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Teorias do curriculo

  1. 1. <ul><li>Visões de currículo </li></ul>João José Saraiva da Fonseca
  2. 2. Visão tradicional de currículo
  3. 3. De acordo com a visão tradicional de currículo, este devia ser neutro, tendo como principal foco garantir que a escola funcionasse como uma fábrica. Visão tradicional de currículo
  4. 4. Para tal, a escola deveria identificar de forma precisa e de acordo com as necessidades da vida adulta, os resultados/objetivos que desejava obter (currículo), os métodos para o conseguir (ensino) e as formas de mensuração precisas do trabalho realizado (avaliação).
  5. 5. Contexto de surgimento da visão tradicional de currículo
  6. 6. Massificação da escolarização Industrialização Movimentos migratórios
  7. 7. Massificação da escolarização
  8. 8. Movimentos migratórios
  9. 9. Industrialização
  10. 10. A concepção tradicional de currículo tem por referência a fábrica e os princípios do Taylorismo e do Fordismo. Frederick Winslow Taylor - Father Henry Ford
  11. 11. Princípios do Taylorismo
  12. 12. 1º princípio do Taylorismo <ul><ul><li>A interferência do conhecimento operário e sua disciplina sob o controle da gerência. </li></ul></ul><ul><ul><li>“ À gerência é a função de reunir os conhecimentos tradicionais que no passado possuíram os trabalhadores e então classificá-los, tabulá-los, reduzí-los a normas e leis ou fórmulas, grandemente úteis ao operário para execução do seu trabalho diário.” </li></ul></ul>
  13. 13. 1º princípio do Taylorismo <ul><li>Técnica utilizada : </li></ul><ul><li>“ análise científica” do trabalho, através do estudo dos movimentos de cada operário, decifrando quais são úteis para eliminar os inúteis, e assim aumentar a intensificação do trabalho. Tal análise envolve o registro dos tempos com o intuito de identificar o “tempo ótimo” para realizar a tarefa. </li></ul>
  14. 14. 1º princípio do Taylorismo <ul><li>Consequências : separação entre os que trabalham e os que planejam. </li></ul><ul><li>1. padronização: elimina-se a iniciativa operária na escolha do melhor método. Esta função seria da gerência que imporia o método com o respectivo “tempo-padrão” para executá-lo; </li></ul><ul><li>2.projeta-se um trabalho “simplificado”, contrariamente ao trabalho concreto. </li></ul>
  15. 15. 2º princípio do Taylorismo <ul><li>Seleção e treinamento : diante do trabalho simplificado e já planejado, o trabalhador adequado pode ser escolhido mais facilmente, pois o que se procura não é um homem que conheça o ofício ou que tenha várias habilidades para desenvolver qualquer trabalho: </li></ul>
  16. 16. 2º princípio do Taylorismo <ul><li>A par da escolha do trabalhador certo para o trabalho certo, está a necessidade de treinar o indivíduo, não em uma profissão, mas de modo que executasse uma tarefa conforme a gerência indicasse. </li></ul><ul><li>“ Bem, se você é um operário classificado, deve fazer exatamente o que este homem lhe mandar, de manha à noite. Quando ele disser para levantar a barra </li></ul><ul><li>e andar, você levanta e anda, e quando ele </li></ul><ul><li>mandar sentar, você senta e descansa. </li></ul><ul><li>Você procederá assim durante o dia todo. </li></ul><ul><li>E, mais ainda, sem reclamações” </li></ul>
  17. 17. 3º princípio do Taylorismo <ul><li>O elemento central da programação do trabalho passava a ser a “tarefa” ou a “ ordem de produção ”: </li></ul><ul><li>“ A idéia de tarefa é, quiçá, o mais importante elemento na administração científica. O trabalho de cada operário é completamente planejado pela direção, pelo menos com um dia de antecedência, e cada homem recebe, na maioria dos casos, instruções escritas completas que especificam a tarefa de que é encarregado e também </li></ul><ul><li>os meios usados para realizá-la... Na </li></ul><ul><li>tarefa é especificado o que deve ser </li></ul><ul><li>feito e também como fazê-lo, além </li></ul><ul><li>do tempo exato concebido para </li></ul><ul><li>a execução .” </li></ul>
  18. 18. Cadeia de trabalho
  19. 20. Princípios do Fordismo O norte-americano Henry Ford foi o primeiro a pôr em prática, na sua empresa “Ford Motor Company”, o Taylorismo.
