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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News saúda os Irmãos leitores de Laguna – SC - (Imagem Google)
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.304 – Florianópolis (SC) – sexta-feira , 20 de janeiro de 2017
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrCharles Evaldo Boller – Influência da Educação Maçônica
Bloco 3-IrSérgio Quirino – Solidariedade Maçônica
Bloco 4-IrWalter Celso de Lima – O julgamento dos mortos
Bloco 5-IrAnestor Porfírio da Silva – O Quite Placet, de acordo com os princípios ....
Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do Ir Aldo Coutinho – (Mossoró – RN)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 20 de janeiro e versos do Irmão e Poeta
Franklin dos Santos Moura (Vila Velha – ES)
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 2/35
20 de janeiro
 1265 — Em Westminster, o primeiro parlamento inglês realiza sua primeira reunião.
 1273 — Maomé II torna-se o segundo rei nasrida de Granada, sucedendo ao seu pai Maomé I; reinará
até 1302.
 1356 — Eduardo Balliol entrega o seu país e o título de Rei da Escócia ao rei Eduardo III de Inglaterra.
 1458 — Matias I é eleito rei da Hungria.
 1479 — Fernando II torna-se rei de Aragão e passa a reinar em conjunto com a sua mulher Isabel I de
Castela a maior parte da Península Ibérica.
 1486 — Cristóvão Colombo se apresenta aos Reis Católicos em Córdova, Espanha, oferecendo seus
serviços científicos e pesquisadores, como a nova rota às Índias.
 1567 — Os portugueses, chefiados por Estácio de Sá, conseguem vencer a resistência dos franceses
e Tamoios, no Rio de Janeiro (v. França Antártica).
 1576 — Nascimento da cidade de Leão em Guanajuato, México, por ordem de Martín Enríquez de Almanza.
 1768 — É criada pela primeira vez na Inglaterra uma Secretaria de Estado para as Colónias.
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 20º dia do Calendário Gregoriano.
Faltam 345 dias para terminar o ano de 2017
- Lua Quarto Minguante –
Hoje é dia do Farmacêutico, dia de São Sebastião (Rio de Janeiro);
dia Nacional do Fusca e dia dos Heróis Nacionais em Cabo Verde.
É o 128º ano da Proclamçaõ da República;
195º da Independência do Brasil e
517º ano do Descobrimento do Brasil
Colabore conosco. Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço
eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebe o JB News, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias por mala direta. Obrigado.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 3/35
 1783 — Representantes da França, Inglaterra e novos Estados da União firmam em Paris um Tratado de
Paz que põe fim à Guerra de Independência dos Estados Unidos.
 1821 — Fundação do Condado de Greene.
 1827 — Fundação do Condado de Jefferson.
 1841 — Fundação dos condados de Henderson, Mason e Piatt.
 1841 — A ilha de Hong Kong é cedida pela China à Grã-Bretanha. Mas o acordo entre os dois países
estabeleceu que Hong Kong voltaria ao controle chinês em julho de 1997.
 1868 — O Papa Pio IX concede a Rosa de Ouro à Rainha da Espanha, Isabel II.
 1887 — O Senado dos Estados Unidos autoriza a Marinha a arrendar o porto de Pearl Harbor como base
naval.
 1890 — O Hino Nacional do Brasil, composto por Francisco Manuel da Silva, é oficializado.
 1891
 Criado o município de Afonso Cláudio no Estado do Espírito Santo
 O então Ministro da Guerra Floriano Peixoto demite-se, juntamente com todo o ministério do
presidente Deodoro da Fonseca.
 1892 — Disputada a primeira partida de basquetebol.
 1917 — É lançado em disco Pelo Telefone, considerado o primeiro samba a ser gravado no Brasil.
 1920 — Termina a Conferência de Paz de Paris.
 1921 — É proclamada a República da Turquia.
 1925 — Por meio do Tratado de Pequim, o Japão reconhece a União Soviética (URSS) e lhe entrega a
metade norte da ilha de Sacalina.
 1929 — Trotski é expulso da URSS e deportado para a Turquia.
 1936 — Eduardo VIII é coroado rei do Reino Unido.
 1941
 Criação do Ministério da Aeronáutica do Brasil.
 Adolf Hitler ordena o envio de tropas motorizadas de elite, o Afrika Korps, para o norte de África, em
auxílio aos italianos.
 1942 — Na Conferência de Wannsee, os Nazis planejam o Holocausto (v. Operação Reinhard e Solução
final).
 1949 — Fundação do município brasileiro de Coronel Fabriciano, no estado de Minas Gerais.
 1951 — É inaugurada a TV Tupi do Rio de Janeiro, Brasil.
 1952 — As tropas britânicas ocupam a cidade egípcia de Ismaília, fora da zona que está reservada no Canal
de Suez.
 1961 — John Fitzgerald Kennedy toma posse como o 35º presidente dos Estados Unidos.
 1969
 Richard Nixon toma posse como 37º presidente dos Estados Unidos.
 O salário do Presidente dos Estados Unidos é reajustado para US$ 200.000 anuais.
 1971 — Prisão e desaparecimento do ex-deputado brasileiro Rubens Paiva.
 1972 — A TV Difusora de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, faz a primeira transmissão experimental em
cores da televisão brasileira.
 1977 — É inaugurado o novo terminal de passageiros (Terminal 1) do Aeroporto Internacional do Rio de
Janeiro/Galeão.
 1980 — Os Estados Unidos anunciam o boicote às Olimpíadas de Moscou em virtude de conflitos políticos
entre os dois países.
 1981
 Ronald Reagan jura seu cargo como 40º presidente dos Estados Unidos.
 O Irã liberta 52 norte-americanos mantidos como reféns no país durante 444 dias, minutos após Ronald
Reagan assumir a presidência dos Estados Unidos.
 1985
 É inaugurado o Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos.
 Ronald Reagan toma posse de seu segundo mandato como Presidente dos Estados Unidos.
 1986 — Anunciada a proposta ganhadora para a construção do Eurotúnel.
 1987 — O presidente José Sarney decreta a moratória do pagamento de juros da dívida externa do Brasil.
 1989 — A Volkswagen do Brasil decreta o dia 20 de Janeiro como o Dia Nacional do Fusca.
 1991 — Segundo dia de apresentações do Rock in Rio II. Shows de Faith no More, Titãs e Guns N' Roses.
 1993 — Bill Clinton toma posse como 42º presidente dos Estados Unidos.
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 1996
 Yasser Arafat ganha por grande maioria as eleições a presidente do Conselho Autónomo para
Cisjordânia e Gaza, convertendo-se no primeiro líder eleito democraticamente na Palestina.
 Data em que supostamente teria acontecido um acidente envolvendo um OVNI na cidade
de Varginha, Minas Gerais, tendo sido morto e capturado seres extraterrestres, no caso do ET de
Varginha.
 1997 — O Governo do Zaire declara guerra aos rebeldes tutsis, que controlam militarmente o leste do país
apoiados pelo Ruanda e Burundi.
 1999 — Ocorre na Argentina a prisão do último presidente da época da ditadura militar entre 1976 a 1983,
general Reynaldo Bignone, por sua suposta participação no rapto de crianças nascidas em cativeiro.
 2002 — O corpo do prefeito Celso Daniel, da cidade de Santo André, São Paulo, é encontrado com 11 tiros.
 2009 — Barack Hussein Obama II toma posse como 44º presidente dos Estados Unidos.
1750 Chega à Ilha de Santa Catarina a quarta leva de colonos açorianos. Eram 182 casais que fundaram
São José e povoaram o continente fronteiriço à ilha.
1856 Procedida, nesta data, o lançamento da pedra fundamental da capela dedicada a São Sebastião, no
local Praia de Fora, na cidade de Desterro.
1892 Morre, em Desterro, o maestro Francisco dos Santos Barbosa, veterano da guerra do Paraguai.
1957 Instalado o município de Lauro Muller, criado pela Lei nº 273, de 6 de dezembro de 1956.
1970 Promulgada, nesta data, Emenda Constitucional adaptando a Constituição de Santa Catarina à
Carta Magna do País, outorgada a 17 de outubro do ano anterior.
1971 Morre em Niterói Laércio Caldeira de Andrade. Professor deixou várias publicações sobre a
história catarinense destacando-se “Introdução à História do Comércio Catarinense”. Era natural
de São José, onde nasceu a 26 de junho de 1890.
1857 Fundado o Grande Conselho dos Maçons do Real Arco do Canadá, em Ontário.
1972 Tombado pelo Patrimônio Histórico do Rio de Janeiro o Palácio Maçônico do Lavradio.
Uma construção de grande valor histórico é o Palácio Maçônico do
Lavradio, situado no número 97, de estilo neoclássico, cuja planta
original é atribuída a Grandjean de Montigny, sede do Grande
Oriente do Brasil, fundado em 1822. O seu terreno foi comprado em
1836 pelo ator português Vitor Porfínio Borja, nele começando a
edificar um majestoso teatro para torná-lo rival do Teatro João
Caetano, e acabou desistindo do projeto por falta de recursos.
Fatos históricos de santa Catarina
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
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Contatos: Ir Darci Rocco (Loja Templários da Nova Era) nos telefones
(48) 3233-5069 – 9 9943 1571
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Ir Charles Evaldo Boller
Curitiba – PR –
Charleseb@terra.com.br
Artigo extraído de sua obra
“Iluminação”
Influência da informação Maçônica
Educação maçônica na construção de homens.
Especula-se que:
 O universo é resultado de projeto inteligente com finalidade definida;
 Não é o resultado de ocasionais ocorrências aleatórias;
 A vida tem propósito significativo;
 É lógico pensar na vida com intenção de preencher finalidade determinada,
planejada.
2 – Influência da Educação Maçônica
Charles Evaldo Boller
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 7/35
Na contramão disso, o homem percebe que muitas de suas atividades são
dispersivas e alienantes no uso da vida. Para a maioria a vida não tem sentido,
principalmente na forma correta de usufruir o que realmente a natureza intenciona no
viver bem.
Na atividade do homem não se concebe que faça o que é certo em um aspecto da
vida, enquanto comete erros em outros.
Como fará em sua caminhada para não perder a visão de sua vida em sentido
lato?
Como deve agir para usufruí-la como um conjunto indivisível?
O homem que se iniciou nos mistérios da Maçonaria descobre na vida a existência
de maravilhas a serem exploradas, questionadas e aplicadas para usufruir de sua
existência da maneira mais equilibrada possível com o propósito do Criador.
Pela educação maçônica o homem deixa de ser morto-vivo de comprometida visão
da vida.
A Maçonaria e seus mistérios oferecem ferramentas e instruções que removem
barreiras e possibilita o usufruto da vida em sua plenitude. O senso do mistério alimenta
emoções residentes na psique e que são trabalhados nas atividades maçônicas. A
ciência em forma de arte traduz a emoção fundamental para o progresso pessoal. São
mistérios que não inspiram medos, o maçom faz o bem porque isso é parte de sua nova
vida e não porque tem medo de algum castigo ou almeje hipotético prêmio depois de
morto.
Se aplicada passo-a-passo, de forma simples, a essência da vida é aprendida e,
se for da vontade do adepto, liberta-o da escravidão, do servilismo ao sistema
desumano de vida, que o espreme e suga toda a sua força ativa até sobrar apenas
bagaço. Ao sujeitar a ambição ao controle racional, liberta-se do pior tipo de servilismo,
pior até que a própria fome e pobreza. Ao inspirar coragem e decisão no adepto, a
filosofia da Maçonaria conduz àquele que passa a confiar em si mesmo e conduz seus
próprios passos ao prazer de conquistar a vitória sobre si mesmo. Ao sentir que é capaz
de conduzir a si mesmo torna-se apto a conduzir aos que ainda não despertaram.
As noções filosóficas da Maçonaria auxiliam na absorção dos conhecimentos que
livram do obscurantismo e da alienação ao trabalho. São aplicadas apenas poucas
horas semanais em treinamento e convivência que eliminam anos de frustrantes
tentativas de acertos e erros até obter a visão necessária para dar sentido à vida.
Não se trata de entendimento intelectual, político ou crença, mas de sentido
misterioso, ainda inexplicável, de intuição individual que dá sentido à vida.
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 8/35
Cada adepto usa da Maçonaria para dar o seu próprio sentido para a vida sem
ficar batendo cabeça em tentativas inúteis e fantasiosas.
O sucesso pessoal não é devido exclusivamente à força ou ao conhecimento, mas
diz respeito à vontade férrea, de coragem para agir. O entendimento de como caminhar
por conta própria advém do conhecimento esotérico que conduz ao sucesso pessoal,
familiar, social e profissional. A convivência maçônica inspira o conhecimento intuitivo e
o fortalecimento do caráter que conduzem o maçom, que inicia a si mesmo, a uma
consciência superior. Não um super-homem, mas um homem renascido de sua própria
decisão de fazer de si mesmo uma criatura em permanente evolução.
Ao trabalhar em si mesmo, na pedra, o adepto participa na construção de um
templo social onde ele é incentivado a ocupar cada vez mais cargos, públicos ou
privados, de modo a conduzir a sociedade por bons pastos. Não se trata de conduzir
gado de corte por fértil campo de engorda e deste ao matadouro da exploração, mas de
propiciar oportunidades razoáveis de vida sem eliminar as diferenças e os desníveis que
são característica de civilizações saudáveis. É a sabedoria salomônica aplicada no dia-
a-dia do cidadão.
O homem sábio é mais forte que o bruto, pois conhecimento aplicado com
sabedoria é eficiente. O conhecimento provê a base sólida da construção pessoal que
se afasta da alienação do sistema de coisas humano pela aplicação do pensamento
sábio.
Maçonaria é arte.
É a ciência que permite construir o intelecto cuja compreensão possibilita o
despertar, o abraçar da iluminação que vem da racionalidade conduzida por balanceada
espiritualidade: diferente de religiosidade. A luz que o maçom busca é o
aperfeiçoamento pessoal em seu dia-a-dia. A Maçonaria faz deste entendimento o ponto
essencial a ser alcançado. É mero coadjuvante o esforço das atividades maçônicas
restantes ao objeto central que é a evolução do homem.
O estado de iluminação inspirado pela Maçonaria destrói a máscara da ilusão do
sistema de coisas humano que manipula separações e quebra de relações que
conduzem a alienação da vida para objetivos fúteis e inúteis. No instante em que o
maçom abre os olhos e vê a luz do que é certo e errado torna-se sensato.
Desaparece a ilusão e ele deixa de experimentar o que está errado na tentativa de
acertar, torna-se mais objetivo e acerta mais vezes já no primeiro ensaio. Some o
ilusionismo com seus truques que submetem o homem ao servilismo voluntário em
virtude da perda de noção da realidade.
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 9/35
Surge nova consciência quando a iluminação esclarece a diferença entre
religiosidade e espiritualidade. Fica claro o entendimento de que a crença em verdades
absolutas ditadas pelos sistemas religiosos não torna seus adeptos pessoas
espiritualizadas. Também não é espiritualizado o maçom que não iniciou a si mesmo,
que insiste em aprisionar-se na execução de rituais sem penetrar em seus significados,
daquele que estaciona no básico que o símbolo desvela e não se esforça em enxergar
para além do símbolo.
A intenção da educação maçônica é criar a identidade própria do indivíduo
afastado de influência ditatorial externa e aproxima-lo da dimensão espiritual que já
reside dentro dele. O símbolo maçônico não foi exposto para revelar, mas para ocultar
significados que só acordam quando devidamente provocados. Esta visão de outra
dimensão existe em todos. Basta que acorde. Não está contida exclusivamente no
pensamento, mas numa área mental diferente, a intuição. Isto só é revelado àquele que
vê o símbolo de outro ângulo. É o que acontece no contato pessoal com outras pessoas
concentradas no mesmo assunto. Fenômeno absolutamente natural e sem truque ou
varinha de condão. Perfeitamente explicado pela psique humana que a ela se
condiciona desde tempos imemoriais.
Por isso a filosofia maçônica incentiva à diversidade de pensamentos. Procura-se
provocar no homem a obtenção de matéria prima para construir pontes evolutivas que
progridem aos saltos sobre os precipícios da ignorância. Não se admitem limitações ao
pensamento como é objetivo dos sistemas alienantes de crenças. O fato de a
espiritualidade surgir em larga escala fora do sistema de crenças é novo para a
sociedade em geral, mas é usado faz séculos pelos maçons que iniciaram a si mesmos
nos mistérios da Arte Real da Maçonaria.
A iluminação, o andar com as próprias pernas inspirado pela Maçonaria desperta a
compaixão que se traduz num homem dotado de menos cobiça; torna-o mais alegre
porque a sabedoria o afasta do sofrimento; alimenta a igualdade onde se produzem
mais amigos unidos pelo poderoso laço do amor fraterno; inspira a ternura que remove a
discriminação que produz tantos inimigos. Afasta ignorância, falsas imaginações,
desejos viciantes e estultícia, todas nascidas na própria mente, manifestadas pelas
ilusões e manipuladas pelo ego.
