANTAR RITUALISTICO COM 5 LOJAS (GOSC)
DA CARTA DE SANTO AMARO
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(Do correspondente, Irmão Borbinha) - Na última segunda-feira (27) foi realizado Jantar
Ritualístico no templo São João de Jerusalém na A:.R:.B:.L:.S:. - Lédio Martins 35 com a
participação das seguintes Lojas, todas jurisdicionadas ao Grande Oriente de Santa
Catarina (GOSC) do Rito Adonhiramita: Léo Martins nr. 84 - VM - Ir Leonardo; Loja
João Marcolino Costa - 128 - VM Ir Pablo Fernando; Loja Lédio Martins - 35 - VM Ir
Danilo; Loja Jacy Daussen - 71 - VM Ir Julio; Loja Januário Corte - 7 - VM Ir Wilson
Dutra e Loja Ademar Nunes Pires Junior - VM - Ir Isauro Pereira.
AUTORIDADES PARTICIPANTES:
Ir:. Sérgio Nerbass - Poderoso Grão Mestre Adjunto GOSC;
Ir:. Edson Ortiga - Mui Humilde Patriarca do Rito Adonhiramita;
Ir:. Audi Vieira -
Ir:. Marco Freitas - Secretario de Ritualística e Liturgia do Rito Adonhiramita;
Ir:. Geraldo Braga - Secretario Adjunto de Educação e Cultura;
Ir:. Paulo Reis - Secretario de Educação e Cultura da 14 delegacia;
Ir:. Frederico Pereira - Presidente do Funtemplo.
Ir:. Lucio Nelson Martins Filho - Delegado da 14ª Delegacia A
Ir:. Dirceu Mattos - Delegado da 14ª Delegacia B
Ir:. Borbinha - MI da Loja Lara Ribas
Os Veneráveis Mestres homenagearam o Irmão Edson Ortiga com uma belíssima placa
pelo trabalho realizado no Rito Adonhiramita.
O jantar contou com a participação de 96 irmãos
Seguem os demais registros fotográficos: Acesse o link:
https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/63015953465515
05329?authkey=Gv1sRgCIGL1ZW608KK_wE
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
BREVIÁRIO MAÇÔNICO – 30 de junho
O INEFÁVEL
É o que não pode ser definido, expresso, comentado ou discutido; aplica-se no sentido
filosófico, como sublimação, por exemplo, o amor de Deus é inefável, ou seja, não
pode ser sequer descrito.
Na Maçonaria Filosófica, a primeira parte ritualística é formada por dez graus que se
denominam de “inefáveis”.
A origem da palavra é latina: in, negar, e fabulare, falar.
Os momentos da Iniciação são inefáveis, significando gloriosos, espirituais e secretos.
O maçom, dentro de suas reuniões em templo, vive esses momentos inefáveis, de
sublimação e esoterismo.
A vida pode apresentar esses momentos que são restritos a acontecimentos sublimes;
o convívio em um lar bem formado; o acompanhar da evolução dos filhos; o
estreitamento das amizades em busca de um momento de amor fraternal; a meditação
em toda hora, enfim, a liturgia maçônica propicia essa inefabilidade.
O maçom deve encontrar esses momentos quando glorifica o Senhor, quando
agradece pela vida e quando aspira ao Oriente Eterno.
Esses momentos são agradáveis, leves e conduzem à paz interior.
O maçom, ao fugir da agonia do mundo profano, tão acentuada em nossos dias, pode
recolher-se em si mesmo e encontrar essa inefabilidade mento-espiritual.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 200.
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Ir Raimundo Augusto Corado
MI e Deputado Federal pela Loja Templo de Salomão nº 2737
Membro das Lojas União e Trabalho Mimosense nr. 3.170 e
Irmão Paulo Roberto Machado nr. 3.182
Barreiras – GOB/BA. Escreve às terças e quintas-feiras
raimundoaugusto.corado@gmail.com
GULA
Autor: Raimundo A. Corado
Barreiras, 17 de outubro de 2014.
Lembro os tempos de adolescente;
Da venda de Clóvis, Euzébio e Zé Santana;
Carlinho de Rita com seu bolo quente;
E o exagero pra comer banana.
Comia banana mesmo sem fome;
Era só pra ganhar fama;
Com a forma errada de fazer um nome;
E o exagero pra comer banana.
Lá em Clovis, vez por outra;
Não dava trégua pra boca;
Pedia banana de penca.
Dr. Paulo pra acreditar;
Resolveu as cascas contar;
A conta passou de quarenta.
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