  20. 21. FORDISMO - Princípios <ul><li>Princípio de Intensificação: Diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado. </li></ul><ul><li>2) Princípio de Economia: </li></ul><ul><li>Consiste em reduzir ao </li></ul><ul><li>mínimo o volume do </li></ul><ul><li>estoque da matéria-prima </li></ul><ul><li>em transformação. </li></ul>
  21. 22. FORDISMO <ul><li>3) Princípio de Produtividade: Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. O operário ganha </li></ul><ul><li>mais e o empresário tem maior </li></ul><ul><li>produção. </li></ul>
  22. 23. O currículo é caracterizado por uma divisão em disciplinas. (ZABALA, 1998) Visão tradicional de currículo
  23. 24. O currículo é visto como a especificação precisa de objetivos, procedimentos e métodos, visando a obtenção de resultados que possam ser rigorosamente mensurados. [SILVA, 2005] Silva (2005) cita Bobbitt no livro The Curriculum: escolarização da massas ” (1918) Visão tradicional de currículo
  24. 25. Visão tradicional <ul><li>Centrada em conceitos de natureza eminentemente técnica, tais como: ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização, planejamento, eficiência, objetivos. </li></ul>Visão tradicional de currículo
  25. 26. Taylorismo aplicado à escola, visando a padronização dos processos pedagógicos. Os alunos são encarados enquanto um produto fabril.
  26. 27. O processo de parcialização dos conteúdos escolares em disciplinas, conduziu a saberes unitários, desconectados uns dos outros, dispersos. (ZABALA, 2002)
  27. 28. De acordo com a proposta educacional subjacente à visão de tradicional de currículo
  28. 29. <ul><li>PAPEL DA ESCOLA </li></ul><ul><li>Transmitir conhecimentos acumulados pela humanidade </li></ul><ul><li>Realizar a preparação moral e intelectual dos indivíduos para assumirem seu lugar na sociedade </li></ul>
  29. 30. <ul><li>CONTEÚDOS </li></ul><ul><li>Valorização de conhecimentos e valores sociais acumulados ao longo dos tempos (conteúdos enciclopédicos descontextualizados), repassados aos alunos como verdades absolutas; </li></ul><ul><li>Informações ordenadas numa </li></ul><ul><li>seqüência lógica e psicológica </li></ul>
  30. 31. <ul><li>Ocorre com o objetivo de constatar se os alunos atingiram os comportamentos desejados. </li></ul><ul><li>O aluno deve reproduzir na </li></ul><ul><li>íntegra o que foi ensinado </li></ul>AVALIAÇÃO
  31. 32. <ul><li>PROFESSOR E ALUNO </li></ul><ul><li>Professor é o centro do processo, quem administra as condições de transmissão dos conteúdos e responsável pela eficiência no ensino. </li></ul><ul><li>Relação baseada em regras </li></ul><ul><li>e disciplina rígida </li></ul>
  32. 33. <ul><li>O aluno é um ser passivo, submisso e receptivo </li></ul><ul><li>O aluno é um ser fragmentado, espectador que está sendo preparado </li></ul><ul><li>para o mercado de trabalho, </li></ul><ul><li>para “aprender a fazer” </li></ul>PROFESSOR E ALUNO
  33. 34. Visão crítica de currículo
  34. 35. As primeiras críticas à visão tradicional de currículo, surgem na década de 60, em meio aos movimentos sociais e culturais que a caracterizaram, O aparecimento da visão crítica do currículo
  35. 36. Motivos da crítica A visão tradicional de currículo apresenta-se “neutra”, científica, como um saber desvinculado das relações de poder e coloca-se como o saber legítimo, universal, do interesse da humanidade como um todo indistinto. Não tem preocupações em questionar os arranjos sociais ou educacionais vinculados à estrutura social, fomentando a aceitação, ajuste e a adaptação.