A mudança estimulada pela educação maçônica repele os desejos da mente e
afastam os sofrimentos, lutas inúteis alimentadas pela cobiça, estultícia e ira. Maçom
que se iniciou é homem armado com espada, a sua língua, a sua oratória, e escudo, o
conhecimento de seu cérebro. Pela iluminação, — kant, Aufklärung — anda com os
próprios pés. Está sempre pronto para o bom combate com mente treinada para
alcançar o objetivo de construir uma sociedade humana dentro dos desígnios
estabelecidos pelo Grande Arquiteto do Universo.
Bibliografia
1. ANATALINO, João, Conhecendo a Arte Real, A Maçonaria e Suas Influências Históricas e Filosóficas, ISBN 978-85-370-0158-5,
primeira edição, Madras Editora limitada., 320 páginas, São Paulo, 2007;
2. SILVA, Georges da, Budismo, Psicologia do Autoconhecimento, 222 páginas, Editora Pensamento Limitada, São Paulo;
3. TOLLE, Eckhart, Um Mundo Novo, o Despertar de uma Nova Consciência, tradução: Henrique Monteiro, ISBN 978-85-7542-313-4,
primeira edição, Editora Sextante Limitada, 266 páginas, Rio de Janeiro, 2005.
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Ano 04 - artigo 13 - número sequencial 242 - 28 Março 2010
Data: 28 de Março de 2010
Número 13, ano 04
Número seqüencial: 242
Tema: Solidariedade Maçônica
Saudações estimado Irmão, um pouco sobre a SOLIDARIEDADE MAÇÔNICA. O
primeiro ponto que devemos deixar bem claro é a diferença entre Solidariedade
Maçônica e Caridade Maçônica. Caridade é a ação ou sentimento de ajudar o próximo
sem esperar recompensa e é uma das três virtudes teologais (Fé-Esperança-Caridade).
Sua ação se dá quando “X” sabe que “Y” está em necessidade e então procura
minimizar tal deficiência DENTRO DE SUAS CONDIÇÕES, equalizando suas
possibilidades com as necessidades. Sendo, pois, uma atitude de mão única, de “X”
para “Y”.
Já Solidariedade é a comunhão de ações e pensamentos dos componentes do grupo
(X-Y-Z-W) visando a solução de uma crise de algum dos elementos e que resultará no
fortalecimento do grupo, PORÉM é uma via de mão dupla; se “X” sabe que “Y” tem
alguma necessidade, antes de suprí-la deve ter certeza se “Y” a merece. Se tal
afirmação lhe pareceu pouco cristã, recordo que a Maçonaria não é uma Instituição
Religiosa é que a Solidariedade é um laço sagrado que nos une mas, ela não é
incondicional.
Pessoas do mundo profano e mesmo Irmãos ingênuos ou mal intencionados acreditam
que há em nossa Instituição a obrigação tenaz de fornecer a algum membro o objeto de
sua necessidade.
Nosso amparo, seja ele moral ou até mesmo material se dá para daqueles que se
desviaram dos preceitos da honra e da retidão e nunca somos solidários com aquele
que quer aproveitar-se da situação. Alguém pode estar pensando que tal atitude
quebraria nosso juramento de Irmandade, mas observem que “X” se preocupa com “Y”,
procura saber o que se passa, os antecedentes que levaram a atual condição e
principalmente qual é a conduta de “Y”. Se o Irmão “Y” foi um mau pai, um mau filho, um
mau marido, um mau patrão, um mau político ou seja um mau elemento, ele sim
quebrou nossos juramentos, desrespeitou nosso Código Moral, desfez nossos laços,
não teve uma conduta maçônica, portanto não faz jus à Solidariedade Maçônica.
3 – Solidariedade Maçônica
Sérgio Quirino
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 11/35
E todos nós devemos ter muito cuidado, pois não é simplesmente por ser Irmão que
devemos dar preferência. Não pensem que estou com raiva, mas vejo situações
inadequadas ao digno Maçom, por exemplo: acima da condição pessoal de ser
iniciado, está a nossa Consciência e é um desrespeito a ela quando algum Maçom
diante de dois currículos, um melhor (profano “Z”) e um comum (maçom “Y”) indica para
a vaga de trabalho aquele que tem uma assinatura com três pontinhos.
O Maçom é justo, honesto, bom funcionário, bom cidadão, o que deve fazer é dar a vaga
a quem de direito por mérito ou competência a mereceu e ao Irmão preterido explicar
onde estão as deficiências e como as solucionar.
Quer ver um outro exemplo? Todo Maçom é um patriota, e para sua Pátria e seus
concidadãos deseja o melhor, então por que votar em determinado candidato
simplesmente por ele ser Maçom? Acima do desejo pessoal do Irmão e a nossa vontade
de ajudá-lo, devemos ter consciência do dever do eleitor e da responsabilidade do ato.
Lógico, sendo o candidato um Maçom “limpo e puro” devemos sim votar nele!
A intenção deste pequeno artigo é despertar em você a vontade de saber um pouco
mais sobre o assunto, e sem nenhuma ressalva mental reconhecer que apesar do
processo de admissão de novos Irmãos, ser bem elaborado, termos sindicâncias rígidas
e apresentação de documentos que comprovam a boa fé.
NÓS NOS ENGANAMOS e eles denigrem e tiram proveito de Lojas e Irmãos mais puros
de coração. Para eles “Dura Lex Sed Lex” e para todos os demais a compreensão que
entramos para a Maçonaria para ofertar e não para pedir.
O presente artigo é uma republicação do texto datado de 28 de março de 2010,
em que o autor Sérgio Quirino dedicou aos queridos Irmãos da Loja Maçônica
Acácia do Sul de Minas – Oriente de Varginha que no dia 24 de abri daquele ano,
comemoram 30 anos de fundação da Oficina.
Fraternalmente
Sérgio Quirino –
Grande Segundo Vigilante – GLMMG
Sérgio Quirino - ARLS Presidente Roosevelt 025 - GLMMG
Contato: 0 xx 31 98853-2969 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.
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O Irmão Walter Celso de Lima é
MI da Loja Alvorada da Sabedoria nr. 4285 GOB/SC
E membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras
099lima@gmail.com
O JULGAMENTO dos MORTOS
“Meu coração,
não te oponhas a mim no tribunal.
Não te mostres hostil a mim.
Não digas mentiras sobre mim
na presença dos deuses.”
Livro dos Mortos – confissão negativa do morto (circa 650 a.E.V.).
1. Introdução:
A estória do Julgamento dos Mortos é a alegoria do julgamento do
Tribunal de Osíris que é relatada de muitos modos; todas são traduções diretas de hieróglifos
egípcios. Traduções completas só foram possíveis após 1822, quando Champollion1
conseguiu
decifrar os hieróglifos. O primeiro livro dos mortos foi traduzido pelo egiptólogo alemão Richard
Lepsius2
em 1842. Quem o descobriu foi Champollion que o descreve mais tarde quando estudando
um papiro de 20 metros, em Turim, Itália.
2. Osíris:
Osíris (em idioma egípcio: Ausir, Asiri ou Ausar ou mais precisamente w.s.r. pois em egípcio
antigo não havia vogal, era uma língua semítica) é um deus egípcio, deus da vegetação e da vida no
Além, que julga o bem e o mal (Fig. 1). Identificado como deus da vida após a morte ou deus dos
mortos, da transição entre a vida e a morte. Descrito como um homem de pele verde
representando a natureza ou preto representando a vida, com barba postiça denominada de
jebesut, barba de um faraó, usando uma coroa branca representando o alto Egito, denominada de
Atef, que continha duas grandes penas de avestruz laterais, em ambos os lados (simbolizando
1
Jean-François Champollion (le jeune), linguista e egiptólogo francês, decifrou os hieróglifos em 1822, nasceu em
Figeac, região Midi-Pyrénées, França, em 1790 e faleceu em Paris, em 1832. Seu livro mais famoso foi impresso pos-
mortem em 1834. Foi Mestre Maçom.
2
Karl Richard Lepsius, egiptólogo prussiano, linguista, pioneiro da moderna arqueologia. Nasceu em 1810, em Naumburg
an der Saale, Reino da Saxônia e faleceu em 1884, em Berlim. Doutor em Ciências.
4 – O Julgamento dos Mortos
Walter Celso de Lima
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 13/35
verdade e justiça), possuía um colar de nome usekh. Segurava um cajado e um mangual
(instrumento que se malham cereais para debulhá-los: consiste num cabo (mango) conectado a uma
correia de couro (inçadouro) e um outro cabo (pirtigo) que percute as hastes (do trigo, cevada,
etc.) espalhadas no chão para retirar-lhes os grãos) – Fig. 2.
Nome Osíris em hieróglifos: WSR  o olho poderoso.
Osíris foi considerado um juiz misericordioso dos mortos, na vida após a morte. Os faraós do Egito
foram associados a Osíris após a morte depois do Médio Império (Período da Reunificação).
Através da esperança de uma nova vida após a morte, não somente para os faraós mas a todos os
egípcios, Osíris começou a ser associada com os ciclos observados na natureza, em particular
vegetação e a inundação anual do Nilo, através de suas ligações com movimentos estrelares e
planetários. Osíris foi amplamente adorado como Senhor dos Mortos até a supressão da religião
egípcia durante a ascensão do cristianismo pelo Império Romano no século IV E.V., cujo último local
de adoração dos deuses e escrita hieroglífica foi a Ilha de Philea que ficava no Alto Egito.
Fig 1 - Osíris, desenho baseado em pinturas em tumbas do Império Novo (1550 – 1070 a.E.V.).
Fig. 2 – O cajado (governar) e o mangal (autoridade real) –
juntos são símbolos faraônicos.
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O julgamento dos mortos é uma crença que surgiu em torno de 2500 a.E.V. (Antigo Império)
sendo a primeira crença, que se tem notícia, da existência de uma vida após a morte e de um juízo
final para cada ser humano.
3. O Tribunal de Osíris:
O Livro dos Mortos é um antigo texto fúnebre egípcio, usado desde o
início do Império Novo (circa 1550 a.E.V.) mas com lendas e magias de aproximadamente 3.000
anos a.E.V.. O nome egípcio original é “Livro da Revelação Dia a Dia”. Outra tradução é “Livro de
Emergentes diante da Luz”. São conjuntos de textos compostos por um número de liturgias
mágicas destinados a dar apoio a jornada de uma pessoa morta em direção ao Além (“Duat” -Reino
dos Mortos). Foi escrito por muitos sacerdotes durante um período de cerca de 1000 anos. O Livro
dos Mortos é encontrado nas paredes de tumbas a partir do Novo Império do Egito (de 1700 a.E.V.
a 1070 a.E.V.), principalmente, no Vale dos Reis, no interior e exterior de sarcófagos dessa época
ou pintados em objetos, principalmente em estatuetas denominadas de Ushebtis e serviam para
guiar o morto no além tumulo. Também, é encontrado em papiros enrolados, junto à cabeça ou perto
da múmia.
O texto que segue é baseado numa das versões do Livro dos Mortos. Hunefer (senhor belo) –
um escriba de Tebas que viveu em algum momento durante a 19ª dinastia (1298 a 1187 a.E.V.) – ao
falecer, chega ao empíreo, lugar onde moram os deuses, pela barca solar e é recebido pela deusa
Ma’at (Fig. 3), a deusa da Verdade, da Ordem, da Moralidade e da Justiça perante a qual ele se
inclina. O morto não pode mentir e confessa-lhe sua vida na Terra, e o que fez de bem e de mal. O
morto enfrenta 42 juízes, que representavam os 42 nomos (divisão territorial do Antigo Egito) ou
mandamentos de Ma’at. O bem e o mal vão ser pesados. Num dos pratos da balança, coloca seu
coração (ib), sede da alma (Fig. 4) no outro tem-se Ma’at representado por uma pluma.
Fig. 3 – Deusa Ma’at, 2014 (Penton, extraído do Museu Britânico).
Hieróglifos à direita falam da poderosa deusa Ma’at e da esquerda da grande rainha Nefertari.
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Fig. 4 – Livro dos Mortos. Anúbis pesando o coração de Hunefer. Ao lado Ammit observa Toth
tomando nota. Data provável: 1285 a.E.V.. Museu Britânico.
Noutro prato, coloca uma pena de avestruz, símbolo da verdade. Tudo o que o morto fez de bem é
recolhido por Hórus (Fig. 5), deus com cabeça de falcão (deus do céu e da realeza, associado à
figura do faraó). Tudo o que o morto fez de mal é recolhido por Anúbis (Fig. 6), deus com cabeça
de chacal (deus dos infernos). Se o prato do coração pesar mais do que o prato da pena (Fig. 10),
indicará que as ações referentes ao mal prevaleceram às ações do bem. Se pesar menos do que o
prato da pena, a alma do morto está salva. Thoth – Fig. 7 - (o deus das ciências), com cabeça de
uma Íbis (ave aquática parecida com cegonha), anota o peso e comunica o resultado a Osíris. Sobre
a alegoria do devorador de almas, há, no mínimo, três versões. O motivo é que as diversas versões
do Livro dos Mortos foram escritas por cerca de 2.230 anos (de 2.200 a.E.V. a 30 E.V.). Além
disso, o devorador de almas era um deus secundário, não muito importante. As três versões do
devorador de almas são: Apep, Babi e Ammit. Apep (ou Apophis) – Fig. 8 – era a divindade egípcia
que encarna o caos, portanto, adversário de Maat. É simbolizado como uma gigante serpente morta
por Rá, deus do sol. Apep era um devorador de almas más, que não eram aprovadas no julgamento.
Habitava num subterrâneo dentro da sala de julgamento. Em outras versões, o devorador de almas
más era Babi, Baba ou Babai, um babuíno cinocéfalo (com cabeça de cachorro), considerado como o
deus do submundo. Esse, então devorava as almas más. Ammit (Ammut, Amut, Ahemait ou Ahima)
era um demônio feminino, quimérico, composta de três partes: cabeça de crocodilo, corpo de
leopardo (ou leão) e traseiro de hipopótamo (Fig. 9). Ammit morava nas escalas da justiça, em Duat
ou, em outras versões, morava num lago de fogo. Ammit, o “comedor de corações”, não era adorado,
mas temido pelos egípcios.
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Fig. 5 – Hórus do céu e da realeza, associado à figura do faraó, 2011 (Sociedade Alternativa, cópia
do Museu Britânico).
Osíris está sentado num trono, sob o dossel (cobertura de madeira ornamentada), tendo atrás de
si, Isis, sua mulher e irmã (deusa da fecundidade) e Nephthys (deusa da esterilidade). Se
prevaleceu o bem, a alma do morto é assimilada pelo próprio Osíris e vai gozar das bem-
aventuranças, a sublime felicidade num local denominado de Amenti ou Amentet. Na verdade,
Amenti poderia ser considerado um portal ou sala para acesso aos campos da paz (Sekht – Hotep) e
dos campos da bem-aventurança (Sekht – Iansu), vale dizer, o paraíso. Esse era cercado por 4 rios,
número 4 que representava a totalidade, e seguia a sua vida como aqui na terra com tudo o que
possuía. Se prevaleceu o mal, há, defronte do trono, acocorado, um monstro denominado mais
precisamente de “devorador de almas” que imediatamente devora sua alma ímpia. (Uma foto
completa do Tribunal de Osíris, versão Papiros de Ani (XIII século a.E.V.), que se encontra no
Museu Britânico, pode ser vista (em sua totalidade) em
http://www.britishmuseum.org/research/collection_online/collection_object_details/collection_i
mage_gallery.aspx?assetId=684647001&objectId=113335&partId=1 acessado em 6.jan.2016. O
papiro de Ani mede 25 metros e foi roubado pelo egiptólogo Wallis Budge3
para o Museu Britânico.
Wallis Budge de um lado foi um prolifico escritor cujos textos são considerados pela egiptologia
como medianos, mas ao preservar e comprar muitas peças egípcias sem autorização daquele
governo acabou fazendo um bem a civilização pois poderiam ser partidas ou mesmo perdidas. A
versão de Hunefer (XII século a.E.V.) está no Museu Britânico e pode ser vista em sua totalidade
em https://www.khanacademy.org/partner-content/british-museum/africa1/ancient-egypt-
bm/a/hunefer-book-of-the-dead
acessado em 6.jan.2016.
3
Sir Ernest Alfred Thompson Wallis Budge, egiptologista, orientalista e filologista inglês,
doutor em letras (Litterarum Doctor), trabalhou no Museu Britânico, nasceu em parish
Bodmin, condado de Comwall, Cornualha. sudeste da Inglaterra, em 1857 e faleceu em
Londres, em 1934. (Parish, em idioma celta córnico (Cornish) significa, literalmente,
“paróquia civil” ou povoado).
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Fig. 6 – Anúbis, um psicopompo, deus dos infernos. Cópia (2006) de pintura do Egito antigo.
Fig. 7 – Thoth, deus das ciências (ipl.pt, 2015).
Fig. 8 – Arte do Antigo Egípcio retratando Apep (Apophis) sendo repelido por uma divindade.
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4. O Livro dos Mortos:
O Livro dos Mortos foi o produto de um longo processo de evolução,
desde o Antigo Império (3ª a 8ª dinastia, circa 2.575 a 2.150 a.E.V.), até o Médio Império (11ª a
14ª dinastia, circa 1975 a 1640 a.E.V.). Encontrou-se Livro dos Mortos, também, nos chamados
períodos intermediários, quando o Egito estava dividido. Esta evolução se revela nos diversos
papiros encontrados em diversos ataúdes. Encontrou-se Livros dos Mortos até no período romano,
em 30 E.V., quando o imperador Augusto4
conquistou o
Fig. 9 – Ammit, o devorador de almas.
Fig. 10 – Julgamento dos mortos: à direita: o morto já julgado faz oferenda a Osíris (figura maior),
seguido de Isis (deusa da saúde, do casamento – casada com Osíris) e Néftis (deusa da noite, irmã
de Osíris). No centro: Anúbis e Hórus pesam o coração do morto. Á esquerda: Ammit ou Babi,
sobre um banco (devorador de almas), Shu, de braços levantados (deus dos ventos do ar), a morta
cor branca e ela na cor marrom. Em cima: os 42 juízes (22 na fila superior e 20 na fila inferior).
Museu Britânico.
4
Caio Júlio César Otaviano Augusto (Gaius Iulius Caesar Octavianus Augustus), patrício
e primeiro imperador romano, nasceu em Roma em 63 a.E.V. e morreu assassinado em Nola,
perto de Nápoles, em 14 E.V..
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Livro dos Mortos, também, nos chamados períodos intermediários, quando o Egito estava dividido.
Esta evolução se revela nos diversos papiros encontrados em diversos ataúdes. Encontrou-se Livros
dos Mortos até no período romano, em 30 E.V., quando o imperador Augusto5
conquistou o Egito. As
mais conhecidas representações do Tribunal de Osíris são dois papiros (papiro de Ani e papiro de
Hunefer). Há vários papiros semelhantes sobre o Tribunal de Osíris e sobre o Livro dos Mortos,
destacando-se: papiros de Princeton, Univ. de Princeton, EUA; papiros da biblioteca da
Universidade John Rylands, Manchester, Inglaterra; papiros da biblioteca da Universidade de
Michigan, EUA e os famosos Oxyrhynchus Papiri, da Universidade de Oxford, Inglaterra.
Oxyrrincus era uma cidade no Baixo Egito onde, segundo a lenda, havia sido enterrado um pedaço
do corpo de Osíris (o falo). Seu corpo foi desmembrado e espalhado pelo Egito por seu irmão Seth,
em 14 partes. Nesse local um peixe, com este nome Oxyrrincus, comeu o falo. Consta na estória de
Isis e Osíris no livro de Plutarco6
. Os papiros do Tribunal de Osíris têm pequenas modificações nos
desenhos mas, relatando a mesma lenda mitológica. O mais famoso e completo Livro dos Mortos foi
aquele do período Saita, durante a 26ª dinastia, de circa 685 a 525 a.E.V., traduzido para o inglês
pelo egiptólogo inglês Sir Wallis Budge, em 1895. Uma versão completa e atualizada pode ser lida
na internet (Wallis Budge, 1960). Uma versão resumida pode ser lida em Fadl, 2014 ou Deurer,
2010. Existe versão resumida em português: Ferreira, 2010. Há, também, uma versão completa em
português (Wallis Budge, 2006). A versão do período Saita é dividida em capítulos reunidos em
quatro seções:
I – Capítulos 1 a 16 – O falecido entra no túmulo, desce aos infernos e seu corpo recupera seus
movimentos, sua fala e suas sensações.
II – Capítulos 17 a 63 - São explicados, ao falecido, a origem mística dos deuses para que ele possa
viver novamente. Sua nova vida renasce com a alvorada, o nascer do sol no Oriente. As informações
sobre a deusa Ma’at explanadas abaixo estão nesta seção II.
III – Capítulos 64 a 129 – O falecido viaja numa barca solar. À noite, ele deve comparecer perante
o deus Osíris. A mitologia do julgamento, no Tribunal de Osíris, descrito no início deste ensaio, se
encontra nesta seção III. Refere-se ao defunto Hunefer e está nos papiros de Hunefer no Museu
Britânico.
IV – Capítulos 130 a 189 – Depois de julgado, e se neste julgamento prevaleceu o bem, o falecido
assume o poder no Universo, tornando-se mais um entre os deuses. Nesta seção, inclui a função de
diversos amuletos para proteção do defunto, bem como, alimentos e locais importantes da vida do
Além.
Há Livro dos Mortos, desta época, com 192 capítulos, estes, com a descrição de mais alguns
amuletos e feitiços.
5. Cronologia do Tribunal de Osíris:
A mitologia do Tribunal de Osíris tem origem antes de 2.200 a.E.V., (portanto, a mais de
4.000 anos). A representação gráfica do julgamento no Tribunal de Osíris e o culto de Osíris
remontam a 11ª dinastia (2.080 a.E.V.), quando, provavelmente, o mito já era conhecido. A
descrição do julgamento do Tribunal de Osíris é, na verdade, o juízo final das doutrinas hebraica,
5
Caio Júlio César Otaviano Augusto (Gaius Iulius Caesar Octavianus Augustus), patrício
e primeiro imperador romano, nasceu em Roma em 63 a.E.V. e morreu assassinado em Nola,
perto de Nápoles, em 14 E.V..
6
Plutarco (Πλούταρχος), historiador, biógrafo e ensaísta grego, tornou-se cidadão romano (Lucius Mestrius
Plutarchus). Nasceu em 46 E.V. em Chaeronea, Beócia, Grécia e faleceu em 120 E.V., em Delphi, Phocis, Grécia.
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cristã e islâmica, quando as ações do morto vão ser pesadas por Thoth (deus da ciência): tudo o que
fez de bem, recolhido por Hórus (deus da sabedoria) e tudo o que fez de mal, recolhido por Anúbis
(deus dos infernos). Anúbis era um psicopompo: levava a alma do morto até a sala do julgamento. Já
havia, pois, o conceito de céu e inferno. Se prevalecer o bem, a alma do morto é assimilada por
Osíris e vai gozar de bem-aventurança. Já existia o conceito de uma vida após a morte: o conceito
da imortalidade da alma. Isto teve origem, no Egito, há cerca de 4.000 anos. Vale dizer, cerca de
1.000 anos antes de Moisés, que pressupostamente introduziu, no culto hebraico, a imortalidade da
alma e o juízo final e cerca de 2.500 antes da mesma doutrina ser definida pelo cristianismo.
Também, cerca de 3.000 anos antes, exatamente, da mesma doutrina ter sido definida no
islamismo.
Com a valorização do culto a Osíris, durante o Médio Império (circa 1975 a 1640 a.E.V.),
houve uma popularização da religião. Os egípcios mais humildes tiveram, então, a perspectiva da
vida eterna com uma existência virtuosa. Isto aprimorou a qualidade moral de toda a população. O
julgamento no Tribunal de Osíris não mais se limitou aos aristocratas, sacerdotes e faraós.
Com a morte de uma pessoa, o defunto enfrenta o julgamento de um tribunal composto por
42 juízes divinos que representavam os 42 deuses dos nomos (divisões territoriais egípcias). Cada
um destes 42 juízes julgava o defunto, segundo um dos 42 mandamentos da deusa Ma’at (Per Ankh,
2010). A partir desta “democratização” da religião, os sacerdotes egípcios ensinavam à população
(quase toda analfabeta), por símbolos e alegorias, os valores morais da mitologia do julgamento do
Tribunal de Osíris, como se faz hoje na Maçonaria especulativa: instrução de preceitos morais por
meio de símbolos, rituais e alegorias.
O Tribunal de Osíris introduz a justiça divina, após a morte, comandada pela deusa Ma’at
(Fig. 3). Acredita-se que Ma’at se pronunciava no idioma egípcio (língua da família afro-asiática,
parecida com o idioma copta) como Muhaht (Ross, 2015). Copta era uma língua tardia, após não mais
se falar egípcio antigo no século IV E.V., mas derivada do antigo egípcio, na pronuncia e no
significado tendo acrescentado as vogais. Ma’at divinizava a verdade, o equilíbrio, a ordem, a lei, a
moral e a justiça. Ma’at definiu a ordem do Universo a partir do caos, no momento da criação. Os
primeiros registros sobre Ma’at são textos gravados em pirâmides do Antigo Império ou circa
2.800 a.E.V.. Mais tarde, surgiu o homólogo masculino no panteão egípcio: o deus Thoth, deus da
ciência, com atributos semelhantes aos de Ma’at. Eram, então, representados juntos na barca
solar. Com a dominação grega no Egito (305 a.E.V.), Thoth foi visto representando o Logos (λόγος)
de Platão7
e Ma’at como a expressão da Sabedoria Divina.
No Tribunal de Osíris, Thoth anotava o peso do coração do defunto, onde, acreditava-se,
residia a alma. Ma’at foi criada pelos sacerdotes egípcios para atender às necessidades do Estado
Egípcio. O desenvolvimento do culto da deusa Ma’at tornou-se a base das leis egípcias, impedindo o
caos da época. Vários outros princípios do direito do Egito Antigo foram emulados por Ma’at,
incluindo a adesão à tradição, em oposição a constantes mudanças e à importância da equidade e da
justiça social (Andrews, 2013).
Isto aconteceu antes de 2.200 a.E.V.. Para a mente egípcia, Ma’at conectava todas as coisas
em uma unidade indestrutível, única: o Universo, a Natureza, o Estado e o indivíduo eram vistos
como partes de um todo, gerado por Ma’at.
6. O Tribunal de Osíris e a Maçonaria:
7
Platão (Πλάτων), filósofo e matemático grego, nasceu em Atenas, em 428 a.E.V. e morreu em Atenas, em 348 a.E.V..
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Na Maçonaria especulativa, Ma’at representa um dos atributos do Grande Arquiteto do
Universo. Os conceitos básicos do Taoísmo (século circa VII a.E.V.) e do Confucionismo (século IV
a.E.V.), se assemelham a Ma’at, segundo o professor Oliver James8
(Brown, 2012). Muitos desses
conceitos foram codificados em leis egípcias e discutidos pelos filósofos egípcios antigos, segundo
o texto espiritual, conhecido como O Livro dos Mortos.
A Lenda de Hiram originou-se, provavelmente na Europa. No século XVIII por volta de 1725
na Inglaterra, mas tem muito de origem na questão da morte do Osíris, em Plutarco, que era
conhecido. Há quem diga que se originou durante a construção do Templo de Salomão em 960 a.E.V.,
embora não seja provável. Na Idade Média, não se conhecia, na Europa, a mitologia do julgamento
do Tribunal de Osíris mas se conhecia o relato de Plutarco. Entretanto, as bases morais e as
conclusões sobre valores espirituais são, exatamente, as mesmas entre a mitologia do julgamento
no Tribunal de Osíris e a Lenda de Hiram: justiça, equidade, lealdade, o conceito de imortalidade
da alma e vida após a morte, os conceitos do bem e do mal, etc.
A alegoria do Tribunal de Osíris é utilizada na Maçonaria nos altos graus de muitos ritos, em
especial os ritos de origem francesa.
7. Considerações finais:
A metodologia usada pelos egípcios para ensinar valores morais, de 4.000 anos, é,
exatamente, a mesma usada pela Maçonaria especulativa, destinada a instrução moral: alegorias,
lendas, desenhos emblemáticos e símbolos. O julgamento do Tribunal de Osíris insere os mesmos
valores morais da Lenda de Hiram: justiça, equidade, o conceito de imortalidade da alma, e o
Grande Arquiteto do Universo.
Mesmo materialistas e agnósticos que não acreditam na imortalidade da alma, mas sabem,
através da ciência da “imortalidade” do âmago do DNA – os genes os quais são transmitidos de
geração a geração (algo como “imortalidade da alma”), sabem que a vida correta e virtuosa
transforma genes em “bons genes”. E esses “bons genes” transmitidos a gerações futuras
transmitem virtuosidades. Isto é, a alegoria do Tribunal de Osíris vale, também, para materialistas
e agnósticos.
Há ainda uma questão fundamental de ordem teológica. É a questão dos mistérios antigos.
Esses mistérios antigos possuem uma circularidade. Eles se fecham no tempo. O morto é julgado,
vai para o Além e ai termina sua jornada. Mas o mistério que nunca se fecha é aquele que os
crentes religiosos vivem hoje: à espera do julgamento final, descrito na Bíblia e no Alcorão. Isso
agoniza o homem e deixa os crentes religiosos como que em suspense. Obviamente que isso tem
uma finalidade: pressionar para que se viva, hoje, com virtuosidade. Por isso, no cristianismo e no
islamismo perduram o “mistério dos mistérios”. Na Maçonaria, embora não tão enfático, há a
pergunta no terceiro grau: Hiram reviveu ou somente seu corpo foi recuperado? Ou ao conhecer a
Luz (a sabedoria) Hiram “renasce”? Acredita-se que a resposta a isso é uma questão de foro
íntimo, pois a Maçonaria não a responde.
AGRADECIMENTOS: O Autor agradece as sugestões e correções do Irmão RICARDO
CASELLI MONI, da ARLS Obreiros de Macaé, nº 2075, GOB-RJ, Macaé. Na vida profana é o
Técnico Responsável pela Gestão Ambiental das Bases da Bacia de Campos, da Petrobrás. É
8
Professor Edwin Oliver James, reverendo e antropólogo inglês, doutor em ciências, Professor de Filosofia da Religião
da Universidade de Londres, 1888-1972.
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profundo conhecedor da história e da cultura do Egito Antigo, lê correntemente textos em
hieróglifos, um verdadeiro Egiptólogo. Sem suas correções, este ensaio não estaria correto.
Referências Bibliográficas:
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http://www.touregypt.net/featurestories/law.htm
Acessado em 7.jan.2016.
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Doctorado (Doctor en Historia). Universidad Nacional de La Plata, Argentina, 2014.
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Acessado em 13.jan.2016.
- Brown, D. “Remembering E O James”. OXeN, 2012.
http://web.archive.org/web/20120205132610/http://www.oxbowbooks.com/feature.cfm/FeatureID/137//Lo
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Acessado em 8.jan.2016.
- Bullen, M. “Guia Visual da Mitologia no Mundo”. National Geographic Brasil. São Paulo:
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- Deurer, R. “The Egyptian Book of the Dead” (Brief Excerpts). The British Museum,
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http://www.egyptartsite.com/book.html
Acessado em 7.jan.2016.
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Ancient Egypt on a Comparative Method. Aldokkan. 2014.
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-Ferreira, L.S. “Livro dos Mortos” (Livros do Sair à Luz). Antigo.Egito.org, 2010.
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Inquisidor Comendador). Rio de Janeiro: Praça Seca. Jacarepaguá.2005.
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Sacred-Texts, 1960.
http://www.sacred-texts.com/egy/ebod/
Acessado em 6.jan.2016.
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Anestor Porfírio da Silva
M.I. e membro ativo da ARLS Adelino Ferreira Machado
Or. de Hidrolândia-GO
Conselheiro do Grande Oriente do Brasil/Goiás
anestorporfirio@gmail.com
O QUITE PLACET, DE ACORDO COM OS PRINCÍPIOS
NORMATIVOS DA ORDEM MAÇÔNICA E DO GRANDE
ORIENTE DO BRASIL
A maçonaria é uma instituição iniciática e, como tal, dispõe de método próprio
para admissão de seus candidatos e para o desligamento dos que já são membros
efetivos de seu Quadro. Aquele que a ela passa a pertencer na condição de maçom,
assume deveres e adquire direitos.
5 – O Quite Placet, de acordo com os princípios ....
Anestor Porfírio da Silva
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Dessa relação decorrem ainda inúmeras situações que estão,
pormenorizadamente, descritas em normas legais e regulamentos, dos quais todos os
maçons sabem ou deveriam saber, por exemplo, que cada um traz consigo o
compromisso, não só de empenhar-se em constante processo de aperfeiçoamento
moral, intelectual e espiritual, como também de estar sempre em pé e à ordem, disposto
a pôr em prática aquilo que adquirir de conhecimento relacionado aos princípios e
fundamentos da instituição, com vistas ao alcance de uma sociedade mais justa, mais
humana e igualitária.
Sobretudo, o maçom precisa compreender que esse é o critério
institucionalizado no universo laboral da maçonaria, cuja finalidade precípua é a de
enriquecer ainda mais os conhecimentos de seus membros - já que eles a representam -
a fim de que estes, com suas mentes e suas mãos, tenham condições de fazer com que
tudo o que lhes é ministrado se traduza na efetivação de ações contínuas, eficientes e
permanentes, com cuidadosa responsabilidade tanto no combate ao mal, quanto na
prática do bem.
Se assim agir, o homem maçom se torna elemento útil e necessário à
comunidade em que vive e é cooperando com os demais segmentos da sociedade
humana na construção de um mundo cada vez melhor, que esse operário deve
destacar-se como homem responsável, de conduta ilibada e como um exemplo a ser
seguido.