  36. 37. A visão crítica de currículo, questiona as desigualdades provocadas pela visão tradicional no sistema de ensino, já que estas não questionam o conhecimento em si, apenas valorizam o mecanismo de eficácia da reprodução desse conhecimento. Desloca a ênfase dos conceitos pedagógicos do processo ensino-aprendizagem para conceitos ideológicos. Visão crítica de currículo
  37. 38. De acordo com a visão crítica do currículo, a sociedade capitalista utiliza a educação para a reprodução de sua ideologia. É pelo currículo que veicula a sua ideologia, por meio, não propriamente do conteúdo explícito de suas disciplinas, mas ao privilegiar relações sociais nas quais, dominantes e subordinados, aprendem a praticar os seus papéis. Visão crítica de currículo
  38. 39. Assim, as escolas reproduzem os aspectos necessários para a sociedade capitalista: trabalhadores adequados a cada necessidade dos locais de trabalho; líderes para cargos de chefia e líderes obedientes e subordinados para os cargos de produção. Visão crítica de currículo
  39. 40. O currículo da escola está baseado na cultura dominante. Ele se expressa na linguagem dominante, é transmitido através do código cultural dominante. As classes dominantes podem facilmente compreender esse código, pois durante toda sua vida elas estiveram nele imersas. Para as classes dominadas, esse código é simplesmente indecifrável. Visão crítica de currículo
  40. 41. Para a visão crítica do currículo a educação tem sido um lugar de condicionamento e reprodução da cultura da classe dominante, das elites, da burguesia. Visão crítica de currículo
  41. 42. Para a visão crítica do currículo o currículo está baseado na cultura dominante, na linguagem dominante e é transmitido através do código cultural. Visão crítica de currículo
  42. 43. O currículo não é, constituído de fatos, nem mesmo de conceitos teóricos e abstratos. O currículo é um local no qual docentes e alunos têm a oportunidade de examinar, de forma renovada, aqueles significados da vida cotidiana que se acostumaram a ver como dados naturais. Visão crítica de currículo
  43. 44. Para a visão crítica do currículo o importante é compreender o que o currículo faz. Visão crítica de currículo
  44. 45. De acordo com a visão crítica do currículo é no interior da cultura , (a cultura é o conteúdo da educação, enquanto sua fonte e justificativa), que a escola faz uma seleção daquilo que da experiência humana considera adequado para transmitir às novas gerações. Visão crítica de currículo
  45. 46. Na concepção crítica, não existe uma cultura da sociedade, unitária, homogênea e universalmente aceita e praticada e, por isso, digna de ser transmitida às futuras gerações através do currículo. A cultura é vista menos como uma coisa e mais como um campo e terreno de luta. A cultura é o terreno em que se enfrentam diferentes e conflitantes concepções de vida social, é aquilo pelo qual se luta e não aquilo que recebemos. Visão crítica de currículo
  46. 47. <ul><li>A visão crítica de currículo propõe-se assumir uma postura de desconfiança, questionamento e transformação radical. </li></ul>Visão crítica de currículo
  47. 48. Visão crítica do currículo <ul><ul><li>EUA: Apple e Giroux </li></ul></ul><ul><ul><li>França: Althusser, Bourdieu e Passeron </li></ul></ul><ul><ul><li>Brasil: Paulo Freire, Saviani, Libâneo </li></ul></ul>
  48. 49. <ul><li>Luis Althusser analisa a escola como um Aparelho Ideológico do Estado , ou seja, como instrumento de reprodução da sociedade de classes e que atua no sentido de sustentar a manutenção do status quo sem criticar e sem ver a desigualdade inerente à estrutura do capitalismo. </li></ul>Visão crítica de currículo