Também naqueles mesmos dispositivos legais acha-se o direito reconhecido
ao maçom regular, de poder pedir o seu desligamento do Quadro da Loja a que
pertencer, quando for de seu interesse, de forma definitiva ou temporária, dependendo
da sua vontade. O seu pedido pode ser feito por escrito ou verbalmente, em caráter
irrevogável ou não, devendo a manifestação desse gesto, uma vez acatada, merecer a
atenção necessária para que se cumpra a vontade do requerente, não sendo
recomendável aos demais membros da loja fazerem uso da palavra para tentar dissuadi-
lo a uma possível desistência de suas pretensões requeridas, por mais que se trate de
obreiro instruído, útil, necessário e reconhecidamente indispensável à continuidade das
atividades maçônicas. Isto porque a iniciativa do pedido de afastamento ocorre, depois
de muita reflexão, sempre motivada por questões de foro íntimo e a decisão sobre a
mudança de intenções não cabe a mais ninguém a não ser ao próprio requerente. Se o
interessado decidir voltar atrás e desistir de seu intento, o ideal é que a decisão
aconteça por livre vontade visto que em seu âmago já existe opinião formada e somente
a ele cabe revertê-la. Do contrário, se a mudança de intenção se der por alguma
influência externa, temos que admitir, daí em diante, alguém desmotivado continuando a
permanecer no lugar onde melhor seria se lá não estivesse, e de onde desistiu de sair
só para não desagradar esse ou aquele irmão. E se isso, de fato vier a acontecer, a
Loja inteira ficará comprometida diante do que lhe compete fazer, pelo gesto inoportuno
de um ou mais integrantes do seu quadro de obreiros que acabou por tirar do requerente
o direito à liberdade de agir.
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 25/35
No artigo 69, e seus parágrafos, do Regulamento Geral da Federação do GOB
(RGF), está definido que “o Quite Placet é um documento que a Loja fornece ao Maçom
que deseja ser desligado do Quadro.”
É hábito frequentemente reiterado em grande parte das Lojas Maçônicas,
principalmente as da obediência do Grande Oriente do Brasil, o maçom fazer à sua loja
o pedido de desligamento do Quadro e, a partir da sessão seguinte, não mais
comparecer aos trabalhos maçônicos e não mais procurar liquidar as obrigações
pecuniárias que ainda lhe cabem, relativas aos meses seguintes ao da entrada do
pedido, por supor que foi a partir de então que o seu desligamento ocorreu.
Na verdade, o procedimento para se chegar ao efetivo desligamento do obreiro
que pede para se afastar da atividade maçônica é mais demorado e pode demandar
algum tempo para ser concluído. Primeiro, porque o pedido, uma vez recebido, terá que
passar por processo de apreciação e de votação na mesma sessão em que for
apresentado ou em outra a ser determinada pela direção da Loja (art. 69, § 2º, do
Regulamento Geral da Federação/GOB).
Tratando-se de pedido feito em caráter irrevogável, este será atendido pela
administração da Loja na mesma sessão em que for apresentado, ou seja, sem ser
submetido a qualquer apreciação ou votação (art. 69, § 3º, do Regulamento Geral da
Federação/GOB).
Depois de cumprida essa formalidade regulamentar, se não houver pendências
a serem solucionadas, o pedido será instruído com as informações a cargo da Loja à
qual o interessado estiver vinculado e, em seguida, no caso do Grande Oriente do
Brasil, encaminhado ao mencionado Poder, para expedição e publicação do Quite
Placet no boletim oficial, cujo prazo de validade começa a ser contado a partir da data
em que o mesmo for publicado (art. 69, § 1º, do Regulamento Geral da
Federação/GOB).
Quanto à data do efetivo desligamento do requerente, esta é a que for
devidamente atestada por quem de direito no corpo do referido documento (art. 69, § 1º,
do Regulamento Geral da Federação/GOB).
O prazo de validade acima referido é de seis meses e, segundo consta do §
1º, do art. 69 do Regulamento Geral da Federação/GOB, durante esse tempo o seu
portador continua como maçom regular, porém inativo, conforme consta do art. 31, § 1º,
alínea “b”, da Constituição do Grande Oriente do Brasil.
O pleno gozo dos direitos maçônicos daquele que é portador do Quite Placet
só termina após transcorrido o prazo de validade do referido documento, na forma
estabelecida no art. 33, inciso III, da já citada constituição.
Ainda, com relação às prerrogativas instituídas pela aludida constituição está a
prevista no art. 30, inciso VIII, que garante ao maçom regular inativo, isto é, aquele que
não se acha vinculado a nenhuma loja por ser portador de Quite Placet, o direito de
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 26/35
frequentar os trabalhos de outra Loja da obediência do GOB ou de potência
regularmente reconhecida, desde que, logicamente, relativos ao seu grau, ou a graus
inferiores, e dela receber o respectivo atestado de frequência.
Portanto, é errado o entendimento de que o irmão portador de Quite Placet só
possa ser recebido em Loja para fazer parte de sessões públicas. Isto é infundado e
sem amparo legal porque, conforme já foi exposto, o maçom em tal situação é definido e
reconhecido pelos regulamentos e demais princípios normativos da instituição, como
pertencente à classe de maçom regular, cujo status não lhe tolhe os direitos adquiridos
previstos no art, 30, I ao XVII, da Constituição do Grande Oriente do Brasil, enquanto
não expirar o prazo de validade do mencionado documento.
As Lojas, quando visitadas por maçom portador de Quite Placet, deverão exigir
deste a apresentação de sua identificação maçônica juntamente com o citado
documento sendo necessário, na oportunidade, a verificação de sua validade.
Muitos maçons, procurando entender a finalidade do prazo de validade do
Quite Placet, fazem busca junto às mais variadas fontes de informação e nada
encontram. A dúvida sempre gira em torno da razão por que esse prazo foi instituído. A
verdade é que a maçonaria não se sente confortada quando perde um maçom regular.
O prazo de validade é uma oportunidade que lhe é dada, de forma legal, para que o
mesmo possa refletir se sua decisão de desligar-se da maçonaria foi acertada ou se
será melhor voltar.
Por outro lado, se é inconveniente insistir para que o requerente desista do
intento de se desligar da Loja, é legal e até justo que após o seu desligamento, o maçom
tenha a oportunidade, pelo prazo improrrogável de seis meses, para poder refletir
melhor sobre seus propósitos e, talvez, quem sabe, decidir por sua volta à atividade
maçônica. Essa questão é apenas uma dentre as várias levadas em conta por quem
elaborou a lei, que o fizeram entender que, em razão dos laços de união estabelecidos
entre os membros da Ordem Maçônica serem de natureza fraterna, não seria tão fácil
desfazê-los de uma hora para outra, pois, neste caso, um pedido de afastamento não é
um pedido qualquer, tão simples como nos possa parecer, mas para o legislador é uma
decisão de expressivo significado, de difícil absorção para quem sai e de profunda
repercussão, em termos de perda, para quem fica.
Escoado o prazo de validade do Quite Placet sem que tenha ocorrido a filiação
do seu portador, este se torna maçom irregular e o seu retorno à condição de antes, ou
seja, de maçom regular, só poderá acontecer por meio do processo de regularização
(Art. 83 do RGF), cuja instrução segue as mesmas regras adotadas para o processo de
iniciação (art. 1º ao 30, do RGF).
Anestor Porfírio da Silva
M.I. e Membro da ARLS Adelino Ferreira Machado
Or. de Hidrolândia-GO
Conselheiro do Grande Oriente do Estado de Goiás
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 27/35
Este Bloco é produzido
pelo Irmão Pedro Juk, às segundas,
quartas e sextas-feiras
Rito de York americano
Em 12/06/2016 o Respeitável Irmão Aldo Coutinho, Loja Jacques DeMolay, nº 21, Trabalho de
Emulação, GLERN, Oriente de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte, solicita informações pelo
que segue:
aldocoutinho61@gmail.com
Gostaria de fazer a seguinte consulta:
As Grandes Lojas Americanas (Aprendiz, Companheiro e Mestre) praticam o chamado de Rito
de York, ou o Craft Americano? Eu entendo que Rito de York existe a partir do Real Arco, Graus
Crípticos, etc. etc. A Grande Loja pratica o que chamamos aqui de Blue Lodge que nada mais é
que o Craft Americano. Como na Inglaterra pratica-se o Craft Inglês dentre os quais o Ritual de
Emulação, e muitos outros Rituais. Estou certo na minha colocação? Ajude-me a explicar
melhor essa situação. Escuto muito aqui dizer que os Estados Unidos pratica o Rito de York e
eu entendo que o Craft Americano é uma coisa, REAA e Rito de York são os ditos "graus
filosóficos" que se praticam no EUA, sendo que o York é o mais praticado por lá. Estou certo ou
estou misturando as coisas e não estou sabendo dizer o correto? As lojas que aqui no Brasil
praticam o dito Rito de York Americano na realidade praticam o Craft Americano, correto?
Ficarei muito grato em ouvir suas orientações
Considerações:
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 28/35
Em se tratando das Lojas Azuis norte-americanas (primeiro, segundo e terceiro Graus) eu
entendo que o Craft se coaduna melhor no que diz respeito a esse título, até porque no trato dos
três primeiros Graus está à obrigatoriedade do Francomaçônico básico universal. Penso que a
Maçonaria oriunda da vertente inglesa não se associa ao termo “rito” nesse caso. Obviamente
que o “York Rite” é latente e presente na Maçonaria da América do Norte, mas, como bem diz o
Irmão, é mais preciso esse título para os graus maçônicos americanos acima das Blue Lodges,
cujos três primeiros graus foram ordenados por Thomas Smith Webb.
O título York está relacionado a lendas e histórias da Maçonaria Operativa, cuja localidade
situada a nordeste de Londres na Inglaterra é tida como uma espécie de “Meca do Ofício”.
Devida à antiguidade suposta e defendida por alguns autores é que o nome “York” acabou
sendo associado ao nome de ritos e rituais oriundos da vertente anglo saxônica da Maçonaria.
Assim, em relação ao termo, é preferível que os três primeiros graus (Aprendiz,
Companheiro e Mestre) em se tratando das Lojas Azuis, sejam denominados pelo nome de
Craft, já aos demais Graus desse sistema como Rito de York.
Essa questão no nome “York” tem gerado um belo mistifório aqui no Brasil, isso graças ao
Ritual de Emulação dos Trabalhos ingleses ter adquirido equivocadamente por aqui também o
título de Rito de York.
T.F.A. PEDRO JUK –
jukirm@hotmail.com -
Ago/2016
Exegese Simbólica
para o Aprendiz Maçom
I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de Emulação
Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012 – Segunda
Edição. www.atrolha.com.br - Objetivo – Introdução a interpretação
simbólica maçônica. Conteúdo – Resumo histórico das origens da Maçonaria
– Operativa, Especulativa e Moderna. Apreciação – Sistema Latino e Inglês
– Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalho de Emulação.
Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de Aprendiz e da Tábua
de Delinear. Enfoque – Exegese do conteúdo dos Painéis (Ritualística e
Liturgia, História, Ética e Filosofia). Extenso roteiro bibliográfico.
https://www.trolha.com.br/loja/
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 29/35
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
01/01/2003 Fraternidade Joinvillense Joinville
26/01/1983 Humânitas Joinville
31/01/1998 Loja Maçônica Especial União e
Fraternidade do Mercosul Ir
Hamilton Savi nr. 70
Florianópolis (só trabalha no
recesso maçônico)
11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans
13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba
17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis
21/02/1983 Lédio Martins São José
21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió
22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau
Data Nome da Loja Oriente
11.01.1957 Pedro Cunha nr. 11 Araranguá
18.01.2006 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau
15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis
21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna
25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau
25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mêses de janeiro e fevereiro
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 30/35
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
07.01.77 Prof. Mâncio da Costa - 1977 Florianópolis
14.01.06 Osmar Romão da Silva - 3765 Florianópolis
25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema
06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes
11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão
29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá
GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA - GOSC/COMAB
Loja Especial “União e Fraternidade do Mercosul” nº 70
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO - FUNDADA EM 31/01/1998
Convite Palestra
Dia 23/01/2017: 20h00
Palestra do eminente Ir.: Gean Marques Loureiro, Prefeito eleito da Capital de Santa
Catarina, Mestre instalado da ARLS Samuel Fonseca nº 79 - GOSC
A Administração Pública em Época de Crise
Informamos que as sessões da Loja Mercosul Hamilton Savi nº 70 serão
realizadas no Templo da Loja Ordem e Trabalho nº 3, Or. de Florianópolis, Situado
próximo à UFSC –. AV. DESEMBARGADOR VITOR LIMA. 550, Serrinha Florianópolis
SC, com inicio às 20:00hs
Grande Abraço
Ir.: EMÍLIO CÉSAR ESPÍNDOLA V.: M.:
(048)32445761 - (048)999824363
emilioespindola@yahoo.com.br
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 31/35
Caro Irmão:
Estamos encaminhado o nosso Boletim nº 106, de janeiro de 2017, na esperança de
estar contribuindo com a divulgação da cultura Maçônica.
Caso seja de vossa liberalidade, solicitamos divulgar o mesmo em vossas listas de
maçons, Lojas e Grupos.
Com nossos agradecimentos deixamos um TFA
Marco Antonio Perottoni
Loja Cônego Antonio das Mercês - MLAA
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas - MLAA
GORGS - Porto Alegre - RS
 Antes de imprimir pense em seu compromisso com o Meio Ambiente
 Binfo Chico 106 - 15 jan 17.pdf
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 32/35
Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Dia 20 de janeiro:
A Alma
Certos pensadores e religiosos confundem alma com espírito; trata-se de um
assunto de alguma profundidade, uma vez que cada maçom sente dentro de
si a existência de "alguém" que não pode definir; esse alguém é ele próprio,
o que definiria a alma.
O espírito é a parte invisível e impenetrável, uma vez que é Deus em nós; é
a parcela teísta, é o Criador envolto com a criatura.
Diz-se que o espírito é imortal, enquanto a alma fenece quando do último
suspiro; a alma morre com o ser.
Em caso de ressurreição, ou vida após a morte, a alma não abandona o
corpo.
Os espíritas informam que a alma está ligada ao corpo por um "cordão de
prata"; rompendo-se esse, a alma "sobe" e vai ocupar o seu lugar no
Cosmos.
É dito que é a alma que sofre em nós quando o mal atinge o nosso corpo,
incluindo a nossa mente; o espírito não é atingido por nenhum mal porque é
a representação divina.
Busquemos contatar nossa alma por meio da meditação e encontraremos
respostas surpreendentes.
Contudo, é possível ao homem contatar com o seu espírito por meio de
exercícios, pertinácia e aventura.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 39.
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 33/35
Templo em Monteiro (PB)
Barack Obama e o jornalista indonésio, Ir Ilham Adnan,
que atua como sósia de Obama na TV da Indonésia, em Jacarta.
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 34/35
Ir Franklin dos Santos Moura
Loja Prof. Hermínio Blackman 1761
Vila Velha – GOB-ES
Membro Fundador da ACADGOB-ES
Cadeira 22, Patrono Wagner Araújo.
Escreve neste espaço às sextas-feiras
fsmoura1761@yahoo.com.br
O segundo Sol
Próximo da esquina dos trinta, fui presenteado pela paternidade,
Sentimento igual não recordo ter vivido,
E alvoroçado pela inquietude da idade, por vezes, me vi distraído.
Perdendo clicks raros de felicidade.
Trabalho, trabalho, toneladas de responsabilidade,
Edificar uma família e esperar os momentos de paz,
Num turbilhão vivo que a todo momento a realidade se desfaz,
Assim vejo pelo retrovisor a mocidade.
E de repente, quando imaginava ter esquecido a lição
Recebi meu segundo presente
Reacendendo no poeta o coração ardente
Fazendo o destino novamente estender a mão.
Meu Segundo Sol, meu professorzinho,
Pensar em ti é a minha embriaguês
Não me importam mais os “porquês”
Mas sim, cada segundo do seu carinho.
Nesses dois aninhos, me mostraste o amor
Como nunca antes havia conhecido
Um brilho simples que habitava em mim escondido...
Sua alegria afoga em mim qualquer dor.
JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 35/35
Agradeço a Deus por sua infinita misericórdia
Permitindo-me beber de novo a fonte da alegria
Assistindo você e seu irmão em harmonia
Lapidando o real sentido da Concórdia.
Ensina-me, meu pequeno anjinho
a navegar no seu barquinho de papel
a voar no limite do céu
e descer velozmente no seu carrinho.
Meu Segundo Sol, meu professorzinho,
Brilhe, voe, pule, e pinte em tudo seu coração
Sejam infinitas as lembranças com seu irmão
E lembre-se, jamais estará sozinho.
UMA HOMENAGEM AO FILHO GUILHERME AUGUSTO,
QUE COMPLETARÁ 2 ANOS EM 21/01/17.

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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte O JB News saúda os Irmãos leitores de Laguna – SC - (Imagem Google) Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.304 – Florianópolis (SC) – sexta-feira , 20 de janeiro de 2017 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrCharles Evaldo Boller – Influência da Educação Maçônica Bloco 3-IrSérgio Quirino – Solidariedade Maçônica Bloco 4-IrWalter Celso de Lima – O julgamento dos mortos Bloco 5-IrAnestor Porfírio da Silva – O Quite Placet, de acordo com os princípios .... Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do Ir Aldo Coutinho – (Mossoró – RN) Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 20 de janeiro e versos do Irmão e Poeta Franklin dos Santos Moura (Vila Velha – ES)
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 2/35 20 de janeiro  1265 — Em Westminster, o primeiro parlamento inglês realiza sua primeira reunião.  1273 — Maomé II torna-se o segundo rei nasrida de Granada, sucedendo ao seu pai Maomé I; reinará até 1302.  1356 — Eduardo Balliol entrega o seu país e o título de Rei da Escócia ao rei Eduardo III de Inglaterra.  1458 — Matias I é eleito rei da Hungria.  1479 — Fernando II torna-se rei de Aragão e passa a reinar em conjunto com a sua mulher Isabel I de Castela a maior parte da Península Ibérica.  1486 — Cristóvão Colombo se apresenta aos Reis Católicos em Córdova, Espanha, oferecendo seus serviços científicos e pesquisadores, como a nova rota às Índias.  1567 — Os portugueses, chefiados por Estácio de Sá, conseguem vencer a resistência dos franceses e Tamoios, no Rio de Janeiro (v. França Antártica).  1576 — Nascimento da cidade de Leão em Guanajuato, México, por ordem de Martín Enríquez de Almanza.  1768 — É criada pela primeira vez na Inglaterra uma Secretaria de Estado para as Colónias. Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 20º dia do Calendário Gregoriano. Faltam 345 dias para terminar o ano de 2017 - Lua Quarto Minguante – Hoje é dia do Farmacêutico, dia de São Sebastião (Rio de Janeiro); dia Nacional do Fusca e dia dos Heróis Nacionais em Cabo Verde. É o 128º ano da Proclamçaõ da República; 195º da Independência do Brasil e 517º ano do Descobrimento do Brasil Colabore conosco. Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebe o JB News, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias por mala direta. Obrigado. EVENTOS HISTÓRICOS (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 3/35  1783 — Representantes da França, Inglaterra e novos Estados da União firmam em Paris um Tratado de Paz que põe fim à Guerra de Independência dos Estados Unidos.  1821 — Fundação do Condado de Greene.  1827 — Fundação do Condado de Jefferson.  1841 — Fundação dos condados de Henderson, Mason e Piatt.  1841 — A ilha de Hong Kong é cedida pela China à Grã-Bretanha. Mas o acordo entre os dois países estabeleceu que Hong Kong voltaria ao controle chinês em julho de 1997.  1868 — O Papa Pio IX concede a Rosa de Ouro à Rainha da Espanha, Isabel II.  1887 — O Senado dos Estados Unidos autoriza a Marinha a arrendar o porto de Pearl Harbor como base naval.  1890 — O Hino Nacional do Brasil, composto por Francisco Manuel da Silva, é oficializado.  1891  Criado o município de Afonso Cláudio no Estado do Espírito Santo  O então Ministro da Guerra Floriano Peixoto demite-se, juntamente com todo o ministério do presidente Deodoro da Fonseca.  1892 — Disputada a primeira partida de basquetebol.  1917 — É lançado em disco Pelo Telefone, considerado o primeiro samba a ser gravado no Brasil.  1920 — Termina a Conferência de Paz de Paris.  1921 — É proclamada a República da Turquia.  1925 — Por meio do Tratado de Pequim, o Japão reconhece a União Soviética (URSS) e lhe entrega a metade norte da ilha de Sacalina.  1929 — Trotski é expulso da URSS e deportado para a Turquia.  1936 — Eduardo VIII é coroado rei do Reino Unido.  1941  Criação do Ministério da Aeronáutica do Brasil.  Adolf Hitler ordena o envio de tropas motorizadas de elite, o Afrika Korps, para o norte de África, em auxílio aos italianos.  1942 — Na Conferência de Wannsee, os Nazis planejam o Holocausto (v. Operação Reinhard e Solução final).  1949 — Fundação do município brasileiro de Coronel Fabriciano, no estado de Minas Gerais.  1951 — É inaugurada a TV Tupi do Rio de Janeiro, Brasil.  1952 — As tropas britânicas ocupam a cidade egípcia de Ismaília, fora da zona que está reservada no Canal de Suez.  1961 — John Fitzgerald Kennedy toma posse como o 35º presidente dos Estados Unidos.  1969  Richard Nixon toma posse como 37º presidente dos Estados Unidos.  O salário do Presidente dos Estados Unidos é reajustado para US$ 200.000 anuais.  1971 — Prisão e desaparecimento do ex-deputado brasileiro Rubens Paiva.  1972 — A TV Difusora de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, faz a primeira transmissão experimental em cores da televisão brasileira.  1977 — É inaugurado o novo terminal de passageiros (Terminal 1) do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão.  1980 — Os Estados Unidos anunciam o boicote às Olimpíadas de Moscou em virtude de conflitos políticos entre os dois países.  1981  Ronald Reagan jura seu cargo como 40º presidente dos Estados Unidos.  O Irã liberta 52 norte-americanos mantidos como reféns no país durante 444 dias, minutos após Ronald Reagan assumir a presidência dos Estados Unidos.  1985  É inaugurado o Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos.  Ronald Reagan toma posse de seu segundo mandato como Presidente dos Estados Unidos.  1986 — Anunciada a proposta ganhadora para a construção do Eurotúnel.  1987 — O presidente José Sarney decreta a moratória do pagamento de juros da dívida externa do Brasil.  1989 — A Volkswagen do Brasil decreta o dia 20 de Janeiro como o Dia Nacional do Fusca.  1991 — Segundo dia de apresentações do Rock in Rio II. Shows de Faith no More, Titãs e Guns N' Roses.  1993 — Bill Clinton toma posse como 42º presidente dos Estados Unidos.
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 4/35  1996  Yasser Arafat ganha por grande maioria as eleições a presidente do Conselho Autónomo para Cisjordânia e Gaza, convertendo-se no primeiro líder eleito democraticamente na Palestina.  Data em que supostamente teria acontecido um acidente envolvendo um OVNI na cidade de Varginha, Minas Gerais, tendo sido morto e capturado seres extraterrestres, no caso do ET de Varginha.  1997 — O Governo do Zaire declara guerra aos rebeldes tutsis, que controlam militarmente o leste do país apoiados pelo Ruanda e Burundi.  1999 — Ocorre na Argentina a prisão do último presidente da época da ditadura militar entre 1976 a 1983, general Reynaldo Bignone, por sua suposta participação no rapto de crianças nascidas em cativeiro.  2002 — O corpo do prefeito Celso Daniel, da cidade de Santo André, São Paulo, é encontrado com 11 tiros.  2009 — Barack Hussein Obama II toma posse como 44º presidente dos Estados Unidos. 1750 Chega à Ilha de Santa Catarina a quarta leva de colonos açorianos. Eram 182 casais que fundaram São José e povoaram o continente fronteiriço à ilha. 1856 Procedida, nesta data, o lançamento da pedra fundamental da capela dedicada a São Sebastião, no local Praia de Fora, na cidade de Desterro. 1892 Morre, em Desterro, o maestro Francisco dos Santos Barbosa, veterano da guerra do Paraguai. 1957 Instalado o município de Lauro Muller, criado pela Lei nº 273, de 6 de dezembro de 1956. 1970 Promulgada, nesta data, Emenda Constitucional adaptando a Constituição de Santa Catarina à Carta Magna do País, outorgada a 17 de outubro do ano anterior. 1971 Morre em Niterói Laércio Caldeira de Andrade. Professor deixou várias publicações sobre a história catarinense destacando-se “Introdução à História do Comércio Catarinense”. Era natural de São José, onde nasceu a 26 de junho de 1890. 1857 Fundado o Grande Conselho dos Maçons do Real Arco do Canadá, em Ontário. 1972 Tombado pelo Patrimônio Histórico do Rio de Janeiro o Palácio Maçônico do Lavradio. Uma construção de grande valor histórico é o Palácio Maçônico do Lavradio, situado no número 97, de estilo neoclássico, cuja planta original é atribuída a Grandjean de Montigny, sede do Grande Oriente do Brasil, fundado em 1822. O seu terreno foi comprado em 1836 pelo ator português Vitor Porfínio Borja, nele começando a edificar um majestoso teatro para torná-lo rival do Teatro João Caetano, e acabou desistindo do projeto por falta de recursos. Fatos históricos de santa Catarina Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 5/35 Contatos: Ir Darci Rocco (Loja Templários da Nova Era) nos telefones (48) 3233-5069 – 9 9943 1571
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 6/35 Ir Charles Evaldo Boller Curitiba – PR – Charleseb@terra.com.br Artigo extraído de sua obra “Iluminação” Influência da informação Maçônica Educação maçônica na construção de homens. Especula-se que:  O universo é resultado de projeto inteligente com finalidade definida;  Não é o resultado de ocasionais ocorrências aleatórias;  A vida tem propósito significativo;  É lógico pensar na vida com intenção de preencher finalidade determinada, planejada. 2 – Influência da Educação Maçônica Charles Evaldo Boller
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 7/35 Na contramão disso, o homem percebe que muitas de suas atividades são dispersivas e alienantes no uso da vida. Para a maioria a vida não tem sentido, principalmente na forma correta de usufruir o que realmente a natureza intenciona no viver bem. Na atividade do homem não se concebe que faça o que é certo em um aspecto da vida, enquanto comete erros em outros. Como fará em sua caminhada para não perder a visão de sua vida em sentido lato? Como deve agir para usufruí-la como um conjunto indivisível? O homem que se iniciou nos mistérios da Maçonaria descobre na vida a existência de maravilhas a serem exploradas, questionadas e aplicadas para usufruir de sua existência da maneira mais equilibrada possível com o propósito do Criador. Pela educação maçônica o homem deixa de ser morto-vivo de comprometida visão da vida. A Maçonaria e seus mistérios oferecem ferramentas e instruções que removem barreiras e possibilita o usufruto da vida em sua plenitude. O senso do mistério alimenta emoções residentes na psique e que são trabalhados nas atividades maçônicas. A ciência em forma de arte traduz a emoção fundamental para o progresso pessoal. São mistérios que não inspiram medos, o maçom faz o bem porque isso é parte de sua nova vida e não porque tem medo de algum castigo ou almeje hipotético prêmio depois de morto. Se aplicada passo-a-passo, de forma simples, a essência da vida é aprendida e, se for da vontade do adepto, liberta-o da escravidão, do servilismo ao sistema desumano de vida, que o espreme e suga toda a sua força ativa até sobrar apenas bagaço. Ao sujeitar a ambição ao controle racional, liberta-se do pior tipo de servilismo, pior até que a própria fome e pobreza. Ao inspirar coragem e decisão no adepto, a filosofia da Maçonaria conduz àquele que passa a confiar em si mesmo e conduz seus próprios passos ao prazer de conquistar a vitória sobre si mesmo. Ao sentir que é capaz de conduzir a si mesmo torna-se apto a conduzir aos que ainda não despertaram. As noções filosóficas da Maçonaria auxiliam na absorção dos conhecimentos que livram do obscurantismo e da alienação ao trabalho. São aplicadas apenas poucas horas semanais em treinamento e convivência que eliminam anos de frustrantes tentativas de acertos e erros até obter a visão necessária para dar sentido à vida. Não se trata de entendimento intelectual, político ou crença, mas de sentido misterioso, ainda inexplicável, de intuição individual que dá sentido à vida.
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 8/35 Cada adepto usa da Maçonaria para dar o seu próprio sentido para a vida sem ficar batendo cabeça em tentativas inúteis e fantasiosas. O sucesso pessoal não é devido exclusivamente à força ou ao conhecimento, mas diz respeito à vontade férrea, de coragem para agir. O entendimento de como caminhar por conta própria advém do conhecimento esotérico que conduz ao sucesso pessoal, familiar, social e profissional. A convivência maçônica inspira o conhecimento intuitivo e o fortalecimento do caráter que conduzem o maçom, que inicia a si mesmo, a uma consciência superior. Não um super-homem, mas um homem renascido de sua própria decisão de fazer de si mesmo uma criatura em permanente evolução. Ao trabalhar em si mesmo, na pedra, o adepto participa na construção de um templo social onde ele é incentivado a ocupar cada vez mais cargos, públicos ou privados, de modo a conduzir a sociedade por bons pastos. Não se trata de conduzir gado de corte por fértil campo de engorda e deste ao matadouro da exploração, mas de propiciar oportunidades razoáveis de vida sem eliminar as diferenças e os desníveis que são característica de civilizações saudáveis. É a sabedoria salomônica aplicada no dia- a-dia do cidadão. O homem sábio é mais forte que o bruto, pois conhecimento aplicado com sabedoria é eficiente. O conhecimento provê a base sólida da construção pessoal que se afasta da alienação do sistema de coisas humano pela aplicação do pensamento sábio. Maçonaria é arte. É a ciência que permite construir o intelecto cuja compreensão possibilita o despertar, o abraçar da iluminação que vem da racionalidade conduzida por balanceada espiritualidade: diferente de religiosidade. A luz que o maçom busca é o aperfeiçoamento pessoal em seu dia-a-dia. A Maçonaria faz deste entendimento o ponto essencial a ser alcançado. É mero coadjuvante o esforço das atividades maçônicas restantes ao objeto central que é a evolução do homem. O estado de iluminação inspirado pela Maçonaria destrói a máscara da ilusão do sistema de coisas humano que manipula separações e quebra de relações que conduzem a alienação da vida para objetivos fúteis e inúteis. No instante em que o maçom abre os olhos e vê a luz do que é certo e errado torna-se sensato. Desaparece a ilusão e ele deixa de experimentar o que está errado na tentativa de acertar, torna-se mais objetivo e acerta mais vezes já no primeiro ensaio. Some o ilusionismo com seus truques que submetem o homem ao servilismo voluntário em virtude da perda de noção da realidade.
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 9/35 Surge nova consciência quando a iluminação esclarece a diferença entre religiosidade e espiritualidade. Fica claro o entendimento de que a crença em verdades absolutas ditadas pelos sistemas religiosos não torna seus adeptos pessoas espiritualizadas. Também não é espiritualizado o maçom que não iniciou a si mesmo, que insiste em aprisionar-se na execução de rituais sem penetrar em seus significados, daquele que estaciona no básico que o símbolo desvela e não se esforça em enxergar para além do símbolo. A intenção da educação maçônica é criar a identidade própria do indivíduo afastado de influência ditatorial externa e aproxima-lo da dimensão espiritual que já reside dentro dele. O símbolo maçônico não foi exposto para revelar, mas para ocultar significados que só acordam quando devidamente provocados. Esta visão de outra dimensão existe em todos. Basta que acorde. Não está contida exclusivamente no pensamento, mas numa área mental diferente, a intuição. Isto só é revelado àquele que vê o símbolo de outro ângulo. É o que acontece no contato pessoal com outras pessoas concentradas no mesmo assunto. Fenômeno absolutamente natural e sem truque ou varinha de condão. Perfeitamente explicado pela psique humana que a ela se condiciona desde tempos imemoriais. Por isso a filosofia maçônica incentiva à diversidade de pensamentos. Procura-se provocar no homem a obtenção de matéria prima para construir pontes evolutivas que progridem aos saltos sobre os precipícios da ignorância. Não se admitem limitações ao pensamento como é objetivo dos sistemas alienantes de crenças. O fato de a espiritualidade surgir em larga escala fora do sistema de crenças é novo para a sociedade em geral, mas é usado faz séculos pelos maçons que iniciaram a si mesmos nos mistérios da Arte Real da Maçonaria. A iluminação, o andar com as próprias pernas inspirado pela Maçonaria desperta a compaixão que se traduz num homem dotado de menos cobiça; torna-o mais alegre porque a sabedoria o afasta do sofrimento; alimenta a igualdade onde se produzem mais amigos unidos pelo poderoso laço do amor fraterno; inspira a ternura que remove a discriminação que produz tantos inimigos. Afasta ignorância, falsas imaginações, desejos viciantes e estultícia, todas nascidas na própria mente, manifestadas pelas ilusões e manipuladas pelo ego. A mudança estimulada pela educação maçônica repele os desejos da mente e afastam os sofrimentos, lutas inúteis alimentadas pela cobiça, estultícia e ira. Maçom que se iniciou é homem armado com espada, a sua língua, a sua oratória, e escudo, o conhecimento de seu cérebro. Pela iluminação, — kant, Aufklärung — anda com os próprios pés. Está sempre pronto para o bom combate com mente treinada para alcançar o objetivo de construir uma sociedade humana dentro dos desígnios estabelecidos pelo Grande Arquiteto do Universo. Bibliografia 1. ANATALINO, João, Conhecendo a Arte Real, A Maçonaria e Suas Influências Históricas e Filosóficas, ISBN 978-85-370-0158-5, primeira edição, Madras Editora limitada., 320 páginas, São Paulo, 2007; 2. SILVA, Georges da, Budismo, Psicologia do Autoconhecimento, 222 páginas, Editora Pensamento Limitada, São Paulo; 3. TOLLE, Eckhart, Um Mundo Novo, o Despertar de uma Nova Consciência, tradução: Henrique Monteiro, ISBN 978-85-7542-313-4, primeira edição, Editora Sextante Limitada, 266 páginas, Rio de Janeiro, 2005.