  49. 50. <ul><li>Bourdieu e Passeron identificam no currículo escolar os elementos simbólicos da classe dominante: sua linguagem, valores, expressão de arte e cultura, sua identidade. As camadas sociais médias e altas mais facilmente entendem estes códigos e respondem a eles. As classes populares têm sua cultura nativa desvalorizada, sua linguagem desqualificada, sua origem diminuída. </li></ul>Visão crítica de currículo
  50. 51. Um grupo tem sua origem, seu capital cultural fortalecido e reconhecido, outro sofre exatamente o contrário. Através destas reproduções estrutura social e econômica das sociedades capitalistas se mantêm, e as classes se reproduzem garantindo o processo de reprodução social. Visão crítica de currículo
  51. 52. <ul><li>Michael Apple explicita que “há uma clara conexão entre a forma como a economia está organizada e a forma como o currículo está organizado”. </li></ul>Visão crítica de currículo
  52. 53. A seleção que constitui o currículo é o resultado de um processo que reflete os interesses particulares das classes e grupos dominantes. Visão crítica de currículo
  53. 54. <ul><li>Os grupos dominantes recorrem a um processo permanente de convencimento ideológico que os leva a uma construção e reconstrução permanente do consenso para manter sua dominação. </li></ul>Visão crítica de currículo
  54. 55. <ul><ul><li>A socialização necessária para uma boa adaptação às exigências do trabaho capitalista, não está expressa no currículo oficial, mas sim nas relações sociais na e da escola. </li></ul></ul>Argumentos principais da visão crítica de currículo
  55. 56. É possível uma crítica à racionalidade técnica da escola, pela proposta de uma “pedagogia da possibilidade” e da resistência. O currículo deve funcionar enquanto um instrumento de emancipação e libertação. Argumentos principais da visão crítica de currículo
  56. 57. <ul><li>A escola é condicionada pelos aspectos sociais, políticos e culturais, mas contraditoriamente existe nela um espaço que aponta a possibilidade de transformação social </li></ul>Visão crítica de currículo
  57. 58. <ul><li>Prática pedagógica propõe uma interação entre conteúdo e realidade concreta, visando a transformação da sociedade = ação – compreensão – ação. </li></ul>Visão crítica de currículo
  58. 59. <ul><li>Professor é autoridade competente que direciona o processo pedagógico; interfere e cria condições de conhecimento necessários à apropriação do conhecimento </li></ul><ul><li>Aluno é participante ativo da aprendizagem, professor é mediador entre o saber e o aluno </li></ul>Visão crítica de currículo
  59. 60. No limiar do século XXI surgem as teorias pós-críticas que direcionam suas bases para um currículo no qual se vincula conhecimento, identidade e poder com temas como gênero, raça, etnia, sexualidade, subjetividade, multiculturalismo, entre outros. Visão pós-crítica de currículo
  60. 61. O poder é ainda importante, mas encontra-se descentrado, “espalhando por toda a rede social”. Com as teorias pós-críticas o mapa do poder é ampliado para incluir os processos de dominação centrados na raça, na etnia, no gênero, na sexualidade. Visão pós-crítica de currículo
  61. 62. Não toma a realidade tal como ela é e sim como o que os discursos sobre elas dizem como ela deveria ser. A realidade não pode ser concebida fora dos processos lnguisticos de significação. Visão pós-crítica de currículo
  62. 63. A visão pós-crítica distingue o currículo como uma linguagem dotada de significados, imagens, falas, posições discursivas e, nesse contexto, destaca que nas margens do discurso curricular se comunicam códigos distintos, histórias esquecidas, vozes silenciadas que, por vezes, se imiscuem com o estabelecido, regulamentado e autorizado. Visão pós-crítica de currículo

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