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 10/35 Ano 04 - artigo 13 - número sequencial 242 - 28 Março 2010 Data: 28 de Março de 2010 Número 13, ano 04 Número seqüencial: 242 Tema: Solidariedade Maçônica Saudações estimado Irmão, um pouco sobre a SOLIDARIEDADE MAÇÔNICA. O primeiro ponto que devemos deixar bem claro é a diferença entre Solidariedade Maçônica e Caridade Maçônica. Caridade é a ação ou sentimento de ajudar o próximo sem esperar recompensa e é uma das três virtudes teologais (Fé-Esperança-Caridade). Sua ação se dá quando “X” sabe que “Y” está em necessidade e então procura minimizar tal deficiência DENTRO DE SUAS CONDIÇÕES, equalizando suas possibilidades com as necessidades. Sendo, pois, uma atitude de mão única, de “X” para “Y”. Já Solidariedade é a comunhão de ações e pensamentos dos componentes do grupo (X-Y-Z-W) visando a solução de uma crise de algum dos elementos e que resultará no fortalecimento do grupo, PORÉM é uma via de mão dupla; se “X” sabe que “Y” tem alguma necessidade, antes de suprí-la deve ter certeza se “Y” a merece. Se tal afirmação lhe pareceu pouco cristã, recordo que a Maçonaria não é uma Instituição Religiosa é que a Solidariedade é um laço sagrado que nos une mas, ela não é incondicional. Pessoas do mundo profano e mesmo Irmãos ingênuos ou mal intencionados acreditam que há em nossa Instituição a obrigação tenaz de fornecer a algum membro o objeto de sua necessidade. Nosso amparo, seja ele moral ou até mesmo material se dá para daqueles que se desviaram dos preceitos da honra e da retidão e nunca somos solidários com aquele que quer aproveitar-se da situação. Alguém pode estar pensando que tal atitude quebraria nosso juramento de Irmandade, mas observem que “X” se preocupa com “Y”, procura saber o que se passa, os antecedentes que levaram a atual condição e principalmente qual é a conduta de “Y”. Se o Irmão “Y” foi um mau pai, um mau filho, um mau marido, um mau patrão, um mau político ou seja um mau elemento, ele sim quebrou nossos juramentos, desrespeitou nosso Código Moral, desfez nossos laços, não teve uma conduta maçônica, portanto não faz jus à Solidariedade Maçônica. 3 – Solidariedade Maçônica Sérgio Quirino
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 11/35 E todos nós devemos ter muito cuidado, pois não é simplesmente por ser Irmão que devemos dar preferência. Não pensem que estou com raiva, mas vejo situações inadequadas ao digno Maçom, por exemplo: acima da condição pessoal de ser iniciado, está a nossa Consciência e é um desrespeito a ela quando algum Maçom diante de dois currículos, um melhor (profano “Z”) e um comum (maçom “Y”) indica para a vaga de trabalho aquele que tem uma assinatura com três pontinhos. O Maçom é justo, honesto, bom funcionário, bom cidadão, o que deve fazer é dar a vaga a quem de direito por mérito ou competência a mereceu e ao Irmão preterido explicar onde estão as deficiências e como as solucionar. Quer ver um outro exemplo? Todo Maçom é um patriota, e para sua Pátria e seus concidadãos deseja o melhor, então por que votar em determinado candidato simplesmente por ele ser Maçom? Acima do desejo pessoal do Irmão e a nossa vontade de ajudá-lo, devemos ter consciência do dever do eleitor e da responsabilidade do ato. Lógico, sendo o candidato um Maçom “limpo e puro” devemos sim votar nele! A intenção deste pequeno artigo é despertar em você a vontade de saber um pouco mais sobre o assunto, e sem nenhuma ressalva mental reconhecer que apesar do processo de admissão de novos Irmãos, ser bem elaborado, termos sindicâncias rígidas e apresentação de documentos que comprovam a boa fé. NÓS NOS ENGANAMOS e eles denigrem e tiram proveito de Lojas e Irmãos mais puros de coração. Para eles “Dura Lex Sed Lex” e para todos os demais a compreensão que entramos para a Maçonaria para ofertar e não para pedir. O presente artigo é uma republicação do texto datado de 28 de março de 2010, em que o autor Sérgio Quirino dedicou aos queridos Irmãos da Loja Maçônica Acácia do Sul de Minas – Oriente de Varginha que no dia 24 de abri daquele ano, comemoram 30 anos de fundação da Oficina. Fraternalmente Sérgio Quirino – Grande Segundo Vigilante – GLMMG Sérgio Quirino - ARLS Presidente Roosevelt 025 - GLMMG Contato: 0 xx 31 98853-2969 / quirino@roosevelt.org.br Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom. Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 12/35 O Irmão Walter Celso de Lima é MI da Loja Alvorada da Sabedoria nr. 4285 GOB/SC E membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras 099lima@gmail.com O JULGAMENTO dos MORTOS “Meu coração, não te oponhas a mim no tribunal. Não te mostres hostil a mim. Não digas mentiras sobre mim na presença dos deuses.” Livro dos Mortos – confissão negativa do morto (circa 650 a.E.V.). 1. Introdução: A estória do Julgamento dos Mortos é a alegoria do julgamento do Tribunal de Osíris que é relatada de muitos modos; todas são traduções diretas de hieróglifos egípcios. Traduções completas só foram possíveis após 1822, quando Champollion1 conseguiu decifrar os hieróglifos. O primeiro livro dos mortos foi traduzido pelo egiptólogo alemão Richard Lepsius2 em 1842. Quem o descobriu foi Champollion que o descreve mais tarde quando estudando um papiro de 20 metros, em Turim, Itália. 2. Osíris: Osíris (em idioma egípcio: Ausir, Asiri ou Ausar ou mais precisamente w.s.r. pois em egípcio antigo não havia vogal, era uma língua semítica) é um deus egípcio, deus da vegetação e da vida no Além, que julga o bem e o mal (Fig. 1). Identificado como deus da vida após a morte ou deus dos mortos, da transição entre a vida e a morte. Descrito como um homem de pele verde representando a natureza ou preto representando a vida, com barba postiça denominada de jebesut, barba de um faraó, usando uma coroa branca representando o alto Egito, denominada de Atef, que continha duas grandes penas de avestruz laterais, em ambos os lados (simbolizando 1 Jean-François Champollion (le jeune), linguista e egiptólogo francês, decifrou os hieróglifos em 1822, nasceu em Figeac, região Midi-Pyrénées, França, em 1790 e faleceu em Paris, em 1832. Seu livro mais famoso foi impresso pos- mortem em 1834. Foi Mestre Maçom. 2 Karl Richard Lepsius, egiptólogo prussiano, linguista, pioneiro da moderna arqueologia. Nasceu em 1810, em Naumburg an der Saale, Reino da Saxônia e faleceu em 1884, em Berlim. Doutor em Ciências. 4 – O Julgamento dos Mortos Walter Celso de Lima
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 13/35 verdade e justiça), possuía um colar de nome usekh. Segurava um cajado e um mangual (instrumento que se malham cereais para debulhá-los: consiste num cabo (mango) conectado a uma correia de couro (inçadouro) e um outro cabo (pirtigo) que percute as hastes (do trigo, cevada, etc.) espalhadas no chão para retirar-lhes os grãos) – Fig. 2. Nome Osíris em hieróglifos: WSR  o olho poderoso. Osíris foi considerado um juiz misericordioso dos mortos, na vida após a morte. Os faraós do Egito foram associados a Osíris após a morte depois do Médio Império (Período da Reunificação). Através da esperança de uma nova vida após a morte, não somente para os faraós mas a todos os egípcios, Osíris começou a ser associada com os ciclos observados na natureza, em particular vegetação e a inundação anual do Nilo, através de suas ligações com movimentos estrelares e planetários. Osíris foi amplamente adorado como Senhor dos Mortos até a supressão da religião egípcia durante a ascensão do cristianismo pelo Império Romano no século IV E.V., cujo último local de adoração dos deuses e escrita hieroglífica foi a Ilha de Philea que ficava no Alto Egito. Fig 1 - Osíris, desenho baseado em pinturas em tumbas do Império Novo (1550 – 1070 a.E.V.). Fig. 2 – O cajado (governar) e o mangal (autoridade real) – juntos são símbolos faraônicos.
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 14/35 O julgamento dos mortos é uma crença que surgiu em torno de 2500 a.E.V. (Antigo Império) sendo a primeira crença, que se tem notícia, da existência de uma vida após a morte e de um juízo final para cada ser humano. 3. O Tribunal de Osíris: O Livro dos Mortos é um antigo texto fúnebre egípcio, usado desde o início do Império Novo (circa 1550 a.E.V.) mas com lendas e magias de aproximadamente 3.000 anos a.E.V.. O nome egípcio original é “Livro da Revelação Dia a Dia”. Outra tradução é “Livro de Emergentes diante da Luz”. São conjuntos de textos compostos por um número de liturgias mágicas destinados a dar apoio a jornada de uma pessoa morta em direção ao Além (“Duat” -Reino dos Mortos). Foi escrito por muitos sacerdotes durante um período de cerca de 1000 anos. O Livro dos Mortos é encontrado nas paredes de tumbas a partir do Novo Império do Egito (de 1700 a.E.V. a 1070 a.E.V.), principalmente, no Vale dos Reis, no interior e exterior de sarcófagos dessa época ou pintados em objetos, principalmente em estatuetas denominadas de Ushebtis e serviam para guiar o morto no além tumulo. Também, é encontrado em papiros enrolados, junto à cabeça ou perto da múmia. O texto que segue é baseado numa das versões do Livro dos Mortos. Hunefer (senhor belo) – um escriba de Tebas que viveu em algum momento durante a 19ª dinastia (1298 a 1187 a.E.V.) – ao falecer, chega ao empíreo, lugar onde moram os deuses, pela barca solar e é recebido pela deusa Ma’at (Fig. 3), a deusa da Verdade, da Ordem, da Moralidade e da Justiça perante a qual ele se inclina. O morto não pode mentir e confessa-lhe sua vida na Terra, e o que fez de bem e de mal. O morto enfrenta 42 juízes, que representavam os 42 nomos (divisão territorial do Antigo Egito) ou mandamentos de Ma’at. O bem e o mal vão ser pesados. Num dos pratos da balança, coloca seu coração (ib), sede da alma (Fig. 4) no outro tem-se Ma’at representado por uma pluma. Fig. 3 – Deusa Ma’at, 2014 (Penton, extraído do Museu Britânico). Hieróglifos à direita falam da poderosa deusa Ma’at e da esquerda da grande rainha Nefertari.
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 15/35 Fig. 4 – Livro dos Mortos. Anúbis pesando o coração de Hunefer. Ao lado Ammit observa Toth tomando nota. Data provável: 1285 a.E.V.. Museu Britânico. Noutro prato, coloca uma pena de avestruz, símbolo da verdade. Tudo o que o morto fez de bem é recolhido por Hórus (Fig. 5), deus com cabeça de falcão (deus do céu e da realeza, associado à figura do faraó). Tudo o que o morto fez de mal é recolhido por Anúbis (Fig. 6), deus com cabeça de chacal (deus dos infernos). Se o prato do coração pesar mais do que o prato da pena (Fig. 10), indicará que as ações referentes ao mal prevaleceram às ações do bem. Se pesar menos do que o prato da pena, a alma do morto está salva. Thoth – Fig. 7 - (o deus das ciências), com cabeça de uma Íbis (ave aquática parecida com cegonha), anota o peso e comunica o resultado a Osíris. Sobre a alegoria do devorador de almas, há, no mínimo, três versões. O motivo é que as diversas versões do Livro dos Mortos foram escritas por cerca de 2.230 anos (de 2.200 a.E.V. a 30 E.V.). Além disso, o devorador de almas era um deus secundário, não muito importante. As três versões do devorador de almas são: Apep, Babi e Ammit. Apep (ou Apophis) – Fig. 8 – era a divindade egípcia que encarna o caos, portanto, adversário de Maat. É simbolizado como uma gigante serpente morta por Rá, deus do sol. Apep era um devorador de almas más, que não eram aprovadas no julgamento. Habitava num subterrâneo dentro da sala de julgamento. Em outras versões, o devorador de almas más era Babi, Baba ou Babai, um babuíno cinocéfalo (com cabeça de cachorro), considerado como o deus do submundo. Esse, então devorava as almas más. Ammit (Ammut, Amut, Ahemait ou Ahima) era um demônio feminino, quimérico, composta de três partes: cabeça de crocodilo, corpo de leopardo (ou leão) e traseiro de hipopótamo (Fig. 9). Ammit morava nas escalas da justiça, em Duat ou, em outras versões, morava num lago de fogo. Ammit, o “comedor de corações”, não era adorado, mas temido pelos egípcios.
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 16/35 Fig. 5 – Hórus do céu e da realeza, associado à figura do faraó, 2011 (Sociedade Alternativa, cópia do Museu Britânico). Osíris está sentado num trono, sob o dossel (cobertura de madeira ornamentada), tendo atrás de si, Isis, sua mulher e irmã (deusa da fecundidade) e Nephthys (deusa da esterilidade). Se prevaleceu o bem, a alma do morto é assimilada pelo próprio Osíris e vai gozar das bem- aventuranças, a sublime felicidade num local denominado de Amenti ou Amentet. Na verdade, Amenti poderia ser considerado um portal ou sala para acesso aos campos da paz (Sekht – Hotep) e dos campos da bem-aventurança (Sekht – Iansu), vale dizer, o paraíso. Esse era cercado por 4 rios, número 4 que representava a totalidade, e seguia a sua vida como aqui na terra com tudo o que possuía. Se prevaleceu o mal, há, defronte do trono, acocorado, um monstro denominado mais precisamente de “devorador de almas” que imediatamente devora sua alma ímpia. (Uma foto completa do Tribunal de Osíris, versão Papiros de Ani (XIII século a.E.V.), que se encontra no Museu Britânico, pode ser vista (em sua totalidade) em http://www.britishmuseum.org/research/collection_online/collection_object_details/collection_i mage_gallery.aspx?assetId=684647001&objectId=113335&partId=1 acessado em 6.jan.2016. O papiro de Ani mede 25 metros e foi roubado pelo egiptólogo Wallis Budge3 para o Museu Britânico. Wallis Budge de um lado foi um prolifico escritor cujos textos são considerados pela egiptologia como medianos, mas ao preservar e comprar muitas peças egípcias sem autorização daquele governo acabou fazendo um bem a civilização pois poderiam ser partidas ou mesmo perdidas. A versão de Hunefer (XII século a.E.V.) está no Museu Britânico e pode ser vista em sua totalidade em https://www.khanacademy.org/partner-content/british-museum/africa1/ancient-egypt- bm/a/hunefer-book-of-the-dead acessado em 6.jan.2016. 3 Sir Ernest Alfred Thompson Wallis Budge, egiptologista, orientalista e filologista inglês, doutor em letras (Litterarum Doctor), trabalhou no Museu Britânico, nasceu em parish Bodmin, condado de Comwall, Cornualha. sudeste da Inglaterra, em 1857 e faleceu em Londres, em 1934. (Parish, em idioma celta córnico (Cornish) significa, literalmente, “paróquia civil” ou povoado).
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 17/35 Fig. 6 – Anúbis, um psicopompo, deus dos infernos. Cópia (2006) de pintura do Egito antigo. Fig. 7 – Thoth, deus das ciências (ipl.pt, 2015). Fig. 8 – Arte do Antigo Egípcio retratando Apep (Apophis) sendo repelido por uma divindade.
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 18/35 4. O Livro dos Mortos: O Livro dos Mortos foi o produto de um longo processo de evolução, desde o Antigo Império (3ª a 8ª dinastia, circa 2.575 a 2.150 a.E.V.), até o Médio Império (11ª a 14ª dinastia, circa 1975 a 1640 a.E.V.). Encontrou-se Livro dos Mortos, também, nos chamados períodos intermediários, quando o Egito estava dividido. Esta evolução se revela nos diversos papiros encontrados em diversos ataúdes. Encontrou-se Livros dos Mortos até no período romano, em 30 E.V., quando o imperador Augusto4 conquistou o Fig. 9 – Ammit, o devorador de almas. Fig. 10 – Julgamento dos mortos: à direita: o morto já julgado faz oferenda a Osíris (figura maior), seguido de Isis (deusa da saúde, do casamento – casada com Osíris) e Néftis (deusa da noite, irmã de Osíris). No centro: Anúbis e Hórus pesam o coração do morto. Á esquerda: Ammit ou Babi, sobre um banco (devorador de almas), Shu, de braços levantados (deus dos ventos do ar), a morta cor branca e ela na cor marrom. Em cima: os 42 juízes (22 na fila superior e 20 na fila inferior). Museu Britânico. 4 Caio Júlio César Otaviano Augusto (Gaius Iulius Caesar Octavianus Augustus), patrício e primeiro imperador romano, nasceu em Roma em 63 a.E.V. e morreu assassinado em Nola, perto de Nápoles, em 14 E.V..
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 19/35 Livro dos Mortos, também, nos chamados períodos intermediários, quando o Egito estava dividido. Esta evolução se revela nos diversos papiros encontrados em diversos ataúdes. Encontrou-se Livros dos Mortos até no período romano, em 30 E.V., quando o imperador Augusto5 conquistou o Egito. As mais conhecidas representações do Tribunal de Osíris são dois papiros (papiro de Ani e papiro de Hunefer). Há vários papiros semelhantes sobre o Tribunal de Osíris e sobre o Livro dos Mortos, destacando-se: papiros de Princeton, Univ. de Princeton, EUA; papiros da biblioteca da Universidade John Rylands, Manchester, Inglaterra; papiros da biblioteca da Universidade de Michigan, EUA e os famosos Oxyrhynchus Papiri, da Universidade de Oxford, Inglaterra. Oxyrrincus era uma cidade no Baixo Egito onde, segundo a lenda, havia sido enterrado um pedaço do corpo de Osíris (o falo). Seu corpo foi desmembrado e espalhado pelo Egito por seu irmão Seth, em 14 partes. Nesse local um peixe, com este nome Oxyrrincus, comeu o falo. Consta na estória de Isis e Osíris no livro de Plutarco6 . Os papiros do Tribunal de Osíris têm pequenas modificações nos desenhos mas, relatando a mesma lenda mitológica. O mais famoso e completo Livro dos Mortos foi aquele do período Saita, durante a 26ª dinastia, de circa 685 a 525 a.E.V., traduzido para o inglês pelo egiptólogo inglês Sir Wallis Budge, em 1895. Uma versão completa e atualizada pode ser lida na internet (Wallis Budge, 1960). Uma versão resumida pode ser lida em Fadl, 2014 ou Deurer, 2010. Existe versão resumida em português: Ferreira, 2010. Há, também, uma versão completa em português (Wallis Budge, 2006). A versão do período Saita é dividida em capítulos reunidos em quatro seções: I – Capítulos 1 a 16 – O falecido entra no túmulo, desce aos infernos e seu corpo recupera seus movimentos, sua fala e suas sensações. II – Capítulos 17 a 63 - São explicados, ao falecido, a origem mística dos deuses para que ele possa viver novamente. Sua nova vida renasce com a alvorada, o nascer do sol no Oriente. As informações sobre a deusa Ma’at explanadas abaixo estão nesta seção II. III – Capítulos 64 a 129 – O falecido viaja numa barca solar. À noite, ele deve comparecer perante o deus Osíris. A mitologia do julgamento, no Tribunal de Osíris, descrito no início deste ensaio, se encontra nesta seção III. Refere-se ao defunto Hunefer e está nos papiros de Hunefer no Museu Britânico. IV – Capítulos 130 a 189 – Depois de julgado, e se neste julgamento prevaleceu o bem, o falecido assume o poder no Universo, tornando-se mais um entre os deuses. Nesta seção, inclui a função de diversos amuletos para proteção do defunto, bem como, alimentos e locais importantes da vida do Além. Há Livro dos Mortos, desta época, com 192 capítulos, estes, com a descrição de mais alguns amuletos e feitiços. 5. Cronologia do Tribunal de Osíris: A mitologia do Tribunal de Osíris tem origem antes de 2.200 a.E.V., (portanto, a mais de 4.000 anos). A representação gráfica do julgamento no Tribunal de Osíris e o culto de Osíris remontam a 11ª dinastia (2.080 a.E.V.), quando, provavelmente, o mito já era conhecido. A descrição do julgamento do Tribunal de Osíris é, na verdade, o juízo final das doutrinas hebraica, 5 Caio Júlio César Otaviano Augusto (Gaius Iulius Caesar Octavianus Augustus), patrício e primeiro imperador romano, nasceu em Roma em 63 a.E.V. e morreu assassinado em Nola, perto de Nápoles, em 14 E.V.. 6 Plutarco (Πλούταρχος), historiador, biógrafo e ensaísta grego, tornou-se cidadão romano (Lucius Mestrius Plutarchus). Nasceu em 46 E.V. em Chaeronea, Beócia, Grécia e faleceu em 120 E.V., em Delphi, Phocis, Grécia.
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 20/35 cristã e islâmica, quando as ações do morto vão ser pesadas por Thoth (deus da ciência): tudo o que fez de bem, recolhido por Hórus (deus da sabedoria) e tudo o que fez de mal, recolhido por Anúbis (deus dos infernos). Anúbis era um psicopompo: levava a alma do morto até a sala do julgamento. Já havia, pois, o conceito de céu e inferno. Se prevalecer o bem, a alma do morto é assimilada por Osíris e vai gozar de bem-aventurança. Já existia o conceito de uma vida após a morte: o conceito da imortalidade da alma. Isto teve origem, no Egito, há cerca de 4.000 anos. Vale dizer, cerca de 1.000 anos antes de Moisés, que pressupostamente introduziu, no culto hebraico, a imortalidade da alma e o juízo final e cerca de 2.500 antes da mesma doutrina ser definida pelo cristianismo. Também, cerca de 3.000 anos antes, exatamente, da mesma doutrina ter sido definida no islamismo. Com a valorização do culto a Osíris, durante o Médio Império (circa 1975 a 1640 a.E.V.), houve uma popularização da religião. Os egípcios mais humildes tiveram, então, a perspectiva da vida eterna com uma existência virtuosa. Isto aprimorou a qualidade moral de toda a população. O julgamento no Tribunal de Osíris não mais se limitou aos aristocratas, sacerdotes e faraós. Com a morte de uma pessoa, o defunto enfrenta o julgamento de um tribunal composto por 42 juízes divinos que representavam os 42 deuses dos nomos (divisões territoriais egípcias). Cada um destes 42 juízes julgava o defunto, segundo um dos 42 mandamentos da deusa Ma’at (Per Ankh, 2010). A partir desta “democratização” da religião, os sacerdotes egípcios ensinavam à população (quase toda analfabeta), por símbolos e alegorias, os valores morais da mitologia do julgamento do Tribunal de Osíris, como se faz hoje na Maçonaria especulativa: instrução de preceitos morais por meio de símbolos, rituais e alegorias. O Tribunal de Osíris introduz a justiça divina, após a morte, comandada pela deusa Ma’at (Fig. 3). Acredita-se que Ma’at se pronunciava no idioma egípcio (língua da família afro-asiática, parecida com o idioma copta) como Muhaht (Ross, 2015). Copta era uma língua tardia, após não mais se falar egípcio antigo no século IV E.V., mas derivada do antigo egípcio, na pronuncia e no significado tendo acrescentado as vogais. Ma’at divinizava a verdade, o equilíbrio, a ordem, a lei, a moral e a justiça. Ma’at definiu a ordem do Universo a partir do caos, no momento da criação. Os primeiros registros sobre Ma’at são textos gravados em pirâmides do Antigo Império ou circa 2.800 a.E.V.. Mais tarde, surgiu o homólogo masculino no panteão egípcio: o deus Thoth, deus da ciência, com atributos semelhantes aos de Ma’at. Eram, então, representados juntos na barca solar. Com a dominação grega no Egito (305 a.E.V.), Thoth foi visto representando o Logos (λόγος) de Platão7 e Ma’at como a expressão da Sabedoria Divina. No Tribunal de Osíris, Thoth anotava o peso do coração do defunto, onde, acreditava-se, residia a alma. Ma’at foi criada pelos sacerdotes egípcios para atender às necessidades do Estado Egípcio. O desenvolvimento do culto da deusa Ma’at tornou-se a base das leis egípcias, impedindo o caos da época. Vários outros princípios do direito do Egito Antigo foram emulados por Ma’at, incluindo a adesão à tradição, em oposição a constantes mudanças e à importância da equidade e da justiça social (Andrews, 2013). Isto aconteceu antes de 2.200 a.E.V.. Para a mente egípcia, Ma’at conectava todas as coisas em uma unidade indestrutível, única: o Universo, a Natureza, o Estado e o indivíduo eram vistos como partes de um todo, gerado por Ma’at. 6. O Tribunal de Osíris e a Maçonaria: 7 Platão (Πλάτων), filósofo e matemático grego, nasceu em Atenas, em 428 a.E.V. e morreu em Atenas, em 348 a.E.V..
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 21/35 Na Maçonaria especulativa, Ma’at representa um dos atributos do Grande Arquiteto do Universo. Os conceitos básicos do Taoísmo (século circa VII a.E.V.) e do Confucionismo (século IV a.E.V.), se assemelham a Ma’at, segundo o professor Oliver James8 (Brown, 2012). Muitos desses conceitos foram codificados em leis egípcias e discutidos pelos filósofos egípcios antigos, segundo o texto espiritual, conhecido como O Livro dos Mortos. A Lenda de Hiram originou-se, provavelmente na Europa. No século XVIII por volta de 1725 na Inglaterra, mas tem muito de origem na questão da morte do Osíris, em Plutarco, que era conhecido. Há quem diga que se originou durante a construção do Templo de Salomão em 960 a.E.V., embora não seja provável. Na Idade Média, não se conhecia, na Europa, a mitologia do julgamento do Tribunal de Osíris mas se conhecia o relato de Plutarco. Entretanto, as bases morais e as conclusões sobre valores espirituais são, exatamente, as mesmas entre a mitologia do julgamento no Tribunal de Osíris e a Lenda de Hiram: justiça, equidade, lealdade, o conceito de imortalidade da alma e vida após a morte, os conceitos do bem e do mal, etc. A alegoria do Tribunal de Osíris é utilizada na Maçonaria nos altos graus de muitos ritos, em especial os ritos de origem francesa. 7. Considerações finais: A metodologia usada pelos egípcios para ensinar valores morais, de 4.000 anos, é, exatamente, a mesma usada pela Maçonaria especulativa, destinada a instrução moral: alegorias, lendas, desenhos emblemáticos e símbolos. O julgamento do Tribunal de Osíris insere os mesmos valores morais da Lenda de Hiram: justiça, equidade, o conceito de imortalidade da alma, e o Grande Arquiteto do Universo. Mesmo materialistas e agnósticos que não acreditam na imortalidade da alma, mas sabem, através da ciência da “imortalidade” do âmago do DNA – os genes os quais são transmitidos de geração a geração (algo como “imortalidade da alma”), sabem que a vida correta e virtuosa transforma genes em “bons genes”. E esses “bons genes” transmitidos a gerações futuras transmitem virtuosidades. Isto é, a alegoria do Tribunal de Osíris vale, também, para materialistas e agnósticos. Há ainda uma questão fundamental de ordem teológica. É a questão dos mistérios antigos. Esses mistérios antigos possuem uma circularidade. Eles se fecham no tempo. O morto é julgado, vai para o Além e ai termina sua jornada. Mas o mistério que nunca se fecha é aquele que os crentes religiosos vivem hoje: à espera do julgamento final, descrito na Bíblia e no Alcorão. Isso agoniza o homem e deixa os crentes religiosos como que em suspense. Obviamente que isso tem uma finalidade: pressionar para que se viva, hoje, com virtuosidade. Por isso, no cristianismo e no islamismo perduram o “mistério dos mistérios”. Na Maçonaria, embora não tão enfático, há a pergunta no terceiro grau: Hiram reviveu ou somente seu corpo foi recuperado? Ou ao conhecer a Luz (a sabedoria) Hiram “renasce”? Acredita-se que a resposta a isso é uma questão de foro íntimo, pois a Maçonaria não a responde. AGRADECIMENTOS: O Autor agradece as sugestões e correções do Irmão RICARDO CASELLI MONI, da ARLS Obreiros de Macaé, nº 2075, GOB-RJ, Macaé. Na vida profana é o Técnico Responsável pela Gestão Ambiental das Bases da Bacia de Campos, da Petrobrás. É 8 Professor Edwin Oliver James, reverendo e antropólogo inglês, doutor em ciências, Professor de Filosofia da Religião da Universidade de Londres, 1888-1972.
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 22/35 profundo conhecedor da história e da cultura do Egito Antigo, lê correntemente textos em hieróglifos, um verdadeiro Egiptólogo. Sem suas correções, este ensaio não estaria correto. Referências Bibliográficas: - Andrews, M. “Law and the Legal System in Ancient Egypt”. Tour Egypt, 2013. http://www.touregypt.net/featurestories/law.htm Acessado em 7.jan.2016. - Bonanno, M. “La Duat como espacio de uma dialéctica de la regeneración”. Tesis de Doctorado (Doctor en Historia). Universidad Nacional de La Plata, Argentina, 2014. http://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/39679 Acessado em 13.jan.2016. - Brown, D. “Remembering E O James”. OXeN, 2012. http://web.archive.org/web/20120205132610/http://www.oxbowbooks.com/feature.cfm/FeatureID/137//Lo cation/Oxbow Acessado em 8.jan.2016. - Bullen, M. “Guia Visual da Mitologia no Mundo”. National Geographic Brasil. São Paulo: Ed. Abril, 2010. - Deurer, R. “The Hall of Maat from The Papyrus of Hunefer (c. 1370 B.C.)”. The British Museum, London - Galleries of Egypt Art, 2010. http://www.egyptartsite.com/hall1.html Acessado em 8.jan.2016. - Deurer, R. “The Egyptian Book of the Dead” (Brief Excerpts). The British Museum, London, Galleries of Egypt Art, 2010. http://www.egyptartsite.com/book.html Acessado em 7.jan.2016. - Fadl, A. “Comparison between The Egyptian Book of the Dead and The Quran”. Ancient Egypt on a Comparative Method. Aldokkan. 2014. http://www.aldokkan.com/religion/dead.htm Acessado em 7.jan.2016. -Ferreira, L.S. “Livro dos Mortos” (Livros do Sair à Luz). Antigo.Egito.org, 2010. http://antigoegito.org/livros-dos-mortos-livros-do-sair-a-luz/ Acessado em 7.jan.2016. - Fonseca, J.S. “O Julgamento de Osíris”. In: Consistório, pp: 144-149. Florianópolis: Delegacia Litúrgica de Santa Catrina.Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o R.E.A.A., s/d. - Jacq, C. “A Sabedoria Viva do Egito Antigo” - Per Ankh. “The Forty Two Commandments – Ma’at – Right and Truth”. The House of Life. Ancient Egypt, Kemet, 2010. http://www.perankhgroup.com/commandments.htm Acessado em 7.jan.2016. - Ross, K.L. “The Pronunciation of Ancient Egyptian”. The Proceedings of the Friesian School, Fouth Series, 2015. http://www.friesian.com/egypt.htm Acessado em 7.jan.2016. - SCB. “Ritual do Grau 31”. (Guardião do Bem Público). Rio de Janeiro: Supremo Conclave do Brasil do Rito Brasileiro, 2008. - SCBG 33 REAA. “Ritual do Grau 31”. (Grande Inspetor Inquisidor Comendador). Rio de Janeiro: Campo de São Cristóvão, 2009. - SCG 33 MRFB. “Ritual do Grau 31”. (Grande Juiz Comendador ou Grande Inspetor Inquisidor Comendador). Rio de Janeiro: Praça Seca. Jacarepaguá.2005. - Wallis Budge, E.A. “The Book of the Dead” (The Papyrus of Ani). 1895. Internet at Sacred-Texts, 1960. http://www.sacred-texts.com/egy/ebod/ Acessado em 6.jan.2016.
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 23/35 Anestor Porfírio da Silva M.I. e membro ativo da ARLS Adelino Ferreira Machado Or. de Hidrolândia-GO Conselheiro do Grande Oriente do Brasil/Goiás anestorporfirio@gmail.com O QUITE PLACET, DE ACORDO COM OS PRINCÍPIOS NORMATIVOS DA ORDEM MAÇÔNICA E DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL A maçonaria é uma instituição iniciática e, como tal, dispõe de método próprio para admissão de seus candidatos e para o desligamento dos que já são membros efetivos de seu Quadro. Aquele que a ela passa a pertencer na condição de maçom, assume deveres e adquire direitos. 5 – O Quite Placet, de acordo com os princípios .... Anestor Porfírio da Silva
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 24/35 Dessa relação decorrem ainda inúmeras situações que estão, pormenorizadamente, descritas em normas legais e regulamentos, dos quais todos os maçons sabem ou deveriam saber, por exemplo, que cada um traz consigo o compromisso, não só de empenhar-se em constante processo de aperfeiçoamento moral, intelectual e espiritual, como também de estar sempre em pé e à ordem, disposto a pôr em prática aquilo que adquirir de conhecimento relacionado aos princípios e fundamentos da instituição, com vistas ao alcance de uma sociedade mais justa, mais humana e igualitária. Sobretudo, o maçom precisa compreender que esse é o critério institucionalizado no universo laboral da maçonaria, cuja finalidade precípua é a de enriquecer ainda mais os conhecimentos de seus membros - já que eles a representam - a fim de que estes, com suas mentes e suas mãos, tenham condições de fazer com que tudo o que lhes é ministrado se traduza na efetivação de ações contínuas, eficientes e permanentes, com cuidadosa responsabilidade tanto no combate ao mal, quanto na prática do bem. Se assim agir, o homem maçom se torna elemento útil e necessário à comunidade em que vive e é cooperando com os demais segmentos da sociedade humana na construção de um mundo cada vez melhor, que esse operário deve destacar-se como homem responsável, de conduta ilibada e como um exemplo a ser seguido. Também naqueles mesmos dispositivos legais acha-se o direito reconhecido ao maçom regular, de poder pedir o seu desligamento do Quadro da Loja a que pertencer, quando for de seu interesse, de forma definitiva ou temporária, dependendo da sua vontade. O seu pedido pode ser feito por escrito ou verbalmente, em caráter irrevogável ou não, devendo a manifestação desse gesto, uma vez acatada, merecer a atenção necessária para que se cumpra a vontade do requerente, não sendo recomendável aos demais membros da loja fazerem uso da palavra para tentar dissuadi- lo a uma possível desistência de suas pretensões requeridas, por mais que se trate de obreiro instruído, útil, necessário e reconhecidamente indispensável à continuidade das atividades maçônicas. Isto porque a iniciativa do pedido de afastamento ocorre, depois de muita reflexão, sempre motivada por questões de foro íntimo e a decisão sobre a mudança de intenções não cabe a mais ninguém a não ser ao próprio requerente. Se o interessado decidir voltar atrás e desistir de seu intento, o ideal é que a decisão aconteça por livre vontade visto que em seu âmago já existe opinião formada e somente a ele cabe revertê-la. Do contrário, se a mudança de intenção se der por alguma influência externa, temos que admitir, daí em diante, alguém desmotivado continuando a permanecer no lugar onde melhor seria se lá não estivesse, e de onde desistiu de sair só para não desagradar esse ou aquele irmão. E se isso, de fato vier a acontecer, a Loja inteira ficará comprometida diante do que lhe compete fazer, pelo gesto inoportuno de um ou mais integrantes do seu quadro de obreiros que acabou por tirar do requerente o direito à liberdade de agir.
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 25/35 No artigo 69, e seus parágrafos, do Regulamento Geral da Federação do GOB (RGF), está definido que “o Quite Placet é um documento que a Loja fornece ao Maçom que deseja ser desligado do Quadro.” É hábito frequentemente reiterado em grande parte das Lojas Maçônicas, principalmente as da obediência do Grande Oriente do Brasil, o maçom fazer à sua loja o pedido de desligamento do Quadro e, a partir da sessão seguinte, não mais comparecer aos trabalhos maçônicos e não mais procurar liquidar as obrigações pecuniárias que ainda lhe cabem, relativas aos meses seguintes ao da entrada do pedido, por supor que foi a partir de então que o seu desligamento ocorreu. Na verdade, o procedimento para se chegar ao efetivo desligamento do obreiro que pede para se afastar da atividade maçônica é mais demorado e pode demandar algum tempo para ser concluído. Primeiro, porque o pedido, uma vez recebido, terá que passar por processo de apreciação e de votação na mesma sessão em que for apresentado ou em outra a ser determinada pela direção da Loja (art. 69, § 2º, do Regulamento Geral da Federação/GOB). Tratando-se de pedido feito em caráter irrevogável, este será atendido pela administração da Loja na mesma sessão em que for apresentado, ou seja, sem ser submetido a qualquer apreciação ou votação (art. 69, § 3º, do Regulamento Geral da Federação/GOB). Depois de cumprida essa formalidade regulamentar, se não houver pendências a serem solucionadas, o pedido será instruído com as informações a cargo da Loja à qual o interessado estiver vinculado e, em seguida, no caso do Grande Oriente do Brasil, encaminhado ao mencionado Poder, para expedição e publicação do Quite Placet no boletim oficial, cujo prazo de validade começa a ser contado a partir da data em que o mesmo for publicado (art. 69, § 1º, do Regulamento Geral da Federação/GOB). Quanto à data do efetivo desligamento do requerente, esta é a que for devidamente atestada por quem de direito no corpo do referido documento (art. 69, § 1º, do Regulamento Geral da Federação/GOB). O prazo de validade acima referido é de seis meses e, segundo consta do § 1º, do art. 69 do Regulamento Geral da Federação/GOB, durante esse tempo o seu portador continua como maçom regular, porém inativo, conforme consta do art. 31, § 1º, alínea “b”, da Constituição do Grande Oriente do Brasil. O pleno gozo dos direitos maçônicos daquele que é portador do Quite Placet só termina após transcorrido o prazo de validade do referido documento, na forma estabelecida no art. 33, inciso III, da já citada constituição. Ainda, com relação às prerrogativas instituídas pela aludida constituição está a prevista no art. 30, inciso VIII, que garante ao maçom regular inativo, isto é, aquele que não se acha vinculado a nenhuma loja por ser portador de Quite Placet, o direito de
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 26/35 frequentar os trabalhos de outra Loja da obediência do GOB ou de potência regularmente reconhecida, desde que, logicamente, relativos ao seu grau, ou a graus inferiores, e dela receber o respectivo atestado de frequência. Portanto, é errado o entendimento de que o irmão portador de Quite Placet só possa ser recebido em Loja para fazer parte de sessões públicas. Isto é infundado e sem amparo legal porque, conforme já foi exposto, o maçom em tal situação é definido e reconhecido pelos regulamentos e demais princípios normativos da instituição, como pertencente à classe de maçom regular, cujo status não lhe tolhe os direitos adquiridos previstos no art, 30, I ao XVII, da Constituição do Grande Oriente do Brasil, enquanto não expirar o prazo de validade do mencionado documento. As Lojas, quando visitadas por maçom portador de Quite Placet, deverão exigir deste a apresentação de sua identificação maçônica juntamente com o citado documento sendo necessário, na oportunidade, a verificação de sua validade. Muitos maçons, procurando entender a finalidade do prazo de validade do Quite Placet, fazem busca junto às mais variadas fontes de informação e nada encontram. A dúvida sempre gira em torno da razão por que esse prazo foi instituído. A verdade é que a maçonaria não se sente confortada quando perde um maçom regular. O prazo de validade é uma oportunidade que lhe é dada, de forma legal, para que o mesmo possa refletir se sua decisão de desligar-se da maçonaria foi acertada ou se será melhor voltar. Por outro lado, se é inconveniente insistir para que o requerente desista do intento de se desligar da Loja, é legal e até justo que após o seu desligamento, o maçom tenha a oportunidade, pelo prazo improrrogável de seis meses, para poder refletir melhor sobre seus propósitos e, talvez, quem sabe, decidir por sua volta à atividade maçônica. Essa questão é apenas uma dentre as várias levadas em conta por quem elaborou a lei, que o fizeram entender que, em razão dos laços de união estabelecidos entre os membros da Ordem Maçônica serem de natureza fraterna, não seria tão fácil desfazê-los de uma hora para outra, pois, neste caso, um pedido de afastamento não é um pedido qualquer, tão simples como nos possa parecer, mas para o legislador é uma decisão de expressivo significado, de difícil absorção para quem sai e de profunda repercussão, em termos de perda, para quem fica. Escoado o prazo de validade do Quite Placet sem que tenha ocorrido a filiação do seu portador, este se torna maçom irregular e o seu retorno à condição de antes, ou seja, de maçom regular, só poderá acontecer por meio do processo de regularização (Art. 83 do RGF), cuja instrução segue as mesmas regras adotadas para o processo de iniciação (art. 1º ao 30, do RGF). Anestor Porfírio da Silva M.I. e Membro da ARLS Adelino Ferreira Machado Or. de Hidrolândia-GO Conselheiro do Grande Oriente do Estado de Goiás
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 27/35 Este Bloco é produzido pelo Irmão Pedro Juk, às segundas, quartas e sextas-feiras Rito de York americano Em 12/06/2016 o Respeitável Irmão Aldo Coutinho, Loja Jacques DeMolay, nº 21, Trabalho de Emulação, GLERN, Oriente de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte, solicita informações pelo que segue: aldocoutinho61@gmail.com Gostaria de fazer a seguinte consulta: As Grandes Lojas Americanas (Aprendiz, Companheiro e Mestre) praticam o chamado de Rito de York, ou o Craft Americano? Eu entendo que Rito de York existe a partir do Real Arco, Graus Crípticos, etc. etc. A Grande Loja pratica o que chamamos aqui de Blue Lodge que nada mais é que o Craft Americano. Como na Inglaterra pratica-se o Craft Inglês dentre os quais o Ritual de Emulação, e muitos outros Rituais. Estou certo na minha colocação? Ajude-me a explicar melhor essa situação. Escuto muito aqui dizer que os Estados Unidos pratica o Rito de York e eu entendo que o Craft Americano é uma coisa, REAA e Rito de York são os ditos "graus filosóficos" que se praticam no EUA, sendo que o York é o mais praticado por lá. Estou certo ou estou misturando as coisas e não estou sabendo dizer o correto? As lojas que aqui no Brasil praticam o dito Rito de York Americano na realidade praticam o Craft Americano, correto? Ficarei muito grato em ouvir suas orientações Considerações: Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência. 6 – Perguntas & Respostas Pedro Juk
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 28/35 Em se tratando das Lojas Azuis norte-americanas (primeiro, segundo e terceiro Graus) eu entendo que o Craft se coaduna melhor no que diz respeito a esse título, até porque no trato dos três primeiros Graus está à obrigatoriedade do Francomaçônico básico universal. Penso que a Maçonaria oriunda da vertente inglesa não se associa ao termo “rito” nesse caso. Obviamente que o “York Rite” é latente e presente na Maçonaria da América do Norte, mas, como bem diz o Irmão, é mais preciso esse título para os graus maçônicos americanos acima das Blue Lodges, cujos três primeiros graus foram ordenados por Thomas Smith Webb. O título York está relacionado a lendas e histórias da Maçonaria Operativa, cuja localidade situada a nordeste de Londres na Inglaterra é tida como uma espécie de “Meca do Ofício”. Devida à antiguidade suposta e defendida por alguns autores é que o nome “York” acabou sendo associado ao nome de ritos e rituais oriundos da vertente anglo saxônica da Maçonaria. Assim, em relação ao termo, é preferível que os três primeiros graus (Aprendiz, Companheiro e Mestre) em se tratando das Lojas Azuis, sejam denominados pelo nome de Craft, já aos demais Graus desse sistema como Rito de York. Essa questão no nome “York” tem gerado um belo mistifório aqui no Brasil, isso graças ao Ritual de Emulação dos Trabalhos ingleses ter adquirido equivocadamente por aqui também o título de Rito de York. T.F.A. PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com - Ago/2016 Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de Emulação Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012 – Segunda Edição. www.atrolha.com.br - Objetivo – Introdução a interpretação simbólica maçônica. Conteúdo – Resumo histórico das origens da Maçonaria – Operativa, Especulativa e Moderna. Apreciação – Sistema Latino e Inglês – Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalho de Emulação. Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de Aprendiz e da Tábua de Delinear. Enfoque – Exegese do conteúdo dos Painéis (Ritualística e Liturgia, História, Ética e Filosofia). Extenso roteiro bibliográfico. https://www.trolha.com.br/loja/
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 29/35 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome Oriente 01/01/2003 Fraternidade Joinvillense Joinville 26/01/1983 Humânitas Joinville 31/01/1998 Loja Maçônica Especial União e Fraternidade do Mercosul Ir Hamilton Savi nr. 70 Florianópolis (só trabalha no recesso maçônico) 11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans 13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba 17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis 21/02/1983 Lédio Martins São José 21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió 22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau Data Nome da Loja Oriente 11.01.1957 Pedro Cunha nr. 11 Araranguá 18.01.2006 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau 15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis 21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna 25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau 25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mêses de janeiro e fevereiro
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 30/35 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome Oriente 07.01.77 Prof. Mâncio da Costa - 1977 Florianópolis 14.01.06 Osmar Romão da Silva - 3765 Florianópolis 25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema 06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes 11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão 29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA - GOSC/COMAB Loja Especial “União e Fraternidade do Mercosul” nº 70 RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO - FUNDADA EM 31/01/1998 Convite Palestra Dia 23/01/2017: 20h00 Palestra do eminente Ir.: Gean Marques Loureiro, Prefeito eleito da Capital de Santa Catarina, Mestre instalado da ARLS Samuel Fonseca nº 79 - GOSC A Administração Pública em Época de Crise Informamos que as sessões da Loja Mercosul Hamilton Savi nº 70 serão realizadas no Templo da Loja Ordem e Trabalho nº 3, Or. de Florianópolis, Situado próximo à UFSC –. AV. DESEMBARGADOR VITOR LIMA. 550, Serrinha Florianópolis SC, com inicio às 20:00hs Grande Abraço Ir.: EMÍLIO CÉSAR ESPÍNDOLA V.: M.: (048)32445761 - (048)999824363 emilioespindola@yahoo.com.br
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 31/35 Caro Irmão: Estamos encaminhado o nosso Boletim nº 106, de janeiro de 2017, na esperança de estar contribuindo com a divulgação da cultura Maçônica. Caso seja de vossa liberalidade, solicitamos divulgar o mesmo em vossas listas de maçons, Lojas e Grupos. Com nossos agradecimentos deixamos um TFA Marco Antonio Perottoni Loja Cônego Antonio das Mercês - MLAA Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas - MLAA GORGS - Porto Alegre - RS  Antes de imprimir pense em seu compromisso com o Meio Ambiente  Binfo Chico 106 - 15 jan 17.pdf
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 32/35 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) Dia 20 de janeiro: A Alma Certos pensadores e religiosos confundem alma com espírito; trata-se de um assunto de alguma profundidade, uma vez que cada maçom sente dentro de si a existência de "alguém" que não pode definir; esse alguém é ele próprio, o que definiria a alma. O espírito é a parte invisível e impenetrável, uma vez que é Deus em nós; é a parcela teísta, é o Criador envolto com a criatura. Diz-se que o espírito é imortal, enquanto a alma fenece quando do último suspiro; a alma morre com o ser. Em caso de ressurreição, ou vida após a morte, a alma não abandona o corpo. Os espíritas informam que a alma está ligada ao corpo por um "cordão de prata"; rompendo-se esse, a alma "sobe" e vai ocupar o seu lugar no Cosmos. É dito que é a alma que sofre em nós quando o mal atinge o nosso corpo, incluindo a nossa mente; o espírito não é atingido por nenhum mal porque é a representação divina. Busquemos contatar nossa alma por meio da meditação e encontraremos respostas surpreendentes. Contudo, é possível ao homem contatar com o seu espírito por meio de exercícios, pertinácia e aventura. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 39.
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 33/35 Templo em Monteiro (PB) Barack Obama e o jornalista indonésio, Ir Ilham Adnan, que atua como sósia de Obama na TV da Indonésia, em Jacarta.
  • 34. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 34/35 Ir Franklin dos Santos Moura Loja Prof. Hermínio Blackman 1761 Vila Velha – GOB-ES Membro Fundador da ACADGOB-ES Cadeira 22, Patrono Wagner Araújo. Escreve neste espaço às sextas-feiras fsmoura1761@yahoo.com.br O segundo Sol Próximo da esquina dos trinta, fui presenteado pela paternidade, Sentimento igual não recordo ter vivido, E alvoroçado pela inquietude da idade, por vezes, me vi distraído. Perdendo clicks raros de felicidade. Trabalho, trabalho, toneladas de responsabilidade, Edificar uma família e esperar os momentos de paz, Num turbilhão vivo que a todo momento a realidade se desfaz, Assim vejo pelo retrovisor a mocidade. E de repente, quando imaginava ter esquecido a lição Recebi meu segundo presente Reacendendo no poeta o coração ardente Fazendo o destino novamente estender a mão. Meu Segundo Sol, meu professorzinho, Pensar em ti é a minha embriaguês Não me importam mais os “porquês” Mas sim, cada segundo do seu carinho. Nesses dois aninhos, me mostraste o amor Como nunca antes havia conhecido Um brilho simples que habitava em mim escondido... Sua alegria afoga em mim qualquer dor.
  • 35. JB News – Informativo nr. 2.304 – Florianópolis (SC), sexta-feira, 20 de janeiro de 2017 - Pág. 35/35 Agradeço a Deus por sua infinita misericórdia Permitindo-me beber de novo a fonte da alegria Assistindo você e seu irmão em harmonia Lapidando o real sentido da Concórdia. Ensina-me, meu pequeno anjinho a navegar no seu barquinho de papel a voar no limite do céu e descer velozmente no seu carrinho. Meu Segundo Sol, meu professorzinho, Brilhe, voe, pule, e pinte em tudo seu coração Sejam infinitas as lembranças com seu irmão E lembre-se, jamais estará sozinho. UMA HOMENAGEM AO FILHO GUILHERME AUGUSTO, QUE COMPLETARÁ 2 ANOS EM 21/01/